Sugar Heart escrita por Tord


Capítulo 11
Mesmo objetivo


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui!
Olá, pessoas, meus queridos leitores! Suave?
Aqui estou eu com mais um capitulo de Sugar Heart! A principio minha ideia inicial era me estender mais nesse capítulo, mas como ele já estava num tamanho considerável e eu estive um pouco sem tempo eu decidi finaliza-lo nesse ponto mesmo. Eu ando muito inspirado com Sugar Heart nos últimos dias e isso está me deixando bem animado! Tanto que já tenho os próximos 3 capítulos planejadinhos! Isso nunca me aconteceu antes!
Hmm... Desta vez, além de como sempre agradecer por todos os comentários e carinhos deixados para mim, eu queria agradecer em especial a minha namorada por me aguentar diariamente tagarelando TANTO sobre essa história! Eu fico até com pena dela, tadinha! Hahahah!
Muito obrigado por sempre ouvir minha brisas e ideia malucas e por sempre ler em primeira mão todos os capítulos que eu escrevo. Ter você me ajudando dando suas opiniões sempre me é muito valioso e se eu voltei a escrever, com certeza foi por causa do seu incentivo também, então, muito obrigado chuchu! ♥

Beeem, passado o momento meloso... *rindo de nervoso* Fiquem com o proximo capitulo!



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Retornava a passos lentos para casa dos Rockbeel, após se despedir mais uma vez daquele rosto semelhante ao seu. Caminhava com o rosto voltado ao chão, encarando o movimento de seus próprios pés conforme refletia sobre tudo o que havia ouvido. Aquele sem dúvidas tinha sido um dia bem doido, talvez o mais doido de toda sua vida até então. Ani pensava que aquelas histórias que retratavam o passado intenso de alguém com amnésia se aplicavam apenas aos livros e não a vida real. Pois não havia nada de intrigante em não saber nada sobre si mesma. Mas bem, agora mais do que nunca gostaria de desbravar caminho entre suas memórias e descobrir a verdade sobre si e se este sentimento que a tomava significava ter dado um passo além... estava disposta a experimenta-lo.

Se aproximando da residência, levanta sua cabeça sem muito ânimo, fitando a entrada da casa. Ao focar o olhar num rosto não muito animado ali na entrada, ficou um pouco surpresa.

—Ed?

—Não suma desse jeito logo depois de sumir e eu te encontrar com uma gêmea do mal.

Ani abre um leve sorriso.

—Ela não é má.

—Fale isso para meu automail quebrado.

—Ela não é má. – Balança a cabeça negativamente, se aproximando dele. – Ela não vai machucar vocês. – Edward arqueia uma sobrancelha, esperando que ela explicasse. – Eu falei com ela.

—Você o quê? – Se aproxima dela. – Você é maluca? Sabe-se lá o que ela poderia ter feito!

—Ed. – Ele a encara de novo. – Eu não estou morta. – Os olhos de Ed se arregalam levemente. – Nem nunca estive.

Ed a encara por longos segundos, cruzando seus braços e suspirando pesadamente.

—Você ouviu.

—Era óbvio que iria falar sobre mim. Como eu poderia não ouvir? – Ani se senta na pequena escadaria da entrada da casa. – Quando eu ouvi sua hipótese não consegui ficar parada.

—Bem... ela fez sentido para mim. – Ed também se senta na escadaria, ao lado dela.

—Eu sei. Também fez sentido para mim. Por isso fiquei tão assustada. – Abre um sorriso tristonho e cansado. – Na realidade eu não sei o que me deixa mais assustada. A ideia de eu ter tentado trazer alguém de volta a vida e não me lembrar disso ou a ideia de eu ter sido a pessoa trazida de volta.

—Por isso queria conversar com o Al primeiro. Não foi minha intenção tentar te esconder algo. Eu acho que você tem o total direito de saber uma informação dessas sobre si mesma. É só que... – Coça a nuca. – Al tem mais tato para falar do que eu. Ele saberia melhor como explicar.

Seu sorriso aumenta um pouquinho.

—Existem certos assuntos que não há um jeito “menos pior” de se iniciar Ed. – Ani se recosta no ombro do outro sem cerimônias. – Então... apenas fale comigo, ok? É mais assustador pensar que vocês desconfiam de mim.

Mesmo sem mover o corpo, Edward volta seus olhos para ela, movendo minimamente sua cabeça. Não se mexeu quando ela deitou a cabeça em seu ombro, embora a atitude tenha o deixado sem saber como agir por um momento.

Quem conhecia bem a pessoa que Fullmetal Alchemist era na verdade, sabia que Edward era um rapaz carinhoso, mas à sua própria maneira. Não era uma pessoa de grandes palavras de afeto e nem de tanto contato físico, afinal, nem se lembrava ao certo qual foi a última vez que havia abraçado alguém espontaneamente, provavelmente, havia sido sua mãe. Mas as pessoas que eram importantes para ele sempre sabiam que eram queridas.

