Some More escrita por Deby Costa


Capítulo 4
Afins


Notas iniciais do capítulo

Lembrando que a história não esta sendo betada mais uma vez.

Boa leitura!



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                     “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

Nelson Mandela.

 

 

 

 

  — Você deveria dormir um pouco. — Inoichi aconselhou, enquanto encostava no batente da porta do quarto. — Não temos muito a fazer nesse momento.

Aimi ignorou o conselho e apertou mais a mochila da filha contra o peito. A Alpha não parava de chorar desde que se despediu do capitão Yamato.

—Talvez eu esteja sendo punida por meus erros Inoichi.  — Desde o desaparecimento de Ino que aqueles pensamentos iam e vinham, embora a Alpha não ousasse colocá-los para fora, pois sentia vergonha de revelar o lado mais feio de seu ser.  — Naqueles dias... eu só desejei que nossa criança tivesse um futuro diferente.

       Inoichi se aproximou da cama do casal e sentou ao lado da esposa. Melhor que ninguém ele conhecia aquele sentimento, pois sempre teve expectativas em relação ao futuro da filha deles.

   —Jamais me perdoarei se acontecer algo de ruim com a nossa filha. — A mulher desabafou. Ela desejava que tudo que ouviu de ruim a respeito do clã isolado fosse mentira.   

— Tudo isso ficou para trás Aimi. Não podemos mudar o passado, somente aprender com ele. — Diferente da Alpha, Inoichi não acreditava que os deuses fossem tão cruéis a ponto de usar sua filha para os punir por seus pecados, mas não negava que durante anos também se questionou se havia feito a coisa certa, afastando Ino daquela adolescente que um dia cruzou o caminho dos três.

   Ele jamais deveria ter ignorado o evento sublime que presenciou no passado quando, mesmo não possuindo cheiros intensos e marcantes para atrair a casta mais imponente na hierarquia shifter, sua filha reconheceu aquela menina selvagem como sua alma afim. Bastou apenas um olhar para que o elo entre as duas tomasse forma, provando assim que algumas vezes os vínculos ultrapassavam as dimensões humanas, transcendiam castas, status, idade, etnia e qualquer outra coisa que homens como ele julgava importante.

    — Você lembra quando ela adoeceu e nós a levamos ao templo do fogo?

Sim, Inoichi lembrava até do que passou por sua mente: e se ele e Aimi apenas tivessem deixado nas mãos do destino, talvez Ino não precisasse lidar com a inexplicável tristeza que passou a acompanhá-la desde então.

Os médicos haviam dito que a febre que judiava de Ino há dias era de fundo emocional e que não havia muito o que eles pudessem fazer, então ele e Aimi levaram a menina ao templo. Almas predestinadas sempre se encontram. Seja nessa ou em outras vidas, elas sempre se encontram! Foi o diagnóstico do monge ao compreender a origem da hipertermia que roubou o viço de sua filhote.

— Nossa filha está viva e em boas mãos. — O Alpha disse em voz alta, pois precisava acreditar naquilo, em seguida passou o braço direito sobre os ombros da esposa, trazendo-a mais para perto dele ao que lágrimas também deixavam seus olhos.

 

******

 

   — É compreensível sua fixação no clã selvagem, afinal, tu também fazes parte de um clã esquisitão.

Shino não se ofendeu com o comentário de Kankuro. Conhecia bem o amigo e sabia que nele não havia nenhum tipo de preconceito ou maledicência, apenas falta de senso. Os dois Alphas estavam na biblioteca da faculdade, segundo o capitão Yamato, uma das fontes mais confiáveis quando o assunto era a história dos clãs que compunham as cinco grandes nações Shifters.

  — Eu não definiria o que venho sentindo em relação aos Inuzukas como fixação, fascínio explicaria melhor, entretanto, você tem um ponto; de fato, o clã Aburame e o clã Inuzuka têm muito em comum, principalmente o fato de sermos estigmatizados por nossa aparência.

