As Super Agentes e o Livro das Magias escrita por ZodiacAne


Capítulo 5
Capítulo 4 – Conhecendo o Livro das Magias


Notas iniciais do capítulo

Eu que o nome da agência é ridículo, mas é só um nome provisório tá?



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A viagem fora um pouco longa, porém a animação das meninas fez com ela parecesse bem mais curta. Nem prestaram tanta atenção no caminho, já que enchiam a pobre da Marlin de perguntas sobre como era ser uma agente. Marlin apenas respondeu que era uma profissão difícil, mas muito recompensadora e logo iam descobrir isso. E claro, contou algumas das histórias que aconteceram com ela. Os olhinhos das três meninas brilhavam.

Finalmente o carro parou na frente de uma casa relativamente grande, com três andares, de cor azul. Tinha um muro baixo na frente dela e o primeiro andar, olhando de fora parecia com um escritório, pois tinha uma grande porta de vidro, com o letreiro em cima escrito Agência Estrela, com uma recepção logo adiante. Já os outros andares tinham janelas grandes, porém não dava para ver muito do lado de dentro, talvez descobrissem ao entrar.

Jerry e Marlin, que estavam mais próximos da porta da limousine, a abriram e chamaram as meninas, que ficaram deslumbradas com o lugar. O motorista tirou os pertencentes delas da mala e deu para cada uma delas.

— Aqui vai ser nossa casa? – indagou Joana

— Sim. – Jerry sorriu – E também onde vão treinar e conseguir missões, aliás, vocês já terão uma muito importante.

— Jerry, calma. Tudo em seu tempo.

— Eu sei, Marlin. – olhou para as garotas – Venham. Vamos entrar!

Assim, abriu a pequena portinhola que ficava presa ao muro e seguiram pelo caminho demarcado em meio a uma grama, que os levou direto para uma varanda e a entrada. Empurrou a porta de vidro e deu passagem para as outras.

— Bem, sejam bem-vindas a Agência Estrela, eu sou o CEO e Marlin é meu braço direito. Temos a nossa secretária, que é a Ariana. – apontou para a moça atrás do balcão, que se levantou e acenou – Estas são Amélia, Camila e Joana, nossas mais novas agentes. – disse olhando para Ariana

— Temos mais uma membro na equipe, a nossa pesquisadora. – falou Marlin – Logo ela deve chegar. Vou lhes mostrar nossas instalações e claro, os quartos de vocês, que ficam lá em cima.

As amigas seguiram Marlin, enquanto o chefe ficou para resolver algum problema com a secretária. Passaram pela porta logo na outra parede e havia uma longo corredor com janelas de um lado e portas do outro. Havia um belo jardim do lado visível e do outro Marlin foi indicando o que eram as portas. Tinham a salas dos servidores do sistema, a da Marlin, uma enfermaria, um salão de treino muito bem equipado para elas, uma sala de jogos, uma pequena copa e por fim a sala do CEO: Jerry. Havia uma última que levava a uma escada. Elas subiram e lá em cima era basicamente um apartamento: deram de cara com uma sala e uma cozinha em conceito aberto. Tudo muito bem decorado e iluminado.

— Bem, aqui é a minha casa e vai ser a de vocês também. Vou mostrar os quartos lá em cima.

Havia uma escada perto da cozinha, elas subiram e se depararam com um hall imenso. Marlin falou:

— Bom, temos cinco quartos aqui. Um é do Jerry, outro meu com minha namorada e os outros três são para vocês. Só escolherem!

— Perai... Vamos ter um quarto para cada uma? – questinou Camila

— Sim! São os três lá de trás Vão lá escolher.

Assim, elas correram, como as portas estavam aberta dava para ter ideia de como eram os quartos. Joana e Camila brigaram pelo quarto da esquerda, que parecia ser o maior, enquanto Amélia rumou para a porta do fundo e a abriu. Não era o maior quarto obviamente, mas só o detalhe da janela que dava para sentar e ver a vista da cidade e do jardim lá em baixo foi o que a conquistou. Jogou sua mochila na cama e jogou na cama, depois voltou para anunciar no corredor.

