Nine Lives escrita por Shalashaska


Capítulo 3
Lábios Vermelhos




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Harry Osborn dirigiu até o apartamento de Felicia na Upper East Side e observou bem o vestido preto e branco dela antes que ela entrasse no carro. Já sentada, ela lhe ofereceu um sorriso de falsa inocência.

“Não quero chamar atenção.”

“É por isso que você está usando um batom vermelho.”

“Reparando nos meus lábios, huh? Deveria reparar em outras coisas.”

“Espero que seja um daqueles que não sai fácil.”

“Quer testar?”

Ele riu.

“Talvez depois.”

Uma mulher bonita e inteligente atraía simpatia em festas esnobes, ou melhor: falsa simpatia por inveja e o interesse de quem ardia por se exibir. Talvez tenha sido por isso que seu pai tenha se casado com sua mãe, mas Harry não quis pensar nisso. O plano era arrancar informações das pessoas, encontrar Hoffman e investigar Lennox. Álcool abundante e os sorrisos de Felicia tornariam tudo mais fácil.

E se ele pudesse provar seus lábios depois, muito bem. Se antes o profissionalismo o mantinha distante, saber da probabilidade dela não ter boas intenções sobre a Oscorp agora o acalmava. Os dois não prestavam.

Já na festa, se dividiram.

Com champanhe na mão, Felicia ria de uma piada ruim de pesquisadores sem traquejo social. Enquanto sondava-os sobre a Big Pharma, pensava nos últimos nove dias. Sabia que iria roubar Harry Osborn, mas o quê? Para quem? Parecia ter sido sucedida, pois ninguém havia entrado em contato para cobrar depois e Harry apenas suspeitava do furto. O que a incomodava de verdade era ter sido passada para trás, então seguia investigando com Osborn.

Embora devesse admitir que sentia muito por ele ser solitário. Aproximou-se ao notar a expressão azeda dele, perto do dândi que Lennox era.

“Vim salvar você”, riu. “Ora, meninos! Uma festa dessa e todos falando de trabalho?”

“Estamos todos chocados com a Big Pharma”, Harry revelou o assunto, como quem nada quer. Lennox mordeu a isca e desatou a falar.

“Oh, não, querido. Quando a fábrica explodiu há quinze anos, aí sim foi um mistério interessante.”

“Chocante mesmo é a retomada da produção independente. Hoffman nem está aqui.”

Felicia estreitou os olhos, esperando Lennox.

“Dizem as más línguas que ele vai revolucionar o mercado. Não vai comprar as ações de volta, Osborn?”

“E nós não vamos nos divertir, não?”

O dândi tomou outro gole de champanha e lançou um olhar sugestivo.

“Acho que nós três conseguimos achar uma boa diversão.”

Eles já sabiam o que fazer, só divergiram nos métodos: Depois de encontrar um cômodo privativo na mansão, Felicia abraçou Lennox antes de rapidamente apertar um ponto de sua pulseira brilhante, mirando no rosto dele. Em poucos segundos, ele caiu desacordado.

“Felicia!

“Ele sabe que eu confiro as ações e as vendas de insumos. Ele estava investigando a gente de volta. Quer informações privilegiadas.”

“Me importo de ser pego! E me preocupa entender que foi você que apagou nossa memória.”

“É apenas um sonífero e ele já estava meio bêbado. E por que eu apagaria a minha memória?”

“Como sei que está sem memória mesmo?”

“Não quer minha ajuda, tente me matar.”

Ele suspirou. A história estava longe do fim.

“Eu preciso de você. Do seu batom. E da sua pulseira.”


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Notas finais do capítulo

Harry Osborn deveria reparar mais nos truques da Gata, mas a gente sabe que existem outras coisas que chamam mais a atenção.



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