Pontes Quebrando escrita por CM Winchester


Capítulo 15
Capitulo 14 por Charlotte Lancaster




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As chances de fazer Rony e Hermione foram por agua a baixo quando ela riu das tentativas falhas dele em transfiguração humana, para rebater ele a imitou nas aulas quando erguia a mão para responder as perguntas.
Quando a aula acabou Hermione deixou a sala chorando. Steph foi rápida em acertar um tapa na cabeça de Rony sem que McGonagall visse.
— Seu cretino idiota. - Steph resmungou.
— Ela mereceu.
— Isso não te faz menos cretino idiota.
— Não sei por que esta defendendo uma pessoa que beijou seu namorado.
— O que? Hermione não beijou Vitor.
— Gina me contou.
Se ele queria que Steph se afastasse acabou piorando. A ruiva acertou um chute na perna de Rony antes de se afastar furiosa.
— Isso não vai da boa coisa. - Kate comentou antes de seguir atrás de Steph.
Juntei minhas coisas e corri atrás delas. Consegui alcançar elas quando a ruiva tinha encontrado Hermione no corredor.
— Isso é verdade? - Steph estava vermelha de raiva.
— Não, claro que não! Quem disse isso?
— Gina contou ao Rony que acabou de me contar.
— Não. Vitor e eu somos só amigos. Nunca aconteceu nada disso. Você sabe que nós fomos ao baile e ate conversávamos, mas não passou disso. Ele sempre esteve interessado em você.
— Por que Gina falou isso então?
— Não sei. Realmente não sei.
— Mesmo que tenha rolado algo. - Kate falou. - Foi antes de vocês ficarem juntos.
Isso só serviu para o mau humor de Steph aumentar e não diminuiu ate a hora da festa.
— Eu realmente não quero ir. - Resmungou arrumando o vestido.
— Apesar de chato quero um pouco de bebida hoje. To precisando. - Kate sorriu.
Descemos as escadas enquanto conversávamos, mas parei ao ver Cedrico me esperando.
— Eu não sabia se devia subir ate o seu salão comunal.
— Não precisava mesmo. Obrigada por me esperar aqui.
Sorriu passando o braço pelos meus ombros me deixando perto do seu corpo.
— Esta bonita.
— Obrigada.
A festa não era das melhores, mas ainda assim estava animada. Kate bebeu mais do que devia, mas Steph acabou relaxando. Cedrico foi muito gentil em fazer companhia a elas. Conversou animado.
— Nós vamos pegar mais bebida. - Steph falou segurando Kate pelo braço.
— Divirtam-se. Não façam nada do que eu não faria. - Kate riu se afastando.
— Desculpe por isso. - Pedi e Cedrico riu.
— Que isso. Elas são bem legais. Eu imagino como deve ser viver as 3 na mesma casa.
— Um pouco de confusão, mas minha mãe consegue colocar tudo em ordem.
— Então pode me contar a historia? Estou bem curioso.
— Não é algo legal. Enfim quando os Potter ficaram em perigo resolveram entregar Steph para a minha mãe, foi a coisa mais dolorosa que tiveram que fazer, mas sabiam que era preciso. Sirius não era o fiel do segredo, mas para proteger Marlene e Kate acabou se afastando, um erro na verdade. Belatriz colocou fogo na casa dos pais de Marlene, ela conseguiu fugir e procurou minha mãe. Só conseguiu entregar Kate a ela antes de morrer no jardim da casa. Dumbledore ajudou minha mãe a fugir e sumir com nós três. Sei que é resumido, mas... Você não vai querer todos os detalhes.
— Sinto muito. Devia ser horrível ter que viver mentindo.
— Era... Nós nos fechamos para nós. Não confiávamos em ninguém, não fazíamos amizade verdadeira com ninguém. Ate que chegamos aqui. Tudo mudou. Agora é bom poder contar a verdade, mas é perigoso. Harry, Steph e Kate encabeçam a lista de pessoas a morrer pelas mãos dos Comensais da Morte. E é claro que eu estou na lista tambem. Eles sabem que onde uma estiver, a outra vai estar. Nunca nos separamos na vida e acredito que nunca vamos fazer isso. Espero nunca termos que fazer isso. Somos mais fortes unidas. Isso nos deixa fracas eu sei. E Você-sabe-quem tambem sabe. Ele sabe que para atingir uma tem que atingir a outra.
— Eu sei como é. Faço parte desta lista tambem. Por isso meus pais me esconderam.
— Sim.
Cedrico olhou para cima e sorriu.
— Parece que estou com sorte. - Falou e eu olhei para cima vendo um visgo a cima de nós. - Sabe o que dizem sobre o visgo não é? - Se aproximou calmamente.
