Caminho das Centelhas escrita por Sir Rail Zeppelin


Capítulo 10
Bem-vindos a Port Seanesse parte 2 - O Pavão




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  -Minha única pergunta é; Como alguém desaparece tão rápido em questão de segundos? – diz Garrias em tom de raiva
  -Ele é um bardo – respondo e completo – É só procurar nos bares ou onde tenha uma grande concentração de mulheres
  -Você o conhecia, sabe, antes da missão?
  -Não, eu e Luise acreditamos que ele seja de Zetsuen, talvez ele sirva como um guia para nós
  -Você e Luise eram bem próximos né?
  -Eu nem sei quando ficamos próximos... acho que foi durante os treinos, durante tudo que aprendemos sobre Zetsuen ficamos mais próximos, mas seja lá o que tiver acontecido nos aquedutos, acabou com essa amizade.
  -Você realmente não se lembra, não é?
  -Não, nadinha
  -Bom, no começo era você lá, contra os palhaços e tudo. Depois não era mais você, digo, nunca foi você. Só que o rosto ainda era seu, quando tudo começou, um líquido negro e expeço começou a vazar dos poros da sua pele, pela sua boca, olhas e ouvidos. Esse líquido tomou conta de todo o seu corpo, não dava mais para te ver, então um mana vermelho moldou esse líquido na forma de uma besta bípede, a cabeça tentava se assemelhar a um cão, mas tinha dificuldade, era como se essa coisa ainda não tivesse total controle do seu corpo sabe? E por isso não conseguiu, o resultado foi um rosto quase canino feito de puro mana e esse líquido que eu não sei o que é. Você não só matou aqueles palhaços... você os estripou, dilacerou, era puro ódio!
  -Sinto muito que tenha visto isso.
  -Quando chegou perto de mim e do meu irmão, você parou, a coisa dentro de você parou e então, seu corpo reapareceu e a carapaça que havia sido criada se foi como cinzas ao vento. Você não machucou nenhum de nós, seus colegas temem o que você pode fazer a eles, mas você nunca fez! Acho que no fundo de toda aquela camada de ódio, era só um garoto que queria um abraço para voltar a superfície.
  -É isso que você acha Garrias?
  -Sim. Por isso já tomei minha decisão.
  -Decisão? – pergunto confuso
  -Sim, se você voltar a se transformar no “cachorro louco” e precisar de um abraço. Serei eu a pessoa que vai te abraçar e te fazer voltar ao normal.
  -Acho que você é a única pessoa que vê o perigo e corre na direção dele
  -Acho que puxei isso da minha mãe
  -Sobre sua família – antes mesmo de terminar de falar, um homem sendo arremessado de um bar me chama atenção – Aquele não é o
  -O Bardo!
  Arremessado de um bar por dois homens altos aos berros de “suma daqui seu bebum pão duro” e “sem dinheiro, sem bebida”. É assim que vemos a perfeita cena de Thomaz sendo arremessado rumo a lama. Ele levanta o rosto todo sujo de lama, olha para mim e então olha para a princesa, seus olhos brilham como se tivesse tido uma ideia incrível.
  -Mi princesa, você nunca bebeu creio eu. Então deixe este humilde andrajoso ser seu companheiro na sua primeira noite de bebedeira.
  Num piscar de olhos, Thomaz arrasta a princesa para dentro do bar, eu queria impedir, mas não consigo correr. Lá dentro os gritos que eu ouvia eram apenas de “Agora eu tenho muito dinheiro seus boçais”. Então era pra isso que ele queria a princesa, o recurso infinito de dracoins que ela pode oferecer para sua noite de bebedeira.
