Amor Perfeito XV escrita por Lola


Capítulo 12
Término


Notas iniciais do capítulo

Quase um mês sem postar, eiiita.
Nesse post não tem muita revelação, pooorém, no próximo que farei hoje ainda, vai ter...
Na imagem do capítulo o motivo de toda o surto de Nicolas.
Boa leitura ♥



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Murilo Narrando

Entrava no prédio que eu morava com Adam e Audrey e comecei a pensar que mal estive ali ultimamente... Sabia que eles me cobrariam isso. E cobraram.

— Se eu pudesse imaginar que Nicolas iria te monopolizar dessa forma eu jamais o teria incentivado a ficar com ele.

— Ah Adam. Deixa de ser ciumento. – desfiz minha mochila e peguei as roupas que eram para lavar.

— Na casa dele não tem uma máquina?

— Tem. Mas... – suspirei. – Se eu lavar lá, assim como algumas coisas que evito fazer, fica parecendo ainda mais um caminho sem volta.

— Vem. Enquanto você coloca isso para bater eu vou passar um chá e por para assar uns biscoitos que você deixou pronto na geladeira semana passada.

— É assim que vocês sobrevivem né? – ele concordou com a cabeça e sorriu. – Eu tenho que deixar comidas prontas. Eu me sinto uma empresa de congelados.

— Anda, vamos. – praticamente me empurrou. Conversamos o resto da tarde toda e o começo da noite também.

— Olha quem está aqui. – Audrey que chegou da biblioteca sorriu a me ver. – Visitando o apartamento que você ajuda no aluguel? – riu.

— Fazer o que... Amo caridades. – brinquei. – Vou passar mais tempo aqui, prometo. Não deem meu lugar pra NINGUÉM. – esbravejei.

— Sabe que não seria má ideia? – Adam cogitou. – Receberíamos dois aluguéis. Quando você viesse era só escondermos o outro e as coisas dele.

— Nossa... Fácil. – ironizei. – E aí, quais são as novidades? - questionei a Audrey.

Ficamos conversando até o tempo estourar e Nicolas aparecer. Depois fomos rindo e brincando para o apartamento dele. Chegamos e continuamos brincando pulando na cama, igualzinho a duas crianças.

— Cansei. – deitei na cama com a respiração completamente ofegante, ele se jogou ao meu lado e entrelaçou nossas mãos. – Adam nos chamou para sairmos com ele e um carinha que ele tá conhecendo. – franziu a testa.

— Será? – dei uma leve risada.

— O que pode acontecer?

— Não sei. É que... Percebi que ele conhece muitos caras... E se esse cara der em cima de você?

— Para com isso Nic. – odiava essas conversas dele. Não gostava de insegurança. No geral eu não era um cara inseguro e esse tema me irritava um pouco.

Era agosto e já fazia dois meses que estávamos juntos. No dia que eu havia percebido que ele não era do jeito que eu pensei eu devia ter saído. Fui me enrolando nesse caso de uma forma tão devastadora. Eu não entendia. Éramos tão diferentes. Nicolas, apesar de artístico, romântico, encantador, era desesperado, carente e até mesmo controlador. Eu era livre. Toda pessoa com apreço pela arte, na maioria das vezes compreende a liberdade. Ele não.

Aquilo me desmotivou. Causou desinteresse. Não foi bem uma questão sentimental. Pelo menos não muito profunda. Porque o amor não acaba. Já a paixão como todo sofrimento não dura muito. A minha paixão por ele foi se acabando. Enquanto Nicolas transformou a dele em amor. Era visível que ele me amava, eu não podia negar isso. Por mais que eu quisesse. E eu queria muito que ele não me amasse.

Passei a cozinhar menos na casa dele. Inventar desculpas. Tudo ficou monótono. Alguns poderiam discordar de mim e dizer que isso era relação, algo realmente sem toda aquela emoção do começo. Não era isso, não foi repentino, nenhuma coisa de uma hora para outra, aconteceu em escalas.

