A herdeira escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 10
As consequências de nossas escolhas


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos ao penúltimo capitulo de A herdeira.
Desde já quero agradecer todo o carinho e os comentários lindos que venho recebendo nessa fic, vocês são os melhores leitores do mundo e obrigada por me acompanharem durante essa trajetória, cheia de altos e baixos.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
Beijos e boa leitura.

Musica do capitulo:
https://www.youtube.com/watch?v=pXtj4TkTvS4&fbclid=IwAR313G7bkUDg7IpgdLUiDR9qnqdkGxInnYk2iXBPAAVFZOmbBZnxPWbiYHE



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Abri os olhos e os fechei rapidamente, pois a claridade que entrava de algum lugar feria meus olhos, tentei me levantar do local macio onde estava deitada, mas não tinha forças para fazer tal ação já que todo o meu corpo doía, como se tivesse feito uma sessão extra de crossfit, algo que só experimentei uma vez para nunca mais, acompanhando a minha irmã mais nova que estava de olho em um colega da aula.

Respirei fundo e abri os olhos novamente, piscando para me adequar a luminosidade que não feria mais meus olhos e vi meus pais sorrindo emocionados ao me ver. O que me deixou confusa, afinal não me lembrava de ter ido para a casa deles, na verdade a minha ultima lembrança, estava meio confusa.

Nervosa, fiz menção de me levantar novamente da cama, mas meus pais que estavam sentados nela me impediram.

—Devagar, lobinha. Você passou muito tempo dormindo, vou ajuda-la a sentar um pouco. - meu disse suave e concordei, antes dele se levantar da cama e me ajudar a sentar, em seguida mamãe ajeitou alguns travesseiros nas minhas costas me deixando confortável.

—Como se senti, filha? - mamãe questionou me olhando com preocupação e sorri amorosa para ela, tentando tranquiliza-la enquanto meu pai ficava em pé atrás dela.

—Bem, tirando um pouco do cansaço que estou sentindo. - assegurei e vi meus pais respirarem aliviados, como se tirassem um peso das costas.

—Ele conseguiu trazer a nossa garotinha de volta, Benjamin. - mamãe sussurrou emocionada enquanto me olhava com carinho e meu pai concordou, antes de beijar o alto da sua cabeça, mas seus olhos tinham um toque de tristeza.

—Sim, ele cumpriu com a sua palavra, como sempre. Só espero que ele consiga aguentar até resolvermos tudo. - meu pai sussurrou preocupado e mamãe concordou, enquanto olhava para os dois confusa.

—De quem estão falando? Porque estou com a sensação de que estão escondendo algo de mim. - disse séria olhando para os dois que pareceram confusos com a minha pergunta.

—Você não se lembra dele? - mamãe questionou preocupada desviando os olhos de mim para ver o meu pai, que balançou a cabeça concordando antes de voltar a sua atenção a mim.

—Do que se lembra, Kyra? - meu pai questionou curioso e tentei buscar na memória minha última lembrança, mas não conseguia me recordar de nada até que comecei a ouvir um som conhecido, mesmo estando fraco e falho o reconheci, me fazendo virar para a porta do quarto que estava fechada, tentando identificar de onde estava vindo aquele som e porque o mesmo era tão importante para mim.

—Kyra? - mamãe me chamou preocupada com o meu silêncio.

—Vocês estão ouvindo isso?! Parece um coração...Mas ele está fraco demais...- sussurrei confusa sem desviar os olhos da porta.

Era como se o som me chamasse como o canto de uma sereia, sem pensar no que estava fazendo me levantei da cama ignorando os protestos dos meus pais, caminhando descalça para fora do quarto enquanto me apoiava nas paredes, já que ainda me sentia um pouco fraca, seguindo em direção a porta e abrindo-a antes de sair, assim que caminhei pelo corredor o reconheci imediatamente, como sendo o que ficava na casa dos meus avôs paternos.

Decidida, continuei caminhando em direção ao som e logo senti um cheiro fraco de alecrim e cravo que fez meu coração acelerar, e continuei caminhando em direção ao som até que parei em frente a uma porta de madeira clara, que ficava em frente a escada que dava acesso ao primeiro andar da casa.