  Pouco depois que eles entraram, logo atrás um homem acompanhado de outras duas pessoas todos encapuzados também entram no bar. Eu não notaria tal coisa, mas aquilo era suspeito, o homem tinha uma bengala com o apoio na forma de uma cabeça de pavão dourado. Algo que eu também notei é que em sua mão que estava apoiando na bengala havia a tatuagem de penas de pavão, 6 no total. Deve ser só coisa da minha cabeça, nem todo mundo é alguém ruim que queira ferir meus amigos... vagando neste pensamento ouço lá de dentro “desce uma rodada pra todo mundo na conta da senhorita”
  -Nem precisa ser alguém ruim pra colocar as pessoas em perigo. Tenho que parar o bardo antes que ele arranje uma dívida milionária para o reino de Aúdases
  Entrando no bar, está tudo uma bagunça. No fundo do bar, numa mesa a parte Garrias estava tímida sentada com uma caneca gigante de cerveja, um homem com aparência de um lobo, um Dōbutsushorei importunando Garrias. Eu não quero ser alguém que ache que a Garrias precise de proteção, mas não dá pra ver isso e simplesmente não fazer nada. No melhor que posso andar, me sento entre os dois, separando o Dōbutsushorei de Garrias.
  -Aí pirralho, o que acha que está fazendo? Estou conversando com a moça  – ele diz se levantando e gritando
  O bar todo para! A música que estava ensurdecedora, os gritos de bêbados felizes e a cantoria, tudo cessa e o foco se torna essa mesa nos fundos dos bares. Eu não queria chamar a atenção assim, mas já que chamei, melhor não baixar a cabeça. Se eu me fizer de fraco agora, esse cara vai me comer vivo.
  -Garrias, por um acaso este Dōbutsushorei estava conversando com você?
  -Não, apenas enchendo o saco – ela diz um pouco reclusa, mas não se cala
  -Bom, então suponho que você está incomodando pessoas. Só some daqui logo.
  -Você tá se achando o machão não é garotinho, aposto que é um aventureiro recém-formado e já está se achando o melhor. Não estraga a brincadeira que eu e a boneca estávamos tendo, sai logo daí
  Se ele soubesse que nem aventureiro sou já teria partido pro ataque, bom, por enquanto vou usar isso ao meu favor.
  -Olha só seu sarnento – digo me colocando de pé e percebendo que ele era mais alto do que eu – eu não vou sair daqui e se insistir muito vai virar picadinho.
  -Vou virar picadinho, vai me cortar com sua lixa de unhas garotinho? HAHAHAHAHA
  Não só ele, mas um monte de pessoas no bar começa a rir. Não queria ter que usar isso, mas vou ter. Saco Bradamante da bandoleira e coloco-a sob a mesa.
  -Se...se...se...se...se... ser – gaguejando ele diz, mas percebe que espada era – Serafim!
  Ele não era o único Dōbutsushorei no local, todos os outros Dōbutsushorei’s se afastam da minha mesa assim que veem a Bradamante e ficam o mais afastados possível, a maior até sai do bar. Ninguém do bar entende o porquê então só voltam a beber e cantar.
  Eu me sento suspirando na cadeira, agradecendo que uma luta não tenha estancado naquele lugar. Olho pro lado e vejo Garrias toda vermelha, acho que devo desculpas a ela
  -Desculpa Garrias, eu deveria ter perguntado se você queria mesmo minha ajuda
  -Tudo bem – ela diz baixinho enquanto toma da caneca – Por que ele recuou quando viu sua espada?
  -Bradamante é uma Soul Ignis. Uma arma da alma, em específico, ela foi forjada com pena de serafim. Dōbutsushorei odeiam serafins, alguns nem conseguem ficar no mesmo lugar que a vibração de mana de um serafim. A bandoleira que uso Bradamante é isolante, então quando tirei ela todos os Dōbutsushorei do lugar sentiram o vibrar da mana de um serafim.
  -Entendi.
  -Mas trocando de assunto rapidamente aqui, eu não sabia que você já era maior de idade Garrias
  -Maior? Não, ainda tenho 15
  -Garrias
  -O que Sword?
  -Você está bebendo cerveja
  -Sim
  -Garrias
  -O que Sword?
