Paternidade Surpresa (Severitus) escrita por Srta Snape


Capítulo 3
Capítulo 3 - Paternidade




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Capítulo 3 - Paternidade

O alvoroço no jantar era completamente entendível, a carruagem de Bauxbatons e o navio de Durmstrong chegaram alguns momentos antes do jantar. Os alunos de Hogwarts estavam curiosos e animados com os visitantes. Dumbledore ordenara que o castelo fosse limpo e enfeitado para receber os convidados. Todo o corpo docente precisava estar presente no jantar, até mesmo Madame Pince, a bibliotecária que nunca comia no salão, estava devidamente acomodada na primeira cadeira da mesa. Em seu centro encontrava-se Dumbledore e ao seu lado Snape.

O mestre de poções desejava ficar em seus aposentos, se fechar entre quatro paredes e se enterrar nos pensamentos e dúvidas que o assolavam junto com as lembranças frias do passado, no entanto ali estava ele, sentado mexendo os dedos da mão nervosamente enquanto observava os alunos entrarem e se instalarem nas mesas conforme suas casas. Jamais admitiria, mas seus negros olhos esquadrinhavam cada rosto que passava pelas portas do salão. Ainda que nada estivesse confirmado, ainda que desejasse descobrir que Lilian não mentiu daquela forma para ele, algo o fazia buscar o rosto dele na multidão. Snape procurou o rosto de Thiago Potter e o encontrou em Harry Potter que entrava pelas portas acompanhado dos amigos e caminhava até a mesa da Grifinória. Levou a taça de prata aos lábios e tomou um gole de vinho vendo que o menino parecia bem sem nenhuma sequela do acidente que acontecera em sua sala.

Era tão estranho, nunca tivera um vínculo sentimental com ele, ainda que o fizesse lembrar Thiago, o que mais demonstrava era o desprezo, como se o garoto não fosse nada mais do que um inseto que o irritava e que desejava que sumisse, mas que sempre estava a lhe incomodar. Mas agora apenas o fato de ter visto aquela marca nas costas do garoto fazia com que ele, um homem normalmente controlado, se sentisse nervoso apenas ao observar o aluno conversando. Parecia que algo queimava seu interior.

Dumbledore percebera o nervosismo de Snape devido a mão do mestre de poções que não parava de mexer os dedos, ato que sempre fazia ao se sentir ansioso. Apenas quem o conhecia de verdade sabia desse pequeno detalhe, pois seu rosto era impassível.

Devagar enquanto os últimos alunos chegavam Dumbledore postou sua mão sobre a de Snape fazendo o mestre perceber o ato e então respirar fundo espalmando a mão na mesa.

— Tem que ser hoje, Alvo. Não vou conseguir esperar.

— Tudo bem. Depois do jantar.

Snape assentiu e assistiu Dumbledore se erguer e ir para frente falando com os alunos sobre os convidados que entraram logo em seguida. Houve um alvoroço no salão quando o diretor anunciou o torneio Tribruxo. Snape não tinha concentração para nada, sua mente não parava de fazê-lo pensar em Harry Potter. Seus olhos o esquadrinhavam a cada segundo, observavam seus gestos enquanto falava, comia e ria.

E se fosse realmente seu filho? E se aquele menino de 14 anos carregasse de fato o seu sangue em suas veias? Seria capaz de ser pai? Como ter algum vínculo sentimental com aquele que sempre fora o motivo de seu descontentamento?

Eram muitos pensamentos, sentia-se afogado por eles e desejava mais que tudo que o fim do banquete chegasse e finalmente colocasse fim naquela angústia. O único momento durante o jantar em que sua mente despregara-se do menino fora quando Karkaroff tentara puxar assunto servindo mais vinho em sua taça. Não havia como não sentir desprezo por aquele homem. Um ser fraco e covarde que quisera o incriminar para livrar sua pele. Não que isso não fosse esperado de um verme mau caráter como Karkaroff, mas ainda assim Snape se recordava muito bem daquele fato.

Ao final do jantar, quando os alunos começavam a se levantar com a barriga cheia e a cabeça fervendo com as novidades que foram ditas naquela noite, Snape se aproximou da mesa da Grifinória e a cada passo para mais perto do menino seu estômago apertava. Estava nervoso, nervoso como há muitos anos não ficava e apenas por falar com um garoto magricela do quarto ano.

— Senhor Potter. - Chamou fazendo o menino virar-se e o encarar. - Se apresente em 10 minutos na sala do diretor.

— Por quê?

— Se deseja mesmo saber, não se atrase.

O mestre de poções deu as costas para o garoto e saiu do salão pisando firme, caminhou entre os corredores e foi diretamente para a sala do diretor que já estava devidamente sentado em sua cadeira atrás da escrivaninha.

