Sugar Heart escrita por Tord


Capítulo 13
Amor em forma de doce


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa! Não, você não viu errado! Capitulo novo de Sugar Heart em semana seguida! O que está acontecendo você me pergunta? Beeeem... esse não é um capitulo que faz parte do enredo corrido da fanfic, e sim um capitulo especial de dia dos namorados!! Yaaaay!! *Aplausos*
Bem, eu adoro capítulos especiais de datas comemorativas e eu também amo escrever cenas cotidianas dos personagens, então eu pensei por que não unir o útil ao agradável? E dai saiu esse capitulo! Eu sei que o dia dos namorados foi ontem e eu to meio atrasado, mas o que importa é que saiu! Ah, algumas explicações:
1- Esse capitulo é simplesmente uma ceninha bobinha entre eles no dia dos namorados. Não especifiquei em que momento exatamente essa cena está encaixada na história principal, afinal, é simplesmente um capitulo pra te fazer se divertir e dar umas risadas. Como um fillerzinho fofo.
2- Sobre Imperatriz do mar, eu estou produzindo o proximo capitulo também! Talvez eu o poste ainda hoje mas provavelmente só conseguirei finaliza-lo amanhã, entãaaum fiquem no aguardo!
Acho que isso é tudo o que eu queria dizer! Espero que se divirtam com esse capitulo bobinho! Espero no futuro fazer mais capitulozinhos especiais! Feliz dia dos namorados! ♥



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Desde seu inicio aquela manhã estava atípica, a começar porque estavam de folga. “Folga” era uma palavra tão estranha em seu vocabulário desde o dia que iniciou suas viagens juntos de Ed e Al. Quando não estava estudando ou treinando estavam se metendo em alguma confusão que eles criaram ou então sendo a causadora delas. Ter um dia livre em meio a toda aquela loucura era algo realmente estranho, mas não podia negar que era oootimo ter enfim um dia onde não precisasse pensar em alquimia ou em salvar a própria vida.

—Do que precisa agora?

—Hm... Deixa eu ver..

Meio desajeitada pelas sacolas em suas mãos, Ani tentava ler o papel que segurava. Al e Ani estavam já há alguns minutos perambulando pelas ruas do centro da cidade que estavam no momento, pois com o dia de folga ela inventou que queria cozinhar algo diferente. Atencioso como sempre, Al a ajuda a segurar as sacolas para que tivesse suas mãos livres para checar sua lista de compras.

—Obrigada! Hm... Já temos ovos, leite, farinha, fermento... Ah! Precisamos de frutas!

—Já conseguiu se decidir sobre o recheio?

—Hm... ainda não. Eu queria fazer de frutas vermelhas, mas é muito clichê não acha?

—Parece bom pra mim!

—Oh! Eu poderia fazer de banana! Bolo de banana com caramelo é ótimo! – Sorridente.

—Por que decidiu fazer um bolo hoje?

—Faz um bom tempo desde que fiz algo normal. – Risos. – Só queria aproveitar! Não é todo dia que temos folga! E acho que Ed ficará feliz também! Além disso, eu gosto de passear com você, Al!

Al ri baixinho.

—Eu também gosto.

—Ah! Olhe! – Aponta para uma das vendas animada. – Chocolate! Qualquer coisa fica boa com chocolate!

Ani puxa Al pela mão, se aproximando da venda onde haviam vários tipos de chocolates, bombons, barras, chocolate em pó...

—Chocolate não é um pouco... caro?

—Normalmente eu também diria isso, maaaaas! – Olha para Al sorrindo largo, claramente empolgada. – Eu chorei pro Ed até irrita-lo e ele me deixou usar os fundos dele! – Exibe o relógio de Edward em suas mãos.

—Esses fundos são para pesquisa... – Al ri sem graça. – Além disso, não era você que dizia que não queria usar o dinheiro do Nii-san?

—Ele vai comer o bolo, ele vai contribuir! – Simplista. – E nós queremos chocolate!

—“Nós”?

—Eu e o meu estomago! – Seus olhos são atraídos pelos itens à venda. – Ah! Eles têm bombons, bolos e tortas em forma de coração! Que gracinha!!