  -Cerveja tem alcool
  -Sim
  Neste último sim ela percebe o que acabou de dizer e o que está fazendo, ela dá um pequeno pulinho da cadeira. Então ela afasta a caneca gigante de cerveja que já estava com menos da metade para o centro da mesa e cruza as mãos sob as pernas encarando o nada seriamente. Nessa situação eu só faço o que me cabe fazer, começo a rir.
  -Sword HIC – ela diz soluçando – Eu posso estar bêbada, mas eu acho que o cara de defunto HIC tá olhando pra mim HIC
  Eu começo a olha na mesma direção que Garrias estava olhando, e aquele homem, o cara com penas de pavão na mão estava realmente encarando ela. Olhando melhor agora ele tinha mais 6 penas tatuadas na outra mão, são 12 penas de pavão no total, 6 em cada mão. Isso será que significa alguma coisa?
  -Garrias, você consegue ficar de pé?
  -HIC... mão
  Mão? Que tipo de tolerância a álcool ridícula é essa? Ela nem bebeu uma caneca inteira e já tá pior do que o bardo. Droga, o que eu faço, aquele cara, claramente quer a princesa... grande ideia vir pra um bar numa cidade ilhota extremamente criminosa.
  -Garrias, por favor, não se mecha ou fale muito alto, o que eu vou fazer agora é extremamente delicado e se uma só coisinha der errado, tudo vai dar errado.
  Pego na mão dela e aperto um pouco, pra pode sentir o mana dela e tentar replicar. Ela fica bem corada, acho que o álcool tá fazendo mais efeito agora. No momento que consigo sentir o mana dela com precisão suficiente, eu o replico com o ‘fantasma da espada’, criando uma cópia dela e minha ao mesmo tempo e completo a ação utilizando o ‘passo fantasma’. Eu e Garrias ficamos encobertos pelas faixas de manas que tem no local, nossos clones feitos com o fantasma da espada caminham saindo do bar. Como eu imaginei, no mesmo instante aquele homem e as duas figuras enormes que caminhavam com ele vão atrás dos dois fantasmas da espada que criei. Algum momento depois eu desativo o passo fantasma, já estava ofegante, manter uma técnica como essa é requer muita aura, manter para duas pessoas então é exaustivo em níveis que eu nem consigo explicar.
  -Pronto, acho que estamos seguros por hora, mas precisamos voltar para o navio, esse lugar não é seguro.
  -Hic, “eu conseguo coidar de im meusma” HIC.
  -Ainda estou perplexo que você ficou bêbada só com meia caneca de cerveja. Vamos logo
  Me levanto tentando apoiá-la em mim e agarro o bardo pelo colarinho que sai com um violão tocando do bar, mesmo eu o arrastando ele continua tocando até chegarmos ao navio. Deixo o bardo escorado em qualquer barril que estava ali, ele não queria ir para o quarto de jeito nenhum. Acompanho Garrias até o quarto e a deixo em sua cama, ela já estava dormindo a essa altura e durante seu sono de bebedeira ela sussurra algumas palavras como; “preciso melhorar minha cura para ajudar o Sword”. Eu fico um pouco constrangido com isso e só saio do quarto.
  Subo ao deck superior para tomar um ar, além do bardo tocando violão estando dormindo, estou impressionado como isso é possível, o homem do braço de polvo também estava ali. Vou até ele para tirar algumas dúvidas.
  -Oi, errr... eu realmente preciso saber seu nome para não te chamar de homem do braço de polvo
  -Eu sou Akolyolypopylusipopodaramcheislariokinai
  -Tem apelido?
  -Me chamam de Bubble
  -Acho que é mais fácil assim. Bom, Bubble, posso te perguntar uma coisa sobre algo que vi hoje
  -Se eu puder responder
  -Então, eu vi hoje um homem estranho, com uma tatuagem estranha. Acho que essa tatuagem talvez signifique algo, você sabe de alguma coisa sobre tatuagens de pena de pavão?
