Between The Sinners and The Saints escrita por Siaht


Capítulo 1
I. Love Doesn't Discriminate


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas maravilhosas!!!
Tudo bem com vocês?
Bom, aqui estou novamente com mais uma história para esse projeto maravilhoso. Dessa vez para falar sobre os irmãos Black e confesso que estou bastante empolgada com essa história. Ela é inspirada na música "Wait for It" do musical Hamilton (na verdade, em toda a dualidade entre os personagens Alexander Hamilton e Aaron Burr), então, se quiserem ouvir durante a leitura, eu recomendo. Na verdade, recomento o musical inteiro haha
Enfim, não vou enrolar muito aqui.
Espero que gostem! ♥



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I

{Love Doesn't Discriminate}

“O amor não discrimina

Os pecadores dos santos

Ele tira, e tira, e tira

E continuamos amando mesmo assim

Choramos e rimos

E terminamos

E cometemos os nossos erros

E se há um motivo para eu estar ao lado dela

Quando tantos já tentaram

Então estou disposto a espera por isso”

Dourado e vermelho se misturavam em uma explosão de alegria adolescente. Abraços e gritos. Doces e bebidas. O salão comunal da Grifinória estava em festa. Uma vitória no Quadribol era sempre motivo para celebração. Uma vitória contra a Sonserina era motivo para fogos de artifício e champanhe. Os dois itens, no entanto, estavam em falta naquela noite. Estalidos e cerveja amanteigada teriam que ser o bastante. Do outro lado da sala, Marlene McKinnon valsava sozinha. Os olhos fechados, os longos cabelos negros dançando em suas costas, os lábios rubros como uma maçã do Éden. Os movimentos fluídos, o ecos dos saltos altos, a saia mais curta do que o permitido pelo regulamento de Hogwarts. 

Sirius Black a observava hipnotizado, incapaz de desviar os olhos, incapaz de respirar. O mundo inteiro em preto e branco, Marlene em escarlate. Como se ciente do olhar o rapaz, a menina abriu os olhos. O encarou por um minuto inteiro e então lhe sorriu um convite. A mente do garoto gritava “quero”. Seu corpo ardia em necessidade. Não havia tempo para hesitação. Não havia motivos para esperar. 

Em um segundo, Sirius atravessou o salão comunal. Em dois segundos, ele e Marlene estavam aos beijos. Em menos de meia hora, o jovem casal havia encontrado algum cômodo escuro e vazio para o qual se esgueirar. Os beijos se tornaram incendiários. Os toques se converteram em lava vulcânica. As roupas foram rapidamente abandonadas. E em um instante os dois adolescentes estavam entrelaçados um ao outro. Seus corpos formando um nó intrincado. Seus corações batendo em sintonia.

Naquele momento, Sirius Black e Marlene McKinnon eram as únicas pessoas no mundo. Pelo menos, as únicas que importavam. Naquele momento, Sirius Black e Marlene McKinnon se amavam. Talvez o amor desvanecesse pela manhã. Talvez eles se arrependessem daquele enlace, quando ficassem mais velhos e mais sábios. Talvez todo aquele desejo se convertesse em fumaça e lágrimas. Ainda assim, naquele pequeno fragmento que em breve se perderia nas engrenagens do tempo, nada disso importava. Nada mais importava. Naquele instante glorioso e puramente impulsivo, eles eram um do outro. E isso bastava.

Verde e prata se misturavam em uma teia de melancolia adolescente. Olhos vermelhos e sorrisos desbotados. Whisky de Fogo e café amargo. O salão comunal da Sonserina era um sepulcro sombrio. Uma derrota no Quadribol era sempre motivo para lamento. Uma derrota para a Grifinória era motivo para sepultamentos e funerais. Regulus Black gostava do clima soturno. Do silêncio do fracasso. Do mau humor generalizado. Combinava com o modo como ele se sentia. E, como já diziam os poetas, a  miséria adorava companhia. 

Enquanto seus colegas de casa se flagelam por um revés no esporte – algo tão patético e trivial que sequer chegava a tocá-lo –, o garoto pensava em uma pequena caixa escondida embaixo de sua cama. A caixa na qual, como um tolo, guardava as cartas que deveria queimar. As evidências de seu crime. Theodosia Farley lhe escrevia uma carta toda manhã. Presenteando-lhe com palavras que faziam seu coração bater mais forte, seu sangue correr mais rápido, seus dias fazerem sentido. 

Se fosse honesto consigo mesmo, Regulus admitiria que a amava. Amava seus cabelos loiros, seus olhos castanho-esverdeados, seus sorrisos contidos. Amava sua mente criativa, sua ambição, seu talento para poções. Amava como era fácil conversar com ela e amava a habilidade da garota em fazê-lo se sentir real. Uma pessoa de verdade e não apenas uma ilusão. 

Os dois eram tão perfeitos um para o outro que às vezes o Black se questionava se não a havia inventado. A tirado de um sonho ou algo parecido. Mas então a realidade se abatia sobre ele e o rapaz se dava conta de que um sonho não seria tão difícil. Aquele relacionamento não era impossível. Mas era difícil. Theodosia não vinha da linhagem certa. Para todos os efeitos, ela era uma sangue-puro. Porém, havia associações demais com trouxas e nascidos-trouxas na árvore genealógica dos Farley para que isso não importasse. Especialmente para Walburga e Órion Black. Especialmente após a fuga de Sirius, durante o verão, que convertera (oficialmente) o caçula no herdeiro da família. 

Regulus achava que poderia convencer os pais a aceitarem Theodosia. Porém, não seria um trabalho fácil. Exigiria uma variedade de argumentos bem planejados e algumas mentiras. Exigiria cuidado e paciência. A sorte era que essas eram duas habilidades que o garoto tinha de sobra. Enquanto isso, os dois precisariam esperar. O amor precisaria esperar, existindo apenas como uma ideia. Um sonho. Uma carta a ser queimada no escuro.  


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Notas finais do capítulo

Bom, não sei muito o que dizer aqui, porque acho que o capítulo já fala bastante por si mesmo. Pelo menos, eu espero que fale haha O Sirius é movido por impulsos, desejo e paixão. Ele não hesita frente ao que quer. O Regulus é cauteloso, analítico, ele espera pelo momento certo. Enfim, acho que é isso.
Essa história terá três capítulos e postarei um a cada domingo. Então, nos vemos semana que vem!
Espero que tenham gostado! ♥
Beijinhos,
Thaís



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