Paternidade Surpresa (Severitus) escrita por Srta Snape


Capítulo 18
Capítulo 18 – A fuga de Harry




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Capítulo 18 – A fuga de Harry

O calendário trazia 29 x marcados em cada dia, Harry colocava o último naquele mesmo instante, agora eram 30.

30 dias se passaram, um mês completo. Iria embora a qualquer momento, embora definitivamente daquele lugar para nunca mais precisar ver seus tios ou primo.

Harry se levantou da cama onde estivera sentado e passeou pelo quarto minúsculo chutando levemente o malão já fechado com todas as suas coisas ali dentro. Sua Firebolt estava devidamente presa ao lado e a gaiola de Edwiges brilhava como nunca. A coruja ficou observando o menino ir de um lado para o outro até que o sol se foi e a noite chegou. O grifinório então olhou para fora e esperou ver algum vulto negro aparecer na escuridão. Snape prometeu que viria dentro de um mês para buscá-lo, confiava nele, pois o homem prometera que seus tios não tocariam um dedo em si nessas férias e a promessa fora cumprida. Não fazia a menor ideia do que o mestre de poções fizera com os Dursleys, mas durante um mês os tios não falaram consigo, nem mesmo ficavam no mesmo cômodo que ele, o alimentavam bem e Duda parecia ter medo de ao menos olhá-lo. Apesar de estranhar no começo, Harry gostou da nova dinâmica, afinal agora quem tinha medo eram os Dursleys e não ele. Fora interessante.

No entanto a vinda de seu tio ao quarto assim que o relógio bateu meia noite não parecia um bom presságio.

— Aquele homem virá buscá-lo ou não? - Perguntou o tio da porta. Fazia tantos dias que não se falavam que era estranho ouvir o som de sua voz.

— Virá sim. Ele disse que vinha ao terminar o mês.

— Espero que venha mesmo. - Olhou no relógio que apertava o pulso gordo. - Não gosto de gente que não cumpre o que promete.

A porta bateu antes mesmo que Harry pudesse dizer que Snape não era o tipo de pessoa que faltava com seus compromissos e que ele viria sim.

Ele viria

Porém ele não veio.

Três dias se passaram e nada de Snape aparecer para buscá-lo. Chegou a mandar uma carta, mas Edwiges ainda não voltara com nenhuma resposta, o que o deixava mais nervoso ainda.

— Você prometeu. - Sussurrou ao deitar-se na cama e olhar para o teto emburrado. Nem ao menos descera para jantar, achava que vomitaria se comesse qualquer coisa.

— Ha ha, acho que te esqueceram moleque.

— Valter, não! - Exclamou Petúnia levando a mão a boca. - Sabe o que pode acontecer. Ele falou para você.

— Aquilo foi apenas para nos assustar Petúnia. - Disse Valter estendendo o dedo na direção de Harry. - E ele é o culpado de eu ainda tremer as mãos. Tudo culpa dele você ter tanto medo e Duda nem querer sair do quarto. Tudo culpa sua, seu ingrato.

— Ingrato? - Questionou Harry erguendo as sobrancelhas.

— Ingrato sim. Te demos um teto para morar, roupa no seu corpo e comida na sua boca e você nos agradece mandando aquele brutamontes vir aqui nos assustar. Pois saiba que se ele não aparecer até amanhã você vai me pagar por tudo que ele me fez.

Harry encarou o tio com a cabeça erguida, ainda que seu coração estivesse disparado dentro do peito apenas de pensar no que poderia acontecer se Snape não viesse lhe buscar. Mal conseguia ouvir Tia Petúnia implorando para que o marido não fizesse nada e tremendo o lábio de medo a cada vez que falava no que poderia acontecer com eles, mas de nada servindo uma vez que o homem estava colérico, só voltou a ouvir direito quando sua tia gritara para que fosse para seu quarto. Harry correu escada acima e trancou a porta.

Suas chances eram poucas naquele momento. Se Snape não aparecesse logo não teria muita escolha a não ser deixar-se ser espancado por seu tio ou revidar com sua varinha e ser expulso de Hogwarts.

