Céu escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 8
Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Não sei se isso pode ser um TW, mas cita indiretamente abuso, não há detalhes, mas é isso.

Boa leitura



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“Você abre o meu céu e me ensina a amar…”

Toshiya voltou vagarosamente para casa, era um dia livre, e não havia se programado a fazer nada, e realmente, não queria ficar em casa sozinho. 

Já estava próximo a cafeteria novamente, quando ouviu Kyo o chamando. O que o fez virar imediatamente na direção de onde ouviu a voz do mais baixo.

— Você mora aqui perto é? - perguntou o menor se aproximando.

— Moro, e você? Mora por perto, ou tá indo para algum lugar? - sorriu. 

— Estava sem nada para fazer, queria andar por aí. Hum, cadê seu namorado? - perguntou acendendo um cigarro.

— Miyavi está trabalhando, acabei de deixar ele lá. - respondeu, roubando o cigarro do menor, antes que ele levasse a boca. 

Kyo o olhou inconformado, pegando outro cigarro. 

— Que foi? Problemas de novo? - disse o mais baixo, depois de acender o novo cigarro, e começarem a andar sem direção.

— Miyavi… ele não está bem, disse que precisa voltar para casa, não explicou muito. Não sei muito sobre a família dele… Talvez seja algo ruim… - murmurou. - E ele não parece confortável em conversar. 

— Complicado. Mas deixe ele ter o próprio tempo. Não pode forçá-lo a contar tudo para você. - disse. 

— Eu sei… mas não queria ver ele desse jeito… E fico sem saber como ajudar…

— Que tal sair? Talvez os dois espaireçam melhor… Aproveite que hoje é uma sexta-feira, tem show da banda mais tarde. Leva ele lá. 

— Hum… depois pergunto se ele quer sair. - respondeu. - Mudando de assunto, tô com a manhã inteira livre… que tal fotos? 

— Vou começar a cobrar de você. - Kyo apontou. - Não vou me arrumar mais que isso. Onde quer as fotos?

— Podem ser casuais, por aqui pelo bairro. - sorriu. - Só preciso pegar minhas câmeras. 

— Tá, vou cobrar cachê… não to zoando… - apontou. 

— Te pago um café, no máximo. - caçoou. 

— Não gosto de café…  - reclamou mais uma vez. 

— Então te pago com cigarro. - se afastou, após o outro lhe ameaçar com os punhos cerrados. 

[...]

Miyavi passou a manhã mais quieto, por algum motivo haviam muitos clientes ali, e Kawamoto-san quase não podia parar para conversarem. 

Encostou-se na porta da loja, enquanto esperava que o cliente fosse atendido.

Mal podia ver o céu dali, os prédios altos ocultavam grande parte. Se distraiu o suficiente para que não visse que Toshiya voltava, acompanhado de Kyo, trazendo seu almoço.

— Não dá pra ver o céu daqui. - a voz de Toshiya o fez saltar, e sorrir levemente ao olhá-lo.

— Oh já é hora do almoço, nem percebi - Miyavi riu - Olá kyo-san! - acenou para o mais baixo.

— Olá - Kyo sorriu de leve. - Não demora aí com seu namorado não, hein -  apontou para Toshiya e seguiu para dentro da mercearia para comprar algo, o fazendo rir, e levar alguns segundos para retomar a conversa com Miyavi.

— Está bem? - tocou o rosto do mais novo, que assentiu. - Trouxe um bentô, não pude preparar mas comprei num restaurante que costumo almoçar. - entregou para ele. 

— Obrigado por ser tão atencioso. - Miyavi beijou discretamente seu rosto. - Quer dividir? - disse ainda em tom baixo.  

— Não se preocupe, estou sem fome agora, e resolvi tirar umas fotos do Kyo pelo bairro, ainda vou aproveitar a pouca movimentação pra tirar mais fotos… aliás, o Kyo nos convidou para o show da banda dele, hoje a noite, quer ir?

