Famiglia escrita por Mandalay


Capítulo 2
#02 TEMPESTA, Hayato Gokudera


Notas iniciais do capítulo

Depois da harmonia, é chegada a hora da intensidade de Hayato e sua tempestade.
Escrevi essa peça depois de ter me encharcado completamente na chuva, bem antes do expediente, e para me confortar em meio ao frio não me resisti em escrever sobre o meu shipp favorito na série toda. 8059.



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Com os sapatos encharcados em uma das mãos, a sombrinha na outra, seus pés apreciavam as poças de água nas calçadas descompensadas, enquanto seus olhos procuravam se divertir com isso. Chovia muito, era quase uma tempestade. Em um momento tudo estava calmo, para no outro gotas pesadas caírem do céu, enchendo ruas, subindo pelas calçadas, ganhando tons barrentos.

O vento era gelado, suas roupas estavam ensopadas, nem parecia verão, se as chuvas pesadas não fossem uma característica tão forte daquela cidade.

Hayato queria poder voltar para casa. Em suas lembranças, Namimori era tão pacífica em qualquer estação e isso fazia um bem ao seu ser que ele só notava quando saía dela a trabalho. E ter encontrado um lugar onde seu elemento o açoitava sempre que colocava o pé para fora do apartamento estava começando a cansá-lo.

Faltavam apenas alguns dias, poucos dias, para que ele voltasse para casa.

O pequeno cômodo não era nada convidativo, não como a casa de Tsuna, onde ele era sempre muito bem recebido ou a de Takeshi, que já era considerado parte da família. Tudo ali era tão gelado que lhe causava arrepios, a mobília, as paredes, até mesmo o colchão onde dormia. Pareciam rejeitar a sua presença naquele lugar, como se não fosse bem vindo.

E ele se lembrava de como era ser acolhido pelo frio, mas agora, com tudo o que vivenciara, este já não era mais seu lugar de direito.

Ele realmente sentia falta daquele bezerro idiota, e de todos os outros pirralhos que adoravam puxar seu cabelo quando o viam. Sentia falta de risadas e comidas quentes.

Até mesmo sentia falta de Takeshi. Nesses momentos, Uri não parecia querer entalhar seu rosto e, como se entendesse as dores de seu dono, se encolhia nas pernas magras de Hayato, sendo uma fonte de calor afetuosa.

Naquela noite ele recebera uma ligação, algo raro, era Takeshi perguntando como ele estava, e impressionantemente, apenas aquilo - as palavras do outro e o pequeno leopardo em seu colo - fizeram seu corpo se aquecer e lágrimas descerem por suas bochechas.

Ele estava bem, muito bem.

E queria muito voltar para casa.


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