— Esse é meu! – gritou a plenos pulmões e dando pulinhos

As outras duas tiraram a sorte e a ruiva acabou ficando o quarto maior, nada mais justou pois ela era a mais velha. Camila virou-se desanimada e encarou o quarto que sobrou para ela e sorriu mesmo assim, ainda era um quarto exclusivamente para ela, algo que nunca teve na vida.

Os três quartos só tinham pequenas diferenças nas dimensões, porém estavam crus na decoração. Só havia uma cama e uma escrivaninha em cada um deles. Marlin se aproximou e viu as escolhas.

— Muito bem! Depois, vamos deixar vocês darem a cara de vocês para o quarto. Vamos escolher as cores e também os objetos de decoração ok?

Elas apenas concordaram. Retornaram à sala e se sentaram no sofá. A mais velha ali perguntou:

— O que acharam de tudo?

— É tão lindo! – falou Amélia, ela parecia a mais feliz

— Nunca mais teremos que dormir numa beliche e nem num quarto escuro. – soltou Camila

— E nem comer em um refeitório. – completou Joana

— Fico feliz em saber disso. – sorriu – Bom, devem estar com fome né? Já passou uma pouco da hora do almoço. Querem comer algo?

— Sim. – responderam em uníssono

— Ok! Mas precisarei de ajuda para preparar. Vocês se voluntariam?

— Claro. – as três de novo

E se montou o batalhão para a cozinha. Demorou um pouco, mas logo fizeram um macarrão com molho branco para o almoço. Jerry apareceu assim que terminaram, cumprimentou-as e atrás dele vinha uma pessoa que elas não tinham conhecido ainda

— Ariana já foi para casa? – perguntou Marlin

— Sim. Acabou de sair. – respondeu Jerry

— E eu cheguei também. – sorriu a moça logo atrás

Ela e Marlin se cumprimentaram com um beijo.

— Querida, e ai? Descobriu algo mais sobre o livro?

— Não. A língua antiga está difícil de decifrar. É um tupi-guarani muito antigo e arcaico. – e finalmente olhou para as meninas – E essas quem são? As novas agentes?

— Sim! Pegamos a tutela delas hoje. – Marlin disse o nome de cada uma delas – E meninas, essa é a Julia, nossa pesquisadora e minha namorada.

— É um prazer conhecê-las. Espero que gostem de trabalhar aqui.

— Vamos almoçar logo que eu tô azul de fome. – esbravejou Jerry

— Já está pronto, é só arrumar a mesa e podemos comer.

Assim fizeram e em cinco minutos, todos estavam sentados à mesa desfrutando da refeição. Dessa vez era Julia quem perguntava as meninas sobre o treinamento delas, sobre as suas especialidades e como estavam se sentindo finalmente sendo escolhidas como agentes.

Julia acabou vendo um pouco dela e de Marlin quando mais novas, sendo criadas num lugar em que o único objetivo era ser uma agente, se não conseguisse não havia mais função para você. E tudo isso não passava de uma mentira. Julia e Marlin se conheceram da mesma forma alguns anos antes, sendo contratadas e adotadas por Jerry. Durantes anos trabalharam como agentes de alto escalão e a maior missão de todas foi a procura do livro das magias, que Julia acabou encontrando, porém a grande missão que veio do livro só poderia ser uma geração seguinte. Então, Julia estudou arqueologia e línguas antigas, para ao menos tentar decifrar o que estava ali escrito. Agora era finalmente o momento que ela esperou, de ver suas pesquisas dando resultado e finalmente podendo passar essa missão para outra geração. Porém, a reunião sobre a missão em outro dia.

Amélia, Camila e Joana arrumaram suas poucas coisas nos respectivos quartos, depois tomaram banho e trocaram de roupa, ficando até mais à vontade. Jantaram logo e foram dormir pois o dia fora bastante agitado.

O domingo foi apenas um dia de descanso, era o único dia da semana em que elas podiam fazer isso plenamente lá no centro de treinamento e também, nenhum dos novos adultos que conheceram as obrigaram a treinar nesse dia. Elas aproveitaram o dia para fazer o mais gostavam e as horas passaram voando e logo era para dormir de novo.

***

Na manhã seguinte, Julia, Marlin e Jerry acordaram as três bem cedo e disseram para se arrumarem pois iriam sair juntos. Sem reclamar, as três se arrumaram. Todos tomaram café da manhã e logo entraram no carro – que não era limousine dessa vez, mas ainda era grande – e foram ao destino.

