Os dias se tornaram semanas, que se tornaram meses, que estavam quase se tornando anos. A rotina de Harry agora colidia com a de Draco, mas de uma forma extremamente gostosa e feliz para ambos.

Suas famílias se conheceram, haviam se tornado muito próximas ao notarem que, para a surpresa de todos, aquele encontro era, na verdade, um reencontro. Lily fora amiga da irmã do meio de Narcissa há muitos anos, quando fizeram faculdade e Lucius era da turma de James no colegial.

Draco soltara risinhos com aquelas coincidências, deixando as bochechas enrubescerem com as palavras de seu namorado sobre aquilo, algo sobre destino. Ah sim, namorado. Potter não havia perdido muito tempo sem formalizar as coisas, pedindo a mão do mais velho para os pais como um bom menino.

Pansy insistia em chamá-lo de Príncipe Punk. E sinceramente, todos os outros concordavam com ela.

Harry, Hermione e Ronald haviam sido convidados para a cerimônia e festa de casamento do casal Parkinson-Zabini, assim como suas famílias. Pansy adorava os Weasley, havia se tornado grande amiga da irmã mais nova de Ron. Era engraçado de se ver. Tantas pessoas diferentes entre si, mas ao mesmo tempo ligadas por algo muito maior.

A irmãzinha de Harry havia nascido, sendo paparicada por Draco com roupinhas de tricô e arranjos de flores por todos os lados. Lily se sentia muito feliz, vendo o quão amoroso seu lindo genro era com seus bens preciosos, os filhos.

James insistiu em dar aulas de mecânica para o Malfoy mais novo, sob os risos de Harry e Lucius. Ambos acreditavam no potencial de Draco, apesar de se divertirem com as caretas do loiro quando sujava o rosto com graxa ou óleo de motor.

Talvez no fundo Harry estivesse mesmo certo e o destino de ambos já estivesse traçado, muito antes deles nascerem. Seu coração ainda parecia explodir em fogos brilhantes e coloridos toda a vez que enxergava Draco em seu campo de visão.

"Amor é uma palavra tão pequena para um sentimento tão grande", disse Draco em uma das conversas que tiveram sobre a luz do luar, desbravando os céus escuros e contando os pontinhos cintilantes que lá residiam. Amar Harry foi rápido e indolor, como caminhar em um belo jardim coberto de flores dos mais variados tipos.

Nenhum dos dois imaginava que daquele interesse repentino, algo tão bonito fosse surgir. Harry cultivava sua margarida para que sempre estivesse feliz e Draco admirava seu príncipe punk com o olhar de bobo apaixonado dia após dia.

— Você já pensou no que falei, querido? — a voz suave de Potter soou próximo ao ouvido do florista, que repousava suas costas no peito do namorado.

— Já — respondeu, sorrindo ao fechar os olhos — A resposta para você sempre será sim, Haz.

— Você é o meu para sempre, Margarida. Tenho certeza absoluta disso.

Draco riu baixinho, cobrindo a boca com a palma da mão.

— Você é o meu príncipe encantado, Haz.

— Mal posso esperar para gritar que você aceitou meu pedido de noivado — a felicidade era evidente na voz de Harry, que faltava pular no lugar — Eu te amo, Dray.

Malfoy girou levemente em sua posição, levando a mão para acariciar a bochecha rosada de Harry, seu noivo. Pegou uma pequena florzinha que repousava sobre a capa do livro de constelações que estavam lendo antes daquela conversa e a encaixou atrás da orelha do rapaz.

— Eu te amo muito — beijou delicadamente os lábios de Potter, ajeitando o óculos no rosto do outro ao que esbarrou sem querer ali.

Há quem diga que os opostos se atraem, e isso tem um fundinho de verdade, mas para eles o mais importante disso tudo é o sentimento. E com Harry e Draco... Bem, sentimento havia de sobra.

♡ FIM.