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Acordei com meu celular tocando e vibrando na mesa de canto da minha cama, estava quase caindo de tanto vibrar, o peguei rapidamente, vi que não era meu dispertador, era Reira me ligando, atendi na hora.
— Mochi? - atendi.
— Ohayoo - disse ela;
— Good morning my dear - fiz um charme pronunciando as paralvras em inglês certinho, e ouvi uma risada acanhada;
— Durmiu bem? -
— Muito bem... E você? -
— Muito bem... -
Conversei um pouco com ela, quando desligamos, desci e tomei café.
— Ohayoo - eu disse, alegre na cozinha;
— Ohayo - minha mãe levantou uma sombrancelha;
— O que foi? -
— De bom humor é? -
— Sim - sorri, ela sabia porque;
— Essa garota está te fazendo tão bem - ela sorriu me dando um beijo na testa - Começou até a ficar educado - ela riu e voltou para o fogão;
— Vai ver é porque eu estou feliz -
— Verdade, e isso é ótimo, me deixa feliz - ela disse se virando com um prato em minha direção;
— O que é isso? -
— Seu café - ela sorriu;
— Oh, A-Arigato -
— Mas não demore, vai se atrasar para a escola! -
— Ai! Verdade! Obrigado Oka-san! -
— De nada querido - ouvi uma risada;
    Corri para a mesa, sentei e comecei a comer, me apressei em levar o prato de volta para a cozinha assim que terminei, quase cai no caminho, rindo da minha própria trapalhada, peguei minha mochila e sai.
    Decidi esperar por Reira á sua porta, ela me viu na janela e se surpreendeu, me pediu para esperar que logo descia. Vi a mesma ruiva estranha de antes, continuava me olhando com cara de assassina, me deixando irritado, que vontade de entrar lá e arrancá-la a força daquela casa! Que raio de mulher louca era aquela? Ficar vigiando os outros da janela?! Parece um assassina mal paga! Bem que Reira disse que ela era má companhia.
    Reira abriu a porta e saiu, um pouco depois a mesma ruiva foi até a porta, analisou cada ponta de Reira e depois olhou para mim, me olhou de cima á baixo, quando á vi, quase vomitei todo o café delicioso que minha mãe tinha preparado para mim, ela estava usando uma blusinha regata e um shorts muito, muito, muito mesmo, MUITO pequeno, não era japonesa, pude ver pelos olhos, os punhos tinham tatuagens estranhas, continuou me analisando.
    Reira olhou para trás, séria, voltou a andar e chegou até mim, pegou minha mão e me puxou, se afastando de lá, desviei meu olhar do ser realmente estranho e segui Reira.
Ao virar na rua de minha casa, Reira se aliviou.
— Ah, graças - disse ela, soltando minha mão;
— Você tá bem? - perguntei;
— To sim, só queria sair logo de lá -
— Entendi -
— Agora deixa eu te cumprimentar direito - ela riu e me abraçou;
    Sorri de volta e abraçei sua cintura, a beijei com vontade, ela colocou a mão em meu pescoço e em meu cabelo, quando nos afastamos, ela sorriu e me abraçou novamente.
— Vamos - perguntei;
— Vamos - ela sorriu e se virou e eu a abraçei de lado;
    Pegamos nosso caminho até a escola, em plena segunda e eu não podia estar mais feliz do que agora, ir para aquele inferno de escola começou a ser mais divertido do que nunca, podia ver Reira todo dia, ver os garotos todo dia, podia sorrir sem motivo e não tinha como pensar em nada ruim, era a melhor coisa que podia me acontecer. Até agora.
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