Sem ao menos pensar direito, estiquei a minha mão direita para a maçaneta abrindo-a com cuidado e vi meu avô sentado aos pés da cama, olhando para ela com preocupação me deixando confusa. Afinal, conhecia muito bem o cheiro e o som do coração do meu avô a vida toda, mas antes que pudesse sair do quarto o som e o cheiro que me trouxeram até aqui ficaram mais fortes, como se me puxassem para o interior do local e me deixei levar por essa força entrando no mesmo, notando que havia um homem deitado na cama que aparentava estar na casa dos vinte anos, dormindo sereno como se estivesse em um sono profundo.

Logo percebi que o som e o cheiro que me atraíram até aqui vinha dele, por isso me aproximei mais da cama e olhando o rosto do desconhecido, tentando me lembrar de onde o conhecia.

—Quem é ele vovô? - questionei ao meu avô sem tirar os olhos de homem deitado na cama do quarto de hospedes da casa dos meus avôs.

—Você sabe quem ele é querida, só precisa escutar seu coração. - meu avô disse suave e continuei olhando para o homem deitado na cama, até minha mente ser invadida por inúmeras imagens nas quais ele aparecia.

Em um instante todas as lacunas que estavam em minha mente foram preenchidas, fazendo meus olhos se encherem de lágrimas reconhecendo o homem deitado naquela cama.

—Dante...- sussurrei com dor me sentando na cama e segurando meu imprinting nos braços, enquanto acariciava seu rosto com carinho sem que ele esboçasse qualquer reação, o que me deixou desesperada. -Por favor, amor, abra os olhos...A sua princesa está aqui com você...Dante, por favor...

Implorei inúmeras vezes, mas ele não abria os olhos o que me fez chorar angustiada, enquanto abraçava meu imprinting junto ao meu peito, como se pudesse dar uma parte de mim a ele para que o tivesse de volta.

Sabia que Dante havia escondido de mim que era um transfigurador e só Deus sabe, o que mais ele havia mentido para mim, mas nada disso importava diante do que meu coração e meus sentidos diziam para mim...Meu imprinting não estava nada bem, por isso as batidas do seu coração estavam tão fracas e falhas, além do seu cheiro que estava quase imperceptível, como se estivesse se apagando, assim como a existência de Dante SantaHelena.

Em silêncio, me separei dele e voltei a acariciar seu rosto pálido e frio, enquanto lágrimas caiam dos meus olhos antes de me inclinar para acariciar a ponta do meu nariz com o seu, tentando sentir seu cheiro e seu calor que estavam fracos demais, me deixando apavorada com a possibilidade de perdê-lo para sempre.

Não podia acreditar e muito menos aceitar que estava perdendo meu macho, sem que ter a chance de conhecê-lo melhor. Sem que tivéssemos a chance de viver a nossa história de amor, que estava apenas nos primeiros capítulos...Sem que pudéssemos formar uma família e envelhecer juntos...

—Volta pra mim, meu amor...Não me importo se tenha mentindo, tudo que quero é tê-lo de volta. Podemos resolver tudo isso depois, só volta pra mim, Dante...Você é o amor da minha vida...A parte mais linda do meu mundo...O meu macho...Por favor, não me obrigue a viver sem você... Porque não irei conseguir...- implorei entre lágrimas a ele como se pudesse me ouvir do seu sono profundo.

—Filha, você precisa se acalmar. - meu pai pediu em pé ao meu lado e neguei com a cabeça, sem desviar os olhos de Dante que ainda dormia.

—Não posso me acalmar, pai...Meu macho está morrendo...- sussurrei entre lágrimas desviando meus olhos com muito custo do meu imprinting, para ver o meu pai. - O que aconteceu com o meu Dante? Minha última lembrança é dele me trazendo para a casa dos meus avôs e ele estava bem, mas agora...Sinto que estou perdendo-o a cada segundo.

—Seu Dante é um homem incrível, filha. Jamais poderei agradecê-lo, pelo que está fazendo a você. - mamãe disse olhando para o meu imprinting com gratidão, enquanto olhava séria para as outras pessoas que estavam no quarto.

