A música iniciou-se lenta, seus corpos muito próximos um do outro. Passou a mão por seu pescoço e ele por sua cintura. O perfume do desconhecido era atípico, mas bem delicioso e por algum motivo que não soube explicar, seu coração saltitou no peito.

A melodia começou a se agitar e a coreografia exigia que alternassem de par, todavia mesmo com outros parceiros, a troca de olhar permaneceu sólida, era como se estivessem sendo conectados de alguma maneira, como num campo magnético.

Ela, pela primeira vez na vida, teve asas para voar; irradiada e revigorada.

A dança terminou. Elogiaram-se tartamudos.