Shadowhunters- 4 temporada- Luz e escuridão escrita por Gi47


Capítulo 7
Uma questão de sangue




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 - Desculpe-me, eu estava distraída- Ethel levantou o olhar, e pôde ver uma mulher de cabelos negros médios e lisos, e olhos castanhos. Ao lado dela havia um jovem adulto, uma pessoa na qual ela esbarrou também, ele tinha cabelos e olhos castanhos parecia um rapaz simpático

Então, ela reconheceu eles, do céu. Sabia quem eram, Maryse Lightwood e Simon Lewis, entretanto, nenhum deles aparentemente a conhecia, pois a olhavam desconfiados, claro, não poderia culpa-los, ela era realmente uma estranha naquele lugar. Um peixe fora da água.

Sem falar mais nada, a ruiva havia os deixado, e seguindo em frente, para onde ela achou que fosse fora do instituo. Quando a voz, suave e firme da mulher perguntou sobre ela:

— Desculpe, mas quem é você? - Maryse foi na direção da garota, ainda esperando uma resposta

— Ethel, e não, não sou uma caçadora de sombras, nem mundana, nem vampira, nem um submundana... – Ela falava as criaturas que não era, quase sem folego, talvez, com medo do julgamento de dizer que ela era um anjo que havia sido, possuído. Seria extremamente vergonhoso.

— Então, o que você é, diga logo - A matriarca da família Lightwood, já estava perdendo a paciência.

Ethel, suspirou cansada, antes de botar tudo para fora de uma vez por todas.

— Um anjo possuído por um demônio- ela disse, séria, como se estivesse desafiando-os, então ambos ficaram olhando para ela com surpresa, pena e desconfiança, alguns minutos depois do espanto, eles percebem que já sabiam da história, as notícias corriam soltas pelo instituto.

— Você se recusou a tirar as memórias, tanto quanto as runas de Clary – disse Simon, que não estava perguntando, estava afirmando para a ruiva, que era de fato muito parecida com Clary

— Totalmente- a ruiva concordou

— Mas as memórias, assim como as runas, dela foram tiradas do mesmo jeito, não é? - Perguntou Simon dessa vez

— Não por mim- respondeu Ethel com convicção

— Mas... Ela teve suas memórias e as runas dela recuperadas, não é? - Perguntou esperançoso o rapaz

— Totalmente, mas não por mim, deve ter sido por causa do amor que ela sente pelo Jace, o amor é lindo, não é? – Perguntou com um sorriso verdadeiro, mas com um tom de doçura falso

— Sim, eu acredito que seja sim- Simon disse, um pouco amargurado, ele estava namorando Izzy e estava feliz, mas o sentimento que ele sentia pela Clary foi difícil de lidar, durante anos.

— Você estava indo embora do instituto, não estava, posso saber o motivo disso? - Maryse dessa vez perguntou extremamente séria

—  eu não pertenço a este lugar.... Houve um ataque no instituto, culpa minha, ou de Asmodeus, como preferir, Clary está ferida, ela não ganhou