—O que aconteceu com o meu macho? - questionei séria olhando para os três e meu avô respirou fundo se sentando perto de mim, antes de me olhar de forma séria.

—Você estava morrendo Kyra e Dante abriu mão da própria força, para que pudesse assumir a sua herança, pois é a única solução para curá-la. Como você estava muito fraca, não aguentaria esperar que todos chegassem para as cerimônias, por isso seu macho abriu mão da própria força para lhe dar uma chance de sobreviver até que tudo estivesse pronto. - meu avô explicou e pisquei confusa, enquanto o olhava sem entender do que ele estava falando.

—O que está dizendo, vovô? - questionei confusa e ele respirou fundo, antes de começar a falar novamente.

Segundo meu avô, desde que teve seu imprinting Dante percebeu que havia algo errado comigo, já que ele não teve acesso as minhas memórias assim como não tive as deles, preocupado ele procurou meu avô para saber o que estava acontecendo comigo.

Diante das suas pesquisas em busca de respostas, vovô concluiu que o fato de ter renegado as minhas origens estava me deixando fraca, pois meus ancestrais estavam tomando a magia Quileute que havia em mim, já que não estava cumprindo com o papel que havia nascido para desempenhar, me fazendo perder aos poucos não só meus poderes como minha própria vida, o que deixou meu namorado desesperado diante da possibilidade de me perder.

—Encontrei Dante dias antes dele achá-la quase morta no meio da floresta e lhe expliquei o que estava acontecendo, assim como a única solução temporária, que seria o juramento de concessão, e a definitiva que seria você assumir sua herança, algo que só dependeria da sua vontade. Ensinei a ele tudo o que sabia do juramento de concessão, o qual só pode ser feito quando os transfiguradores possuem um relacionamento de alma ou consanguíneo, cedendo assim uma parte de sua força vital ao outro. Esse recurso, é perigoso demais para ser usado, pois consome toda a energia dos envolvidos e os poucos que o realizaram, segundo os documentos não conseguiram sobreviver no final. Apesar dos meus avisos, Dante realizou o primeiro juramento de concessão quando a desacordada na floresta. - meu avô explicou e desviei meus olhos dele para olhar Dante, que ainda dormia sereno no meu colo alheio a tudo que estava ao seu redor.

—Primeiro? Quantos juramentos desses Dante fez, vovô? - questionei preocupada, desviando os olhos do meu imprinting para ver o meu avô.

—Dois juramentos, querida. Pois o primeiro terminou e a força vital dele retornou para o seu dono, fazendo com que você voltasse a passar mal e Dante a trouxesse para cá. - meu avô explicou suave, antes de olhar para o meu pai que balançou a cabeça concordando.

—Filha, depois que a força vital do Dante voltou para ele, seu estado piorou. Por isso seus avôs me ligaram e me contaram tudo o que houve, assim que cheguei aqui Dante me explicou a sua ideia e concordei. Ele sugeriu que cedêssemos uma parte da nossa força vital a você, já que nós dois possuíamos uma relação com você, sendo eu o seu pai e ele o seu imprinting, mas na prática não funcionou assim. Você rejeitou a minha parte e aceitou apenas a de Dante, que teve que lhe ceder muito mais que uma parte, por isso ele está numa espécie de coma, pois seu corpo está fraco demais para mantê-lo acordado. -meu pai explicou e balancei a cabeça negando entre lágrimas, sem acreditar que Dante havia colocado sua vida em risco por minha causa e olhei para o seu rosto.

—Você não podia ter feito uma coisa dessas, amor...Não podia estar arriscando sua vida por mim...Não sou digna de todo esse sacrifício, Dante...- sussurrei chorando, não acreditando que meu namorado estava daquele jeito por minha causa.

—Ele achou que você era digna sim, Kyra, por isso escolheu dar a sua vida por você. Sempre admirei o coração generoso e altruísta de Dante, apesar de tudo que passou tão novo, ele jamais se deixou corromper pelo ódio, mas o que fez por você...Foi a maior prova de amor que poderia receber de alguém, minha filha. - meu pai disse suave, olhando com orgulho para o meu namorado deitado em meu colo.

—Do que está falando, papai? Como conhece o meu namorado? - questionei confusa e meu pai respirou fundo, como se estivesse buscando forças para me contar a verdade.

