Playing With Fire 🔥 Sirius Black escrita por Beatrice do Prado


CapĂ­tulo 52
Festa do descarrego


Notas iniciais do capĂ­tulo

Oi ♥

Tudo bem com vocĂŞs?

Primeiramente, eu quero dar as boas-vindas aos novos leitores e um muito obrigada a todos que estĂŁo acompanhando esse surto.

Vamos ao que interessa e não se esqueçam de ler as notas finais.

Boa leitura



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O nome de Keith Mcguire ou como alguns preferiram chamar de “Tio da Lizzie”, rondava pelos corredores de Hogwarts.

O homem, que mantinha as matérias escolares em dia por causa da sobrinha, havia decidido passar as tardes na sala de estudos, com o intuito de ajudar os alunos que tivessem dúvidas a respeito de sua matéria e das demais disciplinas também.

Como o professor possuía uma excelente didática, não fora difícil ajudar os estudantes a sanarem as suas cismas, e até mesmo a matéria de História da Magia, à qual era odiada pelos jovens, havia ficado interessante aos olhos dos pupilos.

—Por que o sr. não se torna o nosso professor de História da Magia? – Questionou uma aluna da Grifinória, que tirava as suas dúvidas na companhia de alguns amigos – O professor Binns está sempre mal-humorado.

—Peguem leve com o professor de vocês. – Pediu o homem – Imaginem só, ter que trabalhar mesmo depois de morto. – Zombou, fazendo os jovens rirem.

—Eu não tinha pensado nisso. – Comentou um lufano, que estava sentado ao lado do professor – Mas seria legal que você fosse o nosso professor.

—Seria uma honra ser professor de Hogwarts, mas eu sou completamente rendido a Castelobruxo, meus jovens. – Argumentou, antes de perceber a aproximação de Elizabeth – O que foi, fedelha?

—A gente precisa falar com o Filch. – Avisou, a garota – E depois ir ao Salão Comunal da Sonserina, para você dar dicas de pegadinhas para os pestinhas de lá.

—Ah não, Mcguire, deixa o seu tio aqui com a gente. – Reclamou um grifinório.

—Amanhã ele volta. – Retrucou a estudante, antes de puxar o familiar com o intuito de apressá-lo – Vai logo, pavão.

—Por que, pavão? – Questionou uma aluna corvina, que estava junto daquele grupo de alunos que sanavam as dúvidas com Keith.

—Nem queira saber. – Respondeu Lizzie, antes de se virar totalmente e puxar o parente, pelo braço – Espero que o pacote de paçoquinhas, que você trouxe para o Filch, seja grande.

—Minha filha, ele vai ter paçoquinha para comer por dois anos. – Argumentou o homem –Inclusive, nós podemos chamar os pestinhas da sua casa, para nos ajudarem a levar os pacotes do doce.  – Sugeriu – Afinal, um dos conselhos que eu vou dar para eles é o de ficarem amigos das pessoas certas.

—É, eu aprendi as melhores lições, com o melhor. – Afirmou Lizzie.

—E você tinha alguma dúvida disso, palhaça? – Perguntou, empurrando delicadamente a sobrinha para o lado.

—Claro que não. – Respondeu, antes de se reaproximar e envolvê-lo com os seus braços – Como é bom, te ter por perto.

—Eu digo o mesmo, peste. – Concordou, bagunçando o cabelo da jovem.

(...)

Como de costume, Elizabeth e seus amigos foram à cabana de Hagrid no domingo, para que pudessem passar a tarde com ele, com a diferença de que dessa vez o tio de Mcguire iria acompanhá-los para conhecer o meio-gigante.

Além de visitar Rúbeo, o professor de Castelobruxo também levaria uma iguaria brasileira para que o homem pudesse desfrutar durante as férias, o biscoito de polvilho.

—Minhas crianças, vocês chegaram. – Afirmou efusivamente Hagrid, quando abriu a porta e abraçou o primeiro estudante que estava ao seu alcance, no caso Henry.

—Hagrid, nós trouxemos mais uma pessoa para você conhecer. – Avisou Thompson, antes de dar espaço para o meio-gigante abraçar os demais.

—Seja muito bem-vindo à minha cabana, professor. – Disse Hagrid, antes de Keith estender um enorme pacote de biscoitos para que ele pudesse pegar – O que é isso?

—São biscoitos de polvilho.  – Respondeu, antes de cumprimentar Rúbeo – Essa maravilha é muito consumida no Brasil e eu tenho certeza de que você vai gostar.

—Brasil? – Perguntou impressionado, antes de pegar o pacote – Eu acho que nunca comi nada desse lugar.

