Justiça: O Pergaminho de Haruki escrita por Wondernautas


Capítulo 12
11 - Velhas rivalidades, novas perspectivas


Notas iniciais do capítulo

Saudações, meu povo! Sumi, né? Mas ainda estou vivo, assim como esse projeto. "Justiça" é uma iniciativa ousada que concebi no fim do ano passado. Exige de mim muita dedicação e esforço, assim como o meu trabalho principal no podcast Wondernautas (já foi lá conhecer no Instagram ou Spotify para dar uma força???). Eu sempre estou muito atarefado, como podem perceber, e nem sempre consigo cumprir com os prazos dos conteúdos. Com exceção da edição dos meus episódios do podcast, faço todo o resto sozinho. Roteiro, sondagem de fontes e temas nas redes sociais, divulgação, gerenciamento das redes sociais (TikTok e Instagram), edição de capas, gravação das entrevistas e por aí vai... Estas fanfics não são exceção e também são parte dos meus corres. Por isso, peço humildemente algumas coisas.

Em primeiro lugar, obrigado a quem continua acompanhando! O projeto não vai morrer, mesmo que ocorram certos atrasos ocasionais. Em segundo lugar, compartilhe com os amiguinhos se puder! 100% de todo o meu trabalho com o podcast e com este projeto ainda não me rendem nada financeiramente. Trabalhar com conteúdo costuma exigir tempo para se ter o retorno, mas acredito no meu trabalho. Em segundo lugar, como já mencionado antes, dê uma oportunidade para o meu podcast! Se aprecia a minha escrita e os temas que abordo, certamente terá algum episódio que você goste! No mais é isso!

Provavelmente amanhã e terça sigo atualizando as outras duas fics e lá pra quinta ou sexta trago os capítulos que de fato são desta nova semana! Abraços, perdão pelo aviso enorme e boa leitura!



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Arco 2 - A Odisseia de Ikaruga

 

Não muito longe do cenário de batalha entre Fugako e Marik…



Duas mulheres estão, de pé e praticamente intactas, diante de vários corpos masculinos estirados ao chão e espalhados ao redor do campo de batalha. Dos oito ninjas da ANBU da Areia e Pedra combinados, somente um espadachim ofegante – e com a metade superior direita do seu rosto branco exposta por uma ruptura em sua máscara – está de pé. O olho castanho do homem, sutilmente curvado enquanto segura uma espada com as duas mãos, observa com atenção as Nukenins presentes.

— Você é mesmo determinado, eu estou impressionada… – diz Ikaruga, sorrindo enquanto segura sua própria espada com a mão direita.

A Haruno está sem máscara, mas Lazuli permanece mascarada a alguns poucos metros atrás dela. O homem parece realmente acreditar que é capaz de sobreviver por algum tempo, não importando o quão doloroso a tentativa venha a ser. Ikaruga sabe que todos os membros da ANBU são treinados para jamais temerem o confronto e se prepararem para a constante ameaça da morte.

— Mas não se iluda – diz ela, desmanchando o próprio sorriso imediatamente, lançando sobre ele um olhar gelado e arrepiante. – Você só está vivo porque preciso que leve um recado meu à Aldeia da Pedra.

— Recado…? – questiona ele, se esforçando para normalizar a respiração e para não permitir que suas mãos tremam.

— Lazuli, você poderia escrever uma mensagem com chakra nos olhos dele? – pede a rosada, movendo o rosto um pouco para trás, olhando brevemente na direção da sua aliada.

— Qual mensagem seria? – questiona a ciborgue, levando a mão direita em direção à sua máscara de porcelana.

Os dedos da mulher caucasiana tocam a superfície fria da máscara, retirando-a e expondo um belo rosto feminino para o olhar do shinobi da Aldeia da Pedra. Enquanto isso, focando seu próprio olhar verde no inimigo, Ikaruga determina com seriedade:

— “Queremos você, Kyouko. Encontre-nos em uma semana na Ponte Tenchi. Vá sozinha”.

Por meio de uma velocidade extraordinária, Lazuli simplesmente desaparece de onde está. O ANBU se espanta, mas é impossível para ele reagir. A loira surge bem atrás dele, arrancando o que restou de sua máscara com um rápido movimento da mão esquerda. Quando ele olha para trás, a Nukenin segura com força os dois pulsos do mesmo, apertando tanto que a espada se solta e cai no chão.

