Tudo estava bem... escrita por Wizard Apprentice


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Só diálogos explicativos nesse!
Adoro essas coisas de viagem no tempo e passado presente futuro!
Espero que gostem!



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"Temo não ter todas as respostas que precisa, Harry. Coisa curiosa, o tempo..."

"O Senhor já me disse isso no passado, professor. Quando Hermione e eu usamos um vira tempo para salvar Sirius Black e o Bicuço dos dementadores".

Dumbledore estava absolutamente confuso. O garoto esclareceu:

"No meu terceiro ano na escola, Sirus Black, meu padrinho inocente, fugiu de Azkaban, e como todo mundo acreditava que ele queria me matar,  Hogwarts abrigou vários dementadores por meses. Bicuço é o Hipogrifo do Hagrid, que foi condenado a morte também injustamente, longa história, professor. E a professora Minerva emprestou o vira tempo para Hermione, para que ela pudesse assistir a todas as aulas da grade.. Aliás, Pedro Pettigrew está vivo. O covarde traiu meus pais e botou a culpa no melhor amigo".

Ambos ficaram e silêncio por alguns momentos, dizer aquilo em voz alta soava ainda pior. Mas o professor estava acreditando no garoto. Ainda havia muita coisa que Harry não contara.

"O tempo funciona de uma forma complexa, e os nossos conhecimentos sobre a magia do tempo ainda são muito abstratos. Mudar o tempo, viajar no tempo, até mesmo aceitar a passagem do tempo ainda são grandes desafios."

"Eu viajei no tempo? Por que?"

"Talvez, Harry, você não tenha viajado, mas sim tenha sido trazido, por uma razão que ainda não nos é conhecida."

"Mas professor, quem iria me querer aqui, revivendo isso tudo? As coisas estão fadadas a se repetirem?"

"Eu acredito que se alguém te trouxe para cá, é porque sabia que a história pode ser alterada, sim. É possível". Dumbledore estava pensativo. Então continuou: "Harry, se não for um incomodo para você, gostaria que tivessemos mais reuniões, uma ou duas vezes por semana. Vejo que você ainda tem muito a dizer."

"Tenho sim professor. Principalmente sobre Voldemort". O garoto concordou.

"Muito bem. Devo pedir, então, alguns favores a você. Em primeiro, que mantenha sua viagem no tempo em segredo. Não é bom que este tipo de informação caia em mãos erradas. Em segundo, Harry, e preciso que saiba disso de antemão, que você treine feitiços avançados durante seu tempo livre, porque não sei se suas memórias sobre o futuro permanecerão com você por muito tempo."

"Perdão, professor?"

"É comum, com o passar do tempo, que as noções do viajante temporal sobre o futuro sejam progressivamente perdidas, até que sobre apenas seu presente e passado, e o futuro volte a ser um mistério.  Em outras palavras, existe uma chance de você realmente se fixar no passado, ou neste presente, tanto seu corpo, que já está aqui, como sua mente, que ainda está em viagem. Acontecendo isso, tudo o que lhe restará serão suas habilidades e conhecimentos passados. É algo teórico, claro, nunca vi aplicação prática, mas há uma possibilidade de que aconteça com você. Por isto preciso que esteja preparado, e vou ajudá-lo a se preparar. Você me pareceu ser um auror poderoso na sua geração, e isto deve ser preservado, para seu próprio bem".

"E quanto tempo eu tenho?"

"Anos, talvez."

"Mas professor, se meu passado e futuro se fundirem num eu presente, vou me esquecer dos meus filhos?"

"Eu também temo não saber a resposta para essa pergunta, Harry. Eu sinto muito. Também não sei como enviá-lo de volta, acredite, eu diria se soubesse".

Harry transpareceu estar muito, muito triste. 

Aquela breve reunião trouxera para o garoto uma dolorosa dúvida, que até aquele momento era bem fraquinha e questionável. A de que talvez ele não conseguisse mais voltar. Se Dumbledore não sabia como ajudá-lo, ninguém mais saberia.

