No salão, os músicos se instalaram, uma baixa melodia começando a ressoar. 

Ela desceu as escadas e, como orientada, cumprimentou os rostos conhecidos com um sorriso largo — forçado — no rosto.

Quando se direcionou para a mesa de banquetes, não deixou de reparar seu tio-avô sentado numa mesa distante, roncando feito um estertor, escorrendo uma linha de saliva pelos lábios entreabertos. Torceu a boca.

Chegado à mesa, serviu-se de vinho.

De longe, vislumbrou o patriarca conversando com um nobre cavalheiro ao lado do que, deduziu ser sua família.

“Meu noivo”.

Ingeriu a bebida, revirou os olhos.

— Que sorte a minha... — murmurou.