Tudo começou quando ele me pegou “escrevendo para o Kevin”, aquele exercício que a minha psicóloga mandou que eu fizesse. Não queria mostrar o que era e ele insistiu até que eu quase rasgasse a folha. Um inferno. Isso porque eu deixei para escrever de madrugada quando ele estava dormindo e ele acabou acordando. Eu não aguentaria viver assim.

E agora, aqui no curso, invés de estudar, eu estava pegando o meu caderno e escrevendo para a pessoa que se lesse eu sabia que iria dizer apenas “eu te avisei”.

“Olá novamente Kevin... Você nem imagina o quanto eu estou te dando razão nesse momento. E nunca vai saber, essa satisfação eu não vou te dar. Como você faz isso? Como sempre sabe de tudo? É um dom que eu gostaria de ter, confesso. Em contrapartida, você tem várias fraquezas, não é mesmo? E uma delas é a frieza. Ah... Como já me atingiu com ela. Vem atingindo desde que se apaixonou perdidamente pelo seu namorado... Agora noivo, inclusive parabéns. Queria te parabenizar pessoalmente para te mostrar que fico feliz com a sua felicidade e sei que isso não é possível. Fico pensando em como você está. E te imaginando em um terno entrando com o seu amado até o altar. Se bem que Kevin e um altar não combinam muito, acredito que você não chegará a se casar em uma cerimônia. Será que estou errado?”

Um colega me chamou para me perguntar algo e guardei meu caderno. Outro dia eu acabaria de escrever. Quando sai Nicolas estava me esperando. Percebi em nossa ida para o apartamento dele que já não brincávamos tanto mais, fato esse que era compreensível após todos as minhas anotações sobre a gente.

— Vai dormir aqui hoje não vai? – pediu sabendo que eu já havia dito que não queria.

— Nic... – ele começou a fazer carinho em meu rosto com a ponta do seu nariz, que estava gelada. O clima em Paris hoje era dezenove graus com muito vento e possibilidade de pequenas chuvas, como de costume naquela época.

— Murilo. – se afastou e me olhou. – Passamos cada vez mais tempo longe um do outro.

— Eu sei. – respirei fundo e tentei mentalizar que ele aceitaria aquela conversa numa boa. Antes que eu dissesse qualquer coisa ele se virou de costas e ficou reflexivo. Encostei em seu ombro e ele se mexeu para tirar minhas mãos.

— É ele, não é? – girou seu corpo e me encarou firmemente. – É pelo seu sentimento que ainda existe por Kevin. – iria dizer que não, mesmo sabendo que não conseguiria convencê-lo. – Estou lutando tanto para o meu lado ruim não aparecer. – afirmou em um tom de estouro e advertência juntos.  – Mas ele insiste em me perturbar. – não sei se ele a quem Nicolas se referia era o seu lado ruim ou Kevin, mas eu precisava acalma-lo.

— Nic. – cheguei mais perto e o abracei. – Calma. Tá tudo bem. Eu não vou a lugar nenhum. Vou dormir aqui com você. – me apertou como se estar comigo, fosse a única saída para a sua sanidade e isso era muito perigoso. Sei o que eu vivi quando eu me apoiava em Eliot e não terminou muito bem.

Naquela noite, assim como estava acontecendo nas noites anteriores, não dormimos grudados. Pelo contrário, nossa posição era de costas um para o outro. Fatalmente o corpo falava por si só. Porém, o pior aconteceu foi no outro dia.

Estava tomando café e mexendo em meu celular como eu normalmente faria em um fim de semana. Vi uma sombra e olhei para trás, era ele.

— Tem muito tempo que tá aí? – perguntei e meu aparelho voou longe. – TÁ LOUCO?

— Não. Estou cansado. Tem tempo suficiente que estou aqui para ver o quanto ficou babando pelo meu meio-irmão.

— Fazer o que, ele é lindo demais. – me levantei e fui pegar o que restou do meu telefone.

— Como tem coragem de me dizer isso? – sua postura ia ficando cada vez mais ameaçadora e eu cada passo mais longe dali.

— Da mesma forma que você tem coragem de fazer isso. – mostrei o objeto quebrado. – Para mim já deu. Isso foi o cúmulo. Estou aguentando há semanas suas neuroses e sua implicância com ele, já invadir o meu espaço e quebrar algo que é meu, não tem nem conversa. – fui até o quarto e peguei minhas coisas.