Sinceramente não sabia dizer qual escolha era pior. Talvez deixasse seu tio descontar sua irá em seu corpo, isso já acontecera tantas vezes antes, mais uma vez nem mesmo faria diferença. No entanto quando apenas pensou nessa possibilidade seu corpo tremeu de medo, tanto medo que pegou sua varinha debaixo do travesseiro e a manteve firme na mão.

Decidido a não baixar a guarda Harry foi até a parede oposta a porta e ficou escorado nela, a varinha em sua mão.

— Por favor, Snape. Por favor.

— Por favor, Snape.

O homem implorava jogado ao chão com as mãos nos sapatos gastos de seu algoz que o olhava do alto sem nem um pingo de piedade nos olhos negros como a noite mais escura.

— Por favor, eu conto tudo.

— Agora sim.

Com um aceno de varinha o bruxo no chão sentiu seu corpo ser erguido e cordas amarrarem-no a uma cadeira. Estava tonto, sua vista manchada de vermelho, algo viscoso descia de sua cabeça, possivelmente sangue, até respirar doía, mas forcou-se a concentrar-se no homem a frente que sentava-se em outra cadeira defronte.

— Fale.

— Ele vai me matar. Por favor. - Implorou chorando o desespero que gritava em seu peito.

— Não. - Sussurrou Snape pegando os cabelos do bruxo com força e erguendo sua cabeça para olhá-lo de perto. - Eu vou matá-lo se não me contar tudo que sabe sobre os planos do Lord.

— Você é um Legilimente, por que não lê?

— Acha que sou burro? Como se eu não soubesse que o Lord lança um feitiço elaborado por ele mesmo nos comensais que assistem suas reuniões para que ninguém possa ter acesso a essas memórias com um feitiço. Você tem que contar. Então, vai contar ou não?

O comensal a sua frente chorou e enquanto revirava os olhos sem paciência sentiu uma pontada no peito que o fez se levantar e virar de costas levando a mão ao coração. Ao fechar os olhos sabia que aquela pontada, ainda que fraca significava que tinha algo errado com Harry. Atrasara-se alguns dias devido a missão da Ordem de ir atrás de comensais de quem poderia arrancar qualquer informação, mas seu aviso aos Dursley fora bem claro, não deveriam tocar no menino.

— Bom, eu poderia ficar a noite inteira aqui nesse joguinho de gato e rato com você, te socando até perder a consciência apenas para acordá-lo e bater um pouco mais. Mas uma emergência surgiu e precisarei ser mais assertivo nos resultados. Então, vai me contar agora ou depois de te cortar inteiro?

— Por favor…

— Está bem. Sectumsempra!

A varinha que estivera presa firmemente em seus dedos nas últimas horas caiu com um baque seco no tapete do quarto quando seu braço pendeu ao lado do corpo e sua boca abriu em um sono pesado que não tivera nos últimos dias devido o nervosismo de não terem ido lhe buscar. Harry nem mesmo ouvira o trinco da porta abrir e Valter entrar o olhando com raiva.

Mais um dia acabara e Snape não fora lhe resgatar.

— Valter. - Sussurrou Petúnia no corredor se encolhendo sem nem mesmo querer olhar dentro do quarto. - Por favor, não faça isso. Sabe o que aquele homem pode fazer.

— Estou farto de sentir medo daquele cara estranho. Ele não fez o que disse, não veio buscá-lo, para mim ele não volta mais e esse garoto vai me pagar pelo que aquele homem fez conosco. Acorda, moleque!

Harry sentiu a cabeça bater com força no chão quando sua perna foi puxada com violência pela mão grossa de seu tio. Com o movimento a varinha que estava pendendo em seus dedos moles rolou para baixo da cama longe de sua mão. Seus olhos ainda viam tudo embaçado devido a batida forte no chão, mas pode ver o corpo enorme do Tio se aproximando quando o homem ficou em cima de si prendendo suas pernas com o peso de seu corpo, por um momento achou que iriam quebrar, mas no seguinte qualquer dor que sentisse em suas coxas não passavam de um incômodo perto do soco que levara no rosto. O menino sentiu o gosto do sangue em sua boca quase imediatamente. Seu nariz quebrara e não conseguia respirar direito. Meio tonto Harry gaguejou pedindo para o tio parar com aquilo enquanto fugia seu olhar para suplicar ajuda para a tia parada no batente da porta, mas Petúnia apenas balançou a cabeça parecendo com dor e saiu de perto sumindo de vista.