— Sua angústia acabará logo, meu rapaz.

— Ou só aumentará caso seja verdade.

— Caso seja verdade você terá ganhado um filho. Encare como um presente.

— Não gosto de presentes.

Dumbledore apenas sorriu e se levantou no exato momento em que três batidas eram ouvidas na porta.

— Harry, meu garoto, entre por favor.

— O senhor queria falar comigo, diretor? - Perguntou Harry olhando de Dumbledore para Snape devidamente sentado na cadeira diante da escrivaninha, com pernas cruzadas e os dedos entrelaçados. O professor não olhou para ele.

— Sim, Harry, eu preciso de sua ajuda para descobrir uma informação importante sobre sua linhagem.

— Minha linhagem? Que tipo de informação? - Questionou Harry franzindo a testa.

— Temos uma suspeita de uma pessoa que pode ser um parente seu e queremos confirmar essa informação. - Disse Dumbledore olhando firmemente para Harry. - Entenda que não posso lhe dar muitas informações no momento, não até eu ter certeza de tudo. Você é meu aluno e por isso minha responsabilidade enquanto estiver dentro dessa escola. Sabe tão bem quanto eu que os seguidores de Lord Voldemort estão por aí aterrorizando as pessoas e todo cuidado é pouco.

— O senhor acha que um seguidor dele pode tentar se aproximar de mim dizendo ser um parente meu?

— Sim, exatamente isso.

Harry franziu a testa para o diretor, mas sua confiança no homem era tão grande quanto sua curiosidade, por isso apenas assentiu.

— Ótimo, agora Harry eu o farei dormir por alguns minutos apenas e quando acordar poderá ir para o dormitório.

— Quando eu acordar o senhor já terá a resposta sobre essa pessoa?

— Não, vou precisar de mais algum tempo. Mas te informarei quando tiver a resposta.

— Tudo bem. - Respondeu Harry olhando para Dumbledore e vendo em sua visão periférica que Snape se levantara e parara atrás de si.

— Então agora, Harry, durma. - Disse Dumbledore tocando a mão enrugada em sua testa.

Imediatamente o corpo de Harry adormeceu e o menino cairia no chão se Snape não lançasse um feitiço fazendo-o flutuar deitado. Com cuidado o mestre de poções o colocou em cima do sofá dos aposentos do diretor e se afastou.

— Severus, isso será rápido, mas não terá volta.

— O feitiço cria algum vínculo entre o menino e eu?

— Não, nenhum. Mas se o feitiço indicar que você é de fato o pai dele não terá como desfazer. Você pode até mesmo negar e não querer nada com Harry. Ele seguirá a vida normalmente, visto que todos os registros bruxos estão como sendo o Thiago o pai dele. Mas você sempre saberá que esse menino é seu filho e carrega o seu sangue, seus genes. Esse conhecimento não poderá ser tirado de você, pois mesmo apagando sua memória, restará o conhecimento que corre em suas veias. - Dumbledore olhou intensamente nos olhos negros de Snape - Está realmente disposto a isso?

Snape olhou de Dumbledore para Harry ressonando tranquilamente no sofá. O menino que sempre fora o flagelo de sua existência era agora a possibilidade de um futuro que jamais imaginou. Não poderia viver com essa dúvida. Ainda que tivesse grande chance de ser verdade, tinha que arriscar.

— Eu preciso saber.

— Está bem. Coloque sua mão direita em cima do coração dele e segure a mão direita dele colocando a em cima do seu coração.

Snape se ajoelhou ao lado de Harry e espalmou sua mão onde estava o coração dele, pôde sentir o batimento lento e ritmado, então pegou a mão dele, pequena demais para alguém daquela idade, e colocou em cima de seu coração que agora batia em um ritmo mais acelerado.

— Eu vou fazer o feitiço, se a paternidade for negativa nada acontecerá, eu vou acordar Harry e ambos seguirão a vida como sempre fizeram. Agora, se depois de recitar o feitiço houver uma luz vermelha passando pelo corpo de vocês, indo do coração de Harry para o seu através de sua mão e braços e do seu coração para o dele através da mão e braço dele, então quer dizer que a paternidade foi confirmada e o sangue que corre em suas veias também corre nas veias dele.

Snape assentiu sentindo os cabelos esconderem seu rosto concentrado em pedir que nada acontecesse.

No entanto seus pedidos foram em vão, pois Dumbledore se concentrou, apontou sua varinha para os dois e fez o feitiço que os atingiu como uma leve brisa de primavera esquentando seus corpos antes de uma luz acender em seus peitos. Snape arregalou os olhos quando avistou como se fosse o sangue mágico correndo do coração pulsante do menino para seu braço e indo diretamente para seu próprio coração que em seu lugar bombeou o sangue pelo braço dele e diretamente para seu coração, formando um ciclo. Imediatamente o homem soltou a mão de Harry e se levantou afastando-se e encarando Dumbledore.