Por trás de sua personalidade reservada, herança de todos os acontecimentos que havia presenciado apesar da pouca idade, Edward era alguém que se importava muito com as pessoas à sua volta. Se Ani precisava de um ombro, ele não se importaria em ser um para ela. Afinal, depois dos dias que haviam passado juntos, Ani não era mais apenas sua aprendiz. Era sua amiga.

—Eu talvez tenha motivos para desconfiar de você. Mas não desconfio. – Explica num tom calmo. – Eu confio em você. Mas e ela? Nós confiamos nela?

Ani fica em silêncio por alguns instantes, encarando os campos iluminados pela lua.

—Eu acredito no que ela diz.

—Ou será que quer acreditar no que ela diz? – Questiona ainda num tom calmo.

Ani se afasta do ombro dele, o encarando com um olhar contrariado. Ed mantem o olhar calmo ao encara-la de volta.

—Não! Ela disse a verdade!

—Como pode ter certeza?

—E-Eu... – Desvia o olhar, parecendo mais contrariada, mais incomodada por aquele assunto. – E-Eu só sei!

—Ani...

—Não! É mórbido pensar que eu morri! Eu não estou morta, Ed! Ela me disse! E eu acredito nela! E-Ela não tem porque mentir para mim! – Os olhos dela se enchem de lágrimas de novo. – E-Eu sei que sua teoria faz sentido, muito sentido. – Seca as lágrimas rapidamente. – Mas isso não está certo! Eu estou viva! Eu sempre estive viva! Ed, você mesmo sabe disso! – Se levanta bruscamente, com as emoções explodindo em seu peito. – PESSOAS NÃO VOLTAM DA MORTE!

Ani volta a chorar silenciosamente enquanto encarava o chão. Ed também se levanta, ficando à frente dela, mas também não a encarando diretamente.

A mente de Ed foi jogada em profundos pensamentos após a fala dela, tendo sua lógica confrontada pela sua experiência. Seu lado racional lhe dizia que a possibilidade de Ani ter sido fruto de uma transmutação humana poderia ser algo palpável, mas a lembranças de quando ele próprio se aproximou demais dos domínios de Deus o fazia chegar à mesma conclusão que anos atrás seu coração havia aprendido: Pessoas não voltam da morte. Como ela própria havia dito.   

—Ok. Entendi. – Ani olha para ele. – Confiamos no que ela diz, não nela.

—... Sim.

—Então, ela não será um problema para nós? – Ani balança sua cabeça negativamente. – E se for uma mentira?

—Eu lido com ela.

—E se tudo o que ela disse for uma mentira?

Ani fica em silêncio novamente. Não conseguia aceitar aquela ideia! Simplesmente não conseguia pensar naquela possibilidade! Mas.... M-Mas e se fosse verdade? Como seria? O que faria? Como se sentiria?

—E-Eu...

—Você continua sendo minha aprendiz. – Ani o encara surpresa. – Seja lá o que tiver para descobrir. Então continue caminhando, ok?

Continuou o encarando com os olhos atônitos ao que ele dizia. As palavras de Edward fizeram com que as lágrimas voltassem a rolar por suas bochechas, mas dessa vez um sorriso voltou ao seu rosto. Finalmente, pela primeira vez durante aquele período, um sorriso sincero e genuinamente feliz ao sentir o calor voltando ao seu peito.

—T-Tá...

Abrindo um leve sorriso, Ed dá dois tapinhas próximo a seu ombro direito com a mão esquerda. Compreendendo a mensagem, Ani aumenta ligeiramente seu sorriso, embora as lágrimas tivessem aumentado e se aproxima novamente dele. Recostou sua testa no ombro de Ed, aceitando o acolhimento dele. Após alguns segundos, deixa suas amarras pessoais de lado e o abraça apertado. Novamente, Edward fica por um instante sem saber como reagir, mas logo relaxou e sorriu um pouco mais largo, levando sua mão até o alto da cabeça dela e deixando-a chorar por mais alguns minutos enquanto aguardava pacientemente que ela se acalmasse.

—x-

Após alguns minutos, os dois alquimistas retornam para dentro da casa. Ani já aparentava estar mais calma, e com uma expressão menos angustiada em seu rosto.

—Vejo que voltou, Ani-san. Deixou todos nós preocupados.

—Eu peço desculpas, Pinako-san. – Pede com um leve sorriso. – Isso não irá acontecer novamente.

Pinako faz um gesto com seu cachimbo para que Ani se abaixasse e chegasse mais perto. Ela, prontamente atende ao pedido da senhora e se ajoelha no chão. Pinako a observa mais de perto com um olhar reprovador no rosto, prestando atenção aos olhos inchados e avermelhados dela após ter chorado tanto.

—Você deveria parar de tentar entender tudo no mundo, menina. Não pegue o mesmo mal que esses moleques têm.

