O noivo de natal escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 8
Sétimo capitulo: Pequenas confissões na noite


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos a mais um capitulo de O noivo de natal.
Espero que todos estejam com o coração em dia, porque hoje teremos fortes emoções.
Preparem-se.
Beijos e boa leitura.



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Assim que entrei no meu apartamento no final da tarde, após Daniel abrir a porta com minhas chaves tive que me controlar para não beijar o chão do local agradecendo a Deus por finalmente estar em casa depois do dia de cão que havíamos tido. Tudo bem que metade da culpa de tudo isso era minha, mas agradecia que no fim entre mortos e feridos saiamos todos ilesos e livres, especialmente o delegado.

—Porque você não vai para o seu quarto, tomar um bom banho para relaxar um pouco, enquanto faço algo para comermos. - Daniel disse colocando as duas sacolas que trazia na mão em cima da mesa da cozinha, uma contendo todos os meus remédios receitados por sua irmã dos quais ele fez questão de pagar por mais que dissesse que não e a outra contendo uma bela garrafa de um vinho nacional.

—E desde quando você sabe cozinhar? Por acaso isso não é um plano seu para me envenenar, por causa da confusão que o meti hoje? -questionei desconfiada e ele revirou os olhos.

—Não, pequena, isso não é nenhum plano mirabolante de vingança, só estou tentando ser um bom amigo e cuidar de você até que minha prima chegue, para sua informação cozinho muito bem, aprendi com a minha mãe que cozinha como ninguém, agora vá tomar seu banho e tente não se meter em nenhuma confusão, enquanto estiver realizando essa ação simples. - Daniel pediu implicante e dei língua para ele, antes de caminhar em direção ao meu quarto, porque meu corpo estava implorando por um banho e um bom descanso.

Entrei no meu quarto jogando minha bolsa na poltrona que havia ali, tirando minhas sapatinhas de qualquer jeito e caminhando em direção ao banheiro, realizado sem sucesso uma espécie de dança acrobática para alcançar o zíper do meu vestido que ficava atrás, algo que não era possível graças a munhequeira que usava, a qual Mariana fez questão de recomendar no receituário que deveria ser usada diariamente, sendo tirada apenas para dormir, evitando assim que a micro fratura se agravasse.

Respirei fundo sabendo que não conseguiria me livrar daquele vestido sozinha, aceitei que teria que pedir ajuda para o abominável homem das neves, já que ele era o único ser naquele apartamento que estava com as duas mãos em bom estado, pelo menos espero que ele ainda esteja e não tenha se acidentado enquanto preparava algo comestível para nós.

Decidida caminhei em direção a cozinha, parando na entrada assim que senti o cheiro delicioso do local que fez meu estômago roncar, ficando surpresa em como Daniel conseguia se mover por ali naturalmente, cortando alguns legumes, mexendo em uma panela no fogão e tomando um gole da taça de vinho tinto que estava na pia, enquanto ele cantarolava suave a música que tocava em seu celular me deixando surpresa por sua espontaneidade e leve, uma característica sua que ainda não havia presenciado.

Realmente Mariana tinha razão, seu irmão estava mesmo precisando de duas taças de vinho para relaxar um pouco, deixando de lado a postura séria e sarcástica que sempre usava.

—Achei que tivesse ido tomar banho, pequena. Não me diga que acabou a água do chuveiro ou pior...Você quebrou o registro dele? - Daniel questionou de costas me fazendo dar um pulo por causa do susto, enquanto ele sorria e virava para me ver cruzando os braços apoiando as costas na pia.

—Como sabia que eu... Esquece. Não foi nada disso, abominável homem das neves. Deus é testemunha que tentei tomar meu banho, mas não consegui abri o zíper do meu vestido, você se importaria de...- sussurrei envergonhada indicando o zíper nas minhas costas e ele concordou, tomando mais um gole do seu vinho e caminhando em minha direção se posicionando as minhas costas.

—Sou da polícia, pequena, todos os meus sentidos foram treinados para perceberem qualquer movimentação suspeita, mesmo quando não estou trabalhando. Eu posso? - ele questionou baixo atrás de mim e senti meu coração bater acelerado.

—Sim. - sussurrei tentando deixar minha voz estável, logo senti suas mãos em minhas costas descendo com cuidado o zíper do meu vestido, provocando arrepios por todo meu corpo enquanto meu coração acelerava, como se estivesse em uma corrida me deixando atordoada e confusa, diante dos sentimentos estranhos que Daniel despertava em mim, desde que nos conhecemos.

