Don't Forget escrita por YuukiS2Chan


Capítulo 13
Aqueles olhos...


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem ^-^



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Não sei dizer se tudo o que aconteceu nos últimos dias nos aproximou mais do que antes, mas mesmo assim meu pai ainda implica comigo, bem menos do que antes, isso já é bom. Na escola, estava ansioso, e dessa vez eu sabia porque, queria vê-la, nem me preocupei com a prova que tínhamos hoje, logo ela chegou, alegrando meu dia. Ela parecia triste, pensei em perguntar, mas a aula começou.
— Bom, vamos ver quem fez o dever de casa - disse o professor;
— Droga! Tinha dever de casa? - disse Reira, virando para mim;
— A, B, A, C... - dei as respostas, eram apenas alternativas, ela respondeu rápido, o professor vistou, logo depois fui eu;
— Arigato! - disse Reira, sorrindo para mim;
— Depois te explico a lição direito - eu disse, sorrindo de volta;
— Okay - disse ela, virando para frente;
    Continuamos a aula, no intervalo, sentado na escada dos corredores , Reira me dissera porque não teve tempo de fazer as lições.
— É que meu pai... - ela parou de falar;
— O que tem ele? -
— Ele brigou comigo, porque sai sem avisá-lo, ai foi uma discussão comprida -
— Ah -
— Mas tudo bem - ela disse, segurando uma caneta e a girando com os dedos;
— Mas ele falou mais alguma coisa? - perguntei;
— Só que... Ele tá pensando em me mandar de volta pra casa da minha mãe - ela disse, seu rosto ficou triste;
— Ah... Desculpe, se não fosse a briga, você não... - fui interrompido;
— Não, tudo bem, a culpa não é sua - disse ela;
Fiquei tenso, não queria que ela fosse embora, e acho que ela também não queria ir.
— É que... - ela parou de falar, colocou a mão no rosto;
    Ela não estava nada bem, vi seu rosto triste, estava chorando, nem pensei duas vezes, a abracei, ela parou de chorar quando a abracei, mas logo continuou.
— calma, vai ficar tudo bem, não vou deixar que te levem embora -
Ela parou, me abraçou com mais força.
— Vamos, se acalme, ele vai entender, não se preocupe -
    Ela se afastou, limpando os olhos, peguei o livro e a caneta que ela trouxera para o intervalo para fazer o resto das lições, levantei e levei ela até o banheiro feminino, esperei ela no corredor, quando ela voltou, já estava melhor, sorrindo, não entendi como ela podia sorrir com tanta coisa na cabeça, ela era uma garota forte, isso me deixava impressionado.
— Obrigada por me esperar - disse Reira;
— Por nada -
— E obrigada por... me acalmar -
— Tudo bem, vamos pra sala? -
— Ah, vamos -
— Aqui - estendi o livro;
— Ah, Arigato - ela sorriu novamente;
    Fomos para a sala, as últimas aulas foram rápidas, fiquei distraído, agora o que me distraiu, não sei explicar.
— Nee, Ruki, me empresta seu livro? - disse Aoi;
— ... -
— Ruki -
— ... -
— Ruki - ele repetiu, dessa vez me cutucando;
— Ah, o que? -
— Cara, tá brisadão por que? - perguntou ele;
— Ah, nada, o que quer? -
 - o livro -
— Ah ta, pega - joguei o livro para cima, em direção á Aoi;
— Ah! Valeu - disse ele, pegando o livro;
— Qual o seu problema hoje? - perguntou Uruha;
— Já falei, não é nada - repeti;
— é a Reira-san não é? - disse Reita;
Estávamos no meio do corredor, na hora da saída, pegando minhas coisas no armário.
— O que?! Não! Ah! - joguei meu livro longe, fazendo alguns dentro do armário caírem - Ah, bosta - me abaixei para pegá-los;
— É sim, dá pra notar de longe! - disse Uruha, abaixando e me ajudando com os livros;
— Não é não! - repeti, me levantando, peguei os livros com Uruha e os joguei no armário;
— Não adianta mentir, Ruki-san, tá muito óbvio - disse Aoi, apontando para meu nariz;
    Fiz uma cara de bravo para ele, mas não funcionou, ele fazia uma cara estranha, um meio sorriso, meio suspeito.