Ani fica alguns segundos sem reação após aquele conselho inusitado e logo, abre novamente um leve sorriso, seguido de uma risada suave.

—Acho que eu já nasci com esse mal, Pinako-san. Mas eu estou bem agora, prometo! – Volta a se levantar.

Após conversarem por alguns minutos com Pinako, ambos retornam até o quarto onde Al estava, este, voltou os olhos para a porta assim que os dois entraram.

—Você voltou!

Ani sorri amarelo.

—Desculpe. – Se senta sobre a cama. – Eu deixei minhas emoções me levarem.

—Acho que qualquer um ficaria assim depois do que houve. – Ed também se senta na cama. – Ok... Agora que está aqui, vamos conversar. – Ani balança a cabeça positivamente. – Bem... quer nos contar o que aconteceu?

—Bem... Eu ouvi o que você e Ed estavam conversando. A teoria de vocês faz sentido e eu consigo entender porque chegaram a pensar nisso. Eu não consigo encontrar uma explicação para minhas memórias serem tão bagunçadas e também não temos nenhum registro de uma transmutação humana que fosse um sucesso, então não dá pra saber quais são os efeitos dela. Mas... eu sei que não estive morta. Ina me garantiu que não!

Os dois irmãos a encaram confusos.

—“Ina”?

—Oh! – Balança a cabeça. Claro, não tinha contado essa parte. – Esse é o nome daquela garota. Bem... Eu não acho que seja o nome verdadeiro dela, mas foi assim que ela disse para eu chama-la.

—Ina? Que criativo. – Ed comenta sarcástico.

—Talvez ela ter escolhido um nome oposto ao seu seja a forma dela de nos dizer algo. – Diz Al. – Então foi isso que foi fazer? Foi falar com ela de novo?

—Mas claro! Ela me devia muitas explicações! Infelizmente essa foi a única que ela me deu. – Pensativa. – Ela disse que eu deveria chama-la de Ina logo após perguntar meu nome.

—Ela não sabe seu nome?

—Bem... Ela deu a entender que não sabia se eu me lembrava do meu próprio nome.

—Então há possibilidade de esse na verdade não ser seu nome?

—Eu não sei! Ela não pareceu incomodada quando eu a respondi. Mas ela sabia que “Harris” não é meu sobrenome de nascimento. – Eles o encaram curiosos. – O-Oh. Harris é o sobrenome da família dos senhores que cuidaram de mim! Eu ganhei o sobrenome deles depois de me adotarem. Meu nome de nascimento é Ani Fischer.

—E iriamos morrer sem saber disso. – Ed arqueia a sobrancelha.

—Eu não estava escondendo! Em todos meus documentos consta “Ani Harris”! – Leve bico.

—Ok, ok. Se ela sabe que esse não é seu nome real, ela te conhece a muito mais tempo do que imaginávamos. – Ed apoia a cabeça nas mãos. – Antes de morar com essa família, por onde mais esteve?

—Hm... – Ani encara o teto pensativa. Haviam sido tantos lugares. – Bem... depois que meu pai foi embora e eu consegui escapar de casa eu fiquei por alguns dias ainda lá dentro por achar que ele pudesse acabar voltando, mas quando percebi que isso não ia acontecer eu comecei a andar por aí, arrumando trabalhos aleatórios e tentando encontrar meu pai. – Coça a nuca. – Depois que atravessei a fronteira eu fiquei um tempo em West City e depois em New Optan e depois fui parar na fazenda onde morei até então.

Ed e Al se entreolharam e então a encararam com uma gigante interrogação sobre suas cabeças. Tudo o que Ani havia falado havia passado despercebido por seus ouvidos após ouvir uma certa palavrinha.

—Pera, “fronteira”?

Após alguns segundos de “loading”, Ani arregala seus olhos.

—...Oh. E-Ern... E-Eu disse fronteira? – Abre um sorriso amarelo.

—Disse. – Ed a encara como se encarasse uma criança que fez besteira.

—É-É... D-Digamos que... hãn... taaalvez... e-eu não devesse estar aqui? – Riso nervoso.

—Explique. – Ed cerra os olhos.

—E-Eu.. han... n-na verdaaade... n-não sou de Armestris. E-Eu nasci em Creta.

—O país vizinho? – Al soava surpreso.

—É.

—Com quem Armestris tem vários conflitos e até uma possível futura guerra? – Ed completa, parecendo ainda mais indignado.

—É-É?

—Então quer dizer que quando nos conhecemos você não estava apenas clandestinamente no trem, mas também no país?

—Hãn... É?

Edward leva a mão a própria testa, ainda mais indignado com a nova informação. Uma parte de si sentia uma vontade absurda de rir da situação atual enquanto outra ainda tentava manter-se séria com a conversa.

—Mas que pessoa você foi conhecer, Al!

