Scientist escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 33
Capítulo 33 – Alegria


Notas iniciais do capítulo

Já faz um ano que tô escrevendo essa história, e tô demorando a atualizar porque tá uma correria sem fim esse fim de ano, mas dessa vez realmente a história tá se encaminhando pra o final. Vou sentir saudades. ♥



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Capítulo 33 – Alegria

                - O que você tá planejando? – Gwen riu enquanto Peter a levava vendada, e a carregava no colo, pelas escadas para o primeiro andar da casa.

                - Vou te fazer uma surpresa que você me pediu há anos. Comecei secretamente em Oxford e terminei aqui.

                - Você sempre com essas coisas! – Ela riu novamente – Tia May também foi cúmplice dessa vez?

                - Foi. Eu queria a opinião de alguém.

                - Então ninguém mais sabe sobre isso? – Gwen perguntou quando ele a colocou cuidadosamente no chão, e ela ouviu o som familiar da tranca do Laboratório Aranha sendo aberta, era diferente de todas as outras portas da casa – E tem a ver com as aranhas?

                - Mais ou menos – Peter lhe disse – Não tira a venda ainda, não espia – ele riu quando ela levou a mão aos olhos e ele a impediu – Vem – guiou a amada para dentro e voltou a trancar a porta.

                - É por isso que você fez as meninas irem pra casa de tia May hoje?

                - Bem... Pedi a tia May pra convidá-las pra ajudá-la a preparar nosso encontro familiar de natal mais tarde.

                - Não acredito! – Gwen riu.

                O dia estava sendo adorável. Era 24 de dezembro. Eles tinham todos se encontrado para tomar café da manhã na casa de May, tinham almoçado na casa dos Stacy, e a ceia de natal seria na casa de Peter e Gwen. Fora a forma que a família encontrou de deixar um pouquinho do clima natalino em cada lugar que compartilhavam. Apenas não tinham ido à casa de Richard, que apesar de saberem onde ficava, ele ainda tinha receio de que a família fosse vista em sua casa, dado a ainda um pouco recente queda definitiva da Oscorp.

                - Não consigo lembrar de algo que eu possa ter te pedido há tanto tempo.

                - Na verdade você me pediu quando ainda estávamos aqui. Pediu de brincadeira, mas eu levei a sério – Peter respondeu – Gwen... Eu não sei se isso vai parecer tão emocionante quanto das outras duas vezes que você viu, então por favor, se precisar, desmaia que eu vou te pegar, mas pega leve nas emoções, pelo nosso bebê.

                - Não sei se posso prometer sem ter pista alguma do que é isso.

                - Você quer uma pista?

                Antes que ela respondesse, Peter segurou sua mão e a levou para alguma coisa em cima da mesa. Seus dedos encontraram algo leve, formado por um emaranhado de fios, com uma textura suave, que mudava completamente nas extremidades para algum material agradavelmente frio e liso, pontilhado em alguns locais por saliências que pareciam ser parafusos.

                - Pelo menos agora sei que não é nenhuma criatura assustadora.

                Peter riu.

                - Eu nunca faria isso com você – ele disse beijando-a na bochecha – Vou te deixar ver agora.

                Peter tirou a venda de seus olhos com cuidado e a deixou em cima da mesa, voltando-se para a esposa para observar sua reação, encontrando Gwen chocada e boquiaberta com o que estava a sua frente.

                - Peter... Eu...

                - Vai com calma, amor.

                Ela riu.

                - Eu não acredito que você realmente fez isso!!

                Diante dela, estava uma perfeita reprodução da Ponte de Brooklyn, a ponte deles, com a mesma mensagem que ele fizera para ela com teias no monumento real, muitos anos atrás, quando estava correndo contra o tempo para recuperar seu amor antes que ela partisse sozinha para Oxford. O Eu te amo queimou em seu coração quando todas as emoções e imagens felizes daquele dia de quinze anos atrás voltaram como um flash, e Gwen estendeu os dedos de ambas as mãos para tocar as teias novamente, quase hipnotizada com o trabalho tão minucioso.

                - Você gostou?