Ver aquelas coisas aguça a curiosidade de Alphonse no mesmo instante. Um ou outro item em formato de coração ele não acharia estranho, mas basicamente toda aquela barraca estava varrida em coraçãozinhos e flechinhas de cupido. O que estava acontecendo?

Como que seus olhos tivessem se aberto para um novo mundo, só então Al percebe que a chuva corações não estava presente só ali, e sim por toda a parte. Voltando os olhos ao seu redor Alphonse conseguia ver corações nas lojas, nas vendas, nas ruas, em balões, além da quantidade enorme de flores por todos os lados.

—O que foi, Al?

—Por que tantos corações..?

Ani também começou a observar ao seu redor e percebeu o mesmo que Alphonse, também ficando intrigada e um pouco confusa com o que via, até as engrenagens em sua cabeça começarem a funcionar.

—Al, que dia é hoje?

—Hm? Hãn... 12 de junho?

Com a resposta de Al, os olhos dela instantaneamente se iluminaram e ela estica o corpo num salto, assustando o outro.

—WHOAAAAH!!!

—O-O que?

—Hoje é dia dos namorados!!!

—E-Eh?

—12 de junho! Hoje é dia dos namorados! Por isso os corações por toda a parte!

—O-Ooh!

—Como não tínhamos notado isso antes?

Al sabia qual era sua resposta daquela pergunta, mas jamais contaria a ela, ao menos não naquela situação. A verdade é que provavelmente estava entretido demais com a companhia dela para perceber o que acontecia à sua volta, algo bem recorrente quando estava junto dela. Já Ani costumava a ser meio avoada mesmo, então não estava surpreso dela não ter notado também. Sendo sincero, Al achava essa característica dela bem engraçada.

—Eu mudei de ideia! Eu quero frutas vermelhas!

—Não era clichê?

—Mas é dia dos namorados! E dia dos namorados pede clichê! Senhor! Eu gostaria de duzentos gramas de chocolate ao leite, por favor! Oh, e também um pouco de chocolate em pó e também...

—Você vai acabar com o dinheiro do Nii-san. – Al comenta risonho vendo ela se empolgar.

—Ed disse “Compre o que quiser, mas me deixe em paz, pelo amor de Deus!” e eeeu estou apenas cumprindo minha parte do trato, oras! – Responde simplista, pouco antes do senhor lhe entregar a sacola com as coisas que havia pedido. – Agora vamos comprar morangos!

Sorridente e abraçando a sacola de papel que tinha em mãos, Ani continua caminhando agora aparentando estar ainda mais animada que antes e Al a segue tranquilamente.

—x-

—Ed! Voltamos!

—Aaah... chega de paz.

—Heeeh? Que grosseiro! – Rindo. – Ah, deixe as sacolas aqui, Al?

—Claro!

Edward que até então estava deitado no sofá lendo um livro qualquer para aproveitar seu dia livre, se senta e olha para eles arqueando uma sobrancelha, vendo-os desensacolar todas as coisas que haviam comprado.

—Compraram ingredientes para um bolo ou para um buffet completo?

—Vai ser um super-bolo! Sabe por queeê?

—Antes devolva meu relógio, sim? – Ed estende a mão. Ani apenas revira os olhos num ar risonho e devolve o objeto para ele. – Por que vai ser um “super-bolo”?

—Porque hoje é dia dos namorados!!

—E..? Até onde eu sei somos três solteiros. Ou isso mudou, Al?

Al ignora o irmão propositalmente o questionando, lhe mandando um olhar feio com a provocação discreta dele. Já Ed apenas sorri sutilmente se divertindo com a reação dele.

—O dia dos namorados não é simplesmente um dia pra quem namora! É um dia pra celebrar o amor! – Abrindo os armários para pegar os utensílios. – Por sinal, deveria ligar para a Winry-chan, Ed!

—N-Não entendo de onde veio isso. – Foi a vez do mais velho ficar sem graça, arrancando um riso dela.

—Ora, ela é importante para você, não é? Como é o dia do amor deveria ligar para ela! Mostrar que se importa com sua amizade! – Responde tranquilamente. – O que? Achou que eu estava falando de algo mais?

