Rules escrita por Lady Anna


Capítulo 1
Regra nº 1: não ligar para Sirius Black


Notas iniciais do capítulo

Oie! Mais uma vez postando no July Black ♥ depois daquele angst do Sirius com drabbles eu prometi algo levinho e aqui está haha esse é o primeiro capítulo de três (cada capítulo com uma regra ai ai) e eu espero que vocês gostem da história. É a primeira Blacknnion que eu escrevo, então estou animada demais!
Obrigada a Morgan por ler antes♥ e muito obrigada as adms do projeto pela oportunidade!
Vejo vocês lá embaixo!
Beijooos



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Se procurasse a definição de apaixonável no dicionário, Marlene McKinnon desconfiava que encontraria o nome de Sirius Black ali. Ela sabia que a maioria dos estudantes da faculdade de Hogwarts já tiveram ou ainda têm uma queda pelo Black. Ela os entendia, afinal Sirius era um perfeito bad boy, um garoto problema, um rebelde sem causa como Lily definia; porém, era só conhecê-lo um pouco mais para perceber o quanto ele era gentil, engraçado e provocativamente sexy. Ela já ouvira várias garotas chorando por ele em alguma parte do campus, assim como vira elas contado – com risinhos maliciosos – o quanto a noite com o Black fora boa. Uma vez, uma delas disse que Sirius era o tipo de cara que em um minuto você está rindo e no seguinte estava tirando sua roupa para ele. Marlene não poderia concordar mais.

Ela ainda se lembrava perfeitamente como o conheceu. Lily estava saindo com um garoto novo – por quem estava suspirando pelos cantos – e eles sairiam para um encontro em um restaurante. Marlene não sabia de quem fora a ideia de um encontro duplo, mas não se importava o suficiente para não aceitar. Não que não tivesse nada melhor para fazer em uma sexta-feira à noite, entretanto Lily era do tipo de pessoa que quase nunca se apaixonava e a amiga parecia realmente gostar do tal Jackie Potter.

Então, Marlene conhecera Remus Lupin. Ele era tímido, mas ela gostou dele quase instantaneamente, afinal não havia ninguém mais agradável que o Lupin para conversar. Com James e Lily quase namorando, o Lupin e a McKinnon se tornaram bons amigos e, assim, ela foi apresentada ao Black. Em uma noite em que estava na casa de Remus com alguns amigos dele, James e Lily; Sirius entrou pela porta como uma tempestade, mudando todo o ambiente à sua volta. Era impossível não notá-lo com sua risada maliciosa, sua voz alta e melodiosa e toda a graça que parecia sempre estar ao seu redor.

Marlene não gostara dele ou o odiara na primeira vez que conversaram, muito pelo contrário: a relação deles começou entediantemente normal. Eles trocaram algumas palavras naquela noite, o humor ácido de Sirius combinando muito bem com o sabor amargo da cerveja ruim. Ela nem mesmo percebeu as horas passarem até que foi para casa, dividindo um uber com ele. Eles trocaram números e começaram a se seguir no Instagram, porém, além de alguns status e stories respondidos, não tinham contato nenhum. Não havia interesse em nenhum dos dois lados: entediantemente comum.

Até o dia em que o carro dela quebrou e Sirius lhe ofereceu carona naquela moto estranha e perigosa. Obviamente, como qualquer pessoa com algum escrúpulo, Marlene negou, mas, se vendo sem opções, acabou aceitando. Aquela foi sua salvação e sua ruína em um só ato. Aquilo, uma simples carona sem segundas intenções, resultou em uma conversa longa na porta da casa dela, em outras caronas, em saídas esporádicas como amigos e em uma amizade perfeitamente normal.

Sirius Black era amigo de Marlene McKinnon. Marlene McKinnon era amiga de Sirius Black. Eles eram amigos. Só.