— Murilo... – podia ver a raiva dando espaço ao arrependimento em sua face. Eu não cederia. Já estava cheio de dúvidas nesse relacionamento, isso só serviu para esclarecer tudo.

— Tchau Nicolas. Se eu fosse você voltava para a sua cidade o mais rápido possível, eu não vou mudar de ideia. – dei poucos passos e parei o olhando. – Continue com a pintura, você realmente manda bem.

— Você não vai fazer isso. – antes que ele me convencesse do contrário, sai rapidamente e sumi da sua visão, entrando em meu carro e indo embora para casa. Agora era negar suas chamadas, idas atrás de mim e qualquer tentativa de reatarmos o que tínhamos... Não seria nada fácil. 

Então eu tive uma ideia. Ir a Torres. Na verdade, eu tinha três motivos. O primeiro era o diagnóstico da minha irmã que deixou Arthur mal há semanas atrás e eu não os vi pessoalmente para dar apoio, segundo que agora ela precisava de mim já que o papai estava furioso com ela e só eu era pior moralmente para poder salvar sua pele, terceiro e último para fugir de Nicolas.

— Uma suíte presidencial em Paris, os restaurantes mais caros, as comidas mais deliciosas, vinho mais elogiado da carta de vinhos. O que tá fazendo aqui meu caro? – Ryan brincou quando me viu. Todos estavam presentes e não me esperavam, fiz surpresa. Alice gritou e pulou em meu colo.

— Não estou em uma suíte presidencial já faz um bom tempo. – o corrigi. – Vim ver a minha irmã, não posso?! – vi o olhar do Kevin. Ele sabia que algo havia dado ruim. Deu um sorrisinho me provocando.

— MEU AMOR! – minha mãe apareceu e me abraçou apertado. Nem eles sabiam que eu chegaria.

— Passa a visão coroa. – todo mundo ficou em silêncio olhando a expressão da minha mãe.

— Você quer morrer? Coroa é sua vó! – levei um tapa forte e fiquei resmungando. – Estava com tanta saudade desse teu jeitinho.

— Entendi. E é me batendo que demonstra.

— Por que não avisou que viria?

— Quis fazer surpresa. Arthur será que podemos conversar? – acredito que ela entendeu. Nós dois fomos pra fora e ele ficou me olhando.

— Sei que deve estar tão bravo quanto o seu pai e só quero te dizer que... – o cortei.

— Vim ajudar vocês com ele. Pensou que eu também piraria? – ri levemente. – Demorou até demais para... – ele tampou minha boca.

— Seu pai pode chegar. – dei uma risada alta.

— Nossa... Meu pai age como se fosse um santo.

— Mas ele é. Precisa ver na academia. As mulheres morrem por ele e parece que ele não vê ninguém ao redor.

— Isso é respeito. Não santidade. Ele já teve a idade da Alice e sabe que... – respirei fundo. – Deixa que com o meu pai eu converso e ele vai lidar melhor com isso. Quero falar sobre outra coisa. – ficou sério na hora. – Seu meio-irmão. É um mini psicopata. E não me deixa em paz desde que terminei com ele há uns dias.

— Por isso está aqui? – concordei gestualmente e abaixei a cabeça. – Você não pode dizer que não foi avisado. – desviei o olhar. – Isso é muito grave Murilo. Não sabemos do que ele é capaz.

— Eu sei. Mas eu descobri algumas coisas sobre o pai dele. E pretendo usar contra ele para ele me deixar em paz. Só não sei se vou ter coragem disso.

— Você é igual um rato também. Esperto para caralho.

— Sou filho do meu pai né? – pisquei e sorri.

— E eu da irmã dele. Topa destruirmos o meu meio-irmão aprendiz a psicopata? – pensei um pouco.

— Ah... Não estou fazendo nada. Uma movimentada nessa cidade vai ser da hora.

Decidimos que não seria assim. Aquilo que eu estava planejando era estilo do Kevin e nós não éramos como Kevin. Iriamos agir na racionalidade, legalidade e moralidade. Como? Não fazia a mínima ideia. Porém, deixei nas mãos de Arthur.