— Tá muito óbvio? - perguntei, desfazendo minha cara de bravo para uma mais preocupada;
— Muito, pelo menos pra gente que te conhece muito bem - disse Uruha;
Baixei os olhos, pensei no rosto de Reira, porque raios eu tenho que pensar nela agora?!
— Oi meninos - disse Reira, saindo da sala;
    Todos voaram para a parede, atropelei de novo o armário e os livros, Reita os segurou antes que caíssem no chão, peguei e os joguei no armário, o fechando rápido, Aoi colocou a mão sobre a boca, Uruha olhou para mim, com um sorriso torto, mostrei o dedo do meio para ele, ele riu de leve.
— Vamos? - disse ela;
— Vamos - eu disse, apontando o dedo do meio para eles de costas, ouvindo a risada deles;
    Andamos até minha casa, ela continuou o caminho até a casa dela, entrei em casa, meu pai estava sentado no sofá, novamente com um jornal na mão, baixou o jornal, acenou com a cabeça, acenei de volta e subi para meu quarto, acabei cochilando depois do almoço.
—| Parabéns Taka!|-
    Acordei, sem entender nada, até que percebi, sonhei com o rosto de Reira, me dando parabéns, aquele dia ela estava linda.
— Taka, vem jantar! - gritou minha mãe, na escada;
— Ah, to indo -
    É isso mesmo? Vou mesmo pensar nela toda hora, ou até sonhar com ela? Isso tá ficando estranho, mas eu não me importo mais, já sei o que eu quero.
Desci e jantei, em silêncio, até que foi interrompido por minha mãe.
— Como vão os cortes filho? - perguntou minha mãe, se referia aos cortes da briga em meu rosto;
— Estão melhores -
— Que ótimo - disse ela;
    O resto do jantar foi um silêncio total, quando terminei, subi para meu quarto, peguei meu celular, minhas chaves, meu livro e desci de novo.
— Mãe, Pai, vou ali no Yuu -
— Fazer o que lá? - perguntou minha mãe;
— Trabalho! - eu disse saindo;
— Okay! - disse minha mãe;
    Na verdade, eu ia pra casa da Reira, quando cheguei lá, toquei a campainha, Reira abriu a porta, triste, mas logo sorriu para mim.
— Olá Taka! - disse Reira;
— Oi -
— Você veio fazer o trabalho de Biologia, certo -
— Sim -
— Tá, entra que eu vou pegar meu livro - disse ela, deixando a porta aberta;
    Entrei, a casa dela parecia com a minha, mas era um pouco maior, ela correu e subiu as escadas, mas logo voltou.
— Pronto - disse ela, abrindo o livro;
— Reira, que é? - disse alguém, entrando na sala, provavelmente o pai dela;
— Ah, pai, esse é Matsumoto Takanori, uma amigo meu da escola -
— Prazer - eu disse;
— Prazer, Takanori-san - disse ele,ele pareceu bem legal, por enquanto;
— Estamos fazendo um trabalho - disse Reira;
— Trabalho de que? - ele perguntou;
— De Biologia - respondi;
— Ah entendi, vou deixar vocês trabalharem então, até mais tarde - disse ele, voltando para a cozinha;
    Continuamos o trabalho, Reira escrevia algumas coisas no livro, olhei para seu rosto, estava um pouco corado, mas não muito, quando olhou para mim, mas logo voltou os olhos para o livro, corando mais um pouco, reparei em seus olhos, não sei como, mas mantiveram minha atenção durante um tempo, como se fossem algum tipo de imã, que mantinha meus olhos presos nela, quando me dei conta, ela olhou novamente para mim, perguntando se eu estava bem eu respondera que sim, voltando meu olhar para o meu livro. Durou um tempinho, e dentre risadas, trapalhadas, e olhares de canto, terminamos o trabalho, que eu realmente achei que ficou muito bom!
    Quando saía de sua casa, Reira me olhava nos olhos, eu realmente fiquei fascinado com aqueles olhos, nunca pensei que ficaria vidrado tanto tempo nos olhos de alguém assim antes, mas hoje aconteceu, me senti estranho de primeira, mas estou começando a entender o porque. E admito que estou gostando.
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Notas finais do capítulo

Vejo vocês no próximo capítulo!



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