Até o dia em que não foram mais. Marlene sempre adorou ir em boates, assim como Sirius, o que resultou em mais noitadas do que poderiam contar. Em uma daquelas noites eles se beijaram, o gosto de álcool na boca e a adrenalina correndo por todo o corpo. Quem tomou a iniciativa? O que seria da relação deles agora? Aonde aquilo ia dar? Nenhuma daquelas perguntas importavam enquanto sentiam as mãos do outro em si e isso durou por muito, muito tempo. Não que Marlene estivesse reclamando de beijar Sirius Black regularmente, mas isso se tornou um problema quando acordou na cama dele e percebeu que se continuasse daquele jeito poderia sair com o coração partido. Para que isso não acontecesse, decidiu que aquela relação – se é que podia ser chamada assim – necessitava urgentemente de regras.

 

Regra n° 1: não ligar para Sirius Black  

Dorcas estava trocando mensagens com Mary, sua namorada, quando Marlene teve uma ideia genial – ou pelo menos o seu cérebro após doses demais de tequila achou. 

— Vou ligar para o Six. 

— O quê? – Dorcas largou o celular sobre a mesa de bar que elas estavam, sua atenção focada na amiga. 

— O Sirius. Eu vou ligar para ele. 

— Não vai não. – Dorcas se esticou sobre a mesa e pegou o celular da amiga, guardando-o no próprio bolso. – Você mesma me disse que se você tentasse ligar para ele, eu não deveria deixar e te impedir de beber. 

Marlene franziu o cenho. Com certeza não havia dito aquilo, ou pelo menos não queria acreditar nisso naquele momento. Só queria ligar para Sirius e conversar com ele. Há mais ou menos duas semanas eles haviam transado depois de uma noite de bebedeira juntos e desde então a relação deles estava um pouco...estranha. Ser amiga de Sirius depois disso passou a ser mais difícil – as provocações e insinuações entre eles aumentaram, entretanto a intimidade parecia ter estranhamente diminuído: eles sempre pareciam estar pisando em ovos. Nesse momento, ela só queria jogar tudo para o alto e ligar para ele. 

— Eu não disse isso. – Dorcas apenas a olhou com as sobrancelhas arqueadas, segurando o riso. – É sério, Meadowes, devolve meu celular. 

Marlene disse o mais séria que conseguiu, mas isso somente fez com que Dorcas abrisse um sorriso, achando graça da situação. 

— Meadowes, é? Eu estou fazendo isso porque você mesma pediu. Acredite, você vai me agradecer amanhã. 

Mesmo bêbada Marlene sabia que a amiga estava certa, então apenas deu de ombros. O bar estava abafado e a sua cerveja já estava ficando quente, o que a fez virar o restante e pedir mais uma rodada para o garçom. Entretanto, Dorcas fez um sinal negativo para o atendente, levantando-se em seguida. 

— Chega de beber aqui pensando em Sirius Black. Mary saiu do plantão agora e nos chamou para ir em uma boate. Vamos? 

Marlene levantou, fazendo uma pequena careta. Não queria ficar de vela e atrapalhar a noite de Dorcas e Mary. Elas dificilmente conseguiam sair devido aos constantes plantões de Mary em fins de semana. Quando elas enfim tinham essa oportunidade, a McKinnon não queria estragar a noite delas. 

— Não, eu acho que vou para casa mesmo. Você pode me deixar lá? 

— Claro. 

Como Dorcas não bebera, ela obviamente seria a motorista da rodada. Em poucos minutos, Marlene já estava dentro de seu apartamento com os pés descalços, os cabelos presos em um coque, a maquiagem tirada do rosto  e o celular na mão.  Quase mecanicamente ela abriu o contato de Sirius, vendo uma foto dele sorrindo com um dos olhos piscando. Gostoso. Marlene não queria ligar, mas quando seu dedo tocou no pequeno telefone verde na tela, ela nada pode fazer senão esperar que ele atendesse. 

— Alô? Mars? 

— Oi Six. 

— ‘Tá tudo bem? 

— Sim, eu... 

— Aconteceu alguma coisa?  

Ele parecia confuso e isso foi o estopim para que Marlene dissesse tudo que estava em sua cabeça. 