                - Peter... É lindo! Gostar é o maior dos eufemismos. Como você fez isso? Usou algo das teias de verdade?

                - Não, eu queria que essa mensagem fosse permanente, então procurei muito até encontrar fios de tecido que eu conseguisse modelar e deixar com uma aparência semelhante, mas sem grudar, tia May ajudou nisso. Quanto à ponte, eu pesquisei por reproduções dela na internet. Algumas pessoas fazem pra vender pra turistas ou como miniaturas de souvenirs em lojas. Eu comprei um dos modelos desmontáveis, fiz algumas modificações pra ficar o mais parecida possível, e tive que despertar todos os dons artísticos que eu não sabia que tinha.

                - Quanto tempo você levou?

                - Uns dois meses. Três pra ficar como eu queria. Tia May me ajudou com as teias. Eu não sei se ficaram exatamente como naquele dia, mas deixei o mais parecido que eu me lembrava. Até procurei fotos na internet. As pessoas fotografaram e colocaram por aí. Por sorte não aparecemos em nenhuma das imagens. E tem uma tampa de acrílico pra proteger da poeira – explicou, apontando para onde o objeto estava em outra mesa.

                Peter parou de falar quando Gwen se virou para ele e segurou seu rosto com as mãos, sorrindo e com os olhos brilhando de emoção. Sem dizer nada ela o beijou, demorada e profundamente, como tinham feito na ponte.

                - Eu te amo – ela lhe disse, voltando a beijá-lo em seguida – E esse é um dos presentes mais lindos e especiais que já ganhei. Muito obrigada!

                - Que bom que gostou – Peter sorriu, beijando-a novamente – Feliz natal, Gwen.

                - Feliz natal, Peter – ela sorriu, olhando para cima ao perceber algo se movendo preso ao teto, e lembrando-se da decoração de natal que tinham colocado até mesmo aqui no laboratório.

                - Esse azevinho não tava aqui. Você mudou de propósito.

                - E isso importa? – Peter perguntou com um sorriso travesso.

                - Nem um pouco – ela sorriu de volta, voltando a unir seus lábios.

                A mão dele se uniu a sua mão livre sobre o ventre, deixando claro sua felicidade pelo bebê que crescia ali. Seria um natal adorável.

                O restante das horas correu rápido, e por volta das seis da noite todos estavam reunidos na sala de estar. Peter, Gwen e os irmãos, e as trigêmeas trajando roupas verde, vermelho e dourado, depois das crianças terem convencido todos eles a isso. Elas amavam o natal até mais que seu aniversário. May, Helen e Richard usavam algo mais discreto, mas ainda com cores felizes.

                Dali até o fim da noite, eles ouviram música, dançaram, conversaram e riram, e até fizeram uma chamada de vídeo com Jane e sua família, para a alegria de Philip, desligando apenas quando decidiram sentar à mesa para a ceia e para trocarem presentes depois. Gwen e ele ainda trocaram mensagens com amigos, incluindo Danny e Mil, que para a surpresa de todos logo também viriam trabalhar em Nova York, Flash, as Spice Girls, o que fez Gwen e as crianças surtarem de alegria ao notarem a primeira notificação no celular. Sim, Gwen fizera as pequenas se tornarem tão fãs das cantoras quanto ela ao verem a mãe assistindo o clipe de Stop. E para completar a alegria do natal, nenhum meliante tinha aprontado algo grave o suficiente para obrigar o Casal Aranha a comparecer à cidade nessa noite. Peter tinha certeza que nunca ouvira as filhas, a esposa e todos os demais rirem tanto com a alegria e paz mais genuínas que eles já tinham sentido. Seu pai seguia sendo mais calado e quieto, mas os olhares trocados com ele deixaram claro que os dois estavam conseguindo começar a reconstruir alguma coisa.

                - Dorme aqui, vovó! – Emma pediu segurando a mão de May quando todos começavam a ir embora – A senhora vai ficar sozinha hoje na sua casa, é muito triste.

                Peter sorriu ao ver a tia inspirar fundo para conter as lágrimas com as palavras da neta, depois sorrindo para a pequena.

