Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda de Seiya escrita por Masei


Capítulo 56
A Casa de Libra


Notas iniciais do capítulo

Seiya e seus amigos encontram o corpo de Hyoga congelado em um esquife de gelo na Casa de Libra. O tempo passa e eles precisam descobrir um jeito de tirá-lo de dentro e trazê-lo novamente à vida.



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Quando deixaram a Casa de Virgem que tremia com o poder dos Cavaleiros de Ouro que a chacoalhavam, a primeira coisa que Seiya fez foi parar do lado de fora e dar um abraço forte em seu amigo Shun. Ele retribuiu, compreendendo o que se passava no peito do amigo, pois sabia que no fundo ele também tinha um aperto enorme por Seiya não ter reencontrado sua irmã ainda.

— Não deve ter sido fácil deixar a Ikki naquela situação, Shun. — falou Seiya olhando para os olhos marejados do menino.

— Não foi, mas nós somos Cavaleiros de Atena e precisamos seguir em frente. — disse ele.

— Eu tenho certeza que ela vai dar um jeito de voltar a ser como antes, Shun, afinal ela é a Ave Fênix, o pássaro imortal, e já vimos que ela voltou do Inferno outras vezes. — falou Shiryu, confiante, e Shun deixou escapar um sorriso que a amiga não pôde ver, mas com toda certeza sentiu.

— Obrigado, Shiryu. — respondeu ele, colocando sua mão no ombro da amiga. — Agora vamos! Tenho certeza que Ikki não gostaria que eu ficasse chorando aqui. Precisamos salvar a Saori!

Concordaram entre si e partiram em disparada. Assim que dobraram a primeira curva escadaria acima, Seiya e Shun viram com assombro que faltava menos de cinco horas para as chamas do Relógio de Fogo se extinguirem por completo. Haviam perdido tempo demais na Casa de Virgem, mas também pudera, Shaka era realmente a mais próxima dos deuses e seu poder era incomparável; sorte deles que Aioria finalmente havia recuperado sua consciência e os permitiu aquela chance de seguir adiante.

— Estamos super atrasados. — lamentou Shiryu ao ficar sabendo por seus amigos a situação do relógio. — Temos menos de cinco horas.

— Não, Shiryu. — corrigiu Seiya. — Ainda temos cinco horas e vamos conseguir. Aioria agora está ao nosso lado!
— Tem razão, Seiya, me desculpe.

— Não se sinta culpada, Shiryu. — apaziguou Shun. — Não deve ter sido fácil ver a Saori quando esteve no Limiar do Submundo como falou.

— É verdade. — concordou Seiya.

— Hyoga e Xiaoling também estavam lá. — lembrou-se ela. — Sinto que ainda podemos salvá-los todos se conseguirmos chegar até o Camerlengo.

— E é o que vamos fazer, Shiryu! — encheu a garota de ânimos a empolgação de Seiya.

— Eu fico me perguntando como será que está a situação do exército de Éris. — lembrou-se Shun.

— Eu tenho certeza que a Mestre Mu não deixará ninguém chegar até a Saori.

— Tem razão, Shiryu. De qualquer maneira, Éris não é quem realmente me preocupa nessa história toda.

Shun e Shiryu sentiram como o amigo tornou-se muito misterioso antes que continuasse.

— É o Camerlengo. — falou ele, finalmente. — Aioria disse que ele é o próprio mal instalado dentro do Santuário.

— Ao mesmo tempo que a única chance de Saori ser salva é pelas mãos dele.

— Que tipo de pessoa será esse Camerlengo? — perguntou-se Shun.

Não sabiam. Poucos sabiam, na verdade, que tipo de pessoa era o Camerlengo. Aioria era uma dessas pessoas, mas o Cavaleiro de Leão havia ficado na Casa de Virgem e, à frente deles, eles tinham mais um templo para atravessar.

— Vejam! É a Casa de Libra. — anunciou Seiya para os amigos.

— Libra! — exclamou Shiryu. — Seiya, a Casa de Libra é o antigo templo de meu Mestre dos Cinco Picos Antigos.

— É verdade, Shiryu? — espantaram-se Shun e Seiya.