—Conheço Dante desde que era um bebê, pois o entreguei aos seus avôs depois que seus pais morreram durante a guerra que travei contra a minha prima em La Push, antes de você nascer. - meu pai disse e começou a me contar tudo, principalmente o porquê de Dante estar em Forks e no meu prédio e foi impossível não chorar diante das suas revelações.

Não podia acreditar que meu pai havia sido capaz de colocar alguém para me vigiar, me privando da minha liberdade, enquanto tinha meus passos relatados a ele pelo homem que se tornaria meu imprinting.

—Se quiser ficar com raiva de alguém, filha, que seja de mim. Dante não tem culpa de nada, ele só estava cumprindo minhas ordens, pois queria saber se Pietro seria bom para você, apesar de não ser o seu imprinting. Me perdoe, por privá-la da sua liberdade, querida, mas estava desesperado, meu amor. - meu pai implorou me olhando nos olhos e balancei a cabeça, sinalizando que entendia voltando minha atenção para Dante.

—E o que ele descobriu? - questionei acariciando o rosto do meu namorado adormecido, que transmitia tanta tranquilidade em seu rosto.

—Ele descobriu tudo, Kyra. - ele disse suave e balancei a cabeça concordando, sabendo muito bem do que meu pai estava falando.

Pietro podia achar que me enganava, mas sempre soube que ele me traia de todas as formas possíveis, só que preferia fechar os olhos diante de tudo do que terminar com ele e voltar para a casa dos meus pais, pois meu orgulho não me deixava admitir que estava errada em romper com toda a minha família por causa de um homem que nunca me amou, que tudo o que queria de mim era o meu dinheiro para manter seu vício em jogos.

—Que bom. Sabe pai, só agora percebi que um homem foi capaz de me virar contra a minha família e outro homem, me devolveu a ela... Dante, me fez ter coragem para admitir que estava no caminho errado, que estava me destruindo e destruindo a nossa família...Jamais vou poder agradecê-lo, por ter me dado coragem para admitir que estava no caminho errado.- disse perdida em pensamentos, me lembrando de tudo que havia passado no meu relacionamento com Pietro.

—Kyra, filha, você sempre soube de tudo?! Porque não terminou o noivado com o Pietro e voltou para casa? - meu pai questionou confuso, sem entender porque não havia tomado tal decisão.

—Porque era orgulhosa demais, para admitir que havia feito a escolha errada. Que havia brigado com a minha família, por alguém que nem amava. Só havia aceitado me casar com o Pietro para fugir do meu destino, porque estava assustada em saber que assumiria o seu lugar, pai. Achei que casando com ele e vivendo uma vida humana, tudo seria melhor, mas não foi o que aconteceu. Sempre houve um vazio dentro de mim, que nunca consegui preencher o que me deixava angustiada, mas foi só quando conheci o Dante que soube o que era. Eu não havia nascido para ser uma humana qualquer, tinha nascido para ser a líder de um povo e a alfa de uma matilha...Eu nasci para ser uma rainha, mas me deixei ser oprimida por alguém que nunca me mereceu, porque estava com medo do meu dever, mas não irei fazer mais isso. Porque vou assumir o meu lugar de nascença. - disse séria desviando os olhos de Dante para olhar meu pai, que me olhava com carinho e orgulho.

—É uma decisão sabia, meu amor, mas tem certeza disso?

—Tenho, pai. Não vou mais renegar o meu dever, só espero ser uma líder tão boa quanto o senhor. - disse insegura e meu pai sorriu com amor para mim.

—Você será muito melhor, minha lobinha.

—É o que desejo, papai. Só espero poder retribuir, tudo que Dante está fazendo por mim. Se não fosse por ele, jamais admitiria meus erros e voltaria para o caminho certo.

—Tenho certeza que o seu amor, já deve ser a melhor forma de retribuição, querida. - meu pai segredou e beijou a minha testa com carinho, antes de deixar o quarto explicando que precisava ver se tudo estava pronto e minha mãe o acompanhou.

—Sei o que está pensando querida, e não se preocupe porque tudo dará certo e no final seu namorado voltará para você.