—Amanda...- Daniel disse com a voz rouca e segurei a frente do meu vestido com a mão boa, antes de virar para ver seus olhos escuros que pareciam ter adquirido um brilho diferente naquele momento.

—Sim? - questionei ansiosa a ele, sem ter ideia do que estava esperando e Daniel respirou fundo passando as mãos no cabelo escuro, como se estivesse tentando clarear sua mente.

—Acho melhor você tomar seu banho, afinal, o jantar está quase pronto. - ele disse suave se afastando de mim.

—Tudo bem e obrigada. - disse baixo saindo rapidamente da cozinha, sem coragem de olhá-lo, na verdade estava assustada com as reações estranhas que Daniel despertava em mim.

Decidida a ignorar tudo isso, entrei no chuveiro e tomei meu banho deixando a água limpar meu corpo, assim como meus pensamentos aliviado a tensão, resultado do dia agitado que tive.

Já devidamente arrumada, caminhei devagar em direção a cozinha tentando prologar ao máximo a minha chegada ao local, algo que não surtiu efeito já que o caminho até lá era curto. Assim que adentrei novamente o recinto, vi Daniel terminando de servir um prato e colocando-o na mesa, antes de voltar sua atenção a mim.

—Já iria chamá-la, coma enquanto ainda está quente, para que possa tomar seus remédios.

—Tudo bem. - disse baixo me sentando a mesa e sorrindo surpresa ao ver o conteúdo do meu prato. -  Isso é sério?! Você fez canja pra mim?!

—Me desculpe, mas a falta de opções na geladeira de vocês me deixou limitado. Sabiam que precisam de mantimentos? E que existe um local bem grande perto da casa de vocês que vende esses mesmos mantimentos?! Ele se chama supermercado. - Daniel disse e olhei para ele entre lágrimas, deixando-o surpreso diante da minha reação. - Hei, pequena, me desculpe se disse algo que a magoou não tive a intenção, mas as duas deviam arrumar um tempo e irem ao supermercado com urgência se quiserem sobrevier até o final do mês.

— Sobre a história de ir ao supermercado, não é a minha saída preferida, ainda mais com a sua prima, a maníaca dos preços e gramas, ela compara cada item das marcas para ver se vale a pena ou não leva-la, um verdadeiro inferno. -segredei para ele enxugando minhas lágrimas e Daniel me olhou curioso, como se ainda esperasse pela explicação do porquê ter me emocionado diante de um simples prato de canja.- Já o fato de ter me emocionado por causa da canja...É que a minha avó sempre fazia canja pra mim quando ficava doente e desde que ela morreu, nunca mais comi canja.

—Se não estiver confortável, acho que posso tentar fazer outra coisa.

—Não está tudo bem, muito obrigada por cuidar de mim. Na verdade, obrigada por ter ficado ao meu lado mesmo depois da roubada que o coloquei hoje.

—Tudo bem, não precisa me agradecer, afinal, amigos se ajudam e se protegem, não é verdade? - ele questionou dando de ombros me incentivando a comer, enquanto ia em direção a pia da cozinha encher a sua taça com um pouco mais de vinho, voltando para se sentar em seu lugar a mesa.

—Acho que sim, mas sobre eu dizer ao Henrique que você era o meu noivo...E bem, que iria casar com você...Sabe...Foi apenas...- disse tentando me explicar e ele balançou a cabeça concordando.

—Foi no calor do momento, entendo perfeitamente. Também disse coisas parecidas e me desculpe se a deixei desconfortável, mas seria menos complicado dizer aos policiais que você era minha noiva do que explicar o nosso estranho relacionamento.

—E como você explicaria o nosso estranho relacionamento, se tivesse que fazê-lo? -questionei curiosa olhando sem seus olhos escuros e Daniel sorriu, tomando um gole do seu vinho e respirando fundo antes de voltar a falar.

—Sabe essa pequena mulher na frente de vocês?! Dona de lindos olhos verdes selvagens e cachos indomáveis?! Ela é a melhor amiga da minha prima, alguém que conheço a poucos dias mas tem o dom de me irritar como ninguém, parece sempre estar metida em uma nova confusão o que sempre me deixa louco, pensando no que deve estar aprontando para não estar em segurança...Ela me perturba de uma forma que nenhuma outra foi capaz de fazer.- ele admitiu sincero e segurei a respiração, sem desviar dos seus olhos.