— Ele é meu filho - Sussurrou.

— Realmente é algo que jamais imaginei que pudesse acontecer. - Comentou Dumbledore olhando Harry ainda dormindo. - Agora, tudo depende de você, Severus.

— Como assim? - Questionou o encarando.

— Você pode aceitá-lo como seu filho legítimo, contar a verdade a ele e conhecê-lo de verdade ou pode negar a si mesmo a paternidade. Esse feitiço não tem vínculo com o Ministério, sendo assim não tem nada oficial, Harry permanece como filho de Thiago e Lilian. O que você quer?

— Não posso dar uma resposta dessa magnitude assim do nada, Alvo. Eu passei anos odiando esse menino por ser filho daquele idiota e agora descubro que é o meu sangue e de Lily dentro dele. O de nós dois. - Disse Snape alterando a voz e sentindo o rosto ficando vermelho. O homem respirou fundo sentindo que estava se perdendo por dentro com aquela notícia. Tentando se manter calmo passou a mão nos cabelos negros, ergueu a cabeça e olhou para o menino por alguns segundos. - Eu não posso, Alvo, não tenho condições de dar uma resposta agora. Preciso de tempo. Preciso pensar.

— Tudo bem. Tome seu tempo e quando estiver pronto me informe a sua decisão. Pense bem, Severus. Harry é seu filho, talvez essa ligação seja uma surpresa boa, talvez seja o que você precisa, meu amigo. – Dumbledore disse sorrindo e tocando o ombro de Snape. – Vou acordá-lo agora, se quiser pode ir. Não precisa ficar, apenas se quiser.

Apesar de demorar um pouco para responder, Snape assentiu levemente antes de levar as mãos aos cabelos de novo colocando-os para trás. Dumbledore se aproximou de Harry colocando sua mão na testa do menino com cuidado.

— Acorde.

Harry abriu os olhos imediatamente, a sensação era como se tivesse apenas piscado com uma diferença de que estava em pé antes e agora estava deitado com Dumbledore o olhando de cima enquanto sorria.

— Está se sentindo bem, Harry? – Questionou ajudando o menino a se sentar.

— Sim, estou bem. – Disse se levantando e arrumando o suéter da Grifinória.

Apesar de parecer tudo igual sabia que algo havia acontecido, pois Snape tinha um olhar estranho, o encarava como sempre, mas dessa vez não sentia a onda de hostilidade e podia ver que os olhos negros estavam carregados de algo pesado e intenso.

— O senhor conseguiu? – Perguntou voltando-se para Dumbledore.

— Sim, sua colaboração foi muito importante Harry. – Disse o diretor colocando a mão no ombro do menino e levando-o até a porta. – Vamos descobrir a verdade sobre essa pessoa e se ela for realmente de sua família eu o informarei e os apresentarei.

— O senhor não pode mesmo me dizer quem é?

— Eu prefiro não contar nesse momento, não até que tenha certeza. Agora é melhor voltar para seu dormitório, precisa descansar bem para as aulas amanhã.

Harry abriu a boca para dizer algo, mas sabia que era uma luta perdida. O diretor não diria nada naquele momento, teria que aguardar o momento certo que seria quando Dumbledore achasse que era certo. Conhecia pouco o homem, mas o suficiente para saber que não restava fazer mais nada além de atravessar aquela porta e ir para seu dormitório onde com certeza Rony e Hermione estariam aguardando para saber de tudo.

Dumbledore fechou a porta atrás de Harry e então se virou para Snape que encarava a porta de madeira como se a resposta sobre o enigma da vida tivesse acabado de passar por ela.

— Agora a decisão é sua, meu filho, leve o tempo que precisar para tomar uma decisão. – Disse Dumbledore voltando a se sentar na cadeira atrás da mesa, Snape permanecia em pé. – Me permite um conselho?

— Adianta dizer não?

— Harry é um garoto maravilhoso, Severus, tem muita coisa de Lillian dentro dele e muita coisa dele mesmo. Você sempre o viu como uma cópia do Thiago, principalmente pela aparência, mas agora você tem a oportunidade de descobrir quem é o verdadeiro Harry Potter, talvez encontre até mesmo algo de você nele. Quem sabe? Uma oportunidade dessas não acontece sem motivo?

— E qual motivo seria?

— Não posso lhe dar todas as respostas, meu caro, alguma você terá que descobrir sozinho.

Snape revirou os olhos e sem dizer nada girou sobre os calcanhares e saiu do escritório. Sua cabeça começava a latejar com uma leve e previsível dor. Tudo que queria era deitar-se em sua cama e se entregar ao sono sem sonhos que uma bela poção poderia lhe dar. Ao virar a esquina do corredor que levaria até as escadarias encontrou um aluno parado no meio do corredor. Mesmo de longe já sabia que era Harry Potter. O garoto deveria estar na torre da Grifinória naquele momento, no entanto estava ali parado com uma mão na testa e outra apoiando-se na parede.