Otávia Narrando

Quando vi Ryan e Giovana ficando, o que não pensei que aconteceria nunca, eu tive um choque. Agora no aniversário dele eu estava tendo que lidar com essas emoções.

— Vim te dar os parabéns. – falei sem graça após todo mundo.

— Obrigado. – sorriu gentilmente.

— Cadê a Gio? – olhei para os lados. Ele ficou em silêncio me olhando, não sabia o que o olhar dele significava, não estava nada claro. – Pensei que ficariam juntos.

— Um pensamento equivocado. – falou simplesmente.

— Por que ficou com ela Ryan? – a pergunta saiu espontaneamente, quase sem controle.

— Não entendo. – cruzou os braços. – Você não me quer, mas se incomoda se eu fico com alguém. É isso mesmo? – fiquei extremamente constrangida.

— Não... – ele me interrompeu.

— Você me humilhou demais Otávia. Quando terminamos disse o quanto eu não servia pra você, entre várias coisas. – tentei dizer que não foi bem assim e ele não deixou. – Agora você vai escutar. – pediu para que eu silenciasse. – Mesmo assim, ainda que você me dissesse que eu te privava de ser a mulher que você queria ser e ficasse te podando o tempo inteiro, me transformando em um monstro que eu nunca fui, mesmo assim eu fiquei ali a postos, pronto para uma hora você me querer. E sabe o que você sempre fez? Reclamou. Então não me venha perguntar o motivo das minhas atitudes, porque eu não te devo satisfações.

Ele saiu sem me dar direito de defesa. Avisei a meu irmão que chamaria um carro e iria embora. Ainda era cedo e minha sorte era essa. Aquela foi a noite em que a minha ficha caiu. Eu o vi deixar de me defender para que eu não me sentisse ofendida e não dei nenhum valor a isso. Percebi o quanto ele me amava e mesmo assim não fiz nada. Agora ele partiu pra outra. Giovana será extremamente sortuda se ele for adiante com ela.

Acredito que chorei como não chorava há muito tempo e acordei com os olhos terrivelmente inchados. Quando desci vi meus irmãos e meu primo tomando café.

— Seus pais devem estar bem felizes de você estar aqui e não estar em casa. – falei olhando Murilo.

— Vim de casa, cheguei agora. Kevin precisa conversar com Alice e se eu tiver escolha eu não fico no mesmo ambiente que aquele ser.

— Você pegou um ranço dele. Por quê?

— Ele ignorou meu aniversário. Como ele vem me ignorando há dois anos... Consideração é algo importante para mim. Minha ficha é que demorou a cair pelo visto.

— Sei bem como é isso. – suspirei baixo.

— Ficar perto dele te deixa louco. – Yuri afirmou olhando Murilo e sorriu. – Sophia está certa quanto a ele e eu quanto a você. Ele te ignora porque é mais fácil, já você faz o mesmo ficando longe.

— Era para eu estar enlouquecendo mais ainda por não estar perto. – o desafiou.

— Já disse ser fácil. E covarde. – meu irmão respondeu e me olhou. – Por falar em covardia... Quer conversar?

— Como você sabe? Ele disse algo?

— Vi vocês dois e você indo embora em seguida. Deu para entender.

— Oi crianças. – minha mãe chegou e eu forcei um sorriso. – Parece um panda Otávia, o que aconteceu?

— Dormi maquiada. – Arthur saiu assim que ela chegou e levou nosso primo com ele, os dois estavam tão cheios de segredinhos e eu curiosa, mas indisposta demais para descobrir.

Alice Narrando

Kevin veio desabafar comigo sobre ele e Rafael, mas eu não conseguia prestar atenção em uma palavra que ele dizia.

— Kevin. – me olhou se calando. – Quero entender o motivo de ter vindo aqui.

— Não está claro? Estou te contando que... – o interrompi.

— Poderia ter me chamado em sua casa ou nós nos encontrávamos na casa da vó Isa. Você veio aqui e sem avisar. Inconscientemente você está atrás do meu irmão. – joguei de forma séria e incisiva.

— Vamos brigar. – se levantou.