A àquela altura, Alphonse já havia cedido a vontade de rir e gargalhava abertamente com aquela história maluca. O olhar de Ani de criança que havia sido pega aprontando só deixava a situação ainda mais engraçada.

—Então, mesmo estando aqui ilegalmente, você decidiu ir atrás de um alquimista federal que faz parte do governo amestrino? – Questionou.

Aquilo foi o suficiente para que Edward também se rendesse ao riso e começasse a gargalhar junto com o irmão, fazendo com que Ani corasse, mas logo também se juntando as risadas. Sabia muito bem o quão absurdo era o que havia feito, mas não deixava de ser engraçado. O riso que se instaurou no ambiente foi o que era necessário para dissipar toda aquela tensão que havia se colocado sobre os três desde que Ani trouxe Edward de volta em seus ombros.

—B-Bem, se eu queria um bom mestre não tinha escolha a não ser me aproximar do exército!

—Sua idiota! Você por acaso se diverte brincando com o perigo? Primeiro o Scar e agora isso!

—D-Desculpe! E-Eu sei que não deveria, mas é que-

A fala de Ani é interrompida pela sensação da mão de Ed pesando em sua cabeça, a fazendo o encarar num ar curioso com aquela atitude. Edward agora recuperava seu fôlego enquanto balançava a cabeça negativamente incrédulo com tudo o que havia ouvido.

—Eu já entendi. – Edward suspirou pesadamente, ainda num ar risonho. – Continue.

—Ern... S-Se ela sabe que meu sobrenome não é este, provavelmente ela me conhece de antes de eu sair de Creta. Que é infelizmente... O período que minhas memorias são mais confusas.

—Então voltamos para a estaca zero novamente.

—É. Mas eu não estou morta. – Reforça.

Ed encara o irmão que o olhava de forma questionativa.

—Nós confiamos no que ela diz, mas tomamos cuidado com ela. – Ed explica.

—E ela me garantiu que não vai mais ataca-los. E se for uma mentira... Eu soco ela para longe daqui! – Levanta os punhos.

—Eu ainda acho que você não deveria ter ido falar com ela sozinha.

—Eu também não, mas tente dizer não a ela.

Ani ri sem jeito.

—Bem... eu não acho que ela viria até mim se eu levasse um de vocês comigo. Eu precisava falar com ela sozinha. Mas sabem, eu acho sinceramente que ela não é perigosa! Ela só parece... Não saber em quem pode confiar. – Ani encara as próprias mãos. – E se ela teve uma vida parecida com a minha eu posso entender esse sentimento. Se eu não tivesse encontrado minha família e ao Nii-san eu provavelmente também seria assim.

—“Nii-san”? – Ed arqueia a sobrancelha.

—Oh. – Abre um sorriso largo. – Eu tenho um irmão mais velho também!

—Quantas mais coisas vou descobrir sobre você hoje, hein?

—Espero que mais nenhuma! Por que daí significariam mais descobertas para mim também e eu acho que posso esperar até amanhã para ter mais surpresas. – Leve riso.

—Ed! Al! Ani! O jantar está pronto!

A voz de Winry os chamando encerra aquela conversa e os três e juntamente com a ajuda de Major Armstrong, se dirigem até a mesa de jantar para poderem comer depois daquele dia tão maluco.

—x-

Após o jantar, já por volta das 22:00 horas, a maioria dos presentes naquela casa já haviam se recolhido em seus quartos ou se preparando para dormir. Dentro da casa reinava o silencio da noite, sendo este quebrado apenas pelo som do vento e dos insetos lá for, além do barulho de peças metálicas vindas do quarto de Winry que já havia voltado a trabalhar no Automails novos de Ed. Aquele som que havia atraído a atenção de Ani desde o primeiro dia ali finalmente lhe foi o suficiente para cedesse à sua curiosidade e fosse espiar o que Winry fazia.

—Winry-san? – Chamou num tom ameno.

Não obtendo resposta, colocou a cabeça para dentro do quarto, espiando a garota loira de costas para si, debruçada sobre sua mesa de trabalho. Aproximou-se cautelosamente, parando ao seu lado enquanto observava o que ela fazia.

—Winry-san?

Agora percebendo a presença dela, Winry endireita seu corpo e tira seus óculos de proteção, olhando para ela.

—Ah! Olá, Ani-san!

—Oi! – Abre um sorriso. – Isso parece difícil.

—Oh. Requer mesmo vários anos de prática e estudo. Mas vale a pena cada minuto gasto! Automails são uma obra de arte!

Ani se senta numa cadeira que estava próxima a ela, pegando em suas mãos as peças do automail quebrado de Ed, analisando-as como um quebra-cabeça complicado.

—Os Automails foram uma revolução e tanto, não? Eu imagino quantas pessoas tiveram suas vidas melhoradas por conta deles! Pessoas que perderam partes de seus corpos e pessoas que nasceram sem elas... – Sorrindo admirada enquanto tocava a peça com a ponta dos dedos. – Pessoas que puderam voltar a andar ou andar pela primeira vez! Soa como um milagre! – Winry permanece na mesma posição e imóvel, o que faz Ani estranhar. – Winry-san?