— Acha mesmo que alguém se preocupa com você, seu moleque nojento e esquisito?

Outro soco fora desferido e Harry quase perdera a consciência, no entanto se manteve consciente o suficiente para tentar esticar a mão até a varinha jogada embaixo da cama ali perto, mas Valter percebera seu ato antes que conseguisse pegá-la e usou o peso de seu corpo para pisar em cima do braço do menino. Harry urrou de dor quando sentiu o osso se quebrando, parecia de sua alma saíra de seu corpo e voltara tamanha a dor que irradiava pelo braço. Nem quis olhar para o lado para não ver o estado que estava. Aproveitando a fragilidade do menino Valter o pegou com força pelo pescoço e o levou escada abaixo com Petúnia gritando para ele parar enquanto levava a mão a cabeça sentindo os efeitos do feitiço de Snape que causava dor cada vez que pensava em Harry maltratado. Mas a loucura é como uma língua esfomeada que lambe a pele deixando-a quente até o ponto de queimar. A loucura fez Valter abrir a porta do armário sobre a escada e tentar enfiar Harry ali dentro, mas o menino, mesmo comedido por uma dor lancinante, lutou contra os braços fortes do tio impedindo-o de o trancar naquele lugar que trazia pesadelos.

— Entra logo aí seu moleque desgraçado!

— NÃO!

O grito saiu rasgando sua garganta e sem saber como a varinha que estivera esquecida no chão do quarto voou diretamente para sua mão se fechando em seus dedos. Harry não parou para pensar no que faria ou qual feitiço usaria, apenas apontou a varinha para o peito do tio e viu o feitiço amarelo o atingir jogando-o longe de si. O homem bateu na parede oposta da sala de estar e caiu tonto no chão. Petúnia desceu as escadas ainda com as mãos na cabeça sentindo uma dor horrível e foi até o marido. Harry fechou a porta do armário sob a escada e encostou-se nela respirando fundo. Nem sabe quanto tempo ficou ali apenas apontando a varinha para os tios e respirando tentando aguentar a dor no braço e no rosto enquanto colocava os pensamentos em ordem, mas quando decidiu subir para seu quarto novamente uma coruja passou pela janela aberta e jogou um berrador aos seus pés. O berrador abriu rapidamente e despejou em cima de Harry as palavras que doeram mais do que o braço quebrado.

"Você está expulso da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts"

— HAHA! - Veio o grito da sala. Valter estava se levantando - Você agora é todo meu.

Harry não pensou duas vezes, colocou o braço quebrado junto ao corpo, limpou o sangue do rosto com a manga da blusa e correu para a porta da frente abrindo-a antes que Valter o alcançasse.

Não fazia a menor ideia de onde iria, queria apenas fugir daquela casa, ir para o mais longe possível daquelas pessoas. A dor agora dava espaço para o desespero. Valter provavelmente iria caçá-lo até achar e se vingar por ter usado um feitiço nele, sabia que se ele o pegasse acabaria morrendo, por isso correu o máximo que suas pernas conseguiam, entrava em becos e túneis. Correu até não conseguir mais e simplesmente se escondeu em um cantinho escuro em um depósito abandonado e se deixou chorar pelo medo, pela sensação de abandono, pela dor e mais ainda pela vontade de morrer e não passar mais por nada daquilo.

— Pai, porque você não veio? - Sussurrou antes de se encolher mais escondendo o rosto.

Mas Snape viera, ainda que atrasado, ele viera. Chegara à casa poucas horas após a saída do menino e no exato momento em que pisou naquela rua sentiu que algo estava muito errado. A sensação engolfante que sentia em seu corpo já lhe dizia que algo acontecera com Harry, mas o ar pesado que sentia quando aproximava-se da casa era muito maior e preocupante. Rapidamente sacou a varinha não se importando se algum trouxa veria e se apressou em direção a casa abrindo a porta da frente com um chute.