"Harry, também preciso que me prometa que vai parar de procurar confusão com o professor Quirrell..."

"Eu lamento, professor, mas não posso prometer isso. Voldemort tentou me matar, e vai tentar de novo quantas vezes forem necessárias. Agora eu posso lutar como um igual, e não como uma criança".

"Pense nas consequências de um Voldemort extremamente desconfiado sobre os avançados conhecimentos de seu maior inimigo".

Dumbledore tinha razão.

"O que faremos com ele então, Professor? Ele vai tentar roubar a pedra."

"Vai."

"Eu não vou deixar Quirrell sair dessa, professor".

Harry se despediu, já era tarde e agora ele tinha a certeza de que veria o diretor em breve. Horrorizado, percebeu que com 11 anos havia aniquilado o primeiro bruxo das trevas de um lista que, em alguns anos, se tornaria muito, muito longa.

Antes de sair, Dumbledore pediu a Harry que não voltasse a procurar pelo espelho de Osejed. 

Harry riu da preocupação do diretor, e usou suas mesmas palavras, dizendo para ele não se preocupar, pois há muito ele aprendera que não valia a pena levar a vida sonhando, e se esquecer de viver. 

Tudo o que o garoto queria era o carinho de Ginny e o abraço dos filhos. Aquele espelho frio não poderia transmitir a ele esse calor.

 

Quando Hermione voltou das férias, já sabia quem era Nicolau Flamel e o que estava guardado no alçapão. Ron estava absolutamente supreso, a amiga era um gênio. Harry tentou fingir estar igualmente impressionado. 

"Por que você acha que Quirrell quer roubar a pedra, Harry?" Perguntou Hermione.

"Eu não sei... Talvez para Voldemort, para que ele se torne imortal".

"Mas Voldemort ja morreu, lembra? Você matou ele". Ron concluiu.

"Ron, o professor Dumbledore não acredita que ele tenha morrido. Se ele não acredita, eu também não".

Ron enfiou uma batata assada inteira na boca, e ficou incapaz de responder.

"Ora ora, se não é o inútil do Longbottom, que não consegue fazer um feitiço direito sem ajuda da sabe tudo".

Malfoy estava se divertindo enquanto Neville se contraia de vergonha, sendo agredido por nada mais nada menos do que ter estado no caminho dos Sonserinos que chegavam no salão principal para o café da manhã.

Ron se levantou para proteger o amigo, mas Malfoy riu, com desdém, e passou reto. 

"Ele tem razão, eu sou um inútil". Disse Neville se sentindo miserável.

"Ei, Neville, você disse que usa a varinha de um parente seu, não é mesmo?". Perguntou Harry, enquanto se levantava da mesa e se aproximava do garoto. 

"Eu... Eu uso, porque?"

"Posso dar uma olhada nela?"

Neville tirou a varinha do bolso, e em questão de segundos, Harry apontou sua varinha para a dele, sussurrou um inaudível expelliarmus e, para o horror do garoto, e principalmente de Hermione, partiu a varinha ao meio. 

Jogou os pedaços sobre a mesa e sentou-se novamente, como se nada tivesse acontecido. Neville estava em choque.

"De nada, Neville."

"POR QUE?"

"Porque você vale mil Malfoys, e só é incompetente porque usa a varinha errada. Escreve pra sua avó e fala que precisa de uma nova. Uma que te escolha dessa vez, pelas barbas de Merlim! Que insanidade é essa de dar varinhas usadas pros bruxos, sendo que todo mundo sabe que elas tem lealdade".

O menino não sabia se chorava ou se agradecia. Era um ponto bom o suficiente para que Hermione não questionasse. 

Todos os que presenciaram a cena estavam bastante confusos, até que Harry interrompeu o silêncio, e se levantou.

Precisava ir ao vestiário, logo mais jogaria contra a Lufa-Lufa.

 

 


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Notas finais do capítulo

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