É amor escrita por strawberry
Oliver
Ainda nem seis da manhã eram e Oliver já estava na sala a olhar pela janela, pois não conseguia dormir mais. Faz hoje precisamente um ano desde que ele e Robert foram raptados e isso está a afetá-lo mais do que ele imaginou que faria. Ontem, depois de jantar com Felicity e Lucas, a namorada convenceu-o a passar lá a noite precisamente porque sabia qual era o dia de hoje.
— Ei. – cumprimenta a loira muito suavemente abraçando-o por trás não o querendo assustar.
— Oi. – sussurra Oliver.
— Há quanto tempo estás a pé? Eu sei que passaste mal a noite porque eu senti que andavas a revirar na cama…
— Desculpa, eu não te queria acordar. – declara sinceramente.
— Oliver, baby, eu não me importo. – responde fazendo com que ele se volte para ela. – Eu pedi para dormires cá porque te quero aqui e só te quero bem.
— Sempre que adormecia tinha pesadelos e há 30 minutos desisti de estar na cama e vim para cá.
— Pensei que já não tinhas tantos pesadelos… - fala suavemente colocando a mão direita no rosto dele acariciando-o.
— E não tenho, mas acho que estes próximos dias vão ser difíceis. - declara com pesar puxando-a para um abraço.
— Não queres marcar uma consulta com a Lyla?
— Não! – exclama firmemente não deixando espaço para dúvidas sobre o que ele quer.
— Ela poderia te ajudar.
— Ela só atende ex-militares e eu não sou um! Além disso eu não quero falar com ela.
— Ela é a esposa do Dig ela iria ter uma consulta contigo e sim, neste momento, ela pode focar-se só em ajudar ex-militares, mas acima de tudo ela é psicóloga e pode ajudar-te.
— Felicity por favor. – suplica Oliver querendo terminar o assunto.
— Eu vou deixar o assunto por agora, mas vamos voltar a isto eu não vou desistir de te querer bem, feliz e em paz.
— Ainda tens mais algum tempo antes de teres de te preparar devias voltar para a cama e descansar. – aconselha o bilionário.
— Só se me fizeres companhia.
— Eu não seria uma ótima companhia tu mesmo disseste que não te deixei dormir a noite inteira.
— Para mim tu és sempre uma boa companhia. – responde e beija-o rapidamente – Agora vamos para o quarto e ficar abraçados até o despertador tocar ou o Lucas invadir a cama.
— Hmmmm quando o Lucas me vir deitado contigo na cama vamos ter uma longa discussão sobre o porquê que eu posso dormir na tua cama e ele não. – declara Oliver com um leve sorriso lembrando-se das três vezes que ele passou a noite e na manhã seguinte tiveram de responder às perguntas do garoto de 3 anos.
— Para nossa sorte basta 5 minutos de carinho connosco para ele nos perdoar.
— Eu posso viver com isso. – afirma com um sorriso bobo.
— Agora vamos!
— Mandona!
A má noite de sono foi uma prévia para o dia de escritório pois a reunião com todos os sócios da empresa já durava há quase duas horas e não havia maneira de terminar. Oliver estava a ser massacrado por todos que queriam uma solução rápida e eficaz para manter todos os parceiros de negócio, pois desde que o Queen assumiu o presidência há mês e meio os parceiros estão com medo e prontos para abandonar e ele ainda não conseguiu cooperação com ninguém.
— Todos querem saltar fora precisamos de uma solução! - avisa Smith, um dos sócios mais antigos e contra Oliver ser CEO.
— E NÃO ACHA QUE EU QUERO O SUCESSO DA QC? MAS COMO VOU CONSEGUIR SE QUEM ESTÁ NESTA SALA ESTÁ CONTRA MIM QUANDO ME DEVIAM APOIAR? – dispara Oliver gritando já farto de todas as acusações que não estão a levar a lado nenhum.
— Ok vamos todos acalmar. – intervém Walter, um dos poucos do lado de Oliver.
— Sr. Queen? – chama Collins quando vê a cara do bilionário.
— Oliver! – fala Walter preocupado. – Ei, ei, ei respira.
— E… Eu… n… - Oliver tenta falar mas não consegue.
— Oliver tens de respirar isso é um ataque de pânico.
— Eu… pre… preci… eu…
— Oliver o quê que precisas? Tenta respirar e dizer nada vai acontecer… - declara Walter fazendo o esforço para entender o que Oliver está a tentar dizer.
— Fe… Fe… lici…ty. – pede o CEO.
— Felicity? É isso? – pergunta o outro homem e quando o bilionário acena afirmativamente volta-se para os restantes e diz – Alguém que chame a Srta. Smoak ela que largue tudo e venha.
— O… eu…
— Oliver a Felicity já vem aí concentra-te só em respirar.
— O quê que se passa? – pergunta a loira bastante aflita quando entra na sala pois só lhe disseram que ela tinha de correr até lá.
— Fe…Fe – começa Oliver, mas não consegue terminar.
— OLIVER! – grita Felicity quando vê o namorado.
— Ele está a ter um ataque de pânico e estava a chamar por ti. Ele precisa de se acalmar e conseguir respirar. – explica Walter.
— Podem dar-nos espaço? – pede Felicity – EI Oliver eu estou aqui… vamos faz como eu inspira 1..2…3… expira 1…2…3…
— Eu preciso… - começa Oliver e estende o braço para pegar na mão da namorada.
— Eu estou aqui, meu amor, mas tens de conseguir respirar primeiro sim? Só estamos aqui os dois… mais uma vez… dentro….fora….dentro…fora... isso Oliver assim mesmo.
— Melhor agora… estou cansado… - declara Oliver e deixa-se cair devagar encostado à parede e Felicity faz o mesmo ajoelhando-se à sua frente.
— O quê que aconteceu? – pergunta a loira preocupada.
— Estavam todos a acusar-me… e comecei ficar nervoso… e estou cansado de não ter dormindo… não sei… de repente senti um zumbido e vozes abafadas… e… e… eu não conseguia respirar.
— Assustaste-me para cacete Oliver! – confessa Felicity passando as mãos pela barba dele amorosamente.
— Desculpa. – pede perdão envergonhado.
— Ei não tens de te desculpa por isto Oliver. Eu não te estava a acusar de nada, querido, e muito menos te sentir envergonhado.
— Está bem…
— Precisas de mais alguma coisa? – pergunta a loira depois de vário minutos em silêncio apenas acariciando o rosto e peito do Oliver.
— Fica comigo por favor. – implora o CEO.
— Não posso Oliver tenho trabalho para fazer… e tu também.
— Mas eu não quero ficar sozinho… quero ficar contigo e tu pode trazer o teu tablet ou computador para cá… Felicity por favor eu preciso de ti… - pede voltando a ficar visivelmente ansioso novamente.
— Está bem está bem, mas não habitues gostoso! – brinca a loira fazendo com que o Queen sorria.
— Obrigado… por tudo.
— Eu já volto está bem?
Felicity
Ela desce rapidamente até ao departamento de IT para pegar tudo o que precisa e volta para o lado do namorado que já está sentado com os papeis na frente dele.
— Obrigado Felicity. – agradece novamente o bilionário quando ela entra na sala.
— A tua sorte é que és muito bom de olhar. – responde sorridente.
— Nananana ao meu lado. – fala quando vê que a loira se quer sentar em frente a ele.
— És um idiota! – repreende amorosamente quando se senta ao lado dele e ele aproveita logo o momento para colocar a mão esquerda na coxa dela. – Nananinanão estamos no trabalho.
— E ninguém está aqui!
— Não penses que isso vai ser assim todos os dias! – avisa Felicity pegando no tablet para começar a trabalhar e Oliver lança-lhe um sorriso tímido voltado para o trabalho.
Os dois trabalham num silencio confortável durante o resto da manhã. Felicity, de vez em quando, desvia o olhar do trabalho para olhar para o namorado que continua com a mão na coxa dela a rabiscar as folhas na sua frente. A loira não resiste mais e dá um breve beijo no ombro dele fazendo com que ele olhe para ela com um sorriso tímido.
— Precisas de ajuda? Nem o Lucas faz tantos riscos nas folhas…
— Desenhar ajuda-me a concentrar.
— Continua então… - avisa Felicity e volta-se para o trabalho, mas alguns minutos depois interrompe novamente porque o namorado coloca uma folha na frente dela. – Oliver?
— O quê? Eu gosto de desenhar. – responde e encolhe os ombros como se não tivesse acabado de lhe entregar um desenho que é claramente ela.
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Obrigada!
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