— Sinto muito – articula ela, forçando-o a ficar contido bem diante de si.

Os olhos azuis de Lazuli brilham de maneira artificial: o Doujutsu Olho Cibernético está sendo ativado por ela. Com os pulsos contidos por uma força sobre-humana, o homem apenas é capaz de gritar enquanto os olhos da ciborgue, tão próximos dos seus, projetam sutis raios de chakra oculares invisíveis. Ikaruga testemunha o ocorrido apenas nos primeiros instantes, pois logo dá as costas para os dois.

— Espere o retorno do Marik e sigam juntos até o local combinado – impera a Nukenin da Aldeia da Folha, de costas e a consideráveis metros de sua aliada. – Preciso ir a um determinado lugar antes de partir daqui.

A rosada dá um grande salto, movendo-se cada vez mais rápido para longe desta área. Sua máscara de porcelana, uma vez mais, é colocada sobre sua face através de sua mão esquerda. Em seguida, a espadachim guarda a sua lâmina na bainha em suas costas. Sua incrível velocidade lhe permitirá chegar a um determinado local, provavelmente, antes do desfecho da batalha que Marik está travando. Ao menos é isso o que a kunoichi imagina. Ela sente que algo em seu interior clama pelo que está prestes a realizar…

 

…/–/–/…



No campo de batalha entre Fugako Konjiki e Marik Ishtar…



A explosão de ventos criada pela técnica do ancião da Aldeia da Areia começa a se dissipar, mas antes que isso se conclua, algo ocorre: a broca de Marik Ishtar brota de um ponto do solo a centímetros dos pés de Fugako. O mais velho compreende o que está acontecendo: o inimigo usou a Técnica do Esconderijo da Toupeira, mas seu corpo está pesado demais para se esquivar rápido o suficiente.

Desse modo, enquanto gargalha com alguns filetes de sangue escorrendo por seu rosto, o Nukenin recrutado por Ikaruga Haruno surge do solo como uma toupeira que salta de um buraco. Em um curtíssimo espaço de tempo, ele atinge seu adversário na barriga. Apesar da resistência do seu corpo metálico, o ancião é perfurado: sua camada externa de metal racha e a broca de ossos crava sua ponta por alguns centímetros em sua barriga.

Com uma força de impacto ainda maior do que na primeira ocasião em que Marik o acertou desse modo, o Nukenin berra com um largo sorriso e o atira para vários metros de distância. Paralelamente a isso, a explosão circular de ventos chega ao fim, mostrando uma área tão devastada – a alguns metros do Ishtar – que prova que o foragido teria sofrido danos severos se tivesse recebido o golpe por completo.

— Talvez eu o tenha subestimado… – pensa Marik, correndo na direção de Fugako assim que o mesmo cai de bruços ao longe. – Minha capacidade de regeneração da minha herança materna do clã Kaguya será suficiente para reparar o dano das esferas dentro dos próximos minutos. Contudo, confesso que o que ele fez com elas foi suficiente para dificultar a minha locomoção. Nada que me impeça de matar um velho, é claro…

Instantes antes de receber os ataques elementais, Marik cravou a ponta de sua broca no chão para não ser tragado pela força dos ventos. Antes que recebesse todo o dano, usou uma técnica do Estilo Terra para cavar um túnel subterrâneo e se aproximar do inimigo por meio disso. A tática não apenas lhe serviu para realizar um ataque-surpresa como também o livrou da maior parte dos prejuízos que sofreria com os ataques elementais combinados de Fugako.

Se esforçando ao máximo, o ancião se levanta, mas apresenta dificuldades para permanecer em postura ereta no campo de batalha. Se coloca em posição de combate outra vez, com os dois braços diante do próprio corpo, preparando-se para enfrentar o chicote de ossos e a broca do inimigo. Ver isso apenas faz Marik gargalhar como se estivesse inebriado pelo prazer de observar as condições do mais velho.

— Encontre-se com os seus filhos queridos no mundo dos mortos! – exclama o Nukenin, já próximo o suficiente para manejar o chicote ósseo contra Fugako.

O ancião consegue desviar ao se mover para a direita, mas recebe em cheio um ataque lateral da broca de ossos. Isso é o suficiente para trincar o metal nesse lado do rosto e em boa parte da cabeça, assim como o veterano é atirado para longe por muitos metros. Apesar disso, o ancião consegue retomar o controle de seu próprio corpo, colocando-se agachado com o joelho direito erguido e o esquerdo dobrado.

