As Super Agentes e o Livro das Magias escrita por ZodiacAne


Capítulo 8
Capítulo 7 – Aula com uma ex-agente


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo no ar!
Espero que gostem!



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As meninas retornaram da escola, almoçaram, descansaram e trocaram de roupa para finalmente ter o primeiro dia de treinamento na agência. Elas não chegaram a ver com tantos detalhes como era o salão, mas com certeza devia ser muito bem equipado só pelo tamanho do lugar que era agora a sua casa.

Entraram e ficaram deslumbradas com como era amplo e iluminado, havia vários aparelhos e armas de diversos tipos, desde as brancas até as de fogo, penduradas numa das paredes. Uma longa parede de espelhos de um lado e do outro uma parede de escalada, além de um percurso próprio na parte de cima, que era preso pelo teto.

Mas, havia uma organização esquisita no chão do lugar, alguns obstáculos posicionados como um percurso. Marlin também estava no salão à espera delas. Assim que recebeu a atenção das agentes, ela falou:

— Olá de novo, meninas. Sejam bem-vindas ao salão de treinamento e a sua primeira aula comigo. Bom, eu e Julia vamos fazer algumas das práticas com vocês. Comigo treinarão as partes gerais e a Julia vai focar nas suas habilidades específicas. E não se preocupem que já estamos preparando o equipamento e material para tudo.

— Ah, Marlin, sem querer interromper. – começou Joana – Temos uma coisa importante para falar.

Elas ainda não haviam comentado sobre o ocorrido de mais cedo, na verdade, nem do dia de aula num todo. Elas não tiveram tempo com Marlin ou Jerry para tal, já que elas almoçaram sozinhas no apartamento.

— E o que seria? – indagou Marlin

— Bom, é sobre a missão. – Camila completou

— Podemos falar sobre isso depois, melhor na presença do Jerry também. Ok? – respondeu calmamente

— Ele está muito ocupado no escritório? – questionou Amélia

— Sim. Ele e Julia estão lá discutindo os próximos passos da missão, parece que ela descobriu alguma coisa do livro. – e mudou de assunto – Agora, vamos ao treinamento! Preparei essa pequena pista de obstáculos para vocês. É bem simples! Só fazer o percurso e vou cronometrar os tempos. Eu quero ver o quão rápidas são. Quem vai primeiro?

Camila se pronunciou. Marlin disse quais eram os obstáculos: Uma parede para escalar, uma parte para rastejar, um cipó para evitar um lago, pneus. Praticamente uma pista bem parecida com as feitas em treinamento militar.

A garota se preparou e ao sinal de Marlin, saiu correndo. Camila completou sem muitas dificuldades, pois ela é a mais forte e preparada das três, justamente por causa do treinamento com combate, o que a ajuda a ter força muscular para alguns dos obstáculos. Ela fez o percurso em 1min e 27 segundos!

— Meus parabéns, Camila. Foi muito bem!

— Obrigada, Marlin. – respondeu, um pouco ofegante

— A próxima...

Amélia se pronunciou dessa vez. Seu treino físico era bem menor do que o da amiga, já que sua habilidade envolvia a tecnologia. Ela também era bem menor no quesito da altura, mas usava esse recurso a seu favor. Ao mesmo sinal foi fazer o percurso. Sua falta de tamanho ajudou em algumas partes e atrapalhou em outras. Ela terminou com 1 min e 32 segundos.

— Parabéns, Amélia. Foi um pouco mais lenta que sua amiga, mas isso é por causa do seu tamanho e seu preparo, que não são os mesmos que o dela, mas ainda assim você foi rápida.

Só faltava Joana, que se ajeitou e foi. Joana era o meio termo entre as outras duas, tinha mais altura e nem tanta força física, porém fazia seus exercícios com o mínimo de barulho possível, pois era parte da sua habilidade. O som da sua corrida era praticamente inaudível, contudo, a leveza de seus movimentos cobrava o preço no tempo. Terminou em 1 min e 40 segundos.

— Maravilhoso, Joana! Não foi a mais rápida, mas quem fez a corrida mais silenciosa. Bem condizente com sua especialidade. Seu preparo é bom!

As garotas sorriram com os elogios de Marlin, que as avaliou diferente do que disse antes, percebeu que cada uma tinha um jeito diferente de percorrer os obstáculos. Uma tinha muita facilidade, outra tinha um pouco de dificuldade e a outra era habilidosa no percurso. Era justamente mais um reforço do grupo coeso que o Jerry viu quando as encontrou no Centro Dourados.

As três meninas estavam ofegantes, porém não cansadas. Marlin fez mais um pouco de treino físico, dessa vez com uma corrida livre, onde as meninas deram umas boas voltas no salão e ai sim, elas ficaram cansadas. Fizeram algumas abdominais, flexões e polichinelos para encerar a atividade do dia.

