James Sirius Potter

Mandei um bilhete para Scorpius avisando que iria estar o esperando em um dos corredores de Hogwarts – que tinha pouco movimento – no dia seguinte.

Realmente fiquei me perguntando se iria ajudar o Malfoy mais novo apesar de tudo o que os antecessores fizeram, mas decidi deixar o passado onde deveria, se um Malfoy queria tentar uma chance com Albus, o que eu teria a ver? Vou me divertir e ainda por cima vou ter meus trabalhos feitos, só vi vantagens.

— Hey, Potter. — Malfoy falou, se encostando na parede ao meu lado.

— Oi. Uma coisa que você precisa saber, Albus ama poções, tudo o que inclui poções ele simplesmente ama. Sei que terão a primeira aula de poções, pode tentar se aproximar dele na hora. — falei e já me virei pra ir embora mas ele me segurou pelo braço.

— Espera! É só isso? – ele questionou confuso e eu pensei um pouco.

— Sim? Eu tentei pensar em uma cantada mas eu sou péssimo nessa matéria então eu não sou de muita ajuda. – cruzo os braços.

— Hum... que tal eu dizer algo como “você tem um perfume ótimo, parece o mesmo que senti na amortentia”? – ele me observou curioso.

— Seria direto demais pra ele. – comento pensativo. – Já sei! Vocês em poções tem algum tipo de assunto?

— Como assim? – ele me observa pensativo.

— Você sabe, vou dar um exemplo com quadribol. Quando nós jogadores nos reunimos costumamos fazer uma espécie de revisão geral, falamos sobre as vassouras um do outro, sobre a arbitragem, criticamos os jogadores que querem machucar os outros e coisas do gênero. Ache essas pequenas coisas na aula de vocês pra falar, ele com certeza vai se animar no assunto.

— Tem certeza? – ele perguntou curioso.

— Quase... você só vai saber se tentar fazer isso. – dou de ombros e ele suspirou.

— Okay, tenho que correr agora pra chegar na aula. – percebi que eu também tinha a minha somente quando ele mencionou isso.

— Certo, ao final de todas as aulas podemos nos encontrar pra me dizer como foi? Se não estiver ocupado com ele, é claro. Aí você me diz se deu certo e se ainda vai precisar das minhas habilidades. – sorrio de canto e ele rola os olhos.

— Certo, lá nos jardins perto do lago negro. É um bom lugar pra sentar e descansar. – ele deu de ombros.

— Até mais tarde, loirinho!

— Até mais tarde, idiota!

Gargalho e começo a literalmente correr pra aula.

(...)

Depois das aulas eu ainda fiquei brincando um pouco com meus amigos pelos corredores da escola, e falando sobre alguns assuntos mais comentados, quando percebi que provavelmente tava acabando a aula de todo mundo fui até o lago negro esperar por Scorpius, enquanto aguardava fiquei atirando pedrinhas no lago.

— Você vai irritar a Lula assim. – Malfoy falou atrás de mim e eu sorri.

— Não tenho medo dela.

— Grifinório idiota.

— Estorvo Sonserino.

Ele riu e sentou se encostando na árvore, deu um suspiro dramático e se voltou para mim.

— Não deu muito certo, no início ele foi bem simpático mas conforme a aula foi passando ele pediu pra eu ficar um pouco mais em silêncio pra se concentrar na poção do dia. – Ele fez uma careta.

— Desculpe, eu deveria ter imaginado já que ele é tão... obcecado. – rio e me sento ao lado dele. – Mas na próxima com certeza vai dar certo.

— Foi um avanço já que no início ele conversou direito, até sorriu. – Scorpius deu de ombros. – Talvez foi só o momento errado, né?

— Acho que sim. – concordo pensativo. – Melhor tentar depois das aulas, eu acho.

— Falando em aulas tem um tipo de compartimento secreto depois da sala de transfigurações, você deixa seus trabalhos lá, eu pego e devolvo quando terminar, tá bem?

— Certo, vou me lembrar disso, loirinho. – dou uma piscadela e bagunço os cabelos dele.

— Hey! Eu demoro pra deixar ele arrumado! – Scorpius bateu na minha mão e tentou arrumar novamente enquanto eu gargalhava.

— Dá de perceber a dedicação. – debocho e ele bufa.

— Meu pai tem razão. – ele levanta limpando suas roupas. – Vocês Potter são suburbanos, idiotas, atrevidos, chatos e Grifinórios! – ele praguejava irritado quando me deu as costas e começou a ir embora bravo.

Gargalhei gostosamente ao perceber como ele se estressou tão rápido.

— Nos vemos novamente na próxima, não precisa arrumar os cabelos!

Ele levantou o dedo do meio pra mim e eu gargalhei com ainda mais vontade.

Ele era tão... adorável.