A Família Olimpiano e suas nações - Parte 3 escrita por Anne Claksa


Capítulo 42
1991/ 1992 - Família reunida novamente. ( Final da primeira fase)


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Chegamos ao último capítulo da Parte 3, que encerra a primeira fase da saga de mitologia grega de um jeito diferente.
Boa leitura!!!



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Nos últimos tempos, Raicca andava infeliz. A União Soviética colapsava mais, economia ruindo, prestígio arruinado, países se tornando independentes. Tudo de ruim, estava acontecendo. Além de ter a preocupação com a saúde de Sarah, que piorava a cada dia. Desde que recebeu o diagnóstico de câncer no intestino, a vida da semideusa soviética era enjoos, dores, fisgadas na barriga e poções para amenizar as dores, ela mal saía de casa, ficava em seu quarto, deitada, até que chegou o dia em que precisou se afastar, agora, Raicca cuidava da União Soviética.

A deusa russa se sentia culpada pela saúde da filha. Quando Sarah nasceu, não pôde amamentar a filha, e por isso, ela não se tornou uma deusa. Podia ter dado a ambrósia para Sarah quando ela cresceu, mas preferiu não fazer, deixou tudo correr, achando que a filha nunca iria morrer, que nada de ruim poderia acontecer, apenas por ter a gerado. Se enganou. Raicca, está vendo o seu pior pesadelo acontecer e de forma rápida.

Seus pensamentos foram interrompidos por um berro. Raicca, em uma fumaça azul turquesa, foi até o quarto de Sarah, quando chegou, se deparou com a filha caída no chão, encolhida, com os braços envolvendo a barriga e gemendo de dor. Raicca ficou desesperada, se aproximou da filha e tentava a acalmar. Em lágrimas, chamou por Demeter, que assim que apareceu, ajudou Raicca a levar a neta para o hospital de Apolo.

Quando chegaram, Sarah foi atendida com urgência, enquanto, Demeter e Raicca ficaram aguardando.

— Eu não quero perder minha filha, mãe. — Disse Raicca, em lágrimas e abraçando Demeter.

— Vai dar tudo certo, Raicca. A Sarah vai ficar bem. — Disse Demeter, a consolando.

Alguns minutos depois, Apolo apareceu, Demeter e Raicca foram até ele.

— Então, Apolo. Como a Sarah está? — Perguntou Raicca, tentando segurar o nervosismo.

— Dei uma porção para ela e consegui a estabilizar. Sarah já está no quarto. — Respondeu Apolo.

Raicca respirou aliviada, mas Apolo tinha mais um recado.

— A porção vai segurar as dores por um tempo, mas logo elas voltarão mais fortes em algumas horas. Pela intensidade das dores que Sarah estava sentindo, o câncer evoluiu e para que ela tenha uma condição de vida, terá de ser operada e retirar os tumores.

— É a única alternativa?

— Sim. — Disse Apolo com pesar.

— Raicca, será melhor. A cada dia que se passa, Sarah só piora, sente fortes dores, não está vivendo. A operação será o melhor caminho para que a minha neta não continue sofrendo. — Disse Demeter.

— Tudo bem, mãe. Entendi o que quis dizer. — Disse Raicca. — Apolo pode fazer a cirurgia, faça o possível para salvar a minha filha.

— Antes da operação, Apolo, podemos ver a Sarah?

— Podem. Aliás, a Sarah pediu para vocês irem até o quarto. — Respondeu Apolo. — Eu acompanho vocês.

...

Demeter e Raicca chegaram até o quarto e a deusa russa precisou ser amparada pela mãe ao ver Sarah inerte na cama, com a máscara de respiração.

— Sarah. — Chamou Raicca.

A semideusa soviética abriu os olhos e olhou para a mãe. Com a voz fraca, chamou pela mãe. Em lágrimas, Raicca se aproximou da filha e pegou na sua mão e perguntou:

— Como você está, filha?

