Ao entrar na sala precisa, e a porta desaparecer, surgiu um quarto muito peculiar para ambos. Além de duas poltronas e uma mesa entre elas, uma cama de casal, uma banheira e um guarda-roupas, tudo feito de uma madeira escura, que contrastava com a poltrona e a mesa.

— Tá bom, isso não vem só da minha cabeça.

— Eu sei, uma boa parte vem da minha. - Draco falava completamente alheio a tudo.

    Hermione caminha até uma das poltronas e aponta para a outra, convidando Draco a se sentar. Ele vai e ela puxa a varinha.

— Eu posso tentar desfazer a marca?

— Já tentaram. Mas por algum motivo, parecia que estavam tacando fogo no meu braço. Isso tá muito esquisito.

— Quem estava controlando aquele boneco deve ter posto um feitiço de proteção na marca. Ela está muito estranha mesmo. - Ela começa a notar que enquanto tocava em seu braço e demonstrava uma certa preocupação, que Draco estava com uma expressão diferente. - O que está acontecendo de verdade? Pode falar comigo Draco! A nossa rivalidade já acabou, achei que você tinha entendido isso!

    Neste momento, o sonserino começa a deixar as lágrimas rolarem. Em todos estes anos de estudo em Hogwarts, desde que conheceu o jovem, ela somente soube dele chorar uma vez, quando Harry lançou aquele Septunsempra nele. Ele estar demonstrando fraqueza naquele nível, era algo inédito.

— Eu não estou mais aguentando, tá bom? O peso de manter o nome Malfoy está demais pra mim. Meu pai recebeu o perdão pela insanidade, e minha mãe recebeu o dela pelo auxílio contra o Lorde das Trevas, mas ainda assim, a família está manchada. Eu não aguento mais o peso de ter que manter sempre a cabeça erguida em nome da minha família! Teria sido bem mais fácil que um dos Avadas que Voldemort dava nas reuniões tivesse sido para mim. Eu sou fraco, fraco...

    Nesta hora, o choro se intensificou e ele não conseguiu mais pronunciar uma palavra, ele jogou seu corpo para frente. Hermione se pôs em sua frente, o amparando e o abraçando. Abraço este que logo foi recíproco, intensificando mais o choro, com um grito de desespero. Após este momento, conforme ele se acalmava, Hermione levantou o seu rosto, segurando com as duas mãos.

— Você não é fraco! - Draco abre seus olhos, e cruza seu olhar com o da jovem. - Você é um dos melhores bruxos que eu já conheci. Bruxos fracos não teriam aguentado nem metade da história que nós ouvimos. Você é forte Draco!

    Neste momento, seja pelo impulso, ou pelo desejo reprimido, Draco se atira sobre a jovem, a beijando novamente. O beijo, que no início se manteve no choque, depois foi recíproco, acabou por esquentar os ânimos. Naquele momento, nenhuma palavra fora dita, eles se comunicavam com o olhar. Draco tira sua camisa, soltando cada botão e a coloca sobre a poltrona que ele estava, Hermione repete o movimento dele. Neste momento eles se beijam novamente, onde ele a encaminha para a cama, deitando sobre ela e se entregando a paixão reprimida deles até a hora do jantar. Ela refaz o curativo em seu braço e se dirigem para o grande salão, logo voltando para a sala precisa.