Imediatamente Petúnia correu gritando para a cozinha se encolhendo de medo embaixo da mesa, Duda desmaiou e Valter arregalou os olhos de medo. Snape os ignorou a princípio e subiu para o quarto do menino. Ao entrar sentiu o cheiro de sangue, seus olhos esquadrinharam o quarto encontrando as gotas vermelhas no tapete, sabia que aquilo era do menino. Respirando fundo fez o que deveria ter feito antes. Com um feitiço rápido diminuiu o malão e todas as coisas de Harry guardando-as em seu bolso, então desceu as escadas e sem falar nenhuma palavra apenas avançou sobre Valter que tentou se defender, mas não sabia que estava diante da ira de um comensal e mais ainda de um pai.

O sangue que Snape tirava de seu rosto com suas próprias mãos era pouco se comparado com o ódio que estava sentindo naquele momento.

— Eu avisei. - Dissera antes de voltar a esmurrar o rosto de Valter até que sentiu seu corpo mole embaixo de si.

O grito de desespero de Petúnia o alertara que conseguira o feito que queria. Valter Dursley não mais existia nesse mundo, morrera pelas suas próprias mãos agora ensanguentadas.

— Valter! Não! Você o matou, seu assassino.

— Sim, eu sou e vocês mexeram justamente com o filho desse assassino.

— Filho?

— Sim, Túnia, Harry não é filho de Thiago, é meu filho com Lily. E vocês maltrataram ele, bateram, negligenciaram. A morte de seu marido é uma consequência dos atos dele. E a sua será consequência das suas.

— Vai me socar até a morte também, seu monstro? - Disse Petúnia agarrada ao corpo do marido.

— Não, não sou adepto a bater em mulher.

— Só a matar.

— Exatamente.

Petúnia arregalou os olhos antes de ver o brilho verde do feitiço que ceifou sua vida em um instante. Snape então se virou para o menino desmaiado e apontou a varinha para seu peito.

— Enervate.

Duda abriu os olhos e se deparou com Snape em pé ao seu lado. O garoto tentou se encolher o máximo que conseguiu perto da parede enquanto pedia clemência.

— Eu dei uma chance, normalmente não sou misericordioso, mas fiz por Harry. Vocês zombaram da minha misericórdia. - Disse se abaixando diante do menino que escondia o rosto nas mãos. - Seus pais pagaram por isso, agora é a sua vez.

O menino olhou por entre os dedos e viu o corpo de sua mãe por cima de seu pai.

— Papai, mamãe!

Snape segurou o menino pelo colarinho o erguendo sem esforço ainda que ele fosse grande. Duda continuava gritando e chorando estendendo a mão em direção aos pais mortos na sala.

— Seus pais pagaram pelo que fizeram ao meu filho e agora você também pagará.

— Não, por favor senhor, não me mata. Eu não fiz nada, fiquei longe dele esse tempo todo que pediu. Eu juro.

— Acredito em você. Mas, ainda assim, sei que você cometeu um ato muito grotesco com Harry há algum tempo que o traumatizou e eu tentei respeitar a decisão dele de eu não saber, mas nesse caso eu vou procurar em você e se o que eu suspeito for verdade você me pedirá a morte.

— Não me mata, por favor, eu não quero morrer.

— Você não vai morrer, é uma criança ainda. - Disse Snape olhando seriamente para o menino e sentindo o alívio em seus olhos, então um sorriso apareceu nos lábios finos do mais velho trazendo desespero aos olhos de Duda. - Você vai desejar ter morrido. Legilimens!

Cavar aquela mente era irritante por si só, basicamente um lugar vazio de inteligencia e lotado de estupidez e mimação, menos quando Harry estava no quadro. A cada segundo que via a imagem de seu filho sendo surrado e maltratado pelo primo o deixava mais e mais irado ainda mais quando Petúnia via o sangue sair do nariz do menino e não ligava para suas denúncias de que o primo fizera aquilo. Mas o pior veio depois de procurar mais um pouco e foi o estopim ver o que acontecera com Harry quando um dos membros da gangue de Duda, um menino novo pelo que percebera, puxara Harry do banco onde estava sentado na praça até um depósito vazio jogando o no chão antes de abrir a calça e mandar que segurassem o menino de bruços.

