A herdeira escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a minha short fic de O Legado, espero que tenham gostado da novidade e que se encantem e torçam pela Kyra, assim como fizeram pelos outros membros da família Thompson.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
Beijos e boa leitura.



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Entrei em casa sorrindo feliz enquanto olhava o solitário na minha mão direita, não acreditando que Pietro havia mesmo me pedido em casamento no dia do meu aniversário de vinte e quatro anos.

—Chegou tarde, lobinha, achei que fosse chegar mais cedo para comemorarmos o seu aniversário em família, como sempre fizemos. - meu pai disse sentado no sofá da sala com uma xicara de café nas mãos, me assustando o que lhe fez rir antes de colocar a xicara em cima da mesa de centro. -Me desculpe, amor, não quis assustá-la. Você estava mesmo distraída para não sentir meu cheiro.

—Sim, pai. Me desculpe por ter demorado, mas estava com o Pietro. - disse escondendo minha mão direita nas costas e meu pai suspirou cansado, como se não quisesse ter aquela conversa novamente. E eu o entendia, afinal já havíamos tido varias brigas por causa do meu namorado.

—Kyra...- ele começou a dizer cansado e o interrompi, olhando em seus olhos de forma suplicante.

—Por favor, pai, é o meu aniversário. Só hoje, não vamos brigar por causa do Pietro. - pedi olhando em seus olhos castanhos e ele balançou a cabeça concordando, antes de bater no espaço ao lado do sofá, um convite claro para que me juntasse a ele.

Caminhei em silêncio em sua direção me sentando ao seu lado no sofá, tomando cuidado para esconder o anel em minha mão direita, colocando as mãos no bolso do casaco que estava usando, pois sabia que se meu pai acabaríamos brigando de novo, pois segundo minha mãe o orgulho dos Thompson, jamais nos deixaria admitir que estávamos errados, o que de certa forma era verdade.

—Você sabe o quanto eu te amo, não sabe, filha? E por te amar tanto, só quero que seja feliz, sem se sentir culpada por ter magoado alguém, por simplesmente ter agido por impulso quando encontrar o seu imprinting. - papai disse e suspirei cansada daquela história de imprinting, sem dizer uma palavra me levantei do sofá disposta a ir para o me quarto, evitando qualquer possível discussão que com certeza aconteceria.

—Onde você vai Kyra? - ele questionou confuso, assim que percebeu que estava saindo da sala.

—Vou para o meu quarto, porque não quero brigar com o meu pai no dia do meu aniversário. - esclareci antes de caminhar em direção as escadas, mas senti alguém segurar a minha mão me fazendo parar e virar para ver meu pai.

—Você tem toda razão, filha. Deus...Estou fazendo tudo errado...Não quero que me odeie, Kyra, só quero o seu bem e sei por experiência própria, que ficar com alguém que não é o seu imprinting, deixa um vazio dentro de você. Um vazio que só o seu imprinting pode preencher. - meu pai disse tentando me convencer e suspirei frustrada, por ele não entender meu ponto de vista.

—Já estou com vinte e quatro anos, pai, até quando preciso esperar para que meu imprinting aconteça? Não vou deixar a minha vida passar diante dos meus olhos, enquanto espero por alguém que pode nem estar vivo.

—Kyra, filha, tente...-meu pai começou a dizer, mas parou assim que olhou para o anel na minha mão, antes de voltar a sua atenção para mim. - Por favor, não me diga que você...

—Sim. O Pietro me pediu em casamento e eu aceitei. E sabe porque, pai? Porque gosto muito dele e quero ficar com ele. E não será o senhor ou a magia Quileute, que irão me impedir. - disse olhando-o de cima em desafio, deixando claro que não mudaria de ideia.

—Você não sabe o que está fazendo, Kyra Melissa. Não pode se casar com um homem que não é o seu imprinting. - meu pai gritou furioso soltando a minha mão e senti a raiva queimar em minhas veias, me impulsionando a refutar suas palavras.

—Quem decidi isso sou eu, senhor Thompson. Se não percebeu, sou adulta o suficiente para tomar minhas próprias decisões.

—Olha como fala comigo, garota, sou seu pai e você me deve respeito. Enquanto morar na minha casa, terá que me respeitar assim como as minhas regras. Você irá terminar esse noivado absurdo, hoje mesmo. - meu pai exigiu furioso e balancei a cabeça de forma negativa, deixando claro que não iria obedecer a sua ordem, logo comecei a ouvi passos descendo as escadas e vi minha mãe descendo os últimos degraus confusa, enquanto amarrava seu robe de seda branco na cintura.

—Mas o que é que está acontecendo aqui? Porque estão gritando a essa hora da noite? Vocês querem acordar a casa inteira? - mamãe questionou confusa assim que se aproximou de nós.

—A nossa filha, Melissa, aceitou ficar noiva daquele cozinheiro oportunista. - meu pai disse furioso e minha mãe me olhou surpresa.

—Isso é verdade, Kyra? - ela questionou me sondando com o olhar.

—Sim, é verdade. E o papai quer que eu termine o meu noivado, o que claramente não farei. - disse cruzando os braços, deixando claro que não mudaria de ideia.

—A senhorita irá terminar sim, porque jamais irei permitir que se case com outro homem que não seja o seu imprinting. - meu pai disse autoritário e sorri sem humor, enquanto olhava sério para ele.

—Não preciso da sua permissão para nada, papai. - disse olhando-o por cima, deixando claro que não tinha medo dele.

—Kyra. - mamãe disse séria, me repreendendo por ter sido grossa com meu pai. - Agora já chega, é melhor todo mundo subir e dormir. Amanhã com a cabeça fria, os dois conversam melhor.

Sem dizer uma palavra, meu pai se aproximou de mim me olhando nos olhos de forma severa, antes de voltar a falar.

—Se você se casar com aquele homem, pode esquecer que tem uma família, Kyra. - meu pai disse severo e dei um passo para trás, surpresa por suas palavras.

—Benjamin, o que pensa que está fazendo? Você não pode expulsá-la de casa, Kyra é a nossa filha. -mamãe disse séria e meu pai balançou a cabeça negando.

—Essa não é a minha garotinha doce e amorosa que amei, eduquei e criei, Melissa...Que sempre me respeitou, assim como ao nosso povo e as nossas tradições. Essa mulher na minha frente, arrogante e prepotente, não merece ser a minha sucessora. - meu pai disse sério e balancei a cabeça concordando.

—Nem eu quero isso, senhor Thompson. Pela primeira vez na vida, poderei ser finalmente livre sem ter o peso de ser a sua herdeira, pairando em cima da minha cabeça. - disse séria e caminhei em direção as escadas para ir arrumar as minhas coisas.

—Onde pensa que vai, Kyra Melissa Hastings Thompson? Se deseja sair dessa casa, sairá só com a roupa do corpo. -meu pai disse severo e dei meia volta caminhando em sua direção, antes de parar perto dele olhando bem nos olhos.

—Com todo prazer, doutor Benjamin Thompson. - disse severa olhando nos olhos do meu pai, que demonstravam tanta magoa e dor, enquanto saia da casa onde nasci e cresci sem olhar para trás, ignorando os apelos da minha mãe ou o choro doloroso do meu pai.


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