Num movimento rápido, Winry se vira para ela, segurando suas mãos e a encarando com seus olhos brilhando e um grande sorriso no rosto.

—Ani-san! Você me entende!!

—E-Eh? – Abre um sorriso risonho. – Como assim?

—Você também consegue ver a beleza dos automails! Vocês alquimistas costumam a ter tanta pouca atenção para esses detalhes! Ed vive mudando a anatomia do meu automail! – Emburrada.

—Ah, mas claro que eu vejo! – Aumenta seu sorriso. – Os automails são incríveis! E mesmo se nós compararmos com a alquimia, nós alquimistas não conseguimos criar membros funcionais como os mecânicos de automail! – Volta a olhar para a prótese quebrada que agora repousava sobre seu colo. – Ed com certeza deve ser muito grato a você, Winry-san. – Volta a olhar para ela. – Eu estava muito ansiosa para te conhecer!

—Eh? Eu?

—Sim! Al já me falou sobre você algumas vezes. Eles dois parecem ter muito carinho por você.

—Ah... – Leve sorriso. – Bem, nós somos amigos desde criancinhas. Eu só gostaria que eles telefonassem mais. É difícil ficar tanto tempo sem saber nenhuma notícia sobre eles. – A encara. – Foi uma surpresa ver o Ed com uma aprendiz. Ele nunca pareceu do tipo que ensina.

—Ah! – Risos. – Não foi muito fácil convence-lo a me ajudar.

Winry torna a voltar seu corpo para a mesa de trabalho, posicionando seus óculos de proteção no lugar novamente enquanto voltava a trabalhar.

—Mas apesar disso, vocês parecem ter ficado próximos, não é?

—Oh! Acho que sim! – Cruza seus braços, mantendo o sorriso. – Apesar de ser um pouco difícil de decifrar no início, o Ed é um cara bem legal.

—Entendo...

Ambas ficam em silêncio, Ani mantinha um sorriso contente ao falar de seu amigo, enquanto Winry ficou séria enquanto mexia novamente nas peças de metal. O silêncio repentino e os poucos segundos que se passaram fizeram a alquimista ouvir de novo a conversa que haviam acabado de ter.

—Eh? Pera aí. – Arregala seus olhos. – Você quis dizer próximos daquele jeito?— Winry retira novamente seus óculos e olha para ela, ainda parecendo um pouco distante. – Oh, Deus! Não! Na-na-não! Eu e Ed não temos esse tipo de relação! – Balançando as mãos na frente do corpo. – Nós somos só amigos!

—Bem... – Winry cora um pouco, tentaaaaaando não parecer tão interessada assim no assunto. – Eu vi vocês mais cedo lá fora. E mais cedo vocês chegaram juntos também e o Ed não quis nos contar o que aconteceu para ele conseguir quebrar a prótese temporária! Tá que ele nunca diz nada sobre o que apronta por aí, mas eu achei que isso se aplicasse para qualquer um que não fosse o Al e não... – Winry olha para Ani que agora segurava o riso, o que a faz ficar ainda mais vermelha.

—W-Winry-san, está com ciúmes do Ed?

—Q-QUE? CLARO QUE NÃO! EU SÓ ESTOU C-C-CURIOSA COM I-ISSO! – Ani começa a gargalhar. – N-NÃO RIA DE MIM!

—D-Desculpa! – Ainda tentando segurar o riso.

—E-Eu s-só estou dizendo que o Ed nunca pareceu ficar próximo de nenhuma outra garota! – 2 Kg de bico.

—“Outra garota”? – Ainda rindo.

—N-NÃO É ISSO QUE QUERO DIZER! -Ainda completamente vermelha.

Ainda precisando gastar mais alguns minutos para controlar suas risadas, Ani olha para Winry secando as pequenas lagrimas que se acumularam no cantinho de seus olhos e encarando Winry com um sorrisinho de canto.

—Winry-san, eu estou sendo sincera quando digo que Ed e eu não temos esse tipo de relação. Nós ficamos próximos, mas não é assim. Ed sempre me lembra muito o meu Nii-san e é exatamente assim que eu o vejo. – Sorri num ar mais suave... que logo se transforma num sorriso espertinho. – Mas eu vou guardar bem seu segredo~

—E-Eu não tenho nenhum segredo. – Mais emburrada.

—Além disso... Se existe alguma garota que o Ed veria dessa forma... eu acho que seria você, Winry-san. – Olha para o automail novamente. – Você o fez caminhar de novo.

Um novo silencio reina entre as duas. Novamente, o olhar de Winry se torna distante, voltando a trabalhar. Mas desta vez o clima entre elas estava mais leve do que no primeiro silencio. Após alguns segundos de reflexão, Winry volta a encara-la.

