O Ordinário Homem-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 16
O confronto


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo! Sim, está acabando!

O objeto-chave é: Manivela!



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Os dias seguintes foram de tensão e atenção por Nova York. Jameson leu um comunicado vindo da Gruta confirmando o que o Homem-Aranha havia falado: Norman Osborn foi substituído por um impostor chamado Camaleão, que já foi detido. As buscas pelo verdadeiro Osborn estavam em andamento. Aquilo foi um baque para a credibilidade do Apenas Os Fatos, mas aumentou a audiência em 200% desde a aparição surpresa do vigilante aracnídeo.

—Portanto, caros ouvintes, se virem um maníaco fantasiado no céu, denunciem! Ou se trata do Duende Verde ou da ameaça rastejadora de paredes conhecida como Homem-Aranha. Aqui é J. Jonah Jameson trazendo para vocês Apenas Os Fatos! Até a próxima.

—Que mané - comentou Flash após a despedida do jornalista. - O Aranha humilhou o cara ao vivo e ele ainda tem coragem de chamá-lo de ameaça escaladora de paredes.

—Ele disse rastejadora - corrigiu-o Kenny.

—Tanto faz, tá errado do mesmo jeito. Ele é um herói e aposto que o Duende Verde está pensando 10 vezes antes de sair na rua outra vez.

—Pode crer.

Enquanto Kenny e Flash conversavam, Liz viu Peter passando com a cabeça baixa. Sua nota sairá na próxima aula. Se tirar nota alta foi graças ao ensinamento de Peter Parker. Se falhar, Flash poderia culpar o garoto o quanto quiser, mas ela saberia que a culpa era dela própria. Afastou-se dos dois amigos e alcançou Peter.

—Pete - chamou ela.

—Liz? Oi. - Ele espiou por cima dela para ver se Flash o observava.

—Relaxa, ele não vai mexer com você. Só queria dizer que hoje sai minha nota de Química.

—Que legal. Estou torcendo por você, tenho certeza de que se sairá muito bem.

—Obrigada. Escuta, eu e o pessoal do Fã-Clube conversamos e concordamos que você poderia entrar. Se quiser, claro. Nós vamos abrir contas em redes sociais e suas fotos, as não usadas pelo Clarim, seriam bem úteis.

—Obrigado pelo convite, Liz. Vai ser uma honra e...

Peter não conseguiu completar a frase, seu sentido-aranha vibrou no mesmo instante que o sinal soava. Juntamente, uma sequência de explosões com gás verde destruiu os armários e a parede da escola. “Ele está aqui”, pensou Peter, que correu para seu armário e pegou sua mochila. Enquanto instalava os lançadores no pulso, uma corda se enrolou em seu corpo.

—Oi, Aranhazinha! - disse o Duende Verde em seu planador. - Que tal um tour pelo colégio?

O Duende acelerou o planador, arrastando Parker pelo corredor do Midtown. Não conseguia mover os braços, nem mesmo sua força aracnídea conseguia romper a corda. Invadindo a sala de química, a corda se soltou e Peter caiu de costas contra o quadro negro. Finalmente conseguiu se soltar, mas uma parte de seu uniforme estava visível.

—Que foi, Parker? Com medo de revelar seu segredinho?

O Duende girava uma manivela em sua bomba-abóbora e estava prestes a arremessá-la. Peter disparou teias, atingindo os olhos de Osborn. Quando o empresário voltou a enxergar, perdeu Parker de vista.

—Apareça, aranhinha. Prometo que não vou te morder.

Peter, já uniformizado e de máscara, surgiu por trás e chutou o vilão para fora do planador, em seguida disparou teias na lâmpada e as jogou na cabeça do Duende. Por fim, arriscou um soco, mas teve o punho bloqueado pela mão do inimigo. Osborn revidou com uma cabeçada, pegou Parker pelo pescoço e o jogou para fora da sala como se fosse uma bola de papel.

—Cadê seu senso de humor, Peterzinho? O Duende comeu a sua língua? - provocou, gargalhando.

—Foi ferido com esse comentário horrível - retrucou, juntando forças para ficar de pé.

—Vamos lá, Aranha. Uma luta de verdade, em público e sem máscaras, que tal? Igual da última vez.

—Eu passo, gosto de manter minha identidade do jeito que está.

Peter disparou teias, mas Norman desviou sem dificuldades.

—Que pena, não esperava que você fosse um covarde. Na verdade, esperava sim. Mentindo para todo mundo, até para si mesmo.

O Aranha disparou teias de impacto. Mesmo atingindo o Duende, nem pareceu fazer cócegas.

—Olha para seus ídolos. Todos sabem quem são o Capitão América, Homem de Ferro e o Quarteto Fantástico. Não perderam nada. Por que continuar mentindo? Revele-se!

—Se revelar não deu muito certo para você, Osborn.

—Tem razão. Estou 50% menos rico e 100% menos confiável. Mas quem se importa? Olha para seu amigo Flint Marko. Passou a vida inteira roubando, mas morreu salvando velharias e boom! Virou um herói! Aliás, falando em boom...

Naquele instante, o planador saiu da sala de química e começou a disparar bombas-abóboras. Peter desviou dos disparos com cambalhotas e conseguiu atingir uma das abóboras com a teia, jogando de volta para o planador. Acabou colidindo com outra bomba.

—Me pegue se puder, Aranha!

O Duende Verde subiu no planador e voou para fora do prédio. Peter sentiu o colégio prestes a desmoronar, portanto correu o mais rápido possível, mas ouviu um grito.

—Socorro! Socorro! 

Flash Thompson estava debaixo de um armário, não conseguia mexer a perna. “Logo você, Flash”, pensou ao fazer o desvio.

—Homem-Aranha! Você veio me salvar!

—É bom conhecer um fã. Vou levantar e aí você sai. No três. Um, dois… Três! Agora! - Flash obedeceu e se arrastou para sair. Tinha um ferimento na perna esquerda. - Segura em mim.

A polícia, o corpo de bombeiros, a ambulância e a imprensa. Estavam todos ali. O Duende Verde ria de seu planador, era o momento perfeito para o confronto final contra o Homem-Aranha. Viu Peter saindo com Flash Thompson, que se uniu a seus colegas de turma. “Quanta falsidade”, pensava Norman.

Movimentou o planador para perto do grupo, começou a atirar pequenas abóboras na direção deles. O Aranha tomou a frente enquanto eles fugiam, disparou bolas de teia nas abóboras. Depois de cessadas, o herói saltou e alcançou o planador, subindo e iniciando uma troca de socos. Havia certa vantagem para o Aranha. O planador parecia perder o controle e os dois foram parar no campo de futebol. Peter se levantou depressa e o pegou pelo pescoço, o socou diversas vezes. Arrancou a máscara do vilão. Ele ria, mesmo todo ferido.

—Qual a graça?

—Esse seu rancor. Está guardado desde que sequestrei sua tia? Eu te conheço, Aranha. Me mate. Ou me deixe vivo, e aí seu segredo não será mais tão secreto. De qualquer forma, eu ganho. E aí, Pete? O que prefere?

—Pelo visto, pode saber quem sou, mas não me conhece de verdade. - Largou-o no chão e prendeu seu corpo com teias. - Quem vai acreditar em você, Norman? Se tornou 100% menos confiável, lembra?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



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