— Um pouco melhor, a boa notícia é que estou sem dores. — Respondeu Sarah, com um pequeno sorriso. — Eu sei que serei operada daqui a alguns minutos, por isso, pedi para vocês virem até aqui. Eu sei que não fui alguém fácil, sempre fui mandona, briguenta. Sempre achei que era uma deusa, mas sou uma semideusa e estou prestes a enfrentar o destino dos mortais.

— Não estou gostando do tom dessa conversa, Sarah. — Disse Raicca.

— Por favor, mãe, eu preciso falar. Avó Demeter, eu nunca fui próxima à senhora e sempre achei que preferia mais ficar na Itália do que na União Soviética e que não se importava comigo.

— Eu te amo, Sarah. Tu és a minha neta querida, mesmo morando longe, eu me importava com você. — Disse Demeter, emocionada.

— E você me ajudou, avó. O poder da terra, que herdei da senhora, foi de grande auxílio durante a guerra. Obrigada. Saiba que te amo.

Demeter chorou, se aproximou da neta, deu um beijo na testa dela e disse:

— Fique bem, Sarah.

Sarah respirou fundo e continuou:

— Mãe, eu quero que a senhora me perdoe. Fui injusta com a senhora, ao questionar que eu era uma semideusa, te julguei, briguei, eu ainda não aceitava esse fato. Agora, eu te peço perdão por tudo que fiz.

— Sarah...não precisa me pedir perdão de nada. Eu errei não ter te contado, errei em não ter te dado a ambrosia, errei em não ter feito uma deusa. — Raicca não conseguia conter as lágrimas.

— Não se culpe, mãe. Não sei se vou sobreviver a essa cirurgia, por isso, que eu estou te pedindo perdão. E quero que saiba que eu amo a senhora, apesar de não demonstrar, eu sempre te amei. — Uma lágrima escorreu dos olhos de Sarah. — Cuide da União Soviética ou da Rússia, por mim.

— Você vai sobreviver, Sarah. E nós duas, juntas, vamos comandar a nossa nação. Ouviu? — Raicca falava e segurava forte a mão de Sarah. — Eu te perdoo. Eu te amo. E te quero aqui comigo.

Apolo entrou no quarto e avisou que era hora da cirurgia. Raicca deu um beijo na testa da filha e fez um carinho em seu rosto e em uma mecha rala preta e branca. Com a ajuda de um enfermeiro, Apolo levou Sarah para a cirurgia. Raicca abraçou Demeter e chorou, poderia ser a última vez que viu sua filha.

...

Durante a cirurgia, Apolo estava tenso, haviam muitos tumores para serem tirados em lugares bem delicados, os piores, estavam próximos ao coração. Ele tomava todo o cuidado, ao encostar no tumor, o coração de Sarah parou e ela parou de respirar. Tiveram que a fechar as presas e começaram a fazer a reanimação. Ficaram um bom tempo nesse processo.

Raicca estava aflita do lado de fora, Demeter fazia o possível para acalmar a filha. Apolo apareceu e Raicca se encheu de esperança, mas Demeter percebeu que ele não estava com a cara boa.

— Como eu suspeitava, os tumores se espalharam do intestino para outras partes do corpo. Fizemos a remoção de alguns, mas outros apareciam e haviam aqueles que estavam próximos ao coração. — Explicou Apolo. — Quando fomos retirá-los, o coração da Sarah parou. Fizemos de tudo para reanimar, mas infelizmente, não conseguimos. A Sarah não resistiu.

Raicca desabou e junto com Demeter, chorou. No dia 26 de dezembro 1991, aos 69 anos, Sarah Wronskiano faleceu e a União soviética foi dissolvida. Apolo sentiu tristeza, tinha certa raiva de Sarah, por ter feito sua irmã sofrer, mas nunca desejou mal para ela. Ele consolou as duas. Raicca foi até o quarto e chorou sobre o corpo de Sarah. Alguns dias depois, houve o enterro, e a deusa russa fazia questão de que sua filha fosse enterrada no Kremlin e assim foi feito, em um dos jardins, o corpo de Sarah foi sepultado, para que sempre estivesse junto da mãe.