—Então está na hora de experimentar. – Disse tio Keith, antes de entrar no local e redirecionar a atenção para Elizabeth – Por que o Sirius e os meninos não vieram?

—É que eles já aprontaram algumas pegadinhas com o Hagrid no passado. – Respondeu – E por causa disso, acabam achando que ele odeia os quatro.

—Aqueles cabeças de pudim já me infernizaram bastante, durante esses anos. – Disse Rúbeo, que havia escutado o que Lizzie dizia – Mas eu não os odeio – Revelou, calmamente – E se eles são amigos de vocês, também podem ser meus amigos, ao menos que eles mexam com os meus bebês. – Mencionou, ao se referir às criaturas que cuidava.

Enquanto todos se deliciavam com os biscoitos brasileiros e com os bolinhos de abóbora feitos pelo meio-gigante, o assunto “Festa do Descarrego” veio à tona e animou os estudantes que aguardavam ansiosos por aquele acontecimento.

Afinal, até uma dança coreografada eles fariam durante a comemoração.

—Ei, Hagrid. – Chamou, Longbottom – Você vai dançar com a gente, não vai?

—Acho que não vou conseguir acompanhar vocês com os passos de dança. – Respondeu, Rúbeo – Eu não consegui ir a nenhum ensaio.

—Não seja por isso, eu posso vir aqui durante as manhãs para te ensinar. – Propôs Keith – Afinal, nesse horário todos eles estão tendo aula e eu fico zanzando pelo castelo, sem qualquer utilidade.

—Então venha com o bucho vazio, para que eu possa fazer aquele café da manhã para você, professor. – Afirmou Hagrid, agradecido.

—Combinado, meu amigo.

(...)

O Salão Principal já estava pronto para receber os estudantes de Hogwarts, que passaram a última semana falando a respeito da festa que participariam, antes da última semana de provas e antes do término do ano letivo.

O seu teto, habitualmente estrelado, agora mantinha em destaque inúmeras bandeiras das quatro casas, todas organizadas de modo aleatório, com o intuito de passar a mensagem de que não haviam acepções e favoritismos durante àquela comemoração.

Todos seriam iguais.

A enorme mesa, que possuía a função de acomodar as refeições dos professores, estava repleta de tira-gostos e guloseimas que serviriam de comida para os mestres e para os alunos, como uma forma de não separar as pessoas por posições e ofícios.

Além da decoração estratégica, as músicas foram divididas entre canções para serem curtidas entre duplas/casais e outras para que todos pudessem dançar juntos, como por exemplo, o grande sucesso trouxa que teve uma coreografia ensinada, pelos professores Mcguire e Arc.

—Essa festa está do caralho. – Comentou Sirius, que dançava com Elizabeth uma das músicas de pares – Apesar de que a melhor parte, ainda não chegou.

—O que você quer dizer com... – Dizia Lizzie, no momento em que viu o seu tio dançando com a professora McGonagall – ...ah não, eu vou ser expulsa e dessa vez vai ser de verdade.

—Do que você está falando? – Perguntou Black, confuso.

—O meu tio está dançando com a professora Minerva. – Explicou, apontando para os dois professores.

—E qual o problema? – Questionou o aluno, ainda mais confuso do que anteriormente.

—O problema é que ele vai acabar fazendo alguma brincadeirinha idiota e vai sobrar para mim. – Explicou, antes de puxar Sirius para que eles se aproximassem dos professores – Vem logo, eu preciso saber o que ele está falando para ela.

—Eu acho que o máximo que pode acontecer é a Mine virar a sua tia. – Retrucou o grifinório.

—Você não está levando a situação a sério. – Reclamou Lizzie, antes de esbarrar na professora Pandora que estava dançando com Borage – Me desculpe, professora.

—Tudo bem, criança. – Disse Lovegood, antes de reparar na feição aflita da aluna – Mas por que você parece estar tão preocupada?

—Não é nada. – Mentiu, antes de dar mais uma olhada no tio.

—Eu já sei, criatura. – Afirmou Pandora – Você está com ciúmes do seu tio, não é?

—Eu? – Perguntou, contrariada – Não, claro que não.

—Então você se aproximou, para ver eles se beijarem. – Rebateu Lovegood.

—Eca, claro que não. – Retrucou Lizzie, mais uma vez – Eu só estou tentando evitar a minha expulsão.

—Expulsão? – Perguntou Borage, confuso – Por qual motivo a dança dos dois, causaria a sua expulsão.

—É que... – Dizia Elizabeth, antes de perceber que a música havia sido encerrada – ...deixa pra lá, deve ser apenas ciúmes mesmo.

—É o que está parecendo. – Afirmou Lovegood, antes de olhar para Keith e Minerva – Olhem, ele deve ser a lagosta dela.   

