Hinata no Time 7 escrita por dellnat


Capítulo 31
Fase I: Liberado o selo da raposa de Naruto




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Depois das últimas palavras de Sasuke, o mesmo caiu na inconsciência. Em um gesto pouco comum, Naruto o abraçou. Naruto não saberia explicar o que estava sentindo naquele momento. Seu coração estava acelerado e apertado. Haku se levanta.

 

Ele...para proteger uma pessoa preciosa...mesmo sabendo que era uma armadilha não hesitou. Ele era um shinobi de respeito. É a primeira vez que um amigo seu morre? Essa é a vida de um shinobi. 

Naruto lança um olhar mortal para Haku:

—Cala a boca…

Mesmo exausto, o corpo de Naruto estava liberando muito chakra. Mas era um chakra diferente, não parecia do mesmo garoto. Era muito denso e pesado, cheio de ódio. O rosto daquele garoto tinha sido modificado. Seus olhos estavam vermelhos e a pupila em forma de fenda. Estava tremendo.  

—Eu vou acabar com você. - Até a voz de Naruto estava mudada e carregada. 

“Mas que instinto assassino". Pensa Haku. “Está diferente de antes.”

—Aaaaahhhh.

“Aí vem ele”. Naruto começa a atacar. Haku joga uma agulha, que é facilmente repelida.  

Hinata nunca havia visto aquilo. Uma mudança repentina de chakra vindo da casa de espelhos de gelo de Haku. Que tipo de poder aquele ninja tinha que modifica assim a forma e a consistência de chakra. Era um chakra muito denso, pesado e carregado. Nunca havia visto aquilo e nunca ouviu falar. Era de Haku? 

Olhando para Kakashi, não era estranho que estava apavorado,   mas Zabuza parecia também surpreso por ver aquilo. Não aprecia que era algo que ele sempre visse de Haku.

Zabuza também estranhou aquele chakra. Será que era de Kakashi? Não, era muito 

forte para ser dele. Então, de quem seria? 

Era com certeza Naruto. Kakashi então se lembrou do ataque da Kyuubi na Vila há anos atrás e reconheceu o chakra. Também se lembrava do selamento desse chakra em Naruto. Não poderia mais prolongar aquilo. Teria que acabar logo com aquela batalha, para poder lidar com Kyuubi. Era uma pena, mas Naruto já era.

Agora que Naruto, havia assumido o manto do chakra de raposa, atacava Haku como se não fosse nada. Repeliu as agulhas que Haku havia jogado nele, apenas com aquele chakra. Na segunda tentativa, agora com mais senbons, havia acertado, mas o agora mudado garoto repetiu com facilidade. Também acompanhou Haku nas passagens do espelho e quebrara  dos gelos com apenas um soco. Pegou Haku pelo braço, quebrando todas as paredes de  gelo.

Kakashi ainda estava preocupado do selo de Naruto haver se rompido, mas viu  que não foi esse o caso, na verdade era que parte do chakra da Kyuubi estava vazando. Mas o selo mesmo parecia intacto, para alívio de Kakashi. Talvez desse tempo para agir e parar aquela situação. 

Quando as paredes de gelo se romperam, Hinata pode ver que aquele chakra denso era de Naruto. Mas não parecia Naruto que ela conhecia. Tanto a aparência, quanto os movimentos, nada parecia com seu companheiro de time que ela tanto admirava.  Parecia outro ser que estava ali.

Kakashi pega um pergaminho, passa o dedo no sangue de seu corte e carimba ali naquele pergaminho. 

—Escute, Zabuza! - a voz de Kakashi denunciava desespero - Nós dois não temos tempo a perder. Provavelmente isso não encaixa no seu estilo, mas que tal acabar com a diversão?

—Parece interessante. O que você vai fazer na situação dessas? Kakashi, me mostre.

Naruto dá um soco forte em Haku que o joga para fora da parede de espelhos.

Ele sai rolando e se arrastando para longe. A máscara racha, e todo seu jutsu de gelo se desfaz de vez. Haku se levanta com dificuldade. 

Sua  única opção agora era se virar de frente e esperar o golpe final do garoto em si."Zabuza- San. Eu não posso derrotar esse garoto. Zabuza- san...eu..." 

O garoto estava realmente vindo, mas quando o mesmo estava quase próximo de acabar consigo, aquele chakra denso se desfaz. 

Naruto volta a si, como se estivesse acabado de acordar. O chakra estranho e denso havia desaparecido tão repentinamente quanto surgido. O olho vermelho em fenda havia sumido, revelando seu olho azul, agora dilatado. 

—Você é...daquela hora…

Agora que Haku estava sem  máscara, Naruto reconheceu aquele garoto simpático de outro dia, que havia ajudado ele  a recolher ervas medicinais. 

—Por que parou agora? Eu matei seu precioso amigo. Você não vai me matar?

Então Naruto olha para o corpo de Sasuke atrás e consegue apenas de dar um soco, o que já faz Haku cair.

—Droga.

Hinata olha a cena aflita. Viu como Naruto que estava irreconhecível, voltou a si, sem mais nem menos e era como se ele não se lembrasse do estrago que havia feito sozinho há pouco. 

Seu chakra havia voltado ao normal, assim, do nada. Depois iria ter que pensar no que havia acabado de ver.  Com certeza tinha alguma ligação com a rejeição que Naruto sempre passava na Vila e de como as pessoas sempre se afastavam . Se lembrou de repente de Ko que nunca a havia deixado se aproximar de Naruto. No futuro, talvez quando estivesse em sua casa, deveria pensar.

Naruto estava esgotado, ofegante e sem energia.

—O que aconteceu com você?  Você não vai conseguir me matar desse jeito. - fala Haku para Naruto. 

Hinata queria se aproximar para ver Naruto de perto. Mas não podia. Tazuna estava lá e precisava ser protegido.

—Eu vou com você. -Hinata olha surpresa para Tazuna, que lhe está sorrindo de forma bondosa. - assim você não desobedece a ordem de ficar perto de mim para me cuidar. 

Então Hinata e Tazuna se dão as mãos, se aproximando de Naruto e Haku. Porém fica ao lado de Tazuna. Ambos deixam Zabuza lá atrás com Kakashi. Chega perto de Naruto e vê que ele não tem nenhum ferimento. 

—Ele não era uma pessoa preciosa para você? - Haku limpa o sangue da boca na manga da blusa. 

Hinata repara como Haku fala para Naruto de seu companheiro no passado. Olha mais para frente e vê o corpo de Sasuke inerte, cheio de agulhas e sangue, deitado no chão. Seu coração fica muito apertado e Ela fica sem reação. Aperta a mão de Tazuna sem saber o que fazer.  O mesmo percebe e faz um carinho discreto com o polegar na sua mão.  Nenhum dos dois tem coragem de olhar para o outro. Ambos olham para frente.


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