A Jornada Para o Último Céu escrita por Kamihate


Capítulo 27
Capítulo 26 - A Caverna do Riso




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Ao chegaram na entrada da grande caverna que mais parecia uma tumba, Jin interrompeu os outros que iam consigo.

— Espera, vocês realmente vão fazer isso? Digo, vocês até que tem um cultivo descente, mas talvez tenhamos uma luta lá dentro, por mais que a demônio aí diga que o demônio do riso é um fracote, ele está acima de todos nós aqui com exceção dela, mas o problema é que ela não pode entrar.

— Como assim ela não pode?

Huo-Lei perguntou sem entender enquanto Yi-Fang fazia uma cara feia pro monge.

— O selo do local não permite que nenhuma outra criatura com fluxo de QI que não seja humano entre, ela pode até tentar mas duvido que consiga, na verdade, não sei nem se nós seremos capazes...

O monge ficou relutante por um momento.

— Há, se eu conseguisse também, qual seria a graça? Iria mata-lo com um golpe, vou deixar que vocês tenham um pouco de diversão.

— Acho que se for pra ter a sua ajuda, talvez valha a pena.

Jia-Li disse ao mesmo tempo que olhava para Huo-Lei e ele balançava a cabeça positivamente.

— É uma troca justa, de fato.

O monge acabou concordando e junto de Huo-Lei, Yuan-Shui e Jia-Li se dirigiram para a entrada da caverna.

— Você espere aqui.

Huo-Lei disse para Yi-Fang como se ela fosse algum tipo de criança em que os pais deixariam em um local e pedissem pra ela se comportar até eles voltarem.

— Se demorarem eu vou dar um jeito de entrar mesmo que eu tenha que destruir todo chão!

— Eu não duvido que ela faça isso irmão.

Yuan-Shui suou frio ao pensar na possibilidade.

Ao entrarem, de início, não se depararam com nada de diferente. Era apenas uma caverna não muito estreita nem muito ampla, o monge carregava uma tocha consigo iluminando a frente.

— Tem alguma ideia de onde possa estar?

Yuan-Shui perguntou enquanto tirava uma aranha do seu ombro com nojo.

— Vai saber, não sei a profundidade dessa caverna, mas não deve ser tão fácil.

— E por quê diabos ninguém ainda veio atrás disso se até o demônio do gelo sabia?

Yuan-Shui ficou intrigado como um item tão precioso estava disponível em um lugar teoricamente acessível.

— Isso considerando que ainda esteja aqui.

O monge virou para a direita vendo algumas inscrições na parede.

— Então estamos entrando tendo a possibilidade de não ter nada? E se não tiver, mesmo assim, vai nos seguir?

Yuan-Shui ficou desconfiando da ‘boa vontade’ de Jin.

— Eu prometi, um monge não pode quebrar suas promessas.

— Você é um monge mercenário, de que promessas importam?

Jia-Li disse de uma maneira ríspida enquanto Huo-Lei tentava concertar a fala.

— Acredito que o irmão vá cumprir a palavra, mas é realmente muito estranho ainda estar aqui.

— Mas se não estivesse, eu ficaria sabendo.

O monge parou por um momento ao sentir uma aura.

— E por quê você saberia?

Perguntou Huo-Lei também sentindo que havia algo ali perto.

— Por que meu mestre certamente estaria em posse dele.

— Quem é seu mestre?

Perguntou Jia-Li preparada para pegar um de seus leques.

— Já ouviram falar em Thaozan-Feng?

Ao ouvirem as palavras do monge, os três ficaram surpresos.

— O monge do templo Tan-Mei? Você é de lá?

— Hehe, bem, eu era né. Parece que éramos um pouco famosos.

O monge assentiu olhando pra baixo.

— Thaozan-Feng, o homem conhecido como monge que venceu as três seitas do norte. Como não seriam famosos?

Yuan-Shui se aproximou do monge o vendo com outros olhos.

— Então realmente de fato esse pergaminho deve ser algo bem valioso... Se ele estiver aqui ainda, deve ter um bom motivo pra ninguém ter vindo pegá-lo.

Huo-Lei disse isso enquanto percebia que algo não estava certo.

— O que foi irmão?

Jia-Li se aproximou como se soubesse o que seu irmão estava sentindo.

— Estamos sendo seguidos já faz uns 3 minutos.

O monge pegou o seu cajado enquanto virava a tocha para clarear todo local.

— Impossível, eu estou com minha percepção auditiva ampliada desde que entramos, eu ouviria passos.

Jia-Li disse enquanto Huo-Lei a puxou para o seu lado.

— Ao menos que a pessoa não esteja nos seguindo andando.

Yuan-Shui jogou uma pequena adaga de mão que acertou um morcego roxo cheio de veias que ficou cravado em uma roxa enquanto sangue verde gosmento escorria do seu corpo.

— O demônio está nos observando.

O monge começou a andar novamente em passos um pouco mais rápidos enquanto todos ficavam atento com os arredores.

— Ah, era óbvio que isso aconteceria.

Os 4 chegaram em uma bifurcação dupla.

— Vamos nos separar em dois, caso alguém dê de cara com o demônio, grite.

O plano de Jin era simples demais mas Huo-Lei concordou.

— Eu vou com a irmã pra direita, tenham cuidado.

Huo-Lei seguiu com Jia-Li pelo caminho da direita enquanto Jin e Yuan-Shui foram pelo da esquerda.

— Irmão, tem algo errado?

Jia-Li percebeu uma certa aflição nos olhos de Huo-Lei.

— Eu não sei, mas não senti a presença do demônio, mesmo com aquele morcego, ele podia estar nos observando mas eu obviamente sentiria o seu poder, ao menos que...

— Ao menos que ele esteja em um nível que consiga ocultar o seu QI.

A preocupação de Huo-Lei agora tomou conta de Jia-Li.

— Pode ser isso, ou pode ser outra coisa.

Huo-Lei e Jia-Li chegaram em um local onde haviam dois corpos humanos decompostos em estado de ossos, eles estavam um ao lado do outro encostados na parede manchada de sangue marrom, pelas suas roupas degradadas, Huo-Lei pode ver que eles eram do templo Tan-Mei.

— Eram monges?

Jia-Li ficou um tanto surpresa mas logo algo veio em sua mente.

— Precisamos sair daqui.

Disse a garota que junto do seu irmão começaram a se mover por um corredor estreito em que quase não podiam respirar.

Ao andarem alguns segundos, se deparam com uma pequena inclinação, e ao desceram, uma cena os chocou.

— O quê...?

Jia-Li colocou uma mão sobre sua boca quando viu o corpo de Yuan-Shui caído com muito sangue ao seu redor.


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