  -Você viu alguém com essas tatuagens? – ele pergunta inquieto
  -Bom, sim, eu vi um cara com 6 penas em cada mão no bar que estávamos.
  -6 em cada mão? Esse cara tinha uma bengala com a cabeça de um pavão de ouro?
  -Sim, como sabe?
  -Bom, ele é um dos 12 penas do pavão
  -12 penas do pavão? Não entendi  
  -Bom, vou te explicar direito. O Pavão é uma organização criminosa procurada em todos os países que pertencem e respeitam a união da rosa. Eles estão envolvidos em todo tipo de coisa ilegal, assassinatos de reis e políticos, terrorismo, venda de órgãos, escravatura entre outras coisas.
  -São uns lixos de pessoas. Então por que os governos não fazem nada a respeito dessa organização?
  -Bom, eles até tentam fazer alguma coisa, o problema é que um só membro do Pavão consegue dizimar um exército inteiro. Um bom exemplo disso é Lethierdan.
  -Espera aí, a queda de Letherdan foi ocasionada pelo Pavão?
  -Por apenas um membro do Pavão. Era um 3 penas, ele sozinho acabou com o exército elogiado de Lethierdan, assassinou mais de 7 milhões de pessoa, um genocídio. E destruiu o sistema político da área impossibilitando o país de se reerguer.
  -E aposto que não sabem quem é.
  -Poucos membros do Pavão tem a identidade revelada, a maioria dos que tem identidade revelada é porque não querem se esconder. Até hoje, só foi descoberta uma identidade de um membro do Pavão que não foi revelada propositalmente como as outras.
  -É o cara do bar?
  -Não, esse cara é excêntrico, ele gosta de aparecer. A identidade dele, ele mesmo revelou porque gosta de ser o centro das atenções. Ozzy Frankenstein, é assim que ele se chama.
  -Espera aí, um membro do famoso clã Frankenstein? Não dá para acreditar, por que alguém daquele clã se corromperia?
  -Pois acredite. Ozzy adora mostrar suas criações, aqueles autômatos e quimeras horríveis. Tenta esquece esse cara, os membros do Pavão não são brincadeira, principalmente o Ozzy. Ele é um 12 penas como vocês mesmo mencionou, quanto menor o número de penas, maior o perigo do Estagnado.
  -Estagnado?
  -Quando você abandona totalmente as leis e regras da união da rosa, é assim que te chamam.
  -E quantas penas existem dentro dessa organização?
  -Muitos supõe que existem diversos membros, já que um pavão em seu auge pode ter até 250 penas, alguns dizem que existem poucos membros e que cada pena representa uma parte de seu poder selado naquelas penas.
  -Mas se fosse essa a lógica, não seria algo contrário? Tipo, quanto mais penas mais poder? Já que teriam mais lugares para selar o poder
  -Pensa comigo, se você dobrar um papel fino, você consegue dobrar ele diversas vezes, não é?
  -Sim
  -E se dobrar um papel mais expeço, não consegue dobrá-lo. Bom, as penas deles funcionam mais ou menos assim, quanto mais poder você tem, menos penas existem em seu corpo para selar, quanto mais penas menos poder. Isso obriga o membro com a tal quantidade de penas a se esforça mais para depender menos do poder selado. Os membros que têm poucas penas, são monstros por natureza, são pessoas que mesmo que não tivessem poder algum, somente com os punhos arruinariam reinos e países inteiros. Se você realmente viu Ozzy Frankenstein, fique longe. Ele é alguém que você jamais conseguiria lutar.
  -E o que ele faz em Port Seanesse?
  -Quando vocês foram ao bar, mesmo que no caminho, viram alguma mulher na rua?
  -Agora que mencionou, não vi nenhuma além da própria Garrias
  -Eu deveria ter avisado a vocês, mas nascer mulher nesse lugar é uma maldição. O tráfico de mulheres aqui é o mercado mais lucrativo que existe, deu sorte de ninguém ter tentado algo com Garrias.