Ficando com o rosto levemente vermelho, Ed volta a se deitar no sofá de cara feia, a fazendo gargalhar de novo.

—Como eu disse, acabou a minha paz!  

Ed voltou a fechar os olhos, ignorando completamente a provocação besta de Ani. Mas instantaneamente estranhou o silêncio que se instaurou no local. E como já havia aprendido há muito tempo... Conviver com Ani era como conviver com um filhote. Silêncio demais = alguém aprontando.

Ao abrir seus olhos novamente deu de cara com o rosto sorridente dela bem em frente ao seu, mas de ponta cabeça pela visão dele, o encarando.

—Que foi?

—Nos ajude!

—Heh?

—Com o bolo! Nos ajude!

—Quer que eu cozinhe? – Arqueia a sobrancelha.

—Vamos, vai ser divertido! Al vai ajudar também, não é Al?

—Hãn... claro!

Tendo Al comprado sua intimação para ajudar na tarefa culinária, Ani voltou seus olhos brilhantes e rosto sorridente para Ed, esperando ansiosamente sua resposta. E ao ver aquele rosto, Edward já sabia que havia perdido qualquer eventual batalha que tentasse travar. Vencer a teimosia de Ani era uma tarefa que não tinha saco para realizar.

—Eu nunca cozinhei nada na vida.

—Oh! Melhor ainda! – Ani se levanta, voltando para próximo da bancada da pequena cozinha do quarto em que estavam hospedados. – Então temporariamente, eu serei a mestra, podem me chamar de Sensei! E prenda esse cabelo! Não quero nenhum no meu bolo!

Ed levanta do sofá resmungando mal-humorado e prende novamente seu cabelo em um rabo de cavalo enquanto Ani faz a mesma coisa, prendendo seu longo cabelo castanho.

—Pensei que iria descansar hoje.

—Você me ajuda com o bolo, eu te dou o bolo! Troca equivalente, Ed!

—Eu já te dei o dinheiro, coisa! – Irritado. – Não quero nem ver quanto você gastou.

—Naah, uns 100 Centz, talvez. Mas não importa! Ed, derreta as barras de chocolate em banho-maria, Al, faça com que essa forma tenha forma de coração.

Ani entrega para Al uma forma de bolo redonda e para Ed algumas barras de chocolate.

—Banho de que?

—Banho maria! É quando se derrete algo em uma tigela acima de outra tigela com agua fervente. – Ed com cara de paisagem. – Hoooh! Fullmetal alchemist não sabe derreter chocolate!

—Fica quieta.

Ani ri.

—Aqui, eu te mostro.

Ani vai até o fogão, colocando os utensílios para o banho-maria e o chocolate picado dentro da tigela. Enquanto isso, o brilho azul da alquimia iluminou a cozinha enquanto Al modificava a forma como ela havia pedido. Ani entrega a colher nas mãos de Ed.

—Agora mexa até estar derretido! Cuidado para não queimar o chocolate!

—Aqui, Ani!

—Hoooah! Está perfeito! Obrigada, Al!

—Por que uma forma de coração? – Al questiona risonho.

—Porque é dia dos namorados! – Ani responde em uníssono com Ed que imitou seu tom de voz com uma voz fininha, a fazendo o encarar feio e arrancando um riso dos dois. Ani revira os olhos. – Al, peneire a farinha, eu vou untar a forma. – Entrega os objetos para ele, enquanto se ocupa de passar manteiga na forma. – Eu só gosto muito dessa data! Costumava a comemorar ela com meu Nii-san. – Ani comenta num ar nostálgico e os dois a encaram na mesma hora. – CREDO! NÃO! – INDIGNADISSÍMA. – Que horror!  Comemorávamos eu, o Nii-san e nossos avós! – Bufa.

—Vai saber, vocês não são parentes de sangue. – Ed provoca.