— Foi mal, cara! — Kankuro logo se deu conta da sua falta de tato. Gostava de implicar com Shino, mas nunca havia pensado que aquele poderia ser um assunto delicado para o outro Alpha. Precisava se policiar, nem toda intimidade do mundo justificava tamanha falta de noção.

Shino deu de ombros e continuou sua procura.

Nas semanas seguintes ao sumiço de Ino e encerramento das buscas pela Alpha, ele havia mergulhado de cabeça em suas pesquisas referentes ao clã apelidado de selvagem, por conseguinte descobriu inclusive que, além de exímios guerreiros e excelentes ninjas veterinários, os Inuzukas eram um clã natural de Konohagakure, mas que em certo período da história optou viver nas montanhas com seus ninkens.

— É uma ironia, chamarmos eles de selvagem quando foi graças ao sangue deles que encontramos a cura para a peste vermelha. — Kankuro comentou ao ver o quanto Shino estava interessado nas pesquisas.

Peste vermelha foi como ficou conhecida a doença viral extremamente grave que assolou as cinco grandes nações nos primeiros séculos. O Alpha, que sempre viveu em Sunagakure e mudou-se para Konoha poucos anos antes de entrar na universidade, admitia que nunca foi fã de história, principalmente quando o tópico das aulas eram as ações humanas ao longo do tempo. Conhecer a biografia de Inuzuka Oumi, cientista que esquadrinhou o perfil genético dos Inuzukas, após perceber que os shifters considerados como selvagens eram imunes ao vírus, desenvolvendo assim a vacina contra a doença, além de medicamentos capazes de otimizar o tratamento de outros males causados por vírus.

Por tudo que leu a respeito daqueles shifters, o quanto eles foram altruístas e empáticos durante todo o processo que levou as cinco nações a erradicar o vírus, deixava seu coração certo de que Inoichi e Aimi-san não tinham mesmo com o que se preocupar, caso Ino estivesse isolada com eles na montanha.

     — Irônico é um povo deixar seu passado empoeirar em prateleiras, por não está disposto a encará-lo. — Shino pegou um calhamaço que estava à sua frente e soprou a poeira que o cobria antes de colocá-lo sobre os outros na mesa. Era triste para ele pensar no quanto os Inuzukas foram marginalizados e tiveram seus feitos apagados ao longo da história, o Alpha só esperava que as novas gerações pudessem reparar os erros que seus antepassados cometeram contra os shifters das montanhas.

 

******

 

A inquietude em seu peito desde as primeiras horas da manhã só fez sentido quando a porta da cabana onde ela prestava atendimento foi escancarada de modo brusco. Por sorte ela não atendia nenhum paciente.

— Hananee! Hananee!–

Inuzuka Koichi invadiu o espaço sem se preocupar com formalidades. O menino, assim como muitas crianças da aldeia, se dirigia a ela daquela forma.

— O que foi Koichi? — Hana segurou o pequeno pelos ombros, obrigando-o a parar de se mover freneticamente como vinha se movendo desde que adentrou o espaço. — Aconteceu algo com a sua avó?

A criança rapidamente negou com a cabeça. A avó do menino estava gripada há alguns dias, por isso Hana fez aquela pergunta. Além de cuidar dos cães da aldeia, enquanto o pai de Inuzuka Akita não se recuperasse totalmente e voltasse a cuidar da saúde dos aldeões, ela teria que se responsabilizar pelos pacientes assistidos pelo curandeiro.

— Eu vi… — O Pequenino mal respirava e aparentava ter visto um fantasma de tão pálido que se encontrava. — Todos na aldeia viram…

— O que você viu Koichi? 

— A moça dos cabelos cor de sol... — O menino travou e o coração de Hana falhou uma batida. Moça dos cabelos cor de sol que encantou Okuri-inu, era como os aldeões apelidaram sua menina, já Okauri-inu, um cão espectral que protegia as florestas, estradas e montanhas que beiravam as terras próximas à aldeia, era o deus guardião dos Inuzukas. — Ela e o Akamaru estão andando pela aldei…

A criança nem chegou a completar a frase e Hana já saía porta afora levando consigo seus três ninkens. Seu coração batia acelerado em seu peito, pois, ela não fazia ideia de que tipo de caminhante sua menina era.