— Patético – articula Marik, observando ao longe o velho que, apesar de ofegante, persiste em tentar ficar de pé.

Uma mão do Nukenin se abre, deixando o chicote ósseo cair ao chão. Ao mesmo tempo, a broca de ossos do outro braço regride, pois os ossos retornam à formação natural dentro do membro’ de Marik. Em instantes, os buracos em sua carne pelos quais os ossos se projetaram se fecham. Com um sorriso sinistro, ele ativa um selo de mão encarando o avô de Anaki Konjiki.

— Vou te mostrar o que é o verdadeiro terror… – garante. 

Fazendo uso da Técnica do Lugar Falso, o foragido cria uma expansiva ilusão visual que altera a percepção de Fugako em relação ao cenário de batalha. O que antes era um vasto terreno rochoso com baixa temperatura ambiente e poucos pontos com vegetação se torna uma grande caverna escura e tenebrosa. O ancião, apesar de continuar vendo Marik na mesma posição, olha para todos os lados nos arredores para tentar entender porque o inimigo está usando essa técnica. É quando escuta:

— Técnica da Fragmentação Memorial…

Após ativar um Genjutsu e afetar o alvo com ele, o usuário pode fazer uso da Técnica de Fragmentação Memorial. Através dela, Marik desaparece do campo de visão de Fugako. O ancião começa a ver imagens dos seus dois filhos falecidos, incluindo o pai de sua querida neta. As imagens o cercam por todos os lados, reproduzindo momentos de diferentes fases da vida dos filhos simultaneamente: desde os primeiros minutos de vida deles após o parto até os primeiros momentos do combate deles contra Marik. As cenas violentas, no entanto, vão se sobrepondo até que tudo se torna apenas reproduções repetitivas do momento em que o Nukenin atravessou o peito de ambos com duas brocas ósseas, uma em cada braço.

Em seguida, o corpo do ancião lentamente retorna à forma de carne. Os olhos do veterano se arregalaram de pavor porque ele entende a sensação atual: sua memória está se esvaindo através do apagamento de seus entes queridos de sua mente. As cenas dos seus filhos começam a ficar cada vez mais opacas e o mesmo se desespera.

— Não, por favor! Não os tire de mim! – implora, estendendo a mão direita tentando alcançar as imagens dos seus filhos diante de si.

— Eu tirarei de você tudo o que lhe é mais precioso. Em seguida, deixarei que agonize sozinho até perecer como um cão sarnento – afirma a voz de Marik, entre risadas cruéis. – Pereça como um nada, velho! Apodreça sozinho e sem ninguém!

 Dessa maneira, as cenas dos filhos do ancião se esfarelam como poeira ao vento para os seus olhos. Uma imensa solidão toma o seu coração, pois agora Fugako nem mesmo sabe os nomes daqueles dois. Suas faces… Não se lembra delas. Contudo, sabe que perdeu algo importante. Talvez mais importante do que sua própria vida. Suas pernas envelhecidas tremem e fraquejam, fazendo-o cair de joelhos ao chão. Cabisbaixo, o ancião não tem mais vontade de lutar. Porém, as risadas de Marik que o mesmo escuta provam que o seu sofrimento está apenas começando…

— Sofra! Sofra! Sofra! Sofra! Sinta o desespero absoluto, velho! Me alimente com a sua dor! – esbafora Marik, de olhos bem arregalados. – E morra!

É quando ele sente algo. Olhando para trás, no último instante, o Nukenin é capaz de escapar do movimento de uma mão envolvida por uma densa camada azulada de chakra. Trata-se do Bisturi de Chakra de uma mulher que, por pouco, não o atingiu com uma técnica que acaba por cortar somente o ar… E alguns poucos fios de cabelo de Marik, planando no local em que ele estava posicionado antes de caírem aos pés de uma kunoichi.

— Há quanto tempo… Irmã – articula o sujeito, após um salto, se posicionado no campo de batalha a alguns metros da ninja médica diante dos seus olhos.

Ela utiliza um véu em tom pastel sobre seus longos cabelos negros lisos e um longo vestido de mesma coloração – este possui uma fenda para a perna direita que vai do seu pé, calçado por uma sapatilha preta, até a linha da cintura. Sobre os seus seios cobertos está um pingente dourado com o símbolo central em forma de olho. Agora, os olhos azuis irritados da mulher com a pele em tom oliva encaram Marik Ishtar.