 Com a dissolução da União Soviética, Rânia, a deusa ucraniana de longos cabelos castanhos escuros e olhos azuis, ficou feliz. Finalmente sua Ucrânia poderia ser uma nação independente. Sua cegueira passava aos poucos, mas convive com a tristeza de ter perdido uma cidade inteira.

...

Risadas eram ouvidas no palácio de Atlas e não eram quaisquer risadas, elas vinham da família Olimpiano e de seus amigos. Em 1992, eles se reuniram e o clima entre eles era de harmonia, riam, brincavam, se divertiam como uma verdadeira família. Reia, que sempre soube que veria a sua família reunida novamente, sorria com o momento. Por falar nela, Reia se reconciliou com Chronos e juntos moram no Palácio Von Venandre, na Alemanha, e há temporadas em que vivem passeando pelo mundo.

Stanley brincava com Chelsea, agora ela já tem 5 anos e é uma mistura dos pais, tem as bochechas rosadas e os cabelos loiros ondulados de Elisabeth, e os olhos azuis e o rosto de Stanley. Chelsea passava as mãos na barba do pai e ria, ao chama-lo de barbudo. Ele sorriu e virou a menina de cabeça para baixo, a fazendo rir ainda mais. Depois, a desceu de seu colo e a deixou ir até Elisabeth.

Além de ser amigo de Delayoh, Stanley se tornou amigo de Nihon, pois, os Estados Unidos foram de grande ajuda na reconstrução do Japão. E o deus americano foi além, todos os anos, ele visita Hiroshima e Nagasaki, as cidades que foram arrasadas pelas bombas atômicas. Para Stanley, é uma forma de compensar pelo o que fez e é uma forma de mostrar o seu arrependimento.

— Estive em Hiroshima recentemente, a cidade se reconstruiu bem. — Disse Stanley. — O mesmo digo sobre Nagasaki.

— O nível de radiação caiu ao longo dos anos e pudemos trabalhar. — Disse Nihon. — Na época eu não entendi, mas as bombas foram um castigo por tudo que eu fiz. Agora, eu quero viver em paz com você, Stanley, meu primo e meu amigo.

Os dois se abraçaram, deram tapas nas costas um do outro, quando Nihon percebeu que alguém havia chegado e disse:

— A Delayoh chegou.

Imediatamente, Stanley se virou e sorriu ao ver Delayoh. A economia alemã cresceu e ela deixou a cadeira de rodas, agora, anda de muletas, ainda está se recuperando e mesmo assim, anda com altivez. Também mantém seus 2,16 metros de altura, os cabelos dela estavam um pouco mais longos. Ao ver Stanley, Delayoh sorriu e ele, não escondia o encantamento que sentia ao vê-la. Os dois andaram na direção um do outro, se abraçaram e conversaram quando se encontraram.

—  Devo lhe parabenizar, com pouco tempo de reunificação, a Alemanha é um dos países mais ricos e industrializados do mundo. — Disse Stanley.

Danke! Eu e os alemães trabalhamos muito pelo bem da nossa Alemanha. Confesso que pensei que seria difícil chegar aonde estamos, pois, não podemos mexer com armas nucleares, ter um exército muito grande e dentre outras restrições, enfim, resquícios da guerra. — Delayoh deu de ombros. — Seria difícil competir com os outros países. Mas com o nosso trabalho e com o nosso esforço, conseguimos. Ainda não somos tão ricos como os Estados Unidos, mas aos poucos, vamos conquistando o nosso espaço.

— Tenho certeza de que irão conquistar muito mais. Aliás, devo dizer que tenho participação nessa reconstrução.

— Hm, convencido.

Os dois riram, dava para sentir que o clima entre eles era muito mais do que de amizade. Stanley reparou em Hera e disse:

— Tia Hera, parece que está feliz.