Fechei os olhos esperando pelo beijo. Ele veio da forma mais gentil e carinhosa possível. Suas mãos foram para a minha cintura puxando meu corpo para o dele. Agarrei a gola das suas vestes a rigor.
Cedrico se afastou sorrindo antes de se aproximar e beijar meus lábios de novo.
— Sabe quantas vezes sonhei e desejei fazer isso?
— Sabe quantas vezes sonhei e desejei que isso acontecesse? - Devolvi com toda a coragem que ainda tinha.
Seu sorriso se alargou antes de seus lábios encostarem nos meus de novo.
Me senti flutuando. Assim que ele se afastou o abracei escondendo o rosto na curva do seu pescoço, sentindo seu perfume.
— Tudo bem? - Perguntou depois de beijar meus cabelos.
Assenti me afastando dele.
— Estou feliz. - Sorri e ele riu antes de beijar meus lábios de novo.
— Eu tambem, Charlotte. Eu tambem. - Murmurou me abraçando de novo.
— Já pensou qual profissão vai seguir quando o ano acabar? - Perguntei quando ele se afastou.
— Queria ser jogador de quadribol antes de tudo isso, mas... Eu mudei de ideia. Quero ser auror. Meus pais me apoiaram, minha mãe não ficou muito animada com minha decisão. Não a culpo depois de tudo que eles passaram comigo. Mas quero fazer isso. Quero me dedicar para que ninguém mais passe pelo que eu passei.
— Steph quer seguir essa carreira.
— Você não quer não é?
— Não. Quero ser medibruxa. - Sorriu.
— A profissão combina com você. - Passou o polegar pela minha bochecha. - E a Kate?
— Jogar quadribol. E ser uma animago. São os dois sonhos dela.
— Animago. Interessante.
— Sirius era um animago. Um cachorro enorme preto. Tiago era um cervo. Aquele nojento do Pedro era um rato. Eles eram animagos desde o tempo da escola, ninguém sabia. Entendo a escolha deles, queriam ficar com Remo nas noites de lua cheia.
— Então o professor Lupin já era um lobisomem desde criança?
— Sim. Ele não gosta de falar sobre isso. Ele odeia na verdade, mas pelo pouco que minha mãe me contou o pai dele acabou deixando um lobisomem furioso. Por punição ele mordeu Remo quando era criança. Licantropia não é uma doença genética, é uma doença contagiosa. Passada por mordida, ou arranhões. Por exemplo se você receber um arranhão do lobisomem vai receber algumas partes lupina. Não a maldição completa.
— Interessante. Você gosta mesmo dele.
— Sim. Minha mãe, Lilian, Marlene eram melhores amigas e conviviam com Sirius, Tiago e Lupin na escola. Tiveram uma época de birras, mas depois se tornaram grandes amigos. Tiago casou com Lilian, Sirius e Marlene namoraram por um tempo.
— E seu pai?
— Foi um caso que minha mãe teve. Ele... Morreu quando a guerra começou. Não sabia da minha existência. Ele e minha mãe... Bom, não era para ser. E ela viveu bem apesar de tudo.
— Mesmo assim não deve ter sido fácil.
— Não. Sozinha com três crianças, suas melhores amigas mortas, seu amigo morto, seu outro amigo preso e seu amigo lobisomem sumido no mundo. Não foi fácil, mas é nessas horas que temos mais forças para continuar. Ela é uma mulher forte, tenho orgulho de ser filha dela. Espero ter metade da força e coragem dela.
— Você tem. - Sorriu. - E é linda.
— Meio veela.
— Você sabe que é mais do que isso né? Gosto de você de verdade, sempre gostei. Sinto muito se a magoei anos atrás. Eu era meio... Idiota. Você tinha razão eu gostava da fama.
— Mas você tem um bom coração, Cedrico. É leal. Você não me magoou. Não quando estava vivo. Achar que estava morto acabou comigo.
— Sinto muito.
— Foi preciso, do contrario você estaria mesmo morto.
— Sim. Obrigado por segurar a minha mão no hospital. Assim que ouvi sua voz e senti seu toque, não sei explicar. Eu só sabia que tinha que voltar.
— Fiquei muito feliz quando você apertou minha mão. Uma esperança. - Sorriu antes de me beijar.


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Notas finais do capítulo

Oie. Sei que prometi esse capitulo semana passada, mas foi tudo corrido. Estive muito ocupada. Mas espero que tenham gostado. Tentei deixa-lo fofo. Amo o Cedico. Um grande abraço. CM.



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