— Sim, tempo demais – ela concorda, abaixando as suas mãos enquanto ambas fluem chakra com os Bisturis de Chakra ativos. – Permanecerá aqui para que um novo encontro nosso não venha a acontecer?

— Está querendo dizer que é capaz de me matar, Ishizu? – questiona o Nukenin, agora de costas para o velho homem que é vítima dos seus Genjutsus.

— Gostaria de descobrir na prática? – a irmã do foragido lhe pergunta, disposta a agir de acordo com a resposta do mesmo.

Uma hora atrás, um esquadrão de reforço foi enviado da Aldeia da Areia pelo Kazekage para o local onde a emboscada a Marik aconteceria. Por não terem recebido nenhuma informação nova, Dohko Uzumaki e Ishizu Ishtar acreditaram que algo poderia ter dado errado. No entanto, ela temia que a chegada do esquadrão poderia ser tardia e pediu permissão ao Kazekage para usar a mesma tecnologia que enviou Fugako Konjiki à Aldeia da Nuvem.

Com o apoio de outros dois Jonins, ambos da Aldeia da Nuvem, Ishizu veio para este local. Ao sentir as presenças de Marik e Fugako em conflito, ativou uma técnica para mascarar tanto a si quanto aos seus aliados. Seus pensamentos lhe dizem que, ferido e com baixas reservas de chakra, o irmão criminoso não ousaria enfrentá-la. A prioridade dela é tratar o ancião, mas entrará em batalha direta contra Marik caso ele insista.

— O velho e você sobreviverão por enquanto… – determina o Ishtar mais jovem, exibindo um sorriso sutil de “até breve”. – Quando nos encontrarmos novamente, Ishizu, a Aldeia da Areia terá de preparar uma bela sepultura para sua preciosa Profetisa…

Com um hábil salto para trás, o homem começa a correr com tudo para longe de sua irmã e do velho Fugako. Silenciosa, ela o observa por alguns instantes, desativando seus dois Bisturis de Chakra em seguida. Exibindo uma velocidade equivalente a de Marik, se aproxima do ancião focada em tratá-lo o quanto antes. Após se aproximar o suficiente, ela se senta sobre suas próprias pernas diante do mesmo. Colocando a mão direita sobre um dos ombros do paciente e ativando um selo manual com a outra, Ishizu declara:

— Liberar!

Com isso, o velho cai inconsciente com o rosto sobre o colo da mesma. Observando a face do idoso com uma expressão de imensa compaixão, Ishizu sorri aliviada por ter chegado a tempo. Ativando outros selos manuais, a ninja médica começa a utilizar a Técnica da Palma Mística na cabeça do veterano: uma mão em cada lado.

— Não vá agora, senhor Fugako – diz ela, mesmo ciente que o mesmo não é capaz de ouvi-la por estar desacordado e consideravelmente ferido. – Resista um pouco mais. A sua neta ainda precisa de você.

 

…/–/–/…



Razoavelmente longe dali, em um campo gramado no País do Relâmpago…



Uma mulher mascarada de cabelos rosados está de pé diante de uma sepultura improvisada. O sopro constante do vento faz com que suas madeixas permaneçam esvoaçantes para trás. No passado, ela mesma cavou a cova e enterrou uma pessoa que foi importante para seus sentimentos. A mente de Ikaruga Haruno está tingida por diversas memórias do passado, mas principalmente por aquelas referentes à batalha que ocorreu neste lugar. O duelo que ceifou aquela vida…

— Aquela ferida ainda não se fechou? – questiona uma voz masculina.

Colocando-se devidamente posicionado a alguns metros dela, um homem bem vestido com trajes pretos de qualidade a observa atentamente. Alto e possuidor de longas madeixas brancas que atingem metade de suas costas, o sujeito de olhos vermelhos e pele negra está curioso a respeito do que Ikaruga Haruno está fazendo aqui. Seu elmo negro com marcações douradas cobre a metade superior do rosto, com exceção dos olhos, e se afunila em um bico de pássaro sobre seu nariz.

— É meramente uma cicatriz. Não dói mais – garante a mulher, virando-se na direção de Narmer Akatsuki enquanto retira a própria máscara com a mão direita. – Mesmo assim, pensei que seria bom visitar este túmulo uma última vez. O que estou criando mudará o mundo.

