Playing With Fire 🔥 Sirius Black escrita por Beatrice do Prado


Capítulo 46
Lua cheia




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A partir do momento em que Raven compartilhou com Lupin, a visão que tivera com ele e por consequência o seu segredo, a necessidade de ajudá-lo a amenizar todo o processo doloroso que passava com a sua transformação, preencheu a sua mente de maneira incisiva.

E se ela pudesse criar algum método mágico, que fosse capaz de mantê-lo manso durante o período de transfiguração? Ou melhor, uma poção que tivesse por função, estabilizar a sua ira enquanto estivesse em perfil de lobisomem?

Porém e antes de começar a confabular essa receita, a garota precisava saber aonde Remus passava as noites de lua cheia, e como ele se recuperava posteriormente ao episódio. Afinal, ter ciência dessas informações, poderia ajudá-la com a separações de ingredientes para a sua mistura.

Mesmo estando focada em iniciar aquele processo, a corvina esperaria alguns dias para coletar os dados com o estudante, pois não queria ser invasiva bem no dia de lua cheia. O único processo que ela poderia adiantar, era manter separados, alguns itens utilizados em poções simples de apaziguamento comportamental.

—Henry, você poderia buscar alguns itens na sala de poções, hoje à noite? – Questionou Raven, logo que se reuniu com os amigos após o almoço.

—Claro, é só fazer a lista e me passar. – Respondeu Thompson.

—Eu vou com você. – Informou Mcguire – Eu bem que preciso de algumas coisas de lá.

—Será que eu posso ir, também? – Perguntou Lilian – Eu fiquei curiosa para saber como vocês fazem para entrar nessa sala, sem serem descobertos – Se explicou – Vai que eu precise disso, algum dia.

—Pode sim. – Respondeu Thompson – Como a sala fica nas masmorras, primeiro eu vou passar em frente ao Salão Comunal da Grifinória e depois da Sonserina, para buscar vocês com a minha capa de invisibilidade.

—Combinado. – Afirmou Lilian – Eu vou ficar te esperando do lado de fora.

—Ainda bem que hoje, nós não temos nenhuma missão dos Vingadores. – Afirmou Elizabeth, aliviada.

 -É, sorte nossa. – Concordou, Henry.

(...)

Após recolherem os ingredientes na sala de poções, os três amigos acabaram se deparando com uma cena curiosa. Nela, Sirius Black e James Potter andavam apressadamente por um dos corredores do castelo, enquanto que, segundos depois era possível ver Severus Snape os perseguindo, de maneira sorrateira.

O mais estranho de toda aquela situação, era perceber que os alunos da Grifinória não estavam cobertos pela capa de invisibilidade, como era de costume. Afinal, já passava das dez horas da noite e qualquer aluno pego fora de seu dormitório, era penalizado por Filch à detenção.

—Foi uma miragem ou o Snape passou aqui seguindo os Beatles? – Questionou Mcguire, confusa.

—Foi real, Lizzie. – Respondeu Evans – O que será que eles estão aprontando?

—E se a gente seguir eles e descobrir o que está acontecendo? – Sugeriu Elizabeth, entusiasmada – Vai que seja mais uma pegadinha daqueles dois.

—Se for, a gente precisa agir, Vingadores. – Afirmou Evans.

—Então vamos logo, antes que a gente perca eles de vista. – Anunciou Henry, guiando as duas garotas sob a capa de invisibilidade pelos acessos de Hogwarts – Olhem, eles estão saindo do castelo.

Chegando à área externa, os três estudantes conseguiram observar Snape apertando um nó na base do Salgueiro Lutador e que, após fazer isso, conseguiu imobilizar a árvore por alguns segundos, até que sumisse de vista.

—Eu não sabia que era possível manter o Salgueiro imobilizado. – Apontou Henry, impressionado.

—Nem eu. – Disse Lilian – Mas se a gente quiser seguir ele, vamos ter que fazer o mesmo.

—Não é mais fácil a gente usar o feitiço “Immobulus”? – Propôs Elizabeth – Eu é que não quero levar um golpe dessa árvore do Mortal Kombat.

—Boa ideia, Mcguire. – Concordou Evans, que fora a responsável por emitir o feitiço, assim que chegaram mais perto do Salgueiro – Olhem, tem uma passagem aqui na base.

—Então os rumores, de que existia uma passagem secreta que liga a base da árvore com a Casa dos Gritos, são reais. – Mencionou o lufano.

—Casa dos Gritos? Que tipo de nome é esse? – Zombou, Elizabeth.

—Esse lugar tem esse nome, porque dá para ouvir gritos reais vindos dela. – Respondeu Thompson – Dizem que é assombrada e nem os fantasmas de Hogwarts ousam entrar aí.

—Se é assombrada, então por que nunca chamaram o casal Warren para resolver o problema? – Questionou a sonserina, seguindo os amigos que já estava adentrando à passagem.

—Casal Warren? – Questionou Thompson, confuso.

—Deixa para lá, texugo – Respondeu Elizabeth, antes de reparar nas paredes do acesso – Caramba, esse lugar é bem sujo.

—Ainda bem que a gente está dentro da capa. – Completou Evans, olhando com nojo para os lados.

—Eu retiro o que disse. – Afirmou Lizzie, ao conseguir visualizar a casa por dentro – A passagem está limpíssima, se comparado a isso aqui. – Avaliou – Está até parecendo, a casa da Bruxa do 71.

—Aonde será que eles se meteram? – Questionou Lilian, ao olhar para os lados e tentar encontrar alguma pista, de onde os colegas estavam.