— Sim, você aconteceu. Sirius Black e todo esse seu ar de confiança inabalável e charme sedutor. Você deve pensar que é a porra de alguém irresistível e deve ser mesmo pra eu... 

Ela parou, sentindo o coração acelerado e a coragem esvaindo de seu corpo. 

— Você está bêbada? – Ele perguntou, depois de algum tempo. 

— Talvez um pouco. 

— Onde você está? 

— Em casa. – Ela suspirou. – Dorcas me deixou aqui. 

Ele ficou em silêncio por tanto tempo que Marlene precisou olhar para a tela do telefone para conferir se não havia desligado. 

— Vai dormir, Mars. – Ele disse, por fim. – E coloca um remédio para ressaca na sua cabeceira porque você vai precisar amanhã. 

— Ok, obrigada. Boa noite. 

— Boa noite. 

Ele começou a dizer algo, mas logo desistiu e desligou. Enquanto colocava a aspirina com um copo de água em seu criado mudo, Marlene teve certeza de que Sirius não sentia nada além de amizade por ela, senão teria dito algo na ligação. Foi exatamente para evitar situações assim que fizera aquela lista e pedira a Dorcas para não deixá-la ligar.  

Um pouco mais sóbria, teve certeza que a amiga estava certa e que iria se arrepender daquilo no dia seguinte. 

***

Ouvindo a campainha tocar incessantemente, Marlene amaldiçoou o criador daquele pequeno dispositivo. Afinal, quem gostava de ser chamado por meio de um som repetitivo e ininterrupto? Não gostava de campainhas, principalmente agora que o som dela parecia ecoar pela sua cabeça e terminar em fincadas de dor. A McKinnon se levantou sentindo o corpo zonzo e a cabeça um pouco pesada, o que a fez engolir o remédio ao lado de sua cama, em busca de algum alívio.

O mais rápido que conseguiu foi ao banheiro antes de atender a porta. Parecia impossível que sua aparência ficasse um pouco melhor naquele momento, mas não custava nada tentar. Apesar de estar a acordando com um som diabólico, o ser humano do outro lado da porta não merecia se deparar com o aspecto pós bebedeira de Marlene McKinnon.

Quando ela abriu a porta, não sabia ao certo o que esperar, mas tinha a certeza que encontrar Sirius Black com um enorme sorriso no rosto, um óculos escuro nos cabelos longos e uma sacola da padaria preferida dela na mão não estava em seus pensamentos.

— Bom dia, flor do dia. – Ele riu diante da careta dela. – Como você está?

— De ressaca. – Foi tudo o que ela respondeu enquanto o deixava entrar. – O que você está fazendo aqui?

— Sua surpresa em me ver me fere a alma, Mars. – Sirius colocou a mão teatralmente no peito. – Eu vim conferir com você estava depois de, você sabe, ontem a noite.

Ela não costumava corar, porém sentiu suas bochechas esquentarem ao se lembrar da ligação que fizera. É, ela estava arrependida e não fazia ideia de como se explicar agora.

— Sobre aquela ligação...eu...hum…

— Não precisa dizer nada. Todo mundo já ligou para alguém enquanto estava bêbado.

Marlene nunca havia ligado para alguém estando bêbada, pelo menos não para se declarar. Com certeza já mandara mensagens, entretanto ligações consistiam em um nível ainda maior de constrangimento. Sendo assim, ela apenas balançou a cabeça concordando e mudou de assunto:

— O que é isso? – Ela apontou para a sacola na mão dele.

— Nosso café da manhã. Trouxe seu croissant preferido.

Sorrindo em resposta, Marlene percebeu que daquela forma seria muito fácil se apaixonar por ele e que isso não poderia acontecer de jeito nenhum. Afinal, eles eram apenas amigos.


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Notas finais do capítulo

E foi esse o nosso primeiro capítulo! Eu gostei de colocar eles como amigos porque já vi muito eles como rivais ou inimigos, mas acho que eles são tãããããão parecidos que seria impossível uma amizade não brotar ali hahaha me contem o que acharam nos comentários que o próximo capítulo já vem!
Beijooos



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