O percurso foi longo, mas logo chegaram ao prédio da Central de Inteligência Brasileira. Parecia que Julia era mais familiarizada com o lugar pois foi os guiando. Muitos reconheceram Julia e Marlin, sem deixar de questionar sobre quem era aquelas meninas, se era agentes novas deles ou não. Claro que a resposta foi sim!

Pegaram o elevador de desceram até o subsolo, onde aparentava ser o lugar onde guardavam as coisas importantes, porém tudo era cinza e parecia um labirinto. Julia foi indicando o caminho no meio daqueles corredores confusos e logo pararam em frente a uma porta, onde havia uma tranca ao lado, ela passou seu cartão de identificação de digitou a senha, logo a porta se abriu. Todos entraram e as meninas ficaram tentando compreender o motivo de elas estarem ali. A sala era bem gelada, mas nada que precisasse colocar um casaco. Julia vestiu luvas, abriu uma das gavetas que ocupavam uma das paredes e tirou de lá um livro, protegida por um plástico, o colocando-o sobre a mesa.

— Nossa! O que é isso? – perguntou Camila

— Esse aqui é motivo da missão que vocês vão receber.

— Como assim? – perguntou Joana

— Conversaremos sobre isso melhor quando retornarmos à agência. Mas, deixem a Julia apresentar o livro a vocês. – Jerry falou

— Bom, este aqui é o que batizamos de Livro das Magias, é um livro bem antigo como podem ver, provavelmente da época da colonização por aqui. Na verdade, acreditamos que esse livro foi escrito por indígenas talvez com alguma ajuda pouco depois que portugueses chegaram aqui e lhes mostraram como eram os livros. – enquanto falava, ia passando as páginas - Aqui tem várias informações sobre as técnicas medicinais da época, que ao ver de alguns era até magia, e também sobre as crenças delas. Eles acreditavam em vários deuses e no poder dos elementos e que até alguns de nós podemos carregá-los dentro de si. E bem, mais para a frente – abriu, mostrando a parte em questão – se fala sobre uma profecia que envolve crianças e os poderes elementais que tem. São crianças que tem o poder do elemento dentro de si, que foi passada através de figuras mitológicas que suas antepassadas. E bem, ao que se deu para ler aqui, essas crianças não nascem sempre e as próximas, segundo nossas contas, estão por ai em algum lugar agora. Mas, o problema não é esse, é que existe uma forma de conseguir “roubar” os poderes delas e usar da forma que quiser, tudo através de um grande ritual. Enfim, já sabemos o quanto tudo isso é perigoso e sabendo que tem pessoas que se interessam por esse tipo de coisa por interesse próprio, porém ainda não fazemos ideia de quem são as crianças, porque as informações estão bem confusas de decifrar, só temos noção de ano e de envolvem os signos solares delas.

As três meninas escutaram a longa explicação se Julia e ficaram sem entender nada além de todas aquelas informações apenas despejadas por ela. Marlin notou isso e se intrometeu:

— Meninas, estão perdidas?

— Ainda não entendemos qual a nossa missão e o porquê desse livro. – disse Amélia

— É confuso mesmo. – disse Julia – Mas entendam que tudo o que vão fazer é para proteger as crianças descritas aqui.

— E quem são elas afinal? – Camila perguntou

— Nem nós temos certeza. Mas, posso dizer que é a missão mais importante agora, várias agências estão procurando agentes na idade de vocês para realizar essa missão. Porque há um risco grande de vida para essas crianças se acabarem caindo nas garras das pessoas erradas. Entenderam agora? – Jerry disse

— Sim, devemos proteger pessoas.

— Basicamente isso. – Marlin completou – Mais ficar de olho, vigiando e tudo mais. Temos três possíveis alvos, mas tudo ainda não passa de especulação.

— Contudo, falamos disse melhor lá na agência. Quisemos lhes trazer aqui para conhecer o artefato e toda a história dele. – Jerry, falou por fim

Julia permitiu que as meninas manuseassem o livro, com uso das luvas também e elas observaram aquelas letras e desenhos estranhos, mas que de certa forma despertava sua curiosidade. O objetivo deles com isso era que as meninas compreendessem tudo o que envolvia a missão delas, porém muita coisa ainda seria explicada assim que retornassem à agência.


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