                - Nós também queremos que a senhora fique – Peter disse – Emma tem razão.

                - Sim, até já arrumamos o quarto, tia May – Gwen falou.

                - Podemos ficar junto? – Destiny pediu.

                - É um sofá cama grande. Se sua avó não se importar, cabe todo mundo – Peter falou.

                - Vamos vovó! – Hope pediu – Nós ajudamos a arrumar.

                - Eu vou adorar isso! – May lhes disse.

                Os adultos riram com a algazarra feita pelas crianças, e se despediram de Richard e dos Stacy, que seguiram para suas casas.

                - Já vão dormir? – Gwen perguntou quando May e as meninas seguiram para o andar de cima.

                - Vou ajudá-las a escolher qual sapato querem deixar na janela pra Papai Noel. Como eu senti falta disso! – Ela sorriu para Peter, que tomou a mão da tia na sua para beijá-la antes de deixá-la seguir pelas escadas com as crianças.

                - Que perfeito...

                Gwen se virou para a janela com o comentário aleatório do marido.

                - Tá nevando – ela sorriu.

                - Ainda bem que os outros já chegaram em casa – Peter falou quando caminharam abraçados até a grande janela da sala.

                Passaram um bom tempo em silêncio, apenas assistindo os flocos alvos deslizarem pelo ar e começar a formar um novo tapete branco no chão.

                - Eu espero que continue assim – Peter disse, e Gwen o olhou aguardando mais informação – Tá dando certo. Estamos bem.

                - Apesar de não termos garantias, eu desejo o mesmo.

                Coincidência ou não, nesse instante, a playlist que ainda tocava no celular de Gwen iniciou a canção White Christmas, de Irving Berlin, e o relógio marcou meia noite. Os dois olharam juntos para a sala, que apesar de agora estar vazia, ainda tinha a energia contagiante do jantar em família impregnada no ambiente e em cada decoração colorida ali.

                - Que clichê... Nós estamos na janela numa noite de natal bonita, vendo a neve cair e ouvindo uma música linda, sozinhos, como naqueles filmes que passam aos montes nessa época.

                Peter riu.

                - É mesmo. Mas sabe... Eu acho que é justamente por isso que as pessoas continuam assistindo, mesmo sendo sempre quase a mesma coisa. Esses detalhes que se repetem não são os mais mágicos? Os que ninguém quer que falte?

                - Tem razão... Então porque não completamos esses detalhes? – Gwen sugeriu com um sorriso brincalhão.

                - Achei que nunca ia pedir – Peter sorriu e a puxou pela cintura.

                Gwen o enlaçou pelo pescoço quando os dois se beijaram diante da janela.

******

                Gwen abriu os olhos atenta ao ouvir um baque na sala no andar de baixo, mas respirou tranquila ao reconhecer os passos de Peter voltando ao quarto, e sentir os lábios do marido beijarem seus cabelos. Peter fechou a porta em silêncio, a encarou com um sorriso à luz da rua que adentrava o local pela janela, e começou a se desvencilhar das roupas que escondiam seu traje, depois removendo-o também e o escondendo para lavá-lo mais tarde.

                - Onde você esteve?

                - Ouvi um dos nossos vizinhos gritar. Achei que tava sendo assaltado, mas ele só escorregou na neve. O Homem Aranha o ajudou de qualquer forma.

                - Escorregou na neve às três da manhã... – Gwen estranhou ao olhar o relógio digital no criado mudo – Espera... Foi...?

                - Sim. Aquele senhor que sempre tem insônia. Tava passeando no jardim de casa com o cachorro, por sorte. Foi o cachorro que evitou que a queda fosse feia e ele quebrasse alguma coisa. Foi só um susto.

                - Aquele filhote? – Gwen perguntou quando Peter voltou a se deitar ao seu lado, sem camisa e apenas com o short do pijama.

                Gwen puxou o lençol sobre ele os dois se aconchegaram um ao outro.

                - Ah, ele cresceu. Faz três semanas que não o vemos, filhotes crescem muito rápido. Ele tá enorme.

                - E o barulho na sala?