—Ani-san, eles estão bem? – Ani tomba a cabeça levemente para o lado. – Digo... dá pra ver que eles passaram por problemas. Mas eles nunca me contam nada. Eu quase morro de preocupação todos os dias por conta isso.

—Eles são fortes, Winry-san. Não é à toa que são chamados de prodígios! – Encarou o céu noturno através da janela ao seu lado. – Eu estou os acompanhando há pouco tempo... mas consigo ver que várias dificuldades vão nos seguir daqui em diante e que vamos ter muitas barreiras para superar. Mas quando estou com eles eu não sinto medo, porque a força deles se torna minha também. – Volta a encara-la. – Eu ainda não sou de muita ajuda e nem muito forte... Mas eu também serei uma aliada para que eles consigam o que querem. O objetivo deles é importante para mim também. Eu não posso te garantir que não vamos nos meter em mais encrencas, afinal... – Riso sem graça. – Eu pareço atraí-las tanto quanto eles. Mas eu vou estar sempre lá para ajuda-los a sair de cada uma delas. Oh! Eu poderia até te ligar para contar como as coisas estão de tempos em tempos ou encher o saco do Ed para que ele faça isso! Assim você poderia ficar mais tranquila!

—Isso... isso seria ótimo... – Winry abre um sorriso agradecido, tocada por todas as coisas que a ouviu dizer.

—Então, vamos ser aliadas também, Winry-san! Nós duas queremos a mesma coisa, não é?

—Sim, nós queremos! – Seu sorriso aumenta. 

—Então, vamos ser amigas!

Ani aumenta seu sorriso, estendendo seu dedo mindinho para Winry, que encarou a mão dela e em seguida abriu um sorriso divertido.

—Nós não temos 5 anos, Ani-san!

—Vamos, o que é que tem? – Risos.

Rindo junto com ela, Winry engancha seu dedo mindinho ao dela.

—Por favor, continue ajudando o Ed a se manter de pé, Winry-san!

—... Você também, Ani-san.

—x-

Após a conversa que teve com Winry, Ani volta para o quarto onde Ed e Al estavam com um sorriso largo no rosto.

—O que aprontou? – Ed pergunta num tom desconfiado com aquele sorriso.

—Eeeeu? Não aprontei nada! – Ri divertido, fazendo Ed cerrar os olhos. – Eu não fiz nada! Só estava conversando com a Winry! – Se senta na cama. – Eu fiz uma nova amiga! – Cantarolando.

—Oh.

Apesar de ficar feliz de ambas terem ficado amigas, a ideia de sua aprendiz maníaca por alquimistas e sua amiga de infância maníaca por máquinas terem ficado amigas uma da outra o assustava um pouco. Mas bem, Ed estava muito cansado para lidar com isso agora, então voltou seus olhos novamente para o caderninho onde anotava algo.

Ani espia o caderno por um momento e ao perceber que se tratava do caderno onde ele anotava as coisas sobre seu treinamento, decide deixa-lo em paz, pois não queria mais entrar naquele assunto outra vez. Se senta sobre sua cama, iniciando seu ritual de toda a noite, ao tirar seu cachecol e o colocar sobre a mesa de cabeceira.

Porém, ao deixar seu cachecol dobrado sobre o móvel, não o encarou com o mesmo sorriso carinhoso de sempre. Desta vez o encarou com um olhar distante e inquieto.

—Ani.

—Hm? – Volta a cabeça para Alphonse.

—Eu gostaria de te perguntar algo.

—Oh. – Sorri num ar tristonho. – Você deve ter muitas perguntas, não é? – Leve riso. – Vá em frente.

—Você tem alguma religião?

A pergunta inesperada a faz travar por alguns segundos, questionando-se se havia ouvido certo. Quando compreende o que ele diz, arqueia sua sobrancelha, encarando-o num ar surpreso, afinal não era o tipo de pergunta que estava esperando depois de tudo.

—Eh? Religião?

—Mais cedo, você disse que havia ido orar na lápide da minha mãe. Isso me deixou curioso em saber se você tem alguma religião!

—Oh! Hm... B-Bem, isso é meio estranho vindo de uma alquimista, não é? – Coça a nuca com um sorriso sem graça.

—Não! – Balança a cabeça negativamente. – Eu só fiquei curioso! Você nunca falou nada sobre isso!

—Cientistas não costumam acreditar em Deus e sim na ciência, no que se pode provar e não apenas em crença. Então eu nunca fui de tocar muito no assunto por achar que pareceria esquisito. – Dá de ombros. – Mas bem, eu acredito que exista um Deus e um lugar para onde as pessoas que já morreram vão e de lá nos observam!

—Oh... – Ar interessado. – Eu e o Nii-san nunca fomos muito ligados a isso, então não conheço muito sobre o assunto. Você frequenta alguma igreja ou coisa assim?