— Parece uma boa ideia. - sorriu. - Vamos sim. A banda dele é como aquela que fomos no show da outra vez, né?

— É, um pouco mais diferenciada, eu diria, mas acho que você gostará. Vai se distrair e precisa disso.

— Você também precisa. - disse num tom baixo.  - Nos últimos dias tenho preocupado você… merece um descanso também.

— Não pense assim. Tá? - Toshiya segurou sua mão. - Nos vemos mais tarde… - se afastou, ao ver Kyo saindo da loja.

— Tá bom… nos vemos mais tarde. - acenou os vendo se afastar e acenar também.

Permaneceu ali, mais uma vez, até os dois desaparecerem na esquina.

— Querido… você está bem? - Kawamoto se aproximou, tocando em seu ombro.  

— Ah sim, estou. Só me distrai observando a rua.

— Bom, tire um momento para comer, eu consigo cuidar sozinha da loja por enquanto. - sorriu, vendo o rapaz assentir e seguir para os fundos da loja.

Miyavi se sentou em meio às caixas, abrindo o bentô, e comendo vagarosamente. O sabor estava bom, mas não conseguia apreciar em sua totalidade. 

Estava pensando se deveria contar tudo para o outro. Se devia contar toda a situação sem parecer um lunático, ou deixar o outro assustado.

"Eu sabia onde estava me metendo quando sai do meu lugar."

Lembrou-se da frase que disse pro mais velho quando se conheceram. Mas agora não tinha mais certeza se sabia o que estava fazendo.

Não achava que sua passagem ali seria tão curta, e nem o quanto seria forçado a voltar.

Segurou as lágrimas mais uma vez, continuou comendo, mergulhado no silêncio que ali proporcionava.

[...]

Se despediu de Kawamoto-san, e assim que saiu da mercearia avistou Toshiya. O mais velho estava sentado do outro lado da rua, fumando, algo que não tinha visto ele fazendo no tempo que conviviam. 

Se aproximou, vendo Toshiya se levantar, apagando o cigarro. 

— Vim te buscar… Porque não queria você andando sozinho por aqui. - disse em tom baixo. 

— Seu irmão está por aqui de novo? - questionou.

— Não é só por isso. - apoiou as mãos em seu ombro. 

Miyavi assentiu, sabia que ele estava preocupado com a  sua saúde, não precisava ouvir ele repetir sobre isso, e não queria repetir o pedido de ‘não se preocupe’. 

Voltaram o caminho em silêncio, a rua novamente movimentada com pessoas retornando de seus empregos. Seguiram lado a lado, de certo modo apressados em voltar para casa. 

Miyavi evitava olhar o céu por agora, mesmo que pudesse vê-lo parcialmente por entre os prédios. Toshiya olhava para cima por alguns segundos, vendo a cor alaranjada do pôr do sol, não conseguia evitar olhar para cima, mesmo que ali fosse mais difícil de apreciar.

O mais novo o olhou, notando sua feição transparecendo certa tranquilidade em ver o céu, mesmo que pudesse notar a preocupação ainda em seu olhar, o céu realmente o acalentava, e isso era inegável.

“O céu não pode magoá-lo"

[...]

Observava o mais velho se arrumando, que parecia bem concentrado contornando os olhos com um lápis preto. Toshiya estava com o cabelo levemente bagunçado, e usava uma jaqueta cheias de pins, combinando perfeitamente com o jeans rasgado nos joelhos. Miyavi observava atentamente cada detalhe de seu visual, o jeito que ele movia os lábios como se sussurrasse alguma canção. 

— Quer? - Toshiya se virou para o mais novo, oferecendo o lápis. Miyavi levou um tempo para pegar, mas o fez, parando por alguns segundos.

— Sou péssimo com isso. - riu, devolvendo o lápis para o mais velho.

— Eu te ajudo. - Toshiya se aproximou, segurando seu rosto cuidadosamente, e deslizando o lápis próximo a linha d'água de seus olhos. 