—Que?! Lagosta? – Perguntou Black, desordenado.

—Nossa, eu me esqueci de passar um recado para o meu tio. – Avisou Elizabeth, fingindo estar surpresa – Vamos falar com ele, Sirius. – Disse, puxando o estudante mais uma vez – A gente se vê por aí, mestres.

—Calma, eles já estão até se afastando um do outro. – Avisou Sirius, antes de se aproximarem totalmente de Keith.

—Você não fez nenhuma brincadeira sem graça com ela, né? – Perguntou Elizabeth, agitada.

—Não. – Respondeu o homem, com um sorriso travesso no rosto.

—Ah não, você paquerou ela. – Afirmou Mcguire, com os olhos arregalados.

—Você não está vendo a situação por uma perspectiva otimista, sobrinha. – Disse o professor, calmamente – Minha paquera pode ser a causa da sua expulsão? – Perguntou, sem dar espaço para que a aluna respondesse – Sim, quanto a isso não resta dúvida e é o cenário mais provável, mas por outro lado, se eu fizer isso direito, você passa na matéria dela com notas mais altas. É tudo ou nada. – Explicou sério, antes de gargalhar – É brincadeira, Elizabeth, eu não paquerei a sua professora.

—Ah! Eu não acredito não, eu vou perguntar para ela. – Afirmou a sonserina.

—O quê? Você ficou doida? – Zombou Black.

—E você fica aqui, que eu vou resolver isso sozinha. – Disse Mcguire, antes de se afastar de Sirius e Keith e chegar até o ponto em que estava McGonagall – Professora, eu vim pedir desculpas pelo comportamento do meu tio com o sra.

—Desculpas? – Perguntou Minerva, confusa.

—É, ele deve ter feito alguma brincadeira sem graça com a sra. ou até mesmo te paquerado. E eu não quero ser expulsa daqui, por causa disso. – Explicou Elizabeth, antes de receber um olhar acolhedor da professora.

—Srta. Mcguire, não se preocupe com isso. – Disse, no intuito de acalmar a jovem – O seu tio é um homem educado e cortês, e em nenhum momento eu me senti ofendida com a nossa conversa. – Explicou, sorrindo – Ao contrário, foi muito bom relembrar os bons tempos.

—Sério? – Perguntou, confusa.

—Sim. – Respondeu a mulher – Agora vá aproveitar a festa com o sr. Black.

—Tá bom, obrigada. – Disse Lizzie, antes se virar para andar no sentido em que estava o tio e Sirius.

—O que foi que ela disse? – Perguntou Black, curioso.

—Que eu não deveria me preocupar, porque o meu tio tinha sido educado e cortês com ela. – Respondeu, antes de encarar o familiar – Nem vem me dar sermão, porque a culpa é sua, por ser você.

—Olha, eu só não te transformo em uma jararaca, porque o Dumbledore vai anunciar a nossa dança, praguinha. – Afirmou o homem, antes de se afastar dos dois.

—Atenção, jovens. – Chamou o diretor, fazendo com que a música cessasse – Chegou a hora de nós nos unirmos, para a grande dança da noite. – Avisou, acenando para que os dois professores de Estudo dos Trouxas se aproximassem – Então eu vou dar a palavra para os idealizadores dessa festa e do próximo ato.

—Boa noite, alunos. – Disse Arc, entusiasmado – Preparados para a nossa dança? – Perguntou, antes de receber uma resposta positiva dos pupilos – Então eu peço que vocês se aproximem de nós e se posicionem, igual aos nossos ensaios.

—E para quem não participou dos ensaios, não fiquem parados, tentem dançar também. – Afirmou Keith, antes de olhar no sentido em que estavam os mestres de Hogwarts – Isso inclui todo mundo, até vocês poltergeist. – Disse, agora apontando para os fantasmas que transitavam pelo salão.

—Então vamos lá, pessoal. – Anunciou Christian, empolgado – Que comece a Macarena!

Após a fala de Arc, as batidas envolventes da canção dos “Los Del Rio” começaram a ser ecoadas por todos os cantos do Salão Principal, fazendo com que os participantes da dança começassem a se movimentar, conforme a coreografia ensaiada durante a semana.

Como os passos eram fáceis de serem reproduzidos, as pessoas que não haviam ensaiado anteriormente, conseguiram acompanhar sem grandes dificuldades.

Alguns professores, timidamente, executavam a coreografia e outros mais animados, se enfiaram no meio dos alunos para acompanhá-los na dança. Até mesmo o zelador Filch se envolveu na batida e com a Madame Nora em seu colo, mexeu as patinhas da gata para que ela pudesse acompanhar os demais.