— Sim, ele era o antigo Cavaleiro de Libra e ninguém tomou seu lugar desde então.  Portanto, não devemos ter qualquer problema, pois ela estará vazia. Assim ganharemos tempo e logo estaremos em Escorpião.

— Que boa notícia, Shiryu. Está vendo, a sorte já está virando ao nosso favor. Vamos!

Entraram finalmente no sétimo templo, a Casa de Libra, e depararam-se com um lugar claramente abandonado; escuro, com poucos archotes acesos e absolutamente nenhum sinal recente de habitação. Não havia qualquer Cosmo ameaçador ou pacífico que pudesse delatar a presença de um magnânimo Cavaleiro de Ouro. Parecia mesmo deserta e, portanto, simplesmente correram sem preocupar-se em serem surpreendidos.

Até que a parca luz do fogo nas colunas do templo começou a revelar no corredor uma estranha escultura ao longe. E quando finalmente chegaram mais perto, o que viram foi um enorme bloco de gelo de pé, facilmente com o dobro da altura deles. E dentro do bloco de gelo, encerrado em um sono profundo, estava alguém que conheciam.

— Hyoga! — exclamaram Seiya e Shun ao ver o amigo congelado.

 

—/-

 

— O que está dizendo, Seiya?

— Shiryu, Hyoga está diante de nós, mas está congelado dentro de um bloco de gelo enorme.

O que Shiryu escutava era tão incrível quanto impossível, afinal de contas Hyoga era o próprio Cavaleiro de Gelo. No entanto, aproximou-se às cegas do bloco de gelo e percebeu que realmente podia sentir como a temperatura da casa era drasticamente mais fria alguns passos adiante. Suas mãos encontraram sem dúvidas a superfície de um bloco de gelo seco e terrivelmente duro, que não escorria em sua mão, mas sublimava uma névoa gélida que se desprendia do bloco.

— Droga, esse foi o motivo pelo qual sentimos seu Cosmo desaparecer naquela hora. — comentou Shun.

Mais do que isso, no entanto, Shiryu sentiu, próxima como estava, que o coração de Hyoga ainda batia. Que o Cosmo de Hyoga ainda queimava. Muito sutilmente, quase de maneira ínfima, mas ainda estava lá e ela podia sentir.

— Ele ainda está vivo. — anunciou Shiryu para os amigos.

Seiya e Shun animaram-se.

— O que ele está fazendo aqui? — perguntou Seiya.

— Hyoga foi atingido pela Outra Dimensão do Cavaleiro de Gêmeos que dizia ser capaz de enviá-lo para um Outro Mundo. — adicionou Shun. — Mas parece que ele veio parar na Casa de Libra.

— E você viu Hyoga caminhar no Limiar da Casa de Câncer, não é mesmo Shiryu?

— Sim. Isso significa que ele ainda vive, mas caminha lentamente para sua morte. Ainda podemos salvá-lo! — falou ela.

— Certo, então vamos tirá-lo daí o mais rápido possível!

A Casa de Libra iluminou-se com a aura branca do Cosmo de Seiya, que cobriu seu corpo; Shun e Shiryu afastaram-se para que ele pudesse usar toda sua força para estilhaçar o gelo à frente deles e libertar Hyoga de sua prisão. Mas, por mais forte que fossem os Meteoros de Pégaso que Seiya disparava contra aquele bloco, ele sequer se arranhava. O garoto tentou ainda várias vezes, ao ponto de com a mão nua tentar causar qualquer rachadura naquele paredão. Shun também tentou unir seu punho ao do amigo, jogou suas Correntes, tentaram os três juntos e nada. Nem um arranhão sequer.

— Mas que inferno de gelo, como pode ser tão resistente? Nem o gelo da Mestre Cristal do Hyoga era tão poderoso assim. Quem poderia fazer algo tão resistente?

— Droga. — falou Shiryu, finalmente dando por si. — Eu acho que sei quem pode ser.

— Como assim, Shiryu?