— Está sim. Meine mutter encontrou o amor ao lado de vater Frizioh. É engraçado imaginar que tudo começou com uma amizade lá em Ásgard. E está muito feliz em voltar a ser a deusa mais poderosa do mundo.

— O amor pode nascer de lugares improváveis. Fico curioso sobre algo, será que conosco vai acontecer o mesmo? Uma amizade se transformará em amor?

— Stanley...

— Eu sei o que vais dizer. Porém, eu lhe digo, a nossa amizade não vai se transformar em amor, pois, o amor que sinto por você nunca saiu do meu coração. E você sente o mesmo por mim, dá para ver em seus olhos.

Delayoh sentiu as bochechas ruborizarem, Stanley havia acertado, ela ainda tem fortes sentimentos por ele, ainda o ama, porém, não confessa. Delayoh colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, sorriu timidamente e disse:

— Tome cuidado, a Elisabeth pode ouvir você se declarando para mim. Não vais querer provocar outro racha na família.

Stanley arregalou os olhos e olhou para trás, para ver se Elisabeth estava por perto e principalmente, se ela escutou o que ele disse. Como não a viu, respirou aliviado. Delayoh ria com reação dele.

— Precisa ver sua cara de desespero, Stanley.

— Engraçadinha.

Passaram um bom tempo conversando e rindo. Elisabeth deixou Chelsea aos cuidados de Anfitrite e foi procurar Stanley. Quando o encontrou, sentiu um tremor dentro de si, ele estava bem próximo de Delayoh, e isso representa perigo. Mas a deusa inglesa não vai entregar seu marido tão facilmente, ela se aproximou dos dois e enlaçou o braço de Stanley, assustando o deus americano.

— Como vai, Delayoh? — Perguntou Elisabeth.

Guten Tag, Elisabeth. Eu estou bem. — Respondeu Delayoh. — E você?

Elisabeth aproveitou esse momento para provocar Delayoh.

— Eu estou ótima. Também tenho uma vida de sonho. Sou casada com o Stanley, que é um excelente pai e um marido excepcional, em todos os sentidos. — Elisabeth suspirou. — É maravilhoso.

— Beth, não precisa exagerar. — Disse Stanley, envergonhado.

— E por qual motivo não devo? — Elisabeth colocou as mãos na cintura. — Tudo que falei é verdade, querido. — Elisabeth deu um beijo caloroso em Stanley. Disfarçadamente, Delayoh apertou as muletas.

— Me desculpe, Delayoh, somos um casal apaixonado e momentos assim, acontecem. — Alfinetou Elisabeth. — Perdão, outra vez, pois, não sabes o que é viver esse momento.

— Não precisa pedir perdão, Elisabeth, eu compreendo. — Disse Delayoh, com polidez. — Porém, irei concordar com você. Não sei o que são esses momentos de casal apaixonado, pois, prefiro trabalhar para fortalecer a minha Alemanha. Aliás, devo dizer que daqui a alguns anos, a Inglaterra ganhará uma concorrência na Europa, se lembra de que isso já aconteceu? — Delayoh deu uma risadinha.

Elisabeth se incomodou com o comentário, porém, não demonstrou.

— Bonito esse seu vestido. — Disse Elisabeth, ao elogiar o vestido preto de mangas curtas, com rendas vermelhas e douradas de Delayoh.

Danke! — Agradeceu Delayoh. — Seu macacão turquesa, também é bonito. Combina perfeitamente com essa sua fase de dona do lar. Acredite, foi um elogio.

— Vamos, Stanley, vamos ver a nossa Chelsea. — Disse Elisabeth, ao perceber que o marido não a acompanhou, disse novamente, porém, em tom de irritação: — Stanley!

— Já estou indo. — Disse Stanley. — Até mais, Delayoh.

— Até mais, Stanley. — Disse Delayoh.

Stanley e Elisabeth saíram, poucos segundos depois, Stanley olhou para trás e sorriu para Delayoh, que sorriu de volta, o amor entre os dois ainda estava presente.