Apesar da maioria estar se divertindo com aquela ação, alguns alunos, principalmente os da Sonserina, assistiam indignados o comportamento dos bruxos, que estavam dançando uma música dos trouxas.

Sabendo que isso iria acontecer, os Marotos planejaram a última grande pegadinha do semestre e de seus anos em Hogwarts, fazendo com que o feitiço Tarantallegra fosse lançado a cada estudante que não estava acompanhando a coreografia.

No momento em que o plano fora concretizado, as pernas das vítimas, involuntariamente, começaram a sacudir e a pular sem controle. Posteriormente e como uma forma de consumar a zombaria, as bandeiras da Grifinória se transformaram em pó vermelho, caindo sobre todos as pessoas que estavam no salão.

Megan e seus amigos, que estavam participando da coreografia, lançaram o mesmo feitiço nas bandeiras da Sonserina, o que ocasionou em um desmanche verde que também cobriu os alunos.

Henry e Andrew Jones acompanharam a conduta e também enfeitiçaram as próprias bandeiras para que um pó amarelo se espalhasse pelo local. O diretor Flitwick, ao não perceber que o mesmo não estava sendo feito nas bandeiras da Corvinal, tratou de converter o tecido em pó azul, de modo que ninguém percebesse a sua atitude.

Ao se aproximar de Elizabeth, Sirius a puxou para que saĂ­ssem do local.

—Vem comigo, eu preciso te mostrar uma coisa. – Avisou, ao se desvencilhar de alguns alunos eufóricos, que se divertiam com toda aquela bagunça.

—Mostrar, o quê? – Perguntou, curiosa.

—Calma, que você já vai ver. – Respondeu Black, antes de guiar Mcguire até a Torre de Astronomia.

—Eu não acredito que você me tirou da festa, só para dar uns amassos. – Reclamou a jovem, indignada.

—Eu não te tirei da festa para isso. – Retrucou, revirando os olhos.

—Então foi para quê? – Perguntou, confusa.

—Olha para o céu. – Pediu, fazendo com que Lizzie se virasse para olhar o firmamento estrelado – Como você quer ser professora de Astronomia e o meu nome é em homenagem a uma estrela, eu achei que essa fosse a melhor forma de fazer esse pedido.

Assim que finalizou o que dizia, a sonserina pôde perceber que alguns pontos luminosos do céu estavam se aproximando, até que a seguinte frase fosse formada:

“Elizabeth Mcguire, você quer namorar comigo?”

Sem precisar pensar duas vezes, a garota se virou para encarar Black e aceitar o pedido de namoro, afinal, depois da conversa que os dois tiveram com o seu tio, nĂŁo haviam dĂşvidas de que ela queria permanecer ao lado dele e para sempre.

—É claro que eu aceito. – Respondeu, antes de beijar o rapaz apaixonadamente e o abraçar apertado.

—Eu te amo, cobrinha. – Disse Sirius, acariciando os longos cabelos de Lizzie – E eu quero ficar com você para sempre.

—Eu também quero, pulguento. – Afirmou a garota, que ao perceber algumas vozes vindas de perto deles, desgrudou a cabeça do ombro de Black, para se certificar de quem se tratava.

Mas para a sua surpresa, Elizabeth nĂŁo conseguiu reconhecer nenhuma das duas pessoas que estavam na entrada da Torre e que se afastaram no momento em que ela os percebeu.

—O que foi? – Perguntou Sirius, preocupado pelo comportamento da jovem.

—Tinha uma garota e um garoto olhando a gente. – Respondeu, inconformada com o fato – Era uma loirinha de cabelos encaracolados e um ruivo bem alto.

—Eles devem ter vindo aqui, para dar uns amassos. – Explicou o rapaz, dando de ombros – E quando perceberam que o lugar estava ocupado, foram embora.

—Estranho, eu nunca vi esses alunos por aqui. – Disse, ainda relutante com a cena que havia presenciado.

—Deixa para lá, Lizzie. – Pediu, abraçando a namorada novamente – E antes da gente voltar para a festa, que tal ouvir uma música juntos, olhando para esse céu estrelado.

—Ótima ideia.


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Notas finais do capĂ­tulo

Quem vocĂŞs acham, que eram os dois estudantes bisbilhoteiros?

Lembram das perguntas que eu pedi para vocês fazerem para os personagens? Então, quem não mandou, pode mandar até a postagem do próximo capítulo.

E mais, além das perguntas, me mandem uma mensagem que vocês gostariam de dizer para algum personagem, isso serve para quem já mandou as perguntas e para quem ainda vai mandar.

É isso, vejo vocês nos comentários



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