Percebendo o assunto inusitado da conversa que Al introduzia, Ani abre um sorriso distante.

—Al, ern... não há... Outras coisas que você queira perguntar? – Desvia o olhar. – Sabe, sobre tudo que aconteceu hoje? Se eu que estava lá estou perdida, você que não viu nada deve estar mais ainda."

—Do que eu precisava saber a resposta, eu já sei. Você não sabe quem ela é ou o que está acontecendo. Eu acredito em você. Além disso, você e o Nii-san estão bem! Isso é tudo o que eu preciso saber.

Ani o encarou num ar surpreso devido à tudo o que ele havia dito. Ficou ali em silêncio, olhando para ele por alguns segundos antes de abrir um sorriso mais parecido com seus sorrisos habituais. Se Al pudesse sorrir, o seu sorriso teria aumentado junto com o dela.

—Obrigada, Al.

—Bem, e sobre sua religião?

Ani ri divertidamente.

—Bem, eu não costumo a frequentar igrejas, apesar de já ter ido em algumas... As igrejas costumam ter muitas regras que eu não concordo então nunca me senti atraída por nenhuma delas...

E continuou tagarelando enquanto Al ouvia tudo atentamente.

—x-

No dia seguinte, Pinako, Winry, Ani e Ed estavam na sala da residência, prontos para conectar os recém produzidos automails de Ed. Já em suas posições, Winry e Pinako se preparavam para ligar as terminações nervosas do aparelho.

—Pronto?

—Pronto... – Responde sem muito ânimo.

—Um... Dois... Três!

Ao girarem as chaves que conectavam os membros às terminações nervosas, Ed grunhe de dor assim como sua expressão se torna dolorida. Após aquele um segundo de incomodo intenso, seu corpo todo relaxou, enquanto suspirava pesadamente.

—Ugh... eu odeio essa parte. – Choraminga. – Bem, quando tivermos a pedra filosofal não vou mais precisar passar por isso!

—Não precisa se apressar, será uma pena perder um cliente. – Pinako comenta plena.

—Além disso qual o problema? É maravilhoso! O cheiro do óleo, o som dos rolamentos, a anatomia perfeita! Os automails são maravilhosos! – Winry diz num tom apaixonado.

—Ugh. Maníaca por maquinas. – Ed resmunga.

—Fique quieto! Além disso, Ani-san concorda comigo! – Sorri para ela. – Não é, Ani-san?

—Sim! – Sorrindo largo também!

—Oh, Ed. Dessa vez eu aumentei a porcentagem de cromo para que não enferruje facilmente, mas isso deixou o automail menos resistente! Então tome cuida... – Mas Ed já havia corrido para o lado de fora gritando pelo irmão. – ESCUTE O QUE EU DIGO!

—AH! ME ESPERE! – Ani corre atrás dele.

—Aaah... até ela. – Suspira, fazendo Pinako rir da cena.

Já do lado de fora, Ed arrumava todos os fragmentos da armadura de Al juntos para que assim pudesse conserta-lo, Ani e Amstrong observavam atentamente o que ele fazia.

—Agora você pode conserta-lo?

—Sim. Mas é preciso saber o jeito certo para isso. – Explica calmamente, parecendo ansioso para consertar a armadura do irmão depressa. – O selo de sangue é a ligação entre a alma do Al e a Armadura, por isso tenho que tomar cuidado para não afeta-lo.

—Eu vou sentir falta de conseguir te olhar nos olhos, Al! – Ani brinca, rindo em seguida.

—Devido às circunstancias, eu não! – Devolve a brincadeira.

Batendo suas mãos uma na outra, o brilho azul indica o inicio da transmutação que em poucos segundos, trouxe a armadura de Al de volta ao seu estado perfeito. Os olhos de Ani imediatamente brilham com isso.

—Pronto! Como novo! – Ed olha para o irmão com um sorriso. – Vamos lá?

—Sim!

—Ani, venha.

—Eh? – Os acompanhou alguns passos a frente e quase não teve tempo de reagir quando um soco foi deferido em sua direção. – UWAA!  E-EU DISSE PRA AVISAR QUANDO FOR FAZER ISSO! – Reclamou após se esquivar com um salto para trás.

—Por que? Um inimigo não avisaria!

Ed provoca enquanto continua experimentando seu novo automail juntamente com a funcionalidade da armadura recém consertada com um treino de luta corporal junto com o irmão.

Mesmo após o susto, Ani manteve-se naquela distância, os observando lutar com um sorriso no rosto. Quanto aqueles dois estavam juntos, palavras pareciam desnecessárias para demostrar a ligação que possuíam.

—Estamos chegando perto, não?

—Vamos a central ver as pesquisar do Dr. Marcoh! – Ed afirma num tom determinado. – Vamos amanhã bem cedinho!