...

Delayoh andava pelo salão e conversava com todos da família, eles também deram uma segunda chance para ela e se entendem bem. Ainda não possui a amizade de todos os deuses que prendeu, mas aos poucos, consegue a confiança deles. A amizade de Francine, ela já tem e a deusa francesa, é de grande ajuda nessa reaproximação. Em um momento, Delayoh se assustou com um deus de cabelos castanho claro, com uma franja ondulada e olhos castanhos, que a olhava fixamente.

— Perdão, eu lhe conheço? — Perguntou Delayoh.

— Ainda não. Irei me apresentar, me chamo Isael, sou o deus de Israel. É um prazer te conhecer, tia Delayoh. — Respondeu o deus.

— Me chamaste de tia? De qual dos meus irmãos és filho?

— Sou filho de seu irmão Hefesto, ele me falou tanto de você.

Delayoh ficou séria e disse rigidamente, o encarando com seus cristais azuis:

— Hefesto não é meu irmão e jamais será. Por tanto, tu não és o meu sobrinho e nunca será. Espero que tenhas entendido. Passar bem.

E saiu andando altiva. Ismael ficou assustado e decidiu que era melhor tomar cuidado ao lidar com Delayoh.

Delayoh encontrou Brandon, o deus brasileiro ficou empolgado ao vê-la, tanto que lhe deu um abraço apertado, derrubando uma das muletas.

— Desculpe por isso. — Disse Brandon. — E me desculpe também por ter quebrado teu feitiço e descongelado Berlim. Quer que eu te ajude a pegar a muleta?

— Não precisa. — Uma mecha de cabelo se esticou e pegou a muleta, a deixando pronta para Delayoh pegar. — Já consegui. E não precisa se desculpar, Brandon, está tudo bem, eu já nem me lembrava mais disso.

— Ah que bom! Fiquei com tanto medo de estares furiosa comigo, prima. Daqui a dois anos, vai ter uma copa do mundo. Quem sabe Brasil e Alemanha não se encontram?

— Pode acontecer. Quem sabe? — Disse Delayoh, rindo.

— Foi bom te ver, Delayoh. Até mais.

— Até mais, Brandon.

Assim que Brandon saiu, Delayoh ficou séria e disse:

— Esquecer? Jamais irei esquecer. Foste tu que atrapalhaste meus planos, primo, agora, vais sofrer.  Eu irei me vingar. Não sei quando, não sei como, mas vais me pagar e será inesquecível e doloroso.

...

Ivana voltou a ser amiga de Delayoh, agora são melhores amigas, vivem trocando confidencias e se ajudando.

— Estava longe, mas pude perceber. — Disse Ivana.

— Percebeu o que, Ivana? — Perguntou Delayoh.

— O clima entre você e o Stanley. Qualquer um que fosse mais atento, poderia perceber também, o Stanley te ama e estava quase dizendo isso.

— Esqueceste de que o Stanley é casado? Ele não poderá dizer que me ama em público. Eu também percebi os sentimentos dele, apenas pelo olhar dele. Stanley me disse que o amor que sente por mim, nunca saiu do coração dele. E que eu sentia o mesmo.

Ivana sorriu e apertou as mãos, esperando a resposta da prima.

— Ele não mentiu. — Delayoh ficou vermelha. — Eu ainda amo o Stanley. Mas esse amor ficará guardado em meu coração, ele está casado e está feliz. Não quero acabar com o casamento de ninguém. Aquela cena ali, comprova tudo o que eu disse.

Delayoh apontou para Stanley e Elisabeth, que estavam sorridentes, enquanto brincavam com Chelsea, além de trocarem vários beijos.

— Estão felizes e apaixonados, mas um dia o amor acaba, por mais forte que seja o deles, um dia acaba. — Disse Ivana, com a mão no queixo. — Afinal, Stanley disse que ainda te ama.

—  Acabar como, Ivana? — Perguntou Delayoh. — Tu viste a felicidade entre os dois, não tem como esse amor acabar.