—Você acha isso tudo de mim? - questionei com o coração acelerado e Daniel gemeu suave envergonhado, me fazendo rir surpresa, pois nunca o havia visto ficar sem graça desde que nos conhecemos.

—Acho que sim, não sei direito. Na verdade, acho que já tomei vinho demais para uma noite. Só esqueça o que eu disse. - ele pediu com o rosto levemente corado, talvez pela timidez ou por efeito do álcool, e neguei sorrindo.

—Não mesmo. E só pra constar, gosto mais do Daniel levemente bêbado do que o sóbrio. Agora estou curiosa, quantas taças de vinho você tomou para ficar assim tão leve?

—Mais de duas eu garanto. E para sua informação, não estou bêbado, talvez levemente alto, agora coma a sua comida, pequena. - Daniel pediu e concordei, pegando a colher com a mão esquerda e levando um pouco do caldo a boca, ficando surpresa com o gosto delicioso da canja.

—Isso está maravilhoso, Daniel.

—Que bom, agora coma tudo. - ele me pediu e concordei voltando a tomar a minha canja.

❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆

Depois que jantamos fiquei na sala vendo televisão, enquanto Daniel descia até a garagem para pegar sua mochila que estava no carro, segundo ele nela haviam algumas peças de roupas para emergências. Acho que devo ter pegado no sono enquanto via televisão, pois assim que abri meus olhos novamente percebi que estava no meu quarto e Daniel já devidamente trocado, usando uma calça de moletom e uma camisa de algodão cinza, olhava pela janela do meu quarto enquanto parecia falar com alguém ao telefone.

—Tem certeza que não preciso ir aí dar o meu depoimento? - ouvi Daniel questionar baixo, talvez temendo me acordar. -Tudo bem, fico feliz em saber que as imagens das câmeras comprovaram o que disse para o dono do Bistrô e para os seus homens, Suzana. Eu sei que posso, mas não quero processar a Amanda.

E houve um longo silêncio em seguida, indicando que provavelmente a outra pessoa na linha, a tal de Suzana, devia estar falando algo que deixava Daniel desconfortável diante da sua expressão corporal tensa.

—Suzana, você sabe que jamais lhe prometi algo sério durante o nosso envolvimento, só estávamos aproveitando a companhia um do outro e nada mais. Não espere uma volta, porque não vou deixar a Amanda a não ser que ela me peça...Acho que sim. O que é estranho, porque jamais me senti assim. Obrigado, pra você também. Agora preciso desligar, porque estou recebendo uma ligação da minha prima. Tudo bem, boa noite. - Daniel disse se despedindo e afastando o celular da orelha, apertando algo antes de voltar a colocá-lo no ouvido.

—Nem pense nisso Sarah, a chuva está grossa demais e deu no jornal que existem pontos de alagamento pela cidade toda. Faça o seguinte, você está com a chave reserva do meu apartamento? Pois bem, vá para lá porque é mais perto de onde está assim o Liberdade não ficará sozinho. Não se preocupe, vou tomar conta da sua amiga, assim que chegar na minha casa me ligue ou mande mensagem avisando, porque ficarei mais tranquilo. Tudo bem, vou dizer. Boa noite, prima. -Daniel disse fechando a cortina do meu quarto e desligando o celular, voltando sua atenção pra mim que estava deitada na minha cama levemente adormecida, resultado dos anti-inflamatórios fortes que estava tomando.

 -Então pelo jeito, Sarah não vem pra casa. - atestei diante do pouco que escutei da conversa dos dois, deixando de lado que havia escutado a sua conversa com a sua ex, porque não tinha certeza se gostaria de saber na integra tudo o que os dois haviam falado.

—Não. Ela estava voltando pra casa quando um córrego perto de onde estava transbordou, impedindo que seguisse viagem, por sorte o local onde Sarah está é perto da minha casa.

—Tudo bem, se quiser pode ir pra casa não precisa ficar comigo. -sussurrei sonolenta acomodando minha mão machucada sem a munhequeira em cima de uma almofada e Daniel negou com a cabeça, vindo se sentar na beirada da minha cama.

—Não vou a lugar nenhum, pequena, você já tomando remédios fortes para dor e não pode ficar sozinha, além do mais prometi a minha prima que tomaria conta de você.

—Não é sua obrigação tomar conta de mim, Daniel, a culpa de ter me machucado foi minha.