—É tudo que desejo, vovô. - disse suave e me inclinei para beijar a testa de Dante com carinho, antes de me afastar. - Só queria que ele pudesse estar ao meu lado agora, isso me deixaria mais calma e segura.

—Ele sabia disso, querida, por isso me pediu para lhe entregar isso. - vovô disse suave indo em direção a mesinha de cabeceira e abrindo a gaveta, tirando de lá um pedaço de papel dobrado me entregando em seguida.

—O que está escrito aqui vô? - questionei curiosa segurando o papel com a mão livre e ele deu de ombros.

—Não sei meu amor, tudo que sei é que Dante disse que devia entrega-la a você, pois a ajudaria a se acalmar diante de tudo que aconteceria daqui a algumas horas.

—Ele sempre soube que iria assumir meu lugar.

—Ele jamais duvidou disso, Kyra. Vou deixa-la a sós para ler a sua carta. - meu avô disse e agradeci colocando a carta em cima da cama enquanto ele saia do quarto, em seguida deitei meu namorado com cuidado na cama deixando-o o mais confortável possível, antes de pegar a sua carta novamente abrindo-a e começando a ler.

“Minha princesa,

Sei que a essa hora já deve saber de toda a verdade e deve estar me odiando, mas quero que saiba que de início nunca pretendi me envolver com você. Só queria cumprir a minha missão o mais rápido possível e voltar para casa, mas assim que vi seus olhos cor de mel depois que abri a minha porta, soube que todos os meus planos e desejos anteriores haviam ruído diante de você.

Me perdoe se minhas mentiras lhe magoaram, mas estava com medo de contar toda a verdade e ser rejeitado por você e ainda havia a sua doença, que a deixava cada vez mais fraca e indefesa, nos tirando a chance de nos conhecermos melhor e construirmos o nosso amor.

Sei que errei por esconder a verdade, mas errei em nome do amor que sinto por você, por isso, por favor, imploro o seu perdão, Kyra.

Seu pai e seu avô me prometeram que explicariam tudo, assim que acordasse do sono profundo no qual se encontra, espero que possa entender o que houve e quem sabe um dia me perdoar, por ter mentindo, mas se isso não acontecer quero que saiba que nos poucos momentos em que estivemos juntos, eu a amei profundamente Kyra.

Me apaixonei por você sem ao menos perceber e sentir isso, foi a melhor sensação da minha vida...Nunca me senti tão completo e inteiro quando estou com você.

Na verdade, nunca amei ninguém como amo você, minha princesa.

Não sei qual será a sua decisão, depois que souber de tudo, mas quero que saiba que tenho certeza que será a melhor líder e alfa que o povo Quileute já teve.

Você nasceu para ser uma rainha, minha Kyra, e jamais deve deixar de acreditar nisso, não importa o que os outros digam ou a façam acreditar.

Quanto a mim...Não quero que se sinta culpada por nada se o pior acontecer, porque sabia dos riscos quando escolhi pela segunda vez dar a minha força vital a você, e não me arrependo de nada. Saber que estou lhe ajudando a cumprir o seu destino, me deixa o homem mais feliz do mundo, por poder devolvê-la ao seu lugar de direito.

Se não podermos nos encontrar mais nessa vida, não se preocupe, pois irei encontrá-la em outra. Quem sabe, não possamos ser espíritos animais de outras pessoas, como nossos antepassados?!

Seria maravilhoso, poder continuar a nossa história de amor de onde paramos, mesmo que tenha que ser através de outras pessoas...

Essa carta não é um adeus, Kyra.

Porque não quero dizer adeus a você...

Não assim, por meio de uma carta...Por isso, vou dizer um até logo.

Até logo, amor da minha vida... Prometo, que nós veremos em breve.

Com todo meu amor e sempre seu,

Dante.”

Chorei sem parar assim que terminei de ler a carta de Dante e me deitei ao seu lado, deitando minha cabeça em seu peito enquanto passava meu braço direito por sua cintura, implorando que ele voltasse para mim.


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Notas finais do capítulo

Não sei vocês, mas esse capitulo me emocionou....
Beijos e até sexta, com o ultimo capitulo e o epílogo.



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