A Jornada Para o Último Céu escrita por Kamihate


Capítulo 54
Capítulo 51 - Obliteração




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— E pensar que no dia seguinte já teríamos que vir pra esse buraco, hein? Espero que aumentem o pagamento.

Qin-Sheng reclamava enquanto afiava suas facas da lua crescente.

— Fomos enviados pra cá apenas pra um simples reconhecimento e informar a situação para essas pessoas, pessoal, não vamos nos precipitar.

Shun-Song, o cego, ficou parado como se estivesse tentando ouvir algo.

O grupo dos oito escolhidos por Cheng haviam se aproximado da fronteira que demarcava as terras de Nilun, onde eles encontrariam um representante da seita da terra, descontente por não ter comparecido na reunião anterior.

— Qual é a situação? Eu estava dormindo quando aquele desgraçado ficou tagarelando, não gosto de sujeitos assim!

Zuu-Shun acendeu um cigarro de palha enquanto olhava para Shun-Song que continuava imóvel.

— Hahaha, senhor Zuu, precisa respeitar mais o seu chefe, pode acabar demitido.

— E quem liga!?

— Bom, só não me envolva nisso, eu estou precisando de um pouco de dinheiro. De toda forma, precisamos apenas avisar a seita da terra que eles não precisam mais se envolver.

— Ou seja, vamos demiti-los da ‘aliança’ que eles tinham? Haha vamos fazer o pior trabalho, que merda hein

Hu-Lin começou a rir quando percebeu que eles estavam ali servindo como os carrascos.

— Fomos enviados aqui pra mata-los se eles tentarem alguma graça, mas acho que não tem motivos pra nos contermos não é mesmo ceguinho!?

O demônio do sangue dizia em um tom de voz empolgado, aquela mulher era a maior incógnita do grupo, eles não confiavam totalmente nela, exceto por Hu-Lin e o cego que pareciam não se importar com sua presença.

— Não, seria melhor que tudo acabasse pacificamente, pode ser um problema começar um conflito, por mais que sejamos fortes, não conhecemos esse território, por outro lado, a seita da terra está hospedada aqui nos arredores há algum tempo, podemos cair em uma emboscada.

Wemin disse de maneira racional enquanto Hu-Li a olhava com cara feia.

— Você não precisa ser tão educada porque está perto de outras pessoas fortes.

— Cala a boca seu porra.

— Apenas façam o que foi dito! É difícil demais pra vagabundos como vocês?

Jian-Lou se impôs meio a Wemin e o demônio do sangue, ele bateu o cabo de sua foice contra o chão como maneira de pedir pra que todos parassem com a discussão inútil.

— Ora ora, parece que nosso representante está vindo.

Apesar de não conseguir ver, o cego percebeu que alguém estava se aproximando, quando Jian-Lou foi conferir, havia um homem em um cavalo cinza tomando a frente, e atrás, outros 6 soldados com armaduras em bronze se aproximando da colina onde estavam.

— Você deve ser o senhor Zenin, da terra, certo?

O cego fez um gesto de cortesia abaixando sua cabeça na frente do homem que parou seu cavalo junto com os outros soldados encarando todos ali.

— E quem diabos são vocês!? Achei que alguns soldados imperiais viriam! Que desgraça é essa aqui?

O homem desceu do cavalo irritado ao ver apenas vagabundos ali para o encontrarem.

— Ora, somos empregados do senhor Cheng, viemos ao pedido dele.

O cego se colocou na frente de Jian-Lou antes que ele falasse algo impulsivo.

— Hã? Vocês? São apenas mercenários! Eu não irei falar com ninguém que não seja do império!

O homem empurrou Shun-Song que não pareceu se incomodar, mas Zhuu se levantou e se colocou na frente do general.

— Eii, você fala muito alto tio, você não acha que isso é irritante?

Ao sentir o fedor de vinho vindo de Zuu-Shun, o general Zenin sacou sua espada curvada e apontou para o homem.

— Como ousa falar assim comigo!?

Naquele momentos, os homens nos cavalos apontaram suas lanças para todos ali.

— Ai ai, por isso que eu disse que era melhor já chegar matando.

Mai-Lee balançou a cabeça se aproximando do general.

— O quê disse!?

O general se virou para a mulher e deu um berro antes que visse sua aparência, naquele instante ele teve um calafrio, mas quando foi informar algo para seus homens, sua barriga já havia sido perfurada pelas mãos finas do demônio do sangue que olhava nos olhos do homem com um sorriso irônico.

— Você é surdo além de burro, TIO?

Tentando imitar o modo com que Zhuu-Shun falava, Mai-Lee tirou o coração de Zenin e o esmagou no ar olhando para os outros soldados.

— Quem é o próximo?

— Essa maldita...

Jian-Lou se irritou mas naquele momento, não havia mais o que ser feito.

Um dos soldados moveu sua lança na direção de Qin-Sheng que ainda afiava suas lâminas, a garota moveu uma das facas de lua crescente na direção da ponta da lança e a cravou no chão fazendo o homem cair do cavalo.

— Vocês parecem pobres, chame o exército principal se quiser atenção.

Qin jogou sua outra faca contra a nuca do soldado no chão perfurando-a, a cabeça do homem ficou afundada no chão, os outros cavalos ficaram agitados quando Zuu jogou um tipo de líquido no cavalo de Zenin que começou a relinchar.

— Agora já era né irmã!?

Hu-Li olhou para Wemin para pedir ‘permissão’ para agir.

— Você não sabe ler a porra da situação?

Wemin, com um salto de costas, parou em cima de um soldado em seu cavalo e passou rapidamente sua adaga em seu pescoço, saltando imediatamente para na frente de outro soldado.

— Avise o Wing-Tan!!!