Miyavi sorriu com a proximidade, e assim que o mais velho abaixou a mão, selou seus lábios agradecendo pela ajuda.

—  Bom, estamos prontos? – Toshiya sorriu.

— Acho que sim. – o mais novo respondeu, indo em direção ao espelho, encarando a própria imagem. Ajeitou a jaqueta que o outro lhe emprestou, estava animado em sair, esquecer os dias tempestuosos. 

Seguiram para fora do quarto, em silêncio, podiam ouvir de lá a movimentação na rua, das pessoas aproveitando o início da noite, ou voltando para casa.

— Pelo menos, aqui é perto da parte movimentada da cidade, então podemos ir a pé sem se preocupar.  - Toshiya retomou a conversa, assim que saíram do prédio.

[...]

Chegaram a casa de shows, sem intercorrências no caminho. Miyavi observou com um leve sorriso no rosto, os fãs se amontoarem nas grades que separavam eles do palco. Se distraiu com a cena, logo se assustando ao ouvir Toshiya respondendo alguém.

Virou-se encarando o possível staff da banda, conversando com o mais velho.

— São os amigos do Kyo-san? - disse, e Toshiya mostrou as credenciais que o músico havia entregado para ele pela manhã. O staff os guiou para um espaço reservado na lateral do palco. 

Toshiya ficou em silêncio, enquanto Miyavi ainda parecia observar cada centímetro do palco, como se tivesse gravando cada imagem detalhadamente em sua mente. O mais velho ainda podia notar que o outro não parecia estar muito bem, mas parecia melhor do que pela manhã. Passou as mãos pelos ombros dele, num abraço discreto, fazendo com que os olhos do mais novo voltassem em sua direção, e um leve sorriso surgisse em seu rosto.

Os fãs começavam a se amontoar cada vez mais no espaço, e já estavam lotados, e mais alguns convidados da banda estavam ao lado do casal. As luzes baixaram, dando lugar apenas aos holofotes do palco, uma SE começou suavemente, enquanto cada integrante tomava seu lugar no palco, sendo o último Kyo. 

Miyavi sorriu ao ver o menor, com suas roupas chamativas, parecendo uma boneca de porcelana. Ele realmente roubava toda a atenção para si. Fixou o olhar nele, o acompanhando rodopiando pelo palco enquanto cantava uma música agitada.

Como uma brisa num dia quente.

O show seguiu sem pausa, e a animação do público, e de Toshiya ao seu lado, o animavam também. Estava feliz, e queria viver naquele momento para o resto de sua vida, com aquela felicidade sem propósito, e ao lado de Toshiya.

Pensar nisso, o fez lembrar de voltar para casa, deixar tudo para trás, contra sua vontade.

Os olhos encheram-se de lágrimas, e disfarçadamente, as secou, encostando-se ao mais velho, e o abraçando apoiando o rosto em seu peito, que não entendera a aproximação repentina, mas voltou a envolvê-lo em seus braços, já que a escuridão de certa forma os deixava mais à vontade.  Permaneceram assim até o fim do show, quando os integrantes jogavam seus itens para os fãs enlouquecidos.

Miyavi não queria se afastar do outro, mesmo que as luzes começassem a acender. Toshiya afagou seus cabelos.

— Myv… Tudo bem? - Questionou o vendo se afastar e o olhar atentamente. - Se quiser podemos voltar para casa agora.

— Não se preocupe… - sorriu de leve. - Vai esperar para cumprimentar a banda? 

— Não sei… - respondeu. - O Kyo costuma sumir depois de shows - acabou rindo. 

Permaneceram ali, esperando os fãs saírem, para que pudessem seguir, mas logo o staff do início do show se aproximou, chamando-os para encontrar com o menor. 

Seguiram pelos bastidores, encontrando Kyo ainda maquiado sentado no canto do camarim, tomando algum tipo de refrigerante. 

— Fico feliz que tenham vindo. - disse em tom baixo. - E aí Miyavi, está bem?