— Vamos. – concordei. – Sabe muito bem que eu não acho isso certo.

— Não tem o que achar certo, não existe nada. Vou embora.

— Ainda bem que só temos pouco menos de cinco meses para morarmos juntos. – ele parou e me olhou. Podia afirmar estar incrédulo, mas era Kevin e ele nunca ficava assim.

— No plano maluco de roubar Murilo para mim, inclui sofrer pelo meu namorado? Você só pode ter algum problema.

— EU TENHO SEU IDIOTA. – gritei antes que ele saísse. Fiquei com raiva dele e quando meu irmão voltou, eu disse o quanto ele estava certo em se manter afastado desse imbecil.

Muh e eu tivemos uma conversa agradável após eu me acalmar e isso fez reacender a chama da falta que ele fazia.

— Quando você vai voltar pra cá? – questionei o olhando.

— Não sei Lih... – usou meu apelido de infância. – Não sei mesmo. – seu olhar para o chão me deixou desconfiada. Ele não pretendia mesmo voltar.

— Sei que já arrumou sua vida por lá. – suspirei pesadamente. – Vai ser assim então?

— Já penso demais em tudo que pode acontecer, não força vai.

— Eu sei que parte de você sente falta desse lugar, dos seus amigos, da sua família. Eu sei bem que estar aqui faz você lembrar como precisamos de você, da sua leveza, sua alegria, seu afeto e principalmente dedicação. – sorri amorosamente. – Como eu preciso. – enfatizei minha fala. – Se você me considera uma pessoa tão importante mesmo, volta. Não vá viver em Paris.

— Porra Alice. – resmungou contrariado.

— Não precisa me responder nada. Só pensa. – beijei seu rosto e fui para o meu quarto. Era muito difícil que ele me ouvisse, porém, eu tinha que tentar.

Meu pai estava me deixando de castigo. Sai para o aniversário de Ryan apenas por Murilo estar aqui. Hoje eu iria voltar a minha prisão.

— Posso entrar? – pensei no diabo e ele apareceu.

— Sim senhor Vinícius.

— Não me trate assim Alice. – se mostrou magoado.

— Mas não é respeito que você pediu? – endureci ainda mais o meu tom de voz.

—  Como pensa que me sinto? Você mentiu pra mim. Quebrou a confiança entre a gente.

— Não quero falar sobre isso. – abaixei a cabeça sentindo meu rosto queimar.

— Que mundo lindo aquele que só fazemos o que queremos. Ele não existe. Olha pra mim Alice. – nos olhamos. – Sua mãe já me fez entender que eu tenho que aceitar que você cresceu, porém, isso não te dá direito de mentir pra mim. Sempre estive ao seu lado e te apoiei em tudo ou quase tudo... Não é justo.

— Eu sei que errei. Entendo isso. Só achei desproporcional sua reação.

— Minha filha... – suspirou me deixando mais tensa ainda. – Você nunca vai entender o que eu senti. Não vou me desculpar por querer que você tenha juízo, mas irei aceitar suas decisões. Só não me dê um neto, você ainda é muito nova.

— PAI! – exclamei completamente insatisfeita.

— Vem aqui. – me puxou para um abraço. – Tive uma conversa longa e necessária com Arthur, já imaginava que ele soubesse o que está fazendo, queria só ter certeza.

— Coitado. Você o aterrorizou.

— Foi bom para ele pagar pela época que ele estava revoltadinho e frequentava a minha academia sem camisa causando alvoroço. – balançou a cabeça negativamente. – Detestei aqueles dias.

— Eu também. – não gostava nem de ficar lembrando.

— Estamos conversados? – me encarou. – Sem mentiras daqui pra frente.

— Tudo bem. – sorri pequeno. O bom do meu pai é que as coisas com ele eram resolvidas rapidamente, diferente da minha mãe em algumas situações.

 Agora eu teria que ir atrás de Kevin e me desculpar mesmo que eu me sentisse certa. Sabia o quanto orgulhoso meu melhor amigo era e se eu não desse o primeiro passo, era capaz de ficarmos sem nos falarmos por um bom tempo.


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Notas finais do capítulo

até mais tarde ♥



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