— Ora, Delayoh. Tens um exemplo na família. O amor que sua mãe sentia pelo tio Zeus, que diziam ser forte e lindo, acabou e hoje, ela é feliz com o Frizioh. Por isso, eu lhe pergunto, se algum dia o casamento do Stanley com a Elisabeth terminar, dará uma chance para ele?

— Penso que é improvável o casamento dos dois acabar. Mas se algum dia acontecer, o Stanley terá que me reconquistar. E já digo que não será fácil.

— Nem no amor você facilita, Delayoh. — Ivana colocou as mãos na cintura.

— Imagina se eu, Delayoh Alexandra Venandre, deusa da Alemanha, iria facilitar para o rei do Olimpo. Há. Stanley terá que aprender que sou difícil e que se quiser me ter, terá de me reconquistar.

...

O amor era o assunto na roda da família Olimpiano. Estavam todos reunidos e brincavam com o assunto.

— Hades, não pensas em aproveitar essa onda romântica e arrumar alguém para amar? — Perguntou Poseidon. — Alguém para lhe fazer companhia no mundo inferior e esquentar os seus pés em um dia frio?

— Obrigada pela preocupação, Poseidon. Mas eu estou muito bem assim, solitário, e continuarei por um bom tempo. — Respondeu Hades. — E você, Héstia?

— Eu já encontrei o meu amor, não é, Atlas? — Héstia beijou Atlas.

— Com certeza. Eu nunca imaginei que Héstia, um dia olharia para mim. E agora, vivemos em romance. — Disse Atlas.

— Poseidon, tem algo para nos dizer? — Perguntou Héstia.

— Para mim, o amor já está resolvido. — Poseidon envolveu Amimone com o braço. — A Amimone é a mulher da minha vida e é com ela que eu vou ficar. Demeter, é sua vez de falar.

— Não preciso dizer, todos sabem e estão vendo, o Príamo é o meu amor. — Disse Demeter, fazendo um carinho no rosto de Príamo.

Amore mio. — Príamo beijou Demeter.

— Hera, é a sua vez. — Disse Demeter.

— Encontrei o amor e a felicidade ao lado do Frizioh, por quem sou completamente apaixonada. — Hera olhou apaixonada para Frizioh, seus olhos azuis claro rasos brilhavam.

— Eu é que sou completamente apaixonado por você, Ivy. — Frizioh beijou Hera.

— Estou curiosa para saber, Zeus, como ficará sua vida amorosa, agora que eu não serei mais o seu interesse amoroso.

— Não faço ideia. — Disse Zeus, fazendo todos rirem. — Passei anos tentando reconquistar a Hera, que agora que ela se acertou com o Frizioh, que pensei que não saberia o que fazer. Mas eu pensei melhor e ficarei um bom tempo sem pensar em romance.

— Hm, quero só ver. Zeus, aquele que era conhecido como conquistador, ficar sem namoro? Hm, não creio. — Disse Poseidon.

— Pois pode crer, meu irmão. Ficarei sem pensar em romance por um bom tempo e irei cumprir.

— Vamos mudar de assunto? — Perguntou Anfitrite. — Elisabeth e Gálio, quando vocês vão me dar mais netos?

— Eu e minha esposa já decidimos, ficaremos com os nossos dois filhos mesmo. Como ela gosta de brincar, a fábrica fechou. — Disse Gálio, rindo.

— Um segundo filho não estava em nossos planos, não é, querido? — Elisabeth perguntou para Stanley. — Mas pode acontecer, um dia, estávamos bem empenhados.

— Vamos ver, por enquanto temos a nossa Chelsea. — Disse Stanley.

— Eu tenho uma confissão a fazer. — Francine levantou a mão. — Já faz um tempo que eu estou namorando.

— Francine, só agora você conta? Quem é esse rapaz? — Perguntou Zeus.

— Calma, pai. Eu conheci o Jean ano passado e não apresentei ele para você e para a minha mãe antes, porque eu queria o conhecer melhor. Agora que eu o conheço melhor, posso apresenta-lo a vocês.