— Ah… estou Kyo-san. Obrigado pelo convite para o show, você é genial no palco. - soou animado, fazendo o menor sorrir.  - A sua banda é muito boa. 

— A banda vai fazer um happy hour, querem ir? - disse, fazendo com que Miyavi olhasse para Toshiya que pareceu pensativo.

— Não sei… - respondeu o mais velho. - Quer ir, Myv? 

— Não quero ser um incômodo, não estou num clima para a confraternização. - Miyavi disse em tom baixo, sentindo Toshiya afagar seu cabelo. 

— Tudo bem, combinamos outro dia. - Kyo sorriu, se levantando.

Miyavi se aproximou abraçando o mais baixo, e de certo modo, o surpreendendo, mas sendo correspondido prontamente.

— Obrigado pelo convite ao show, Kyo-san. - se afastou sorrindo, ouvindo os integrantes da banda se aproximarem. 

Toshiya passou a conversar com os integrantes, que pareciam animados ao vê-lo, e o assunto logo foi para fotografia. Miyavi pareceu distrair-se com o ambiente, até que Kyo se reaproximou dele, tocando seu braço e o fazendo o olhar. 

— Miyavi… Não sei um terço da história, mas sei que está preocupado em voltar para sua casa. Não largue o Toshiya para trás, e não faça algo que você visivelmente não quer fazer… Você construiu algo aqui nesse tempo.

Miyavi sorriu, mesmo que seus olhos enchessem de lágrimas. 

— Vou me esforçar… - disse em tom baixo. - Obrigado por se preocupar… - segurou a mão do mais baixo. - Eu ainda não sei como vou resolver isso, mas quero que tudo dê certo e Totchi fique bem. 

[...]

Voltaram para casa, comentando sobre o show. Já estavam próximos ao prédio, e Toshiya citava as faixas que ele mais apreciou durante a performance, Miyavi o olhava atentamente, sorrindo de leve ao vê-lo empolgado. Gostava de vê-lo feliz, e na última semana, não o viu animado, obviamente, por sua causa.

— E você, qual gostou? - perguntou, fazendo com que Miyavi o olhasse pensativo. 

— Ah… eu gostei daquela, que parece city pop. -  respondeu, vendo o mais velho sorrir.

— Ah, essa é boa. Kyo falou que logo vão lançar. - passou o braço sobre o ombro do mais novo. Se afastando ao ver a figura em frente a entrada do prédio, seu irmão estava ali, novamente.

— Já estava cansado de esperar. - disse se aproximando de ambos, e sem esperar qualquer reação, puxou Toshiya próximo a si pelo cabelo. 

— Eu já disse que não temos nada a conversar, Hiroshi. - Toshiya se desvencilhou do irmão, se afastando e empurrando Miyavi para trás de si.

— Não vim conversar mais, cansei de bancar o pacifico, você volta nem que seja a força para arrumar a merda que fez! - gritou. - Vai desmentir tudo que contou! 

Toshiya cerrou os punhos, estava no limite da raiva, seu rosto já estava vermelho demonstrando sua fúria. Estava cansado daquilo, e ia resolver de uma vez, nem que isso o levasse a cadeia por dar uma surra no irmão. 

Quando tomou a frente, foi surpreendido por Miyavi, tomando uma atitude rápida, e acertando um soco, em cheio, em Hiroshi, o derrubando de imediato, mas não o apagando. 

Estava cansado daquilo, o outro atormentando Toshiya, como se a reputação de uma família valesse mais que a saúde mental de uma pessoa, valesse mais do que acontecimentos que nunca foram culpa dele. 

Podia sentir seu punho doer, mas continuou ali parado, encarando de forma assustadora Hiroshi que estava caído no chão, com o nariz sangrando. 

— Myv… - Toshiya se aproximou do mais novo, o fazendo olhar para si. - Myv… não se mete nisso, vai para casa.

— Não. - respondeu, tentando acertar novamente o outro, mas Toshiya o segurou. - Não vou deixar ele continuar te magoando sem fazer nada. Tem sido assim desde sempre, e eu nunca pude fazer nada, mas agora posso encher ele de soco. 