—Ewww! – Estremece. – Não! Seria como namorar você! Ugh! Na-na-não! – Volta a se concentrar na forma. – O vovô e a vovó eram um casal muito bonito, sabe? Estavam casados há anos e se gostavam muito! Eu sempre ficava boba olhando como eles cuidavam um do outro! Então, no dia dos namorados o vovô sempre dava a ela flores e eles passavam o dia inteiro juntos! Ah! Ele costumava a comprar flores para mim também! – Risos. – Me sentia uma mocinha crescida quando ele fazia isso. Quando eu crescer, gostaria de me casar com alguém como ele. Nii-san é um bom rapaz também, mas ele é muito marrento e rígido! Ele se parece com você, Ed!

Enquanto ela tagarelava, Al termina de fazer a tarefa que lhe foi dada, entrega a tigela com farinha peneirada para ela e Ani passa a adicionar o restante dos ingredientes lá dentro, os misturando com uma colher.

—E você já escreveu para ele? – Al questiona.

—O-Oh... Ainda não. – Sorri levemente. – Tenho medo de que ele esteja bravo comigo.

—Mas claro que ele vai estar bravo com você! Você sumiu por dois anos! Ele deve estar furioso – Ed rebate, fazendo Ani se encolher um pouco. – Mas ele é seu irmão. Se o Al fizesse isso comigo eu com certeza lhe daria uns tapas quando ele voltasse, mas isso não me deixaria menos feliz por ver que ele tá vivo.

—É que... E-Eu não sei o que dizer a ele. Além disso, uma vez que eu fale com ele, ele vai me pedir pra voltar pra casa e eu não posso ir agora, embora eu sinta falta dele. – Olha para Ed. – Eu conversarei com o Nii-san na hora certa.

—Mas está tudo bem em ficar tanto tempo assim sem vê-lo? – Al questiona.

—Eu sinto saudade, mas acho que é melhor assim. Se eu voltar agora, eu ter saído de casa não fará sentido. Sabe, o vovô costumava a me dizer que eu deveria crescer e conhecer tudo o que tivesse pra aprender no mundo! Ele sabia o quanto me angustiava não saber nada sobre mim, então me dizia que só porque minha mente estava vazia não queria dizer que deveria continuar assim. Foi então que eu comecei a aprender tudo o que eu tinha curiosidade em saber como funcionava e que mergulhei de cabeça na alquimia. Eu não vou continuar com a minha cabeça vazia! Quando voltar pra casa, será quando souber exatamente quem sou eu!

—Acho que conseguimos entender o sentimento. – Comenta Ed um pouco distante pela história que ouviu. Aquilo era um pouco como ele e Al se sentiam quanto sua casa em Rizembool. Só voltar quando tivessem descoberto todas as verdades do mundo. Eram filosofias parecidas.

—Mas sabe... – Os dois olham para ela. – Eu sinto falta das flores. – Ela aumenta seu sorriso, nostálgica com todas aquelas preciosas lembranças. – Eu gosto do dia dos namorados porque o Vovô dizia que era um dia para se dizer que se ama as pessoas. Não simplesmente o dia dos amantes, mas o dia do amor. E todos nós amamos alguém com forças e jeitos diferentes. Ele dizia que nós temos que sempre dizer quando amamos alguém, porque por mais que as ações falem mais que as palavras, algumas coisas precisam ser ditas ou poderemos remoer isso para sempre.

Os dois irmãos ficam um pouco atordoados com a profundidade que o assunto entrou em tão pouco tempo, sem saber exatamente o que dizer em seguida, apesar de ela ainda sorrir.

—Ah! – Seu sorriso aumenta. – Ed, Al? – Olha para ambos. – Amo vocês!

Ficando alguns segundos sem reação e se entreolhando por um momento, ambos sorriem em retribuição ao sorriso dela, rindo divertidos pela fala. Ed volta sua atenção para o chocolate, sentindo uma sensação tranquila em seu peito, assim como Al que agora automaticamente pegava os itens que Ani lhe passava: ovos.

—Aaaagh! Essa coisa está demorando demais! – Perdendo a paciência com o chocolate que demorava a derreter, Ed resolve encurtar o processo e usar alquimia para mudar o estado do ingrediente. – Pronto.

—Aaah! Isso não vale! O trabalho artesanal não pode ser apressado! – bico.