— Meu Mestre uma vez me falou que conhecia ainda alguns poucos Cavaleiros de Ouro, como a Mestre Mu e o antigo Pontífice do Santuário. Mas ele também falou sobre uma pessoa a quem consideravam ser um erudito, um estudioso que cumpria a função de Mestre dos Livros do Santuário. Mas essa não era a sua única fama, pois também diziam que ele se tratava de um Mago de Gelo da Sibéria.

— Da Sibéria? — perguntou-se Shun, rememorando. — Esse é o lugar onde Hyoga treinou.

— Sim. — falou Shiryu. — Esse Mago de Gelo é o Cavaleiro de Ouro de Aquário.

— Camus de Aquário.

— Seiya? — perguntaram os dois ao ver que o amigo parecia conhecer.

— Lembro-me agora de quando estive na Sibéria com Hyoga, ele perguntou de seus Mestres para o pequeno Jacó e aquele garoto lhe disse que o Mestre Camus não havia retornado.

— Mestre Camus. — refletiu Shun. — Não retornou, pois estava aqui no Santuário.

— Então quer dizer que Hyoga foi treinado por dois mestres. — concluiu Shiryu.

— Sim. — respondeu Seiya. — Talvez tenha sido através desse tal estudioso Camus que ele ficou sabendo da Guerra Galática e foi enviado para nos punir. — refletiu Seiya, olhando o rosto calmo e branco de Hyoga dentro do gelo. — Mas se o mestre de Hyoga é o Cavaleiro de Aquário, por que ele estaria na Casa de Libra? E por que faria isso com seu próprio discípulo?

Seiya estava confuso, mas sabia também que o tempo passava e, a cada segundo, mais próximo do coração de Saori a Flecha Dourada estava. Ele esmurrou novamente o gelo sem compreender o que poderiam fazer pelo amigo, já sofrendo terrivelmente com a possibilidade de ter de abandoná-lo ali.

Apoiado no enorme esquife de gelo, Seiya sentiu o Cosmo de Hyoga pulsar como Shiryu havia sentido anteriormente.

— Droga, não é possível que não dê pra fazer nada! 

No auge do desespero de Seiya e da desesperança de seus amigos, eles escutaram um barulho muito alto como se as pedras se arrastassem em um ronco grave; um brilho dourado chamou a atenção dos Cavaleiros de Bronze e eles perceberam que em uma parede à direita do enorme esquife de gelo dezenas de blocos de pedra que moviam-se sozinhos, lentamente, revelando uma reentrância na Casa de Libra.

E quando um número razoável de pedras moveu-se para dentro da parede, revelou-se esplendorosa uma balança de ouro emanando uma aura brilhante e dourada.

— É a Armadura de Libra! — anunciou Shun.

— A Armadura de meu Mestre, posso sentir claramente seu Cosmo na Armadura.

— O que isso quer dizer? — perguntou-se Seiya.

A aura dourada da Armadura de Libra brilhou com ainda mais intensidade e Seiya percebeu como Shiryu também, de repente, manifestou seu Cosmo esverdeado com bastante intensidade, quase sem sua vontade.

— Seus Cosmos estão ressoando, Shiryu!

— Tem razão, Shun. — concordou ela, também surpresa. — Talvez a Armadura de Libra possa ajudar a libertar o Hyoga.

— Vai usá-la como a Mii usou a Armadura de Sagitário, Shiryu?

— Eu não sei.

— Shiryu! — chamou a atenção Shun. — Posso estar enganado, mas a Armadura de Libra não parece ser apenas uma proteção como as demais; algumas partes da Armadura se parecem com armas.

— Com armas? — surpreendeu-se Shiryu.

— Shun tem razão, Shiryu. Posso ver um tridente, uma espada, aquela parece ser uma barra-tripla.

— E a balança é feita por dois escudos. — completou Shun.

— A Armadura é dividida em armas? — refletiu Shiryu, sozinha. 

— Eu também não estou compreendendo, Shiryu. — falou Seiya. — Lembro de Marin me contar que os Cavaleiros de Atena sempre lutaram sem armas.

E olhou para Shun que assentiu, como se aquela regra lhe fosse conhecida também.

— A única exceção foi dada aos Cavaleiros da Ilha de Andrômeda. — disse ele. — Tanto os Cavaleiros de Prata como de Bronze da llha, todos usam Correntes fortalecidas para que possam auxiliar na defesa de Atena.