Um dos cavaleiros gritou mas sua cabeça havia sido decepado por Jian-Lou que moveu sua foice sem hesitação.

— Esses malditos, não sei se culpa essa demônio ou esses ignorantes.

— O que eu fiz poxa!?

Mai-Lee pisava na cabeça de outro soldado caído enquanto questionava Jian.

— Eii, um fugiu!

Hu-Li apontou para o homem que descia a colina apressado em seu cavalo.

Ao mesmo tempo, todos viram várias pessoas com arcos saindo de trás de moitas que haviam ao redor daquela colina.

— Hahaha, apareceram, até demorou.

Shun-Song tirou um talismã do seu bolso.

— Você sabia disso cretino?

Qin-Sheng perguntou já irritada com a atitude despreocupada do cego.

— Claro, quem não sentiria a presença desses peões? Você que devia treinar mais seu QI de percepção.

— Você esperou já sabendo disso?

Jian-Lou perguntou enquanto todos ali se reunião próximos.

— E não é mais fácil assim? Expor todos eles pro trabalho ser mais rápido. Eu prezo por eficiência, descendente do sangue.

O cego sorriu enquanto jogou seu amuleto para o ar, com um movimento com sua mão direita, ele fez sair várias flechas de fogo do amuleto que foram na direção de alguns homens que apontavam seus arcos para o grupo.

— Atirem!!!

Quando um deles deu a ordem, várias flechas de fogo perfuraram os peitos de mais de 10 homens, alguns deles saíram dos arbustos e atrás de pedras com várias lanças e clavas.

— Se protejam!

Jian-Lou gritou mas naquele momento, quem havia se levantado era Wen-Xiang, que estava sentado lendo um poema o tempo todo.

— Se preza por eficiência, seria melhor parar de brincarem de arruaceiros.

O velho moveu sua espada cortando todas as flechas no ar, ele se virou e com um rápido corte com sua espada que parecia uma katana, fez com que dois homens que se aproximassem tivessem seus corpos cortados e caíssem no chão rolando pela colina.

— Quantos tem aí, demônio?

Hu-Li perguntou para Mai-Lee que contava lentamente.

— Mais ou menos 40.

— Bom... se é 40, estamos em 8, então... Irmã We, quanto dá dividido????

Hu-Li puxou Wemin pela manga da camisa.

— Moleque do caralho, você não sabe nem isso!?

Wemin quase o socou, mas um homem já havia chegado atrás dela, a mulher desviou de um golpe certeiro de clava e apenas usando as mãos, golpeou o peito do homem que cambaleou para trás, outro havia chegado gritando avançando contra a mulher, mas Hu-Li o cortou no meio fazendo suas tripas se esparramarem no chão.

— Quase irmã hahaha você ainda me chama de burro!

— Eu vou te matar!!!

Wemin ficou realmente irritada, ela deu um chute quebrando o pescoço do homem em sua frente.

Quando ela olhou para ir na direção de Hu-Li, viu duas cabeças rolando naquela direção, ela olhou para frente e viu Zhuu-Shun tragando seu cigarro enquanto degolava quem se aproximava.

— Menina, você também tá falando alto.

Um homem se aproximou de Zhuu com uma lança afiada, ele golpeou 3 vezes o homem que desviou movendo sua cintura com precisão.

— Wow, você é bom, jovens tem muito vigor.

Zhuu-Shun jogou seu cigarro no rosto do homem que, desatento por um momento, sentiu a fria espada do bêbado entrando em seu estômago e fazendo uma linha de sangue bater contra o chão de terra.

— Mas vigor não ganha de experiência.

Todos continuaram a lutar enquanto os homens avançavam, outra rajada de flechas foi repelida pelo velho que continuava lendo enquanto que, apenas com uma mão, rebatia as flechas.

— Você é um viciado em literatura velho?

Shun-Song se interessou pelo que o velho estava lendo, apesar de aparentemente não conseguir enxergar.

— Eu apenas não gosto de ficar entediado.

Quando sentiu uma kunai passando por cima de sua cabeça, o velho fechou o livro.

— Mas esses insetos não querem me deixar ler em paz...

Com os olhos mais abertos, Wen deu um saltou e parou na direção de 8 homens com arco e flecha em cima de uma rocha, sem tempo de reagir, eles tentaram correr, mas Wen, pisando em um saco com flechas caído, começou a jogá-las com suas mãos enfiando-as nas costas de todos os oito que caíram mortos.

— Foram três já! Irmã do sangue, quantos você matou?

Hu-Li sorriu enquanto movia sua espada para limpar o sangue da mesma.

— Eu não sou boa com contas também, acho que somos parecidos menino.

Mai-Lee dizia enquanto havia enfiado dois dedos nos olhos de um soldado em sua frente, arrancando-os e depois segurando cabeças pela nuca e apertando-a até crânio se partir e sua mão ficar coberta com sangue e parte do cérebro do homem.

— Eita, um demônio é mesmo forte!

Hu-Li abriu a boca enquanto Wemin sentiu um pouco de inveja ao ver a cena.

— Eu matei 5 merdinha, fica de boa.

Wemin chutou um corpo ao lado de Hu-Li que fez um sinal de positivo para a garota que deu de ombros.

Após alguns minutos, 43 homens da seita da terra haviam sido mortos, deixando apenas um sobreviver.

Jian-Lou, segurando o sobrevivente pela gola do seu robe enquanto ele sangrava em várias regiões do corpo, o jogou no chão.

— Vocês pediram isso, mas de toda forma, o recado que iriamos dar vai ser passado. Volte para sua seita e diga que a terra não tem laços mais com o sangue nem com o império, e se ousarem pisar em nossa terra ou se voltar contra a gente, sua seita da terra vai pra debaixo dela.


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