—Eu derreti o chocolate, oras! Fiz o que pediu!

—Faça as coisas direito! Olhe só, o chocolate ficou todo estranho! Assim você queima ele!! Precisa mesmo usar alquimia para tudo?

E então um barulho de “creck” estranho chega aos ouvidos dos dois e eles voltam o olhar para Al, que agora tinha suas mãos melecadas de gema, clara e casca do ovo que esmagou sem querer, enquanto ele parecia ter despertado de algum tipo de transe e agora encarava a própria mão numa tela de “loading.”

—.....

—.....

—Acho que não foi uma boa ideia logo eu fazer isso.

—Você pediu pro Al quebrar ovos? Já viu o tamanho das mãos dele?!

Ainda naquela tela de loading por alguns segundos enquanto encarava as mãos de Al, Ani logo explode em gargalhadas, rindo alto pela confusão que uma simples receita estava se tornando e pela cara confusa de Al de quem não acreditava que realmente havia tentado quebrar um ovo!

—V-Vocês são péssimos ajudantes, sabiam?

—E você é uma péssima professora! – Ed começa a rir também, contagiando o irmão a rir também. – Pare de filosofar sobre a vida como uma velha de 80 anos e explique o temos que fazer!

—Ok, ok! Entendi! Desculpe se a data aflora meu lado romântico, ok? – Recuperando o fôlego, ainda rindo de levinho. – Ed eu preciso que pré-aqueça o forno.

—x-

Pilha de louça, balcões imundos, e três alquimistas sujos de farinha. Era assim que se encontravam quando o bolo finalmente foi ao forno e agora estavam os três sentados ao chão em frente a ele.

—Estamos péssimos.

—Culinária é uma ciência complicada.

—Eu não esperava que essa receita fosse tão difícil de fazer! A vovó fazia parecer tão fácil! Tá que tudo o que eu fazia era raspar a tigela, mas mesmo assim.

—Pera, nunca tinha feito essa receita antes?

—Han... não?

Ed revira os olhos.

—E estava toda de nariz em pé se achando a mestre, olhe só.

—Eu tinha que aproveitar ué! Não é todo dia que mando em você – Risos. – Essa é a receita do bolo que a vovó fazia todo ano no dia dos namorados. Ela chamava de “Bolo de amor”.

—Tá mais pra bolo de desordem. – Ed comenta observando a bagunça.

—P-Pff! Mas foi divertido! – Al comenta risonho. – Agora precisamos limpar essa bagunça.

—....

—....

—Acho que podemos fazer isso depois do bolo estar pronto. – Ani sugere.

—De acordo. – Ed completa.

—Eu preciso de um banho! Tem ovos no meu cabelo! – Ani reclama enquanto se levanta.

—E eu preciso limpar minha mão. – Comenta sem muito animo só em imaginar como seria trabalhoso limpar o ovo de cada pecinha da armadura.

Enquanto Ani e Al se levantam do chão, Ed fica ali sentando encarando o bolo com um ar pensativo por alguns segundos a mais.

—Eu... acho que vou ligar para Rizembool. – Se levantando também.

Ao ouvir aquela afirmação, os outros dois encaram Ed com um ar surpreso, não demorando muito para se entreolharem abrindo um sorrisinho divertido.

—E-Eu só quero saber como elas estão, ok? – Ed cora levemente. – Fiquem quietos.

—Não disse nada, ué! – Ani provoca, mandando um sorrisinho cumplice para Al que também ria.

Ed apenas revira os olhos e caminha até o telefone, ignorando as provocações dos dois, enquanto Ani se dirigia ao banheiro.

—x-

Quando saiu do banho com uma toalha em volta dos ombros, secando seus cabelos com ela. O cheiro do bolo já preenchia todo o local exatamente como suas memorias, fazendo Ani sorrir contente.

Retornou para a sala/cozinha onde estavam anteriormente e Ed ainda falava no telefone, parecendo mal-humorado enquanto resmungava vários “Tá! Tá! Já entendi!”, provavelmente enquanto levava algum sermão de Winry. Procurou Al com os olhos e o encontrou com um pano nas mãos, limpando o balcão da cozinha, agora menos sujo que antes.

