Invisible String escrita por Lady Anna


Capítulo 1
Era uma vez, um mito


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas! Como vocês estão?
Mais uma vez, minha carreira fanfiqueira é salva pelo amigo secreto do ocean's 11! Sério, se não fosse por essas meninas incríveis, eu dificilmente estaria escrevendo agora hahaha mas vamos lá: nesse amigo secreto, eu fiquei muito feliz quando vi o nome da Clari no sorteio! Amiga, eu adoro sua escrita e acho sempre TÃO poética♥ sou apaixonada, de verdade!
Quando fui escolher a música, eu pensei muito na sua exigência de personagem: Hugo Weasley. Confesso que nunca pensei em escrever algo focado nele e foi um desafio encontrar algo que eu achasse que você fosse gostar. Porém, eu sabia que Invisible String era uma de suas músicas favs do folklore (agradecimentos as mensagens do grupo!!!), então decidi pesquisar mais sobre esse mito e trazer ele aqui! Espero que você goste de ler tanto quanto eu gostei de escrever!
Beijoos e nos vemos nas notas finais♥



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Enquanto o vento bagunçava seus cabelos ruivos e encaracolados, Hugo Weasley admirava a decoração do Chalé das Conchas. Passar parte das férias com os tios era uma das coisas mais importantes para o garotinho de sete anos, não apenas por reunir todos os primos em brincadeiras na praia até a lua despontar no céu, ou pelas longas horas que tia Fleur passava lhes contando mitos sobre o amor, a amizade e, segundo palavras da própria francesa, “tudo de mais lindo que há nessa vida, mon chéri”. O que mais o encantava era a aura mágica que cercava aquela casa: as ondas batendo na areia e carregando os grãos, o cheiro de maresia acompanhado do vento morno e as suaves notas musicais envolvendo-os, seja pelo cantarolar de Fleur ou saindo do radinho trouxa que tio Bill comprou. 

 – Por que você está aqui, sozinho, querido? – Tia Fleur, perguntou, o sotaque francês transparecendo nas palavras. – Algum de seus primos foi mal com você?

Hugo balançou a cabeça, negando. Então, apontou o pequeno dedo indicador para o quadro novo na parede, no qual duas mãos estavam emaranhadas por um fio vermelho.

— É novo, não é? – Fleur assentiu. – Muito bonito. Tia, o que significa?

Fleur sorriu, pegando o pequeno no colo e sentando-se no sofá de frente para o quadro. Passando a mão pelos cabelos revoltos e imaginando que logo precisaria fechar a janela, pois o frio se embrenhava rapidamente, ela olhou nos olhos curiosos do sobrinho, percebendo ali o mesmo amor pela arte.

— Um mito chinês afirma que, nos primórdios da humanidade, os seres humanos eram completos, o que quer dizer que tínhamos o dobro de tudo que temos hoje. Dois pares de olhos, dois corações, duas barriguinhas – afirmou, fazendo cócegas no sobrinho e arrancando risadas. – Mas, então, os homens superestimaram sua força e sua inteligência. Eles decidiram lutar contra os deuses e os desafiar.

— Isso nunca é uma boa ideia – disse Hugo, lembrando-se dos mitos gregos que conhecia.

— Não mesmo, pequenino. Obviamente, os humanos perderam e como castigo foram partidos ao meio, condenados a viver sem metade de sua alma, a qual estaria atrelada a outra metade do corpo.

— Isso parece horrível!

— Oui, oui. Mas não se desespere! Os humanos ainda podem encontrar a outra metade de sua alma. É aí que o quadro entra: as duas partes da alma estão conectadas por um fio invisível e são destinadas a se encontrar em vida.

— Um fio? E se ele arrebentar?

— Esse fio não é frágil, Hugo. Ele pode se emaranhar e ter nós, mas nunca se partir. As duas partes da alma sempre estarão juntas por essa singela ligação.

Hugo assentiu, parecendo processar tudo da melhor forma que conseguia. Por fim, perguntou:

— Tia Fleur, você acha que todas as almas gêmeas se encontram?

Enquanto acariciava os cabelos do sobrinho, um sorriso triste surgiu nos lábios de Fleur.

— Oh, mon chéri, eu acho que não. Talvez apenas as almas mais desesperadas se encontrem, aquelas que precisam mais dessa ligação. Não sei, porém, muitas pessoas aceitam o relacionamento que acreditam merecer e isso não é o bastante – Hugo arregalou os olhos, muito concentrado nas palavras dela. – Apenas o amor verdadeiro acalma a alma e purifica o coração. Me prometa, Hugo, que você nunca aceitará menos do que merece, porque você é um garoto incrível.

Naquele momento, o pequeno Weasley teve certeza que tia Fleur encontrara em tio Bill a outra metade de sua alma. Também acreditava que seu pai e sua mãe tinham encontrado as pontas deste fio um no outro. Sorrindo, desejou acima de tudo, encontrar aquilo para si mesmo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Pensei muito em qual personagem apresentaria esse mito para o Hugo e, no fim, não havia ninguém melhor do que nossa francesa favorita! Consigo visualizar perfeitamente a Fleur contando todas essas histórias apaixonantes para os sobrinhos e filhos!
Deixem comentários e me digam o que estão achando!
Beijoos



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