Hiroshi levantou, limpando o rosto e se aproximando para tentar acertar Miyavi. Mas o irmão segurou seu punho o afastando mais uma vez.

— PARA COM ESSA MERDA! - Toshiya gritou. - Eu to pouco me fudendo para o que a sua família tá passando, eles escolheram isso. - apontou. - Eu vou continuar repetindo: a culpa é de vocês que acreditaram nele, eu era uma criança… ele me abusou.... E como eu lidei com isso sozinho….Lidem vocês com isso sozinhos agora, lidem com a escolha que fizeram. 

Hiroshi voltou a se aproximar, mas desta vez, conseguiu acertar o irmão no olho, cortando seu supercílio. Antes que Toshiya revidasse, notou uma viatura da polícia na esquina.

— Myv, me escuta… Vai pra casa, agora. 

— NÃO! - o mais alto protestou.

— VAI! - gritou, apontando na direção do prédio. 

A contragosto, Miyavi seguiu para o prédio, permanecendo no saguão, observando os dois, da penumbra.

— Quer passar uma noite na cadeia? - Toshiya provocou o irmão, que se manteve próximo a ele.

— Eu não tenho nada a perder! - vociferou. - Você destruiu nossa família, tá vivendo como se nada tivesse ocorrido, enquanto estamos passando dificuldades e...

— já falei - Toshiya o interrompeu. - Lidem com a porra da escolha que fizeram! Acham que eu não sofri quando fui praticamente expulso de lá? Que não tive apoio e tive que passar por momentos difíceis sozinho?  - Aumentou o tom de voz, iria partir novamente para cima do irmão, mas a viatura parou ao seu lado. 

— O que está acontecendo aqui? - o policial falou em um tom tedioso.

— Nada mais, senhor. - Toshiya passou a mão no próprio rosto, limpando um pouco do sangue que havia ali. 

— Documentos, por favor. - o policial estendeu a mão, e a contragosto, Toshiya pegou seus documentos no bolso entregando, vendo o irmão repetir o ato. - Parentes… Olha, irei dar uma chance e não levar nenhum dos dois para a delegacia, mas dou dois minutos para sumirem daqui. - entregou os documentos.

Toshiya apenas assentiu, voltando para o prédio, sendo observado pelo irmão. Não tinha certeza se deixaria de ser perseguido por ele, mas pelo menos por um tempo, poderia se livrar dele. 

Encarou Miyavi por alguns segundos, que ainda estava ali o esperando para voltarem para casa. O mais novo se aproximou, limpando seu rosto mais uma vez, o sangue ainda estava escorrendo pela lateral do seu rosto. 

— Me desculpe, não queria ter gritado com você - Toshiya disse em tom baixo, mas Miyavi apenas selou seus lábios brevemente.

— Não se preocupe. A situação não ‘tava boa. - segurou sua mão. - Vamos, você precisa limpar o rosto, e fazer um curativo. 

Seguiram para o apartamento, em silêncio. Toshiya apenas se jogou no sofá,tentando voltar a ficar calmo. Miyavi pegou o que precisaria para fazer o curativo, e voltou rapidamente, sentando-se ao lado do mais velho.

Segurou seu rosto, e limpou o ferimento, sendo observado atentamente por Toshiya.

— Myv… o que quis dizer com “eu nunca pude fazer nada”? - repetiu a fala, surpreendendo o mais novo, que se afastou por alguns segundos.

— Ah…. eu falei na hora da raiva, nem pensei muito… só queria te defender. - soou sem graça.

— Eu  te amo… - disse o mais velho, o fazendo sorrir novamente.

— Eu te amo também, Totchi - selou seus lábios.

[...]


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Notas finais do capítulo

A música que o Miyavi cita é Candis do Sukekiyo, como disse anteriormente, sukekiyo é a banda do Kyo na história.
Nos vemos semana que vem!



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