— Isso é ótimo, quero conhecer o meu futuro genro. — Disse Métis. — Não se preocupe, Zeus, vamos conhecer esse rapaz e saber as verdadeiras intenções dele com a nossa filha.

...

Duas visitas especiais apareceram, Amaltéia e Ganimedes. Demeter, Métis, Anfitrite e Têmis correram para a abraçar, Poseidon e Zeus fizeram o mesmo. Eles se lembram bem dela, da pele rosada, dos olhos escuros, dos cabelos densos e cacheados e do carinho maternal que ela sempre teve com eles. Ganimedes estava diferente, a pele bronzeada, os cabelos castanhos estavam um pouco mais longos e com algumas mechas loiras. Os dois têm uma sociedade, eles fazem fotografias e vídeos e o negócio deles tem dado muito certo.

— Fico tão feliz em revê-los. — Disse Amaltéia. — Viemos aqui para fazer a foto dos deuses protetores das nações mais ricas e industrializadas do mundo.

— Antes de tirarmos a foto, posso conversar com vocês, primos e com você, Carl? — Perguntou Ivana.

— Pode, Ivana. — Disse Nihon.

Nihon, Ivana, Elisabeth, Stela, Iris, Gálio, Francine, Stanley, Delayoh e Carl, deus do Canadá se reuniram.

— Eu queria sugerir que a Raicca fizesse parte do nosso grupo. — Começou Ivana. — A Rússia tem uma grande reserva de petróleo e sabemos que o petróleo é muito importante para o mundo de hoje.

— Mas se pensar apenas no petróleo, vamos ter que chamar todos os países do oriente médio, que também possuem petróleo. — Disse Elisabeth.

— Tem essa questão mesmo, mas, na verdade, eu quero dar um pouco de alegria para a minha irmã. Desde a morte de Sarah, Raicca anda bem triste, eu quero reanimar a minha irmã e fazer parte do G7, a deixará feliz.

— A dissolução da União Soviética é recente e os países ainda estão se reorganizando. Vamos dar um tempo e ver como Raicca e a Rússia se comportam no mercado. Mas pode falar com a sua irmã, Ivana, que ela poderá fazer parte sim do G7, só precisamos de tempo para olhar tudo direitinho. — Disse Stanley.

Grazie, Stanley.

Ivana foi até Raicca para contar a novidade, a deusa russa agradeceu o carinho da irmã. Chegou a hora da foto, os dez deuses se reuniram para tirarem a foto. Ao se posicionar, Delayoh desequilibrou e esbarrou em Stanley, ela se desculpou e disse:

— Ainda estou aprendendo a me firmar com as muletas.

Stanley sorriu carinhosamente, Elisabeth revirou os olhos e se agarrou no braço de Stanley. Ganimedes prestou atenção em Delayoh e disse para si, enquanto posicionava a camera.

— Essa peste da Delayoh voltou. Eu diria que ela é igual à Hera, mas com a minha experiência na Europa, eu digo que Delayoh é pior. A melhor escolha que fiz, foi me mudar para o Havaí. — Com a câmera posicionada, disse: — Prontos? Sorriam!

Com enormes sorrisos, os deuses do G7 tiraram a foto. Em seguida, Amaltéia pediu para que todos da família Olimpiano se reunissem para tirar uma foto, que ela mesma iria tirar. Todos se reuniram e tiraram bem sorridentes. Aqueles estavam brigados, se entenderam e fizeram as pazes, estava tudo bem na família Olimpiano, não havia mais discórdia, briga, desentendimento, tudo era só amor na família com o relacionamento mais complicado da história.


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Notas finais do capítulo

E assim encerramos a primeira fase da saga. Não sei quando começarei a postar segunda fase, mas prometo que será mais leve do que a primeira,kkkk. Muito obrigada a quem acompanhou a Parte 3, nos vemos em breve.
Até a próxima!!!



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