—x-

Na manhã seguinte, quando os primeiros raios de sol começavam a surgir no céu e a grande maioria dos moradores da vila de Rizembool ainda não haviam despertado, os quatro alquimistas já se encontravam prontos para partir em viagem novamente. Quem se despedia deles na porta da residência era Pinako.

—Vovó, obrigado por tudo.

—Não foi nada.

—Onde está a Winry? – Questiona Al, olhando em volta.

—Ela trabalhou por várias noites seguidas. Mas se quiser posso acorda-la.

—Nah, não precisa. – Diz Ed. – Ela só ficaria resmungando sobre maquinas e essas coisas.

Num ar mal-humorado de sempre, Ed começa a caminhar e é seguido pelos demais.

—Muito obrigada pela hospitalidade, Senhora Pinako! Espero vê-la novamente! – Ani acena com um sorriso no rosto, também seguindo à Ed.

Pinako acompanha com o olhar suas costas se distanciando por alguns segundos, antes de sorrir.

—Meninos. – Eles voltam seus olhares para ela. – Voltam para jantar conosco de vez em quando.

Ed abre um sorriso, que logo se transforma num sorriso debochado.

—Quer que a gente venha todo esse caminho só para jantar?

Antes que Pinako pudesse responder uma outra voz feminina chama a atenção deles, desta vez vinda do segundo andar da casa.

—Ed, Al.  – De lá, Winry acenava para eles, ainda de pijamas e com um sorriso cansado no rosto. – Boa viagem!

Ed abre um sorriso agradecido a encarando por alguns segundos e sua falta de jeito o faz dar as costas novamente, levantando uma das mãos para acenar também enquanto voltava a caminhar. Vendo aquela cena, o sorriso de Ani se aumenta e encara Al por um segundo com um sorriso divertido.

—Winry-chan!! Espero te ver de novo!! – Acena para ela também. – Eu prometo que vou ligar!

Winry ri levemente.

—Boa viagem, Ani!!

Tendo se atrasado alguns passos ao parar para acenar para Winry, Ani se apressa alguns para voltar ao lado deles, caminhando com um sorriso no rosto.

—“Winry-chan”? – Al questiona.

—Eu disse que ficamos amigas! – Empina o nariz num ar metido. – Oh, e eu fiquei sabendo um moooonte de podres sobre vocês dois!

—Mereço. – Ed revira os olhos, parecendo irritado, o que faz Ani gargalhar mais.

—Ei, Major! Eu posso ir de carona nos seus ombros? – O interesse dela volta-se para Armstrong, o encarando com um brilho nos olhos.

—Quer parar com isso? – Ed comenta.

—O que? É uma oportunidade única! Eu não vou perder isso por nada! – Passa a encarar Armstrong com olhar de cachorrinho. – Por favooor!

O pedido dela faz Armostrong levar uma de suas mãos ao seu queixo perfeitamente definido num ar pensativo, fazendo um longo “Hmmmm”. Não era a primeira vez que carregava alguém, nem a primeira que alguém pedia para ser carregado e normalmente por sua boa educação costumava a recusar aquele pedido educadamente.

Mas, mesmo não tendo compreendido totalmente o que havia acontecido nos últimos dias, Major Armstrong havia percebido a nuvem escura que rondou aquelas crianças na noite anterior e estava feliz por ver aquela senhorita que lhe pareceu tão alegre sorrindo de novo. Então, por que não só desta vez?

—Ho, Ho! Eu compreendo a motivação dela, Edward-kun. A força admirável da família Armstrong é admirada há milénios! – Se ajoelha no chão. – Venha, senhorita!

—YAAAAY!! – Comemora com alguns pulos animados antes de se sentar no ombro dele e ser erguida. Para alguém que media menos de 1,50m de altura foi como ser lançada de um foguete ao ser levantada tão alto. – Al, voltei a te encarar de cima, olha só!

—Estou vendo! – Responde num ar risonho, enquanto Ed apenas revira os olhos com um sorriso divertido no rosto.

Os quatro continuam caminhando em direção à estação de Rizembool, de onde pegariam o trem rumo a Central City, não demorando muito para que Ani começasse a tagarelar novamente sobre um assunto qualquer.

Não longe dali, ao alto da mesma colina onde ficava a antiga casa de Edward e Alphonse, Ina os observava ao longe, sentada sobre a grama verde do campo. No rosto uma expressão séria e seu olhar, fixo em Ani.

—Não vou te perder de novo.


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Notas finais do capítulo

Você gostou do capitulo? Não gostou? Tem alguma sugestão, pergunta ou elogio? Se sua resposta a alguma dessas perguntas for "sim", por favor deixe seu comentário aí embaixo! Isso me incentiva muito a continuar com meu trabalho!
Dá uma conferida lá no meu instagram, onde eu posto o andamento da escrita dos capítulos e também posto umas coisas nada a ver e uns desenhos que eu faço as vezes. ;) https://www.instagram.com/tord_thewriter/
Até o próximo capitulo!

—Tord.



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