Respirando fundo sentiu a necessidade de ralhar com ele, estava fora do dormitório após o horário, visto que já dera tempo mais do que o suficiente de ir do escritório do diretor para a torre da Grifinória. Um sorriso torto quis se formar em seus lábios, mas algo mais começava a acordar dentro de si enquanto chegava mais perto, era um sentimento muito novo e pesado e que só conseguiu entender quando se colocou de frente para o menino e o viu com a expressão de dor enquanto suor escorria de sua testa e seus dentes estavam cerrados com força.

— Potter? – Chamou aguardando uma resposta que não veio. – Potter, está me ouvindo?

E então Snape entendeu que aquele sentimento era preocupação. Pela primeira vez desde que soube da existência do garoto sentia de fato uma preocupação legítima. Seu coração começava a disparar enquanto colocava as mãos nos braços dele e continuava o chamando.

— Potter! – Chamou novamente com mais ênfase.

Harry conseguia ouvir aquela voz preocupada o chamando para a realidade, no entanto a dor em sua cabeça era enorme. Parecia que alguém acertara o meio da sua testa com uma chave de fenda e agora ficava rodando fazendo-a entrar bem no meio do seu cérebro centímetro por centímetro. Faltava pouco para começar a gritar, no entanto, antes de chegar a esse ponto conseguiu ouvir aquela voz de novo e dessa vez tentou se concentrar nela.

— Potter, se concentra na minha voz.

"Está bem" Harry queria dizer, mas não conseguia devido os dentes cerrados. Tentou se afastar da dor e ir para a voz que o chamava, ainda não conseguia distinguir quem era que estava chamando, imaginou ser o professor Moody, pois um pouco antes da dor começar, enquanto voltava para o dormitório, avistou o professor entrando no salão de estudo onde agora estava o cálice de fogo. Entretanto aos poucos, enquanto a dor começava a passar e conseguia se concentrar melhor na voz que o chamava percebia que não era a voz de Moody, era uma voz mais macia, não tão grossa apesar de rouca. Foi somente quando a dor cessou por completo que conseguiu abrir os olhos e encontrar Snape a sua frente o olhando de uma forma completamente diferente, com clara preocupação.

— O que houve, Potter? – Questionou o professor recolhendo as mãos que seguravam os braços do menino e arrumando a postura. – O que foi tudo isso?

— Minha cicatriz, ela começou a doer demais. – Respondeu Harry ainda passando a mão na testa.

— Isso sempre acontece?

— Não.

— Talvez devesse ir para a ala hospitalar.

— Não precisa, professor, já não está doendo.

— Certeza? – Questionou Snape não entendendo o porquê apenas não ia embora após retirar pontos da Grifinória.

— Sim, professor, está tudo bem. – Respondeu Harry franzindo a testa. Ainda que fosse um aluno que aparentemente não estava bem, Snape não era do tipo de professor que se preocupava e sim que arranjava algum motivo para culpar o aluno. A verdade era que sua cabeça ainda doía um pouco, mas era mais para uma leve enxaqueca e sabia que só precisava dormir, por isso foi com alívio que viu o professor Moody sair da sala de estudos. Percebeu que a princípio o professor olhou surpreso para os dois, possivelmente por não estar esperando encontrar alguém aquela hora no corredor.

— Está tudo bem por aqui?

Snape soltou um leve rosnado ao ouvir a voz de Moody as suas costas. Harry viu claramente os lábios finos do mestre de poções se crispar antes dele se virar e encarar Moody que os olhava com o olho normal enquanto o mágico rodava para todos os lados.

— Está tudo bem por aqui, Moody. – Disse Snape a contragosto. – Estou levando o senhor Potter para o dormitório.

— Pode deixar que eu levo o senhor Potter. O dormitório fica a caminho dos meus aposentos e se não me engano é sua noite de ronda. Aposto que tem algum aluno fora da cama só esperando para ser pego.

— Não se atreva a me dizer o que devo fazer. – Rosnou Snape entredentes.

Moody ignorou completamente o olhar homicida de Snape, bateu a bengala no chão e chamou Harry antes de começar a andar dando as costas. Harry passou ao lado do mestre de poções e foi embora sem nem mesmo olhar para o professor.

Snape abriu e fechou os dedos das mãos, o ódio que subia por suas veias era gritante, mas o mais problemático era não saber se o ódio era por Moody ser uma pessoa irritante ou por Harry estar se distanciando sem olhá-lo uma única vez.

A verdade é que tinha medo de saber a resposta


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