— Isso não podia ter acontecido, não comigo longe de casa!

 

******

 

A sensação de já ter vivido uma história que ainda não conhecia a deixava confusa. Aquela não era apenas a mulher que esteve sempre em seus sonhos e Ino podia sentir. Conhecê-la antes de vê-la pela primeira vez na infância, naquele instante era uma certeza tão latente que fez seu cérebro iniciar uma pane sem precedentes.

— Almas afins. — O sussurro deixou seus lábios sem aviso e  logo a vertigem foi se apossando de seu corpo.

Ino conhecia o conceito de almas gêmeas e jamais aceitou que quem quer que tivesse criado os seres humanos fosse cruel a ponto de fazê-los criaturas incompletas, metades que perambulavam em busca de suas outras metades para só após esse encontro se tornarem completos. Em sua mente tudo aquilo era uma desordem, faltava algo para essa ideia fazer algum sentido.

Numa das muitas prosas despretensiosas que costumava ter com Shino, um dia seu amigo lhe falou sobre almas interligadas que ao se encontrarem tinham a oportunidade de se ajudarem e de fazerem de suas encarnações aprendizados mais fáceis de serem absorvidos. Almas afins, ele explicou. Almas afins eram almas que compartilhavam uma mesma sintonia enérgica, mesmos valores e ideias. Indivíduos inteiros que se tornavam ainda mais inteiros ao lado do seu interligado.

Ela gostou do que ouviu, por esse motivo durante boa parte da infância e adolescência questionou-se se o Aburame não seria sua alma afim, tamanha afinidade e simpatia existente no relacionamento deles, mas, quando ela conheceu o bad boy da areia e encontrou na relação com Kankuro reciprocidade semelhante, entendeu que o sentimento intenso que sentia tanto por um quanto pelo outro, era puramente fraternal. Almas afins nem sempre serão interligadas, mas almas interligadas sempre serão afins! Shino lhe esclareceu ao perceber sua confusão acerca da grande empatia que existia entre eles…

Tudo aconteceu rápido demais fazendo Ino retornar ao foco, ou ao menos tentar. A Alpha só notou que a bengala já não fazia mais o papel de lhe servir de apoio quando braços firmes seguravam sua cintura, impedindo-a de ir ao chão.

A mulher de seus sonhos fez sinal para que um dos imensos cães que a acompanhavam se aproximasse das duas.

— Você não devia ter saído assim! Seu corpo ainda está fraco. — A jovem deu um comando e o animal se abaixou perante ambas, num único movimento a recém-chegada subiu nas costas do cão levando Ino consigo, nesse ínterim, o adolescente que lhe acusou de ter a aura encardida, chegou esbaforido e descrente.

 O Ômega inclinou o corpo para frente e apoiou as mãos no joelho, com o garoto havia outro adolescente com um bebê no colo e outra meia dúzia de crianças bem pequenas, além de alguns filhotes de cães. Todos tinham fisionomia selvagem, apenas a moça que lhe amparava naquele instante destoava do grupo, ainda que tivesse as presas vermelhas nas bochechas.

— É verdade mesmo! Você está de pé. Pensei que o falador do Koichi estivesse inventando! — O rapaz ergueu o corpo outra vez e ralhou o cachorro branco um segundo depois: — Akamaru, por que você a trouxe para tão longe de casa?

Atordoada demais para reagir ou processar tudo que acontecia ao seu redor, Ino olhou por sobre os ombros do rapaz e viu o quão longe estava da ponte de bambu sobre o pequeno lago de carpas pelo qual havia passado anteriormente.