— Eu já entendi. — falou finalmente Shiryu. — Talvez o Mestre Ancião tenha nos dado a oportunidade para que possamos usar as Armas de Libra para destruir o gelo.

— É verdade, Shiryu! Deve ser isso mesmo. — comemorou Seiya, empolgado. — Eu pego o tridente!

Mas suas mãos, ao tocarem a Armadura de Libra, imediatamente foram repelidas pela balança de ouro.

— Somente o Cosmo de Shiryu ressoou com a Armadura, Seiya. Eu acho que só ela poderá fazer isso. — disse Shun.

— Mas que mal-humorado esse seu Mestre, Shiryu.

— E além do mais, — adicionou ela. — não acho que o tridente seja uma boa escolha. É preciso uma arma mais precisa, pois do contrário podemos destruir o esquife de gelo, mas também acabar matando Hyoga lá dentro.

Shiryu parecia refletir sobre quais armas poderiam ser a escolha certa para aquela tarefa, sua aura cósmica conectada com a balança de ouro. Uma peça de ouro voou da balança na direção de Shiryu e ela a tomou pelas mãos. Havia se decidido.

— A Espada.

 

—/-

 

Shiryu colocou-se imediatamente à frente do enorme esquife de gelo em que Hyoga estava congelado de pé. Pediu que os amigos se afastassem brevemente e ascendeu seu Cosmo, brandindo a Espada de Ouro à sua frente; uma espada pequena, mas absolutamente maravilhosa e de peso leve nas mãos. O corte tinha de ser preciso, ela sabia muito bem.

Ela esticou o braço para que a ponta da Espada encostasse no gelo, de forma que soubesse perfeitamente a distância que precisava. Recolheu a Espada e saltou com ela em punhos para fazer um corte do topo à base do bloco de gelo com a ponta dourada da lâmina. Ao atingir a parte mais baixa do gelo, Shiryu levantou-se e deu um leve soco no centro, como se para desencadear as forças dentro do gelo para que ele entrasse em colapso.

Nada aconteceu a princípio.

— Tente outra vez, Shiryu. — pediu Seiya, mas ela pediu que ele aguardasse.

Finalmente perceberam que a linha fina que a Espada de Libra havia desenhado de cima a baixo iluminou-se de uma luz que descia lentamente. E o esquife explodiu seu gelo de uma só vez em pedaços pequenos que imediatamente evaporavam pelo ar, deixando para trás apenas uma névoa gélida ao redor deles.

— Deu certo! — comemorou Shun.

— Que incrível a Espada de Libra, destruiu o esquife com apenas um golpe. — observou Seiya.

A Espada então liberou-se das mãos de Shiryu e retornou para a Balança de Ouro que encontrava-se em desequilíbrio; e quando a arma voltou para o totem, os pratos se equilibraram novamente.

— Hyoga! — exclamou Shun.

Seiya olhou para o corpo do amigo que apareceu debaixo de uma névoa de gelo que evaporava. Sua pele, sua armadura e a roupa que usava por debaixo dela estavam ainda muito esbranquiçados. Ele correu até o amigo e buscou ouvir seu coração, que batia muito lentamente.

— Seu coração está batendo devagar. Pode parar a qualquer momento.

— Nós conseguimos tirá-lo do gelo, mas…

— Não podemos cuidar dele aqui. — falou Seiya para Shiryu. — O que podemos fazer?

— Eu cuido do Hyoga. — anunciou Shun.

Shiryu levantou-se e Seiya olhou para o amigo que sentia-se decidido. 

— Eu vou cuidar dele, amigos, não se preocupem; se apressem e sigam para a próxima casa. Nós já conseguimos salvá-lo do esquife de gelo, eu tenho certeza que vou conseguir trazê-lo de volta.

Havia um sorriso em seu rosto que deixou Seiya confiante de que ele seria mesmo capaz de trazer Hyoga de volta daquele inferno de gelo. Seiya concordou, pois realmente tinham pouco tempo ali. Sentiu a mão de Shiryu no seu ombro.

— Vamos, Seiya. Shun cuidará dele.