                - Aproveitei pra colocar os presentes debaixo da árvore e acabei derrubando um deles, mas era um dos que não quebram, não se preocupe. Se alguém tiver ouvido, vamos dizer que foi o Papai Noel.

                Gwen riu.

                - Tem certeza que não acordou as meninas?

                - Não. Acabei acordando tia May. Fui até o quarto tranquilizá-la de que eu não era um ladrão. Mas ela já deve ter dormido de novo. Você tá bem?

                - Sim. Vamos dormir enquanto não amanhece e as meninas vem nos acordar.

                - Gostei da ideia – Peter sorriu e a beijou, acariciando o ventre da esposa antes de abraçá-la.

                - Você parece tão ansioso por isso quanto da primeira vez – Gwen lhe disse, ela mesma acariciando o local agora.

                - Eu tô. Eu não sei se eles realmente sentem alguma coisa tão cedo, mas eu quero acreditar que sim. Eu quero que ele ou ela nos sinta desde sempre, como foi com as meninas.

                Gwen concordou. Peter sempre fora um pai cheio de amor, desde o primeiro dia que soube de sua primeira gravidez, e a conexão dos dois com suas filhas era imensa, por mais que isso pudesse mudar quando elas ficassem mais velhas e passassem pela adolescência.

                - É natal. Você pode acreditar no que quiser. Sempre que as meninas me perguntam sobre papai Noel, eu digo a elas que ele é uma energia, muito mais que uma lenda ou um ser mágico, nada prova que ele exista ou não, mas o que escolhemos sentir sobre isso é que é mágico. Então não acho errado ou bobo acreditar um pouquinho, nisso e em qualquer coisa que te faça bem e não prejudique outras pessoas.

                - Você acredita mesmo nisso?

                - Eu nunca falaria pra nossas filhas se eu não acreditasse. Não quero que um dia olhem pra trás e pensem que mentimos pra elas sem necessidade.

                Peter sorriu, sentindo um aperto na garganta e no peito ao descobrir mais uma faceta linda e brilhante da alma de sua amada.

                - Você é perfeita – ele sussurrou emocionado.

                Ela riu.

                - Só a melhor versão que consigo ser agora. Mas obrigada – Gwen disse ao beijá-lo – E ninguém é mais perfeito pra mim do que você.

                Peter sorriu, e lhe deu um beijo na testa e outro nos lábios ao abraçá-la mais perto, e os dois ninaram um ao outro até adormecerem.

                Como esperavam, horas mais tarde, aos primeiros raios de sol, três pares de pés estavam pulando ao redor deles na cama enquanto as crianças falavam empolgadas que o Papai Noel os tinha visitado.

                Descendo as escadas, após Peter vestir uma camiseta, eles encontraram já uma pequena bagunça de pacotes e presentes na sala, uma May feliz e rindo junto com as netas no chão, e seis sapatos, apenas um pé de cada par, cuidadosamente posicionados na grande janela da sala, novamente com a cortina aberta.

                Peter sorriu e puxou a esposa para o chão junto com May e as crianças, puxando todas para um abraço enquanto riam juntos e desejavam feliz natal uns aos outros.

******

                - Nos últimos meses todos em Nova York têm estado surpresos com algo que nos últimos anos praticamente se tornou uma lenda – a repórter falava na TV do restaurante onde Peter e Gwen estavam almoçando após o trabalho, tendo apenas uma consulta médica e o restante do dia livre hoje – E que sempre nos perguntamos a respeito quando a notícia chegou de Oxford. O que queremos saber é: Temos o mesmo Homem Aranha de volta? E quem é a Mulher Aranha que sempre o acompanha? Como de repente surgiu mais alguém com essas habilidades, e por que tantos anos longe de Nova York e agora estão de volta? Por que ela sumiu por um período em Oxford, e agora novamente? Nos anos em que o mascarado protetor da cidade esteve por aqui, as opiniões ficaram dividas entre os cidadãos e autoridades que o consideravam aliado ou um risco. Como será que vai ser agora? Coincidentemente ou não, todos os vilões malucos que conhecemos naqueles anos pareciam ter o Homem Aranha ou algo grande e ultra secreto como alvo, e também desapareceram quando nosso herói se foi. Tudo está bem agora, e vamos torcer pra que continue. Mas se não, acho que agora a polícia tem uma boa ajuda pra nos proteger – a mulher sorriu.