—Não estou cuidado de você por culpa, pequena. Agora feche os olhos e tente descansar um pouco, sei que deve estar exausta depois de tudo que passou hoje. - ele pediu e concordei fechando os olhos, me entregando ao sono que não demorou a chegar.

Acordei gemendo de dor no meio da madrugada, porque havia tentado mudar de posição na cama esquecendo do meu machucado na mão direita que começou a latejar, como se tivesse acabado de lesioná-lo.

—Que foi, pequena? Está sentindo dor? - ouvi a voz de Daniel soar baixa pelo quarto e olhei para a direção do som, vendo-o deixar um livro em cima da poltrona em que estava se levantando em seguida e caminhado em direção a minha cama.

—Sim, dormir só de um lado não é nada confortável ainda mais sem poder se mexer direito. -reclamei sonolenta me mexendo na cama, tentando procurar uma posição confortável para voltar a dormir, mas isso estava apenas me causando dor e deixando Daniel preocupado.

Sem dizer uma palavra, Daniel deu a volta na cama e se deitou no espaço vazio ao meu lado, me puxando com extremo cuidado para si e deitei minha cabeça em seu peito, podendo ouvir seu coração batendo acelerado, enquanto ele acomodava minha mão machucada em seu tórax me fazendo suspirar de conforto por finalmente estar na posição que gostava de dormir todas as noites, tirando o fato do delegado estar sendo meu travesseiro particular naquela noite.

—Como sabia do que precisava? - sussurrei baixo enquanto ouvia o som da chuva caindo lá fora, forte e sem sinal de que daria uma trégua.

—Você tem cara de quem gosta de dormir de lado. - ele sussurrou baixo em meio aos meus cachos, antes de começar a fazer um carinho tímido em meus cabelos me fazendo fechar os olhos e sentir um perfume incomum vindo dele.

Algo entre o doce, amadeirado e picante, me lembrando um pouco o cheiro de uma romã, mas não conseguia identificar os outros aromas por isso me aconcheguei mais a Daniel escondendo meu rosto em seu pescoço onde o perfume era mais presente, tentando assim adivinhar as outras fragrâncias.

—Não faça isso, pequena... - ele implorou baixo no meu ouvido, me deixando preocupada de ter passado de algum limite interno dele.- Não me abrace, como se eu fosse a pessoa mais importante do mundo pra você.

—E se hipoteticamente, você for?

—Não teria tanta sorte, Amanda Nunes.

—Nunca se sabe, abominável homem das neves...Já chega, eu desisto. - disse cansada de tentar buscar em minha mente a lembrança de um cheiro parecido com o de Daniel.

—Desiste de que, pequena?

—De tentar adivinhar qual é o seu cheiro...Ele é muito bom, sabia?! Nunca tinha sentido algo assim na vida...Parece doce como romã, mas no fim provoca uma sensação leve de picância...Isso é um perfume? Um sabonete? Ou loção pós-barba? -questionei curiosa fazendo-o rir de leve diante da minha pergunta.

—É os três.

—Como assim os três?

—Minha mãe é perfumista, quando fiz quinze anos ela me deu essa fragrância de presente e a uso desde então. Com o passar dos anos, mamãe desenvolveu outros produtos de higiene pessoal pra mim usando a mesma fragrância que inclui essência de romã, óleo de sândalo e pimenta romã, não me pergunte o porque da mistura dos ingredientes ou como eles são utilizados, pois ela não me disse, sua justificativa foi que eram os aromas que mais combinavam comigo.- ele disse suave e respirei fundo sentindo um pouco mais seu cheiro único.

—Sua mãe é boa nisso, ela deve ganhar uma fortuna vendo o seu “cheiro” por aí, porque ele é viciante, delegado. - segredei para ele que sorriu, preenchendo todo o ambiente com o som da sua risada.

—É a dona Helena é muito boa, mas ela não comercializa o meu perfume. Não existe ninguém no mundo além de mim que o usa.

—Você está falando sério?

—Estou. Tenho o certificado de exclusividade e o número da patente pra comprovar. Ela me explicou que não poderia comercializar algo que fez pra mim, assim como não fez com o perfume que deu a Mariana.

—E como se chama o seu perfume?

—Daniel.

—E eu achando que era Adalberto. - disse brincando e sorrimos no escuro.

—Quer saber um segredo, pequena? - ele questionou assim que paramos de rir.

—Quero.

—Estou gostando bem mais do que deveria da sua companhia.