Tudo durou pouco mais de uma hora, o que era mais que suficiente. Depois foram tomar banho e finalmente puderam conversar com Jerry sobre os acontecimentos do dia. Marlin as chamou para o escritório, onde ele e Julia estavam também.

— Boa tarde, meninas! – cumprimentou Jerry – Como foram na escola? Tem algo a nos reportar?

— Bem, aconteceu uma coisinha hoje. – falou Camila

— Coisinha? Como assim?

— Estamos sentadas no jardim lá da escola, os garotos acabaram sentando numa árvore próxima e dos pés do Ícaro, assim que ele pisou na grama, pareceu que cresceu um pouco onde ele colocou o pé, além de surgirem umas flores também. – a loira tratou de responder, pois era a “responsabilidade” dela

— Será que são eles mesmo? – indagou Julia – Mais algo?

— Tirando isso não. – Joana dessa vez – Vou ficar de olho no Serafim quando tiver alguma atividade de natação, que logo deve voltar.

— E o elemento do meu é mais difícil, mas darei melhor para perceber algo. – Amélia disse também

— E o que descobriu do livro? – Marlin perguntou

— Ainda está um pouco confuso, mas são os signos específicos deles, o que dá para fechar mais ainda a lista. Mas, são os signos indígenas que eu encontrei, preciso pesquisar melhor sobre para que minhas informações estejam corretas.

— E sobre os próximos passos... – Jerry começou – Estamos sendo os mais cautelosos possível para não acabar assustando os garotos com toda essa história. Porém, já reportamos ao colégio sobre a situação e também reforçamos mais a segurança próximo as casas deles. Segundo o que contaram agora, é bem possível que eles sejam as crianças, porém ainda falta a quarta, que ninguém também faz ideia de quem seja.

— Tem mais alguém pesquisando o livro, Julia? – questionou Joana

— Não, apenas eu! Qualquer descoberta eu devo contar imediatamente a ABIN, mesmo que o livro esteja sob minha custódia permanente.

— Bem, meninas, por enquanto é isso. – disse Jerry, por fim – Podem ir descansar, pelo sorriso no rosto da Marlin, o treino hoje foi bom.

— Marlin vai ficar aqui e eu mostrarei um lugar legal para vocês. – disse Julia – Vamos lá!

E as meninas conheceram o caminho que mais uma das portas daquele corredor enorme da agência levava. Havia uma escada em declive, num ambiente pouco iluminado. Julia foi na frente e cada um delas seguiu logo atrás, parando diante de mais porta, que a mais velha abriu, colocando um código e mostrando a impressão digital.

No mesmo instante, as luzes se acenderam, revelando uma sala repleta de artefatos históricos, não só do Brasil, mas do mundo inteiro. As meninas ficaram deslumbradas com tanta coisa guardada, cada uma em sua devida caixa de vidro transparente.

— Pelo visto gostaram né? Esse aqui é meu acervo pessoal de relíquias. Boa parte delas eu encontrei durante minhas expedições, algumas com a Marlin e outras no período da faculdade, aqui tem coisa da pré-história, grega, egípcia, chinesa, japonesa, de tudo quanto é lugar do mundo. É um prazer pessoal colecionar essas coisas!

— É incrível! – felicitou Amélia

— É mesmo! Só cuidado para não tocar, algumas coisa são até mais frágeis que o livro que viram, pois são mais antigas ainda.

— E aquela caixa vazia? – aprontou Camila lá no fundo

— Ali é que fica o Livro das Magias, mas como ele corre o risco de ser roubado, deixei-o na ABIN, pois lá a segurança é maior!

— Dá para perceber que é algo que gosta muito. – comentou Joana

— É mesmo! Adoro estudar o passado através desses objetos. Eles falam muito sobre quem os usou sabe? Uma das pequenas marcas que cada um de nós pode deixar para os que vêm depois. Ah, desculpa. Não vou vir com essa história de novo que a Marlin quase me bate.

— Bem que eu queria saber quem veio antes de mim. – soltou Amélia e Camila assentiu

— Nós já tivemos essa conversa diversas vezes, meninas. – repreendeu Joana

— Eu entendo como se sentem. Eu e Marlin também nunca soubemos quem veio antes de nós, somos iguais a vocês, sempre tivemos só uma a outro e depois veio o Jerry. Deve ser por isso que a gente se agarrou na chance de fazer a missão importante que foi a procura do livro. Queria algo, fosse o que fosse. Levei anos para entender que não importa tanto saber de onde viemos e sim aonde vamos! Sei que é difícil não ter família, então acabamos criando a própria.

— Isso que nós somos! – respondeu Joana

— E querer adicionar a mim, o Jerry e a Marlin nela?

— Acho que já fizemos isso. – sorriu Camila


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Notas finais do capítulo

Comentem e façam a autora feliz!



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