—Devem estar no andar de cima. – Respondeu Henry, antes de ouvir gritos vindos da área superior – Vocês ouviram, também? – Perguntou, assustado.

—Devem ser os poltergeist. – Respondeu Mcguire, se agarrando ao braço de Evans, com medo.

—Não é poltergeist, é o Snape. – Retrucou Evans, antes de apontar para o topo da escada – Olha ele, aí. – Sussurrou.

—Mais rápido, Ranhoso. – Pediu Potter, que apareceu logo após o sonserino.

Os três Vingadores observaram, estáticos, a cena de Severus descendo a escada com James o empurrando para que ele aumentasse a sua velocidade, e chegassem logo até a passagem secreta.

Em um primeiro momento, os amigos não entenderam o que tinha acontecido, mas bastou aguardarem alguns segundos, para se depararem com um lobo imenso que apareceu no topo da escada, acompanhado de um cachorro preto que se posicionava em sua frente no intuito de mantê-lo longe do térreo.

Henry puxou as duas amigas pelo braço e as levou para a passagem secreta, já que as garotas haviam ficado paralisadas ao verem o animal, e mesmo que estivessem sob a capa de invisibilidade, o bicho poderia sentir o cheiro deles e atacá-los.

 -Vocês viram aquilo? – Questionou Evans, assustada.

—Era um lobisomem, não era? – Perguntou Lizzie, acompanhando os estudantes, com pressa.

—Era sim. – Respondeu Henry – Mas o que o Potter e o Snape estavam fazendo lá?

—Será que o James atraiu o Severus para lá, de propósito? – Perguntou Lilian, agora mais calma, do que anteriormente.

—Eu não duvido, que ele tenha feito isso. – Respondeu, Mcguire.

Ao conseguirem chegar na base do Salgueiro, os três puderam ver de longe Potter e Snape discutindo. Por estarem distraídos, os alunos não perceberam quando o feitiço “Immobulus” fora lançando contra a árvore.

—Há um bom tempo que eu desconfiava do Remus ser um lobisomem. – Argumentou, Severus   – E agora, Hogwarts inteira vai saber disso.

—Eu deveria ter te deixado lá, seu filho da puta. – Afirmou Potter, segurando o colarinho da camiseta de Severus.

—Então, por que você me salvou? – Perguntou Snape, se desvencilhando da investida de James, ao se afastar um pouco do grifinório.

—Porque se acontecesse algo com você, a Lilian ficaria arrasada. – Respondeu, seriamente – Mesmo depois de você ter a chamado de sangue ruim.  

—Isso não é da sua conta. – Snape cuspiu as palavras com ódio.

—É da minha conta sim, ela é a mulher da minha vida. – Retrucou Potter, colérico – E mais... – Disse, colocando o dedo na cara do sonserino. – ...se você contar para alguém, a respeito do Lupin, eu acabo com a sua raça.

Foram naquelas palavras ditas por James, que Lilian pôde sentir pela primeira vez, o quanto era, genuinamente, amada por Potter. Afinal e até aquele momento, a estudante tinha certeza de que toda a afeição que o rapaz direcionava a ela, não passava de uma estratégia para conseguir uma chance com a ruiva e assim curar o próprio ego ferido.

Antes que Severus pudesse retrucar a fala do rival, Dumbledore apareceu entre os dois, a fim de encerrar aquele confronto, antes que algo grave acontecesse.

—Sr.Potter e Sr.Snape, nós precisamos conversar. – Disse o diretor, ao encarar os estudantes – Queiram me acompanhar até a minha sala.

Lilian, Elizabeth e Henry demoraram alguns minutos, para absorverem a descoberta que haviam feito naquela noite: Remus Lupin era um lobisomem.

Ao contrário do que o próprio Remus poderia imaginar, nenhum dos três sentiu aversão à sua condição.  Na verdade, eles sentiram uma necessidade enorme de apoiar o grifinório de alguma forma, mas como eles poderiam fazer isso?

—Gente, essa descoberta não pode sair daqui. – Afirmou Mcguire – A gente não tem o direito de contar isso para mais ninguém.

—Você tem razão. – Concordou Henry, antes de perceber que Evans havia ficado bem mais abalada com a revelação, do que ele e Elizabeth – Você está bem, Lilian?

—Eu e o Remus somos amigos desde o primeiro ano. – Respondeu, agora olhando para o lufano – Por que ele nunca me contou isso? Será que ele não confia em mim?

—Acho que ele nunca te contou, porque tinha medo de perder a sua amizade. – Respondeu Thompson – Ou talvez, ele não quisesse te deixar preocupada, como você está agora.

—Ele deve sofrer muito com a transformação.  – Apontou Lilian, angustiada – Vocês já notaram o quanto de cicatrizes, ele tem pelo corpo? – Questionou, recebendo o afirmativo dos amigos.

—A gente precisa ajudar, de alguma forma. – Afirmou Mcguire.

—Mas como? – Questionou, o lufano – Ele não pode saber, que a gente descobriu o segredo dele.

—Eu não tenho a mínima ideia, de como podemos ajudá-lo – Disse Lilian, chateada – A única coisa que eu queria agora, era abraçar o Remus e dizer que eu não me importo dele ser um lobisomem.

—Vamos voltar para o castelo e tentar descansar, porque nessa euforia a gente não vai conseguir pensar em nada que preste – Afirmou Elizabeth.

—Você tem razão. – Concordou Evans.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que o trio deveria fazer, a respeito desse segredo que eles descobriram?

Vejo vocês nos comentários



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