  -Na verdade, um tentou. Ozzy tentou
  -Então é por isso que ninguém os atacou, Ozzy é sempre o primeiro a saber sobre carne nova na ilha. Como a maioria o respeita, eles meio que esperam o Ozzy agir para só depois irem atrás. Se Ozzy estava interessado na Garrias, então ninguém se atreveria a encostar um dedo se quer nela.
  -Tráfico de mulheres? Que coisa...
  -Repugnante? Guarde suas palavras de ódio garoto, o mundo fora de Aúdases é um caos total, dos grandes reinos da guerra, Aúdases é o único que tem o índice de criminalidade tão baixo. Não adianta ficar aqui dizendo palavras e palavras, no fim, palavras não mudam nada!
  -É só que isso me indigna tanto que eu não...
  -Pode ficar parado? Como eu disse, nem tente garoto. Ozzy está acima de seu nível infinitas vezes. Dizem que ele se aproveita do tráfico de mulheres nas localidades para conseguir cobaias para seus experimentos nada éticos. O leilão deve começar em breve do outro lado da ilha.
  -Espera, o local é sempre o mesmo?
  -Sim garoto, mas antes que pergunte a resposta é não, as autoridades do local não fazem nada a respeito. Port Seanesse nem mesmo tem uma base de guilda aqui para criar missões para as párias. Então dá para dizer, que Port Seanesse é um lugar sem aventureiros. Pra você ter uma ideia, hoje a luz do dia perto de um suposto policial, alguns mercantes estavam conversando sobre um carregamento de pessoas que chegaria à ilha. Esse lugar é um poço de perdição. Enfim, eu vou dormir garoto, até amanhã, recomendo que faça o mesmo, partimos ao amanhecer.
  -Boa noite Bubble.
  Eu realmente queria ficar sem fazer nada, mas eu não sou assim. Pouco me importa o que é o Pavão. Eu vou salvar essas pessoas, pelo menos enquanto eu estiver aqui. Caminho até o cais e lá fico aguardando o tal navio.
  De longe se via um navio chegando ao cais, era uma Fragata, com diversos canhões. O navio era todo preto e com um símbolo de realeza se destacando por ser de um vermelho vivido. O ar ao redor do cais cheirava a dejetos de gaivotas e a peixe podre. Cinzas escureciam o céu. A água abaixo estava encharcada com um resíduo expelido pelos milhares de corpos afundados por anos na água.
  A primeira a descer do navio é uma garota de cabelos vermelhos como fogo, ela estava amarrada em correntes, e com o que se parecia uma focinheira? Atrás dela uma mulher com cabelos negros que quase não se via na escuridão do cais, e a mulher só se destacava pelo seu longo sobretudo vermelho, mas ainda assim o vermelho mais forte não era o do sobretudo e sim o dos cabelos da garota acorrentada. O homem que vi mais cedo, Ozzy Frankenstein, ele foi de encontro a essa mulher. A mulher se dirige a ele se curvando, algo novo para mim é ver a realeza se curvar. Assim que se levanta ela joga a garota acorrentada ao membro do Pavão, já dizendo “como combinado, a garota que me pediu”. Quieta a garota foi agarrada pelos seus longos cabelos vermelhos, mesmo sujos eles ainda refletiam o brilho da luz da lua, arrastada morro acima pelos becos e vielas da portuária cidade, suas pernas e braços já estavam ralados e com enormes arranhões por ser arrastada. A garota aparentava ter 11 anos, talvez menos. Então me pergunto, por que ela?

“porque ela?” pensei

“porque nasceu já destinada a morrer?”

“porque ela tem que passar por tudo isso?”

Logo, várias mulheres são retiradas do navio, todas sendo levadas morro acima pela cidade, será que estão indo rumo ao leilão? Eu vou segui-los, eu não vou deixar esse leilão acontecer. Não hoje!


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