—Eu também, Daniel. - sussurrei suave e senti ele me abraçar com cuidado, temendo me machucar e fechei meus olhos, mergulhando ainda mais no perfume único que Daniel possuía.

❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆❆

— O que realmente aconteceu com você, amiga? - Sarah disse preocupada depois que seu primo saiu da nossa casa de manhã cedo assim que minha amiga chegou, sem ao menos se despedir direito de mim depois de termos dormido na mesma cama, sem fazer nada demais.

Era como se Daniel estivesse fugindo de mim, o que me deixou tremendamente magoada com a sua atitude depois de tudo que compartilhamos.

—Foi apenas um acidente bobo. Seu primo me provocou, acabei perdendo a paciência e lhe dei um soco, mas acabei levando a pior.

— Oh amiga, sinto muito por isso, Daniel tem o poder de tirar todo mundo do sério com aquele comportamento sarcástico e irônico dele. Prometo que vou ligar e gritar com ele do outro lado do telefone. Afinal, Adalberto me prometeu que tomaria conta da minha melhor amiga, só que me parece que o tomar conta dele, não é dos melhores. - ela disse se desculpando enquanto me olhava com preocupação.

—Está tudo bem, Sa, não precisa arrumar confusão com o seu primo. Daniel fez questão de me levar no médico ou melhor, na sua irmã, para que fizesse todos exames além dele ter cuidado de mim a noite toda. Graças a Deus, não quebrei nada, só tenho que continuar usando essa tala e tomando os anti-inflamatórios por duas semanas e estaria novinha em folha. -assegurei suave tentando tranquilizar a minha amiga que ficou surpresa, quando disse que havia conhecido sua prima.

— O Daniel te levou até a Mariana?! Mariana, irmã dele?! Conta outra. - ela disse surpresa e pisquei confusa, não entendendo sua reação.

—Estou falando sério.

—Coitado do meu primo, ele devia estar desesperado para tomar uma atitude dessas. Daniel não aparece com ninguém na frente da irmã ou da mãe, as duas tem tendências a imaginar coisas onde não existe fundamento algum, o que deixa meu primo desconfortável. Afinal, ele é tão reservado que nem parece da minha família. -Sarah explicou suave e sorri concordando, me lembrando das perguntas indiscretas de Mariana assim que aparecemos em seu consultório e do jeito sincero e sem filtro da minha amiga, tendo que concordar que Daniel nem parecia pertencer a família Souza.

—A sua prima achou que estávamos envolvidos, acredita? - questionei chocada com a insinuação de Mariana e Sarah suspirou.

—Isso não me surpreende. Minha prima está tão preocupada com o irmão, que não ficaria surpresa se algum dia ela colocasse um anuncio nos classificados, oferecendo o irmão solteirão para um relacionamento sério. - Sarah disse e sorri da sua ideia, pois diante da preocupação que vi nos olhos de Mariana ela era bem capaz de fazer isso, só que a medica não sabia que o irmão tinha uma ex pretendente que parecia desejar se relacionar novamente com Daniel.

— Se bem que, parando melhor pra pensar, você e o Dani formam um belo casal. - minha amiga disse me trazendo de volta ao presente e sorri sem humor.

—Eu e o seu primo?! Conta outra, Sarah. Ele e eu somos completamente diferentes, não teria como dá certo. Além do mais Daniel e eu não temos nada, só estamos fingindo um relacionamento que não existe para que meu avô não morra de desgosto, depois das festas cada um voltará a sua vida normal.

—Se você diz. - ela disse dando de ombros e revirei os olhos, enquanto ouvíamos alguém bater na porta.

Minha amiga se levantou do sofá em que estávamos sentadas, caminhou em direção a porta abrindo-a e tentando fechá-la no mesmo instante, mas sem sucesso como se a outra pessoa a impedisse de fazer isso.

—Vá embora, não tenho nada para falar com você. - Sarah disse séria lutando para fechar a porta.

—Sarinha, meu amor, você sabe que precisamos conversar. - a voz conhecida disse do outro lado e minha amiga sorriu sem humor, tentando fechar a porta sem obter sucesso e segurei a respiração assim que vi o ex namorado chave de cadeia de Sarah parado na nossa porta.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram do capitulo de hoje?
Quem vocês preferem? Daniel sóbrio ou levemente alto?
E o que será que o ex da Sarah quer?

Não percam o próximo capitulo.
Beijos e até amanhã.
❤️❤️❤️❤️ ❤️❤️❤️❤️



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