                - Ela gosta de você – Gwen sussurrou com um sorriso para Peter, que sorriu de volta discretamente.

                - É o mínimo que mereço depois do Clarim. Espero que aquele cara tenha se mudado pra bem longe e que nunca mais volte.

                - Eu também.

                - Como você tá se sentindo? Vamos saber daqui a pouco se temos um filho ou mais uma filha.

                - Eu tô muito ansiosa. E preocupada com outra coisa agora.

                - Como o que?

                - O que essa repórter acabou de falar... Se minha mãe, irmãos e mais alguém que nos conhece ligar os pontos de que a Mulher Aranha sumiu justamente durante minha gravidez? E duas vezes.

                - Gwen... Há muitas mulheres grávidas ao mesmo tempo, tanto aqui quanto em Oxford. Se pensarem que é por isso, nada prova que é justamente você. Não se estressa com isso. Se alguém nos questionar, vamos negar até a morte e a pessoa vai desistir.

                Gwen riu.

                - Você faz parecer tão fácil.

                Peter riu.

                - É só sermos bons atores como Emma. Ela tem adorado as aulas de teatro. Tô começando a levar a sério o que ela disse sobre o tapete vermelho três anos atrás.

                - Quem sabe? – Gwen refletiu, terminando de comer para que os dois pudessem seguir para o hospital.

                Não foi muito tempo até chegarem ao local e estarem na sala de exames, mas a ansiedade de ambos fez parecer uma eternidade.

                - Já dá pra ver? – Gwen perguntou à medica enquanto Peter acariciava sua mão.

                - Dá sim – a mulher falou com simpatia enquanto deslizava o transdutor pela barriga de Gwen – Só um momento, Gwen.

                - Você tem alguma intuição? – Peter perguntou baixinho para a esposa.

                - Eu não sei... Tô ansiosa demais pra me concentrar em qualquer intuição.

                - Eu sei – a médica disse sorrindo.

                - Meu Deus! O que é?!

                - Calma, querido! – Gwen riu – A quem eu quero enganar?! Nos diga logo, por favor!

                A mulher riu, ficando mais algum tempo em silêncio analisando a imagem na tela. Então ela afastou o transdutor, virou a cadeira giratória para eles e apontou para a tela lhes explicando algumas coisas antes de finalmente proferir um resultado.

                - Bem... Vocês Já têm muitas meninas. Querem ter outra?

                - Ficaremos felizes com qualquer resultado – Gwen respondeu.

                - Então podem dizer às irmãs mais velhas que elas terão um irmãozinho.

                - É mesmo? – Peter perguntou emocionado.

                - Andrew... – Gwen disse com a mesma emoção, sem saber como reagir, mesmo já tendo vivido isso antes.

                A médica sorriu e voltou sua atenção para a imagem novamente enquanto o casal trocava um beijo e tinham um pequeno momento para apreciar a descoberta.

                - Não parece ser um bebê grande, nem pequeno demais. Está tudo normal. Ele poderia nascer por um parto normal, mas há uma questão pelo que vocês disseram.

                O exame durou mais algum tempo enquanto os três conversavam e obtinham mais informações. A profissional os advertiu de que o mais adequado para Gwen seria um parto cirúrgico novamente, um nascimento normal era contraindicado após cesáreas, por mais perfeita que tivesse sido a recuperação, e que o corpo dela mal tivesse sinais ou cicatrizes disso. A probabilidade de haver um problema era baixíssima, mas existente, e que os dois deveriam pensar bem antes de decidir.

                - O que você quer fazer? – Peter perguntava enquanto seguiam para a casa de Helen para buscar as filhas e contar a notícia.

                - Ainda não sei. Temos cinco meses pra decidir. Eu acho que ficaria bem em qualquer uma das duas situações, é só um bebê dessa vez... Mas não sei o que quero agora.

                - Temos tempo – Peter a abraçou e beijou seus cabelos antes de voltar a dirigir.


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