— Certo, Shiryu. Não demore muito, Shun, estamos te esperando.

O Cavaleiro de Andrômeda viu como seus dois amigos desataram a correr adiante para as escadarias que subiriam para o próximo templo, a Casa de Escorpião.

 

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Shun levantou o corpo de Hyoga nos braços e o levou para o lado de fora também, debaixo do sol quente que ainda queimava naquela tarde na Grécia. O colocou estendido para que pudesse receber a luz e o calor do sol e também começou a falar com ele.

— Escute minha voz, Hyoga. Eu sei que pode me ouvir. — começou ele, sentando-se ao lado do corpo deitado e inconsciente de Hyoga. — Sabe, meu mestre sempre disse que o corpo humano é o melhor para esquentar um outro corpo frio, mas você foi atingido pelo gelo de seu mestre, um Cavaleiro de Ouro. Não acho que só isso será o suficiente. Nem esse sol quente que brilha de tarde. Continue escutando minha voz, Hyoga.

O Cavaleiro de Andrômeda tentava estimular Hyoga para que ele não se perdesse na imensidão de sua inconsciência. Shun tomou as mãos geladas de Hyoga nas suas, experimentou a temperatura de seu rosto com os dedos e notou que ele ainda estava terrivelmente congelado.

Ele sentou-se ao lado de Hyoga de forma que, quando ele levantou o torso do amigo, os dois estavam um de frente para o outro. Shun o abraçou, aninhando seus cabelos duros em seu peito. As Correntes de Andrômeda desprenderam-se de seus dois punhos e envolveram o quadril e as pernas de Hyoga até seus pés.

E ali, sentados e abraçados, Shun finalmente manifestou seu maravilhoso Cosmo róseo que cobriu seu corpo com uma aura linda e quente, mas também espalhou-se pelas Correntes, esquentando o corpo inteiro de Hyoga com uma sensação terna, carinhosa e reconfortante. 

Shun concentrou-se com os olhos fechados, percebendo da melhor forma que podia o batimento do coração de Hyoga ao seu lado, buscando qualquer respiração de sua boca perto de seu pescoço. Buscou lembrar-se de como havia se sentido parte do Universo quando venceu o Cavaleiro de Gêmeos, pois seu Cosmo precisava alcançar níveis como aquele se quisesse alcançar o ar frio do Cavaleiro de Aquário que cobria o corpo de Hyoga. Era preciso que ele tocasse o Sétimo Sentido.

Lentamente sentiu como seu Cosmo tocou o Universo, lembrando-se claramente dos momentos que sofreu delirante com o frio do Cisne Negro e foi salvo pelo Cavaleiro de Cisne, Hyoga, que agora sofria nos seus braços. Seu Cosmo era acalentador de tal forma que Shun percebeu que ao redor deles não estava apenas a sua aura rósea, mas também sutilmente o branco infinito do Cosmo frio de Hyoga, que aos poucos surgia de seu corpo. Ele estava conseguindo.

Queimou com ainda mais força seu Cosmo para que pudesse arrancar de vez o Cosmo belo de Hyoga de dentro dele. De tal maneira estavam juntos e conectados que invadiu Shun uma profunda tristeza que não era outra senão a dor que pulsava dentro do Cavaleiro de Cisne por sua mãe. Uma saudade imensa que lhe queimava cada vez mais intensa com seu Cosmo que ressurgia. A saudade da mãe, uma figura a quem considerava um irmão perdido, sua mestre, uma garota perdida na multidão.

O esforço havia sido tanto que Shun caiu, inconsciente.

Mas Hyoga abriu os olhos, revivido.


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Notas finais do capítulo

SOBRE O CAPÍTULO: Pouca alteração, apenas mais desenvolvimento. A famosa cena da Casa de Libra, eu tornei um pouco menos explícita, mas nem por isso menos carinhosa.

PRÓXIMO CAPÍTULO: RENDIÇÃO OU MORTE

A Casa de Escorpião é o templo de Miro, um terrível Cavaleiro de Ouro que paralisa Seiya e Shiryu, mas ambos são salvos pelo renascer de Hyoga de Cisne que lutará contra Miro.



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