— Kiba pegue a bengala dela e me siga! Deixe que Inuzuka Kazuo leve as crianças de volta para a escolinha — A garota ordenou ao garoto e deu uma tapinha no lombo do cão, que começou a caminhar com as duas sobre suas costas como se ambas pesassem igual a uma folha de papel. — Vamos para casa.

 

*******

 

Hana sabia que aquilo aconteceria, só esperava que a algazarra das crianças e dos ninkens enquanto os três e os cachorros se dirigiam para casa não assustasse sua menina. No início da primavera quando ela e Kiba chegaram na aldeia trazendo consigo a Alpha adormecida, não havia sido diferente, as crianças os cercaram e os encheram de perguntas. Agora, das varandas das casas seus vizinhos também estavam curiosos, no entanto, estavam mais contidos e se contentavam apenas em olhá-los de longe. Hana podia sentir nos adultos um misto de preocupação e temor.

Os membros de seu clã não faziam acepção de pessoas, pelo contrário, um  exemplo disso foi seu pai, um forasteiro de  coração enorme que chegou à aldeia em circunstâncias parecidas com a daquela moça e escolheu posteriormente fazer dali seu lar. Foi uma pena que seu genitor viveu com eles pouco tempo, pois teve uma vida breve, ainda que muito feliz ao lado dela e de sua mãe.

— Ei, suas praguinhas, mostrem um pouco de educação!

Numa tacada só, Kiba enxotou as crianças e seus ninkens assim que chegaram na porta de casa. Hana chamaria atenção do Ômega, devido ao tamanho estardalhaço, no entanto, estava preocupada demais com a palidez que notava na tez de sua menina para esquentar com a atitude nada educada do irmão caçula.

 

******

 

— A sua aura mudou! — Kiba não conseguia disfarçar seu interesse na Alpha diante dele por mais que tentasse, em especial agora, ao notar que sua aura não estava mais tão encardida, embora ele conseguisse capitar alguns pontinhos negros aqui e ali. — Não 'tá mais como 'tava no templo do fogo. 

Kiba pensou em voz alta e a Alpha remexeu-se sobre o futon. Ele havia ajudado a jovem a chegar até o quarto e se sentar no futon após Hananee verificar seus sinais vitais, agora tentava entender o porquê de Inu-sama ter poupado sua vida.

— Será que foi por isso que Inu-sama não te devorou todinha?

A divindade, que às vezes também se revelava na forma de um lobo, seguia viajantes solitários como aquela garota ao longo d'O caminho, sempre mantendo uma distância segura no intuito de escrutinar o caminhar e as intenções mais ocultas de seus corações. Se o viajante tivesse uma alma bondosa Inu-sama o protegia e guardava de todo mal, mas quando o caminhante tinha a alma escurecida e um coração cheio de fel, o cão de escolta lhes dirigia toda sua ferocidade, devorando-os no primeiro tropeço ou queda.

O Ômega colocou a mão no queixo e inclinou a cabeça para o lado. Em sua mente estava se perguntando se os aldeões não estavam certos e Inu-Sama tinha se apaixonado pela loira encardida. Isso justificaria ele ter fechado a passagem por tanto tempo. Talvez ele não quisesse que ela partisse…

— Hã? Inu-sama? — A garota se encolheu e afastou-se de Kiba, que desfez a expressão curiosa.

— Ops! Pensei alto, desculpa. — O Ômega mudou de assunto — O meu nome é Kiba e esse ao meu lado é o Akamaru, meu ninken. —Incomodado com a distância que havia tomado após auxiliar a Alpha, Kiba jogou-se todo sorridente aos pés do futon e aguardou que a outra se apresentasse, demorou alguns segundos até ela entender o que precisava dizer. 

— Ya-Yamanaka… Ino. — A Alpha gaguejou, mas em seguida olhou ao redor e continuou: — A sua irmã…

A tal Ino preparou-se para mencionar Hananee, todavia ao abrir a boca, sua irmã empurrou a porta de correr trazendo consigo uma bandeja.