— Você não impediu. - Sussurrou Snape agarrando o rosto de Duda com as mãos e apertando. - Podia ter dito para aquele garoto parar, mas resolveu apenas assistir e ainda mandou Harry não contar nada enquanto ele mancava com sangue no meio das pernas.

— Eu sei, eu sei, mas Nolan era novo e seus pais são muito ricos, eu não…

— Cansei de você. Crucio!

Duda gritou e gritou até bater a cabeça no chão. Seus berros eram como um deleite para Snape, o mestre de poções segurou firme a varinha até avistar sem nenhum sentimento de piedade o menino balbuciar palavras desconexas olhando perdido para o chão. A loucura chegara a ele. Um destino pior que a morte.

Agora precisava achar Harry e levá-lo embora em segurança, precisava encontrá-lo o quanto antes. Enquanto tentava imaginar onde o menino estaria ouviu um barulho vindo do andar de cima e ao olhar avistou Edwiges que voou direto para seu ombro piando alto em seu ouvido.

— Você sabe onde ele está, não sabe? - Edwiges respondeu piando alto novamente e abrindo as asas. - Ótimo, nós iremos até ele, mas antes tenho outra casa para visitar. - Disse olhando para o menino enlouquecido no chão achando que aquele poderia ser o mesmo destino de Nolan Dant também.

Em poucos minutos Snape estava fora da casa mais bonita daquele bairro e seu coração agora estava consumido com sua vingança, quase nascia um sorriso em seus lábios por suas conquistas, mas não havia tempo para isso. Edwiges, que estivera pousada no portão da casa o esperando piou assim que o viu e voou na noite indo na direção que levaria ao menino. Snape não perdeu tempo e correu com toda a velocidade atrás da ave sua capa negra esvoaçando as suas costas. Surpreendentemente a coruja o levou para onde jamais imaginou que o menino fosse se esconder. No mesmo depósito onde tiraram sua virgindade a força.

Abriu o portão devagar e tentando não fazer barulho para não assustá-lo.

— Harry? - Chamou usando a varinha para iluminar o local. Nenhuma resposta foi dada. - Ache-o. - Ordenou para Edwiges em seu ombro.

A ave piou e sobrevoou o local uma vez, então deu um voo rasante indo pousar no chão do outro lado do depósito, Snape a seguiu e a viu abrir as asas e piar para a porta de um armário pequeno.

— Sai. - Ordenou a ave antes de se ajoelhar em frente ao armário e o abrir devagar encontrando Harry desmaiado ali dentro, completamente encolhido em seus medos, com o rosto sujo de sangue seco e o braço em uma posição nada natural. - Por Merlin!

Rapidamente retirou Harry daquele armário e o colocou em seu colo sentando-se no chão e o embalando.

— Harry? - Chamou baixinho tocando no rosto do menino. Havia uma respiração muito fraca que o deixava mais calmo por saber que ele estava vivo, mas ainda não sabia as extensões de seus ferimentos. Precisava tirá-lo de lá.

Com um aceno de varinha fez aparecer um pedaço de pergaminho onde escreveu algumas coisas de forma rápida e então virou-se para Edwiges.

— Ele não pode fazer uma viagem tão grande, terei que cuidar dele por aqui mesmo, mas precisarei de itens que só tem no meu laboratório, vá até Hagrid, peça que ele pegue esses itens e mande de volta o mais urgente possível. Bique aquele idiota até furar aquela pele se necessário, entendeu? - Edwiges que estivera olhando atentamente para seus olhos negros piou alto. - Não pare por nada, vá o mais rápido que puder e volte logo.

Edwiges esticou a pata e esperou ele guardar o papel em sua perna, então foi perto do rosto de Harry e esfregou o bico com carinho em sua bochecha piando baixinho e melancólicamente.

— Ele ficará bem. - Disse para a coruja. - Eu vou cuidar dele. - Edwiges o olhou atentamente novamente e então pulou para seu ombro onde pode dar pequenas bicadas carinhosas em suas bochechas também. Snape gostou do carinho, mas havia pressa. - Vai rápido.

A coruja piou alto e abriu as asas voando o mais rápido que sua magia permitia.

— Eu vou cuidar de você Harry. - Sussurrou abraçando-o enquanto se levantava com o menino nos braços. - Papai está com você. Ficará tudo bem.


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