—Podia ter me esperado! Eu poderia ajudar!

—Está tudo bem! Eu estava sem fazer nada mesmo!

Ani se aproxima dele, assumindo a responsabilidade de lavar a louça que haviam sujado.

—Ed está conversando com Winry faz tempo, não?

—Ah, eu falei um pouco com ela também!

Ani encara Ed falando ao telefone, rindo pela expressão dele.

—Ele parece irritaaado. – Comenta risonha.

—Winry deve estar lhe puxando a orelha. Mas eles são assim mesmo. Acho que é o jeito da Winry de mostrar que se preocupa!

—P-Pfff! Deve ser! – Volta sua atenção para a louça.

Os dois continuam arrumando a cozinha enquanto a voz de Ed ressoava ao fundo, deixando tudo em ordem como estava antes de começarem a fazer suas artes culinárias. Enquanto arrumavam a cozinha, Al esteve inquieto durante todo o processo, mas Ani não percebeu isso, concentrada demais na limpeza.

Quando finalmente terminam de ajeitar tudo, Ani se agacha para dar uma conferida no forno, sorrindo largo ao ver que o bolo estava crescendo como deveria e que o aroma estava muito semelhante a suas recordações. Foi nesse momento que sentiu um suave toque em seu braço, a fazendo olhar para Al. Por hábito, abriu um sorriso, ficando atenta ao que ele queria dizer.

—Enquanto estava no banho... eu saí de novo.

—Hm? O que foi fazer?

—Comprar isso.

Al entrega para Ani algo que instantaneamente fez os olhos dela brilhar: Um girassol.

Incrédula do que via, Ani pega a flor em suas mãos, a encarando com os olhos grandes e logo abrindo um enorme sorriso.

—P-Pra mim? – Al acena com a cabeça positivamente, rindo ao ver que ela havia gostado. – M-Mas por que?

—Eu só pensei o que disse antes. E você devia pensar também. – Ani o encara. – Devia falar com seu irmão.

Encarou novamente o presente de Al, seu sorriso aumentando mais e o olhar ganhando um ar emocionado. A nostalgia a atinge novamente, fazendo seus olhos brilharem. Sabia que aquele era o ciclo natural do mundo, mas ainda assim... sentia muita falta de sua família. Dos que já haviam partido e do que ainda estava lá.

—Você sabia que na linguagem das flores o girassol significa “felicidade”?

—Eh? – Exclama surpreso. – Verdade?

—Uhum! Dizem que ele traz consigo a energia do sol. – Olha para ele, sorrindo agradecida. – Está certo. Obrigada, Al.

Ani se levanta, mas não antes de se esticar e deixar um suave beijo no rosto metálico de Al, o que foi o suficiente para fazer o maior se sentir realizado naquele dia.

—x-

A passos inseguros, Ani se aproximava da caixa de correio com uma carta em mãos, parecendo preocupada enquanto amassava as pontinhas do papel de forma nervosa.

Há poucas horas atrás, ficaria vários minutos ali ponderando se deveria ou não enviar aquela carta, mas após tantas lembranças ressurgindo em sua cabeça e os sentimentos que elas lhe causavam aquecendo seu coração, sabia que mesmo apreensiva, era algo que precisava fazer.

Respirando fundo, colocou a carta dentro da caixa e com um sorriso deu as costas, se afastando.

.

.

.

Nii-san, eu estou bem.

Amo você.”


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Notas finais do capítulo

"Quero que me prometa uma coisa. Se você amar alguém, fale a verdade. Mesmo se estiver com medo de não ser a coisa certa, mesmo se estiver com medo de causar problemas, mesmo se estiver com medo de que tudo desmorone... Diga, e diga alto."

Feliz dia dos namorados atrasado para todos vocês! Uma ótima semana!!


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Dá uma conferida lá no meu instagram, onde eu posto o andamento da escrita dos capítulos e também posto umas coisas nada a ver e uns desenhos que eu faço as vezes. ;) https://www.instagram.com/tord_thewriter/
Até o próximo capitulo!

—Tord.



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