— Aliar-se a Marik Ishtar é mesmo uma escolha sábia? – pergunta o Nukenin da Aldeia da Areia, velho conhecido do homem mencionado, em posição ereta com os braços para trás. – Você sabe bem o que ele é.

— Ele é necessário, assim como você – afirma Ikaruga, estabelecendo o contato visual. – Qual será a sua decisão?

Por alguns momentos, o mais alto permanece em silêncio. O que parece é que ele está estudando as alternativas silenciosamente, fazendo uso apenas dos próprios pensamentos. Contudo, de alguma maneira, Ikaruga parece já saber qual será a resposta de Narmer Akatsuki.

— Eu aceito – fala o homem diante da Haruno renegada. – Será a melhor maneira de impedir que Marik faça o que bem entender com a Aldeia da Areia.

— Vocês não buscam o mesmo objetivo no que se refere à Areia? – indaga ela, genuinamente curiosa.

— De modo algum – ele esclarece, desatando o laço de seus braços atrás do corpo e levando as mãos de unhas tingidas por verde para a frente. – Eu não mato por vingança. Eu mato por justiça.

Sem o desejo de confrontar ou reforçar as palavras do sujeito, Ikaruga apenas fecha os olhos enquanto caminha calmamente na direção de Narmer. Logo, ela passa bem ao seu lado direito. É aí que, sem cessar os passos, articula:

— Venha. Temos que nos esconder por ora até o dia do encontro com Kyouko Ozaki. Ela é uma das duas peças fundamentais para o controle sobre os Bestiamorfos.

— Uma das duas…? – o seu ouvinte esboça surpresa, virando-se para ela e iniciando seus próprios passos. – Quem seria a outra?

— Uma pessoa da Aldeia da Folha que conhecerá muito em breve – garante a mais jovem, tomada por uma grande determinação em seu olhar. – E eu sei exatamente como forçá-lo a se curvar ao meu modo de pensar…

— E quanto a Kamui Yato Uzumaki? Você mencionou um acordo temporário com ele… Acredita que é uma aliança segura? – pergunta o novo recruta de Ikaruga, ciente da “má fama” dos Yato. – A conduta de um Yato tende a ser uma espada de dois gumes.

— Digamos que ele é mais “difícil” de se curvar, mas nossos interesses possuem muitos pontos em comum. Além disso, o objetivo dele inevitavelmente inclui a eliminação de uma das maiores ameaças aos nossos planos… – explica a mulher de cabelos rosados, seguindo seu trajeto com a mesma serenidade de antes.

— Está se referindo a…

— Sim. Estou me referindo ao ser Nexus – confirma a renegada da Aldeia da Folha. – A discípula da Segunda Hokage… Mestra do filho mais novo da falecida… Alguém que precisa morrer… Silvanna Senju.

Neste momento, determinadas memórias percorrem a mente da assassina. Memórias de uma antiga rivalidade que atingiu seu grande clímax em um confronto no Vale do Fim, anos atrás… Com isso, as palavras um dia ditas pela própria Ikaruga ressoam entre seus pensamentos… Coisas que disse para Silvanna Senju…

“O importante é que eu continuo alguns passos à frente de todos os outros que estão em busca do ser Nexus. Eu tenho a plena certeza de que ninguém, exceto eu, será capaz de colocar as mãos na verdadeira portadora da energia Nexus. E quando isso acontecer… Será o fim da Aldeia da Folha”.

Se lembrar disso faz a mulher sorrir largamente, quase como se sua face não pudesse evitar a oportunidade de exibir parte de sua escuridão interior. O coração de Ikaruga se agita como se sua alma mal pudesse esperar pelos acontecimentos futuros. Ela se sente quase em êxtase ao analisar todo o avanço que alcançou nos últimos anos…

— Azuma Senju deseja “salvar o mundo” a qualquer custo. Eu desejo reformá-lo. Quando ele e eu conseguimos atingir a “grande verdade”... Muito provavelmente nós dois encontramos a mesma resposta sobre o ser Nexus – ela diz para si mesma em seus pensamentos. – Você, Silvanna… É a pessoa que guarda em seu interior os segredos do Deus da Luz que aquela seita patética tanto procura. Você é a chave para os objetivos de Azuma, mas também é a chave para os meus. Quando nos encontrarmos uma vez mais… Definitivamente… Será o fim de tudo o que você ama. E o início de um novo mundo!

 


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Notas finais do capítulo

– Saudações, deuses e mortais! Como vão? Espero que bem! Meu criador anda tão atarefado que até eu estou ficando maluquinho. Se você está gostando desse wonderverso, considere apoiá-lo visitando o @wondernautas naquele tal de Instagram. Se quiser conteúdo fluido e interessante enquanto faz tarefas do dia-a-dia, procure o Wondernautas no Spotify. Fica a dica, hein? Agora é hora de voar!



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Narmer Akatsuki

Idade: 40 anos

Aldeia: Areia, País do Vento

Cargo: Nukenin (Jonin)

Origem: Dislyte (Narmer)

Narmer é um ex-Jonin da Aldeia da Areia da geração anterior à de Ishizu Ishtar e outros Jonins atuais. Seu clã sofreu severas perdas no passado e ele foi dado como morto por algum tempo. Porém, a verdade é que entrou em contato com forças ocultas que transformaram a sua maneira de enxergar o mundo. Sempre lhe desagradou o prestígio do clã Kujaku e a tradição servil dos demais clãs para ele. Agora, esse rancor está potencializado e as consequências poderão ser desastrosas. É um grande especialista em Estilo Vento e Fogo, capaz também de usar certos Genjutsus.



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Olho Cibernético

Rank: -

Classificação: Doujutsu

Requerimento: Existência Bioandroide avançada

Descrição:

Habilidade desenvolvida por alguns raríssimos ciborgues com a Existência Bioandroide de alto nível. Consiste na capacidade de absorver chakra através dos olhos e adicionar ao Dispositivo Interno de Energia para uso próprio. A técnica também permite que, ao absorver Ninjutsus, o usuário os devolva imediatamente com a mesma potência por meio dos seus olhos.



Técnica da Fragmentação Memorial

Rank: A

Classificação: Genjutsu

Requerimento: Maestria em Genjutsu

Selos: 1

Descrição:

Técnica de complemento a outros Genjutsus. Após ativar um Genjutsu e afetar o alvo com ele, o usuário pode fazer uso da Técnica de Fragmentação Memorial. Com ela, a vítima sentirá sua memória se esvaindo através do apagamento de seus entes queridos de sua mente. No campo de batalha, o ninja verá imagens recorrentes de pessoas queridas se materializando e se fragmentando como poeira no ar. O efeito causa um completo esquecimento daquela pessoa, mas a vítima ainda saberá que se esqueceu de alguém ou que perdeu algo importante. Essa técnica serve como um potencializador de outro Genjutsu, uma vez que a vítima será testada aos limites de seu equilíbrio mental e força de vontade. No entanto, os efeitos não são permanentes e serão completamente neutralizados com tempo suficiente após a desativação da técnica.



Bisturi de Chakra

Rank: A

Classificação: Ninjutsu Médico

Requerimento: Habilidade em Ninjutsu Médico, excelente controle de chakra

Selos: 5

Descrição:

Esta técnica consiste em criar um fluxo de chakra em uma ou em ambas as mãos com objetivo originalmente suplementar. Com isso, o médico ninja pode realizar incisões altamente precisas necessárias para cirurgias e dissecações anatômicas. Ao contrário de bisturis regulares, o bisturi de chakra pode fazer cortes no interior do corpo, sem realmente criar uma ferida aberta, limitando os riscos de uma infecção. Também pode ser usado ​​ofensivamente, mas requer grande precisão para ser eficaz. Devido a esse requisito, usar o Bisturi de Chakra ofensivamente é altamente incomum. Ninjas médicos de alto nível, no entanto, conseguem causar danos internos e até externos ao atacarem com movimentos precisos.



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— Hey, você gostou? Uma última coisa antes da minha despedida: este universo compartilhado é parte de um projeto maior chamado Wondernautas. Trata-se de um podcast de informação e entretenimento focado em cultura pop, sociedade e diversidade. Recentemente, um episódio sobre nosso universo compartilhado de histórias foi lançado e você pode ouvi-lo caso ainda lhe restem dúvidas sobre essa loucura. Visite o trabalho do meu criador no Spotify ou no Instagram para conhecê-lo melhor. Acenos virtuais a todos e que a glória de Gaia esteja com vocês!



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