— Kiba… — Sua irmã pediu num gesto para que ele se levantasse e tomou seu lugar. — Você deve estar faminta. — Hana disse enquanto arrumava a bandeja de cama sobre o colo da Alpha da aura agora pintadinha.

Hananee tava tão esquisita? Como havia acontecido quando eles retornavam para casa e até mesmo quando ela testava os reflexos da Alpha, Hana evitou fazer contato visual com ela.

— Sim, eu estou com um pouco de fome.

    Kiba olhou de Ino para Hananee ao perceber que a loira olhava fixamente para sua irmã esperando que ela levantasse o rosto, mas a mais velha continuou com a atenção voltada para a bandeja.

— Por ora, você precisará beber muita água e comidas bem leves, pois seu corpo precisará compreender que está acordado. — Pela primeira vez Hana olhou a jovem em seus olhos.

— Quem é você? — A garota indagou intrigada e ergueu a mão para tocar o rosto de Hana, que se deixou tocar, se deixou não, parecia estar à espera daquele toque.

A tensão entre as duas era tanta que Kiba sentiu como se estivesse invadindo a privacidade delas.

— Você precisa se alimentar primeiro. Durante todo tempo que passou dormindo, seu chakra manteve seu corpo saudável sem ser necessária qualquer intervenção externa, mas agora você precisará repor as energias o mais rápido possível, do contrário, pode retornar ao estado anterior…

Toda aquela explicação aparentou instigar a curiosidade da garota a ponto dela interromper sua irmã:

— Estado anterior? Que estado anterior? — Ino retirou a mão do rosto de Hana e colocou-a na própria testa.

Kiba deduziu que naquela hora a garota se perguntava o porquê da ferida em sua testa estar totalmente cicatrizada e a pergunta que ela fez logo em seguida  demonstrou isso.

— Há quanto tempo… há quanto tempo eu estou aqui?

Diante da pergunta da outra, Hana buscou seu olhar. Kiba ficou desconfortável.

— Quando nós a encontramos aos pés da cachoeira, estávamos no início da primavera…

— E em qual estação estamos agora? — A loira aparentava impaciência e Kiba pode vislumbrar os pontinhos negros se multiplicarem em sua aura outra vez.

— Estamos no início do outono. — Hana disse e Ino contou os dedos.

— Março, abril, maio, junho… — A Alpha sussurrou enquanto movia os dedos evidenciando todo o seu desespero.

— Estamos em meados de setembro. — Hana interrompeu a contagem alheia para dar a informação.

— O quê? — A Alpha perguntou, num tom de voz tão opressor, que Kiba se encolheu junto à parede.

 — Hananee…  — Kiba choramingou, logo em seguida colocou a destra sobre o peito na altura do coração. A atmosfera no cômodo mudou tão drasticamente que lhe faltou o ar.

Hana respirou fundo, estava tão triste que mal conseguiu não demonstrar.

 — ... Você dormiu por sete longos meses. —  Hananee atirou a queima roupa. 

 


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Notas finais do capítulo

Sobre o conceito de almas afins, esse é um conceito que encontramos no espiritismo. Nós estamos mais acostumados com a ideia de almas gêmeas, mas no contexto dessa história, achei que almas afins seria mais interessante trabalhar.

Sobre Okuri-inu, é um Yokai com origens desconhecidas, há quem diga que seus primeiros indícios são do período Edo.

Sobre os nomes que utilizei no texto, Oumi e Koichi. Eu sou uma negação para escolher nomes, no entanto, eu queria homenagear os personagens de um BL japonês que acabou essa semana e eles são os personagens principais. Pensem numa história linda! Pois é, Eien No Kino, Também conhecido como: Eternal Yesterday mexeu comigo de uma maneira inexplicável, estou chorando até agora.

Bom é isso! Espero que tenham gostado e me perdoem a demora para postar. Dezembro é muito complicado no meu trabalho e com todo esse lance de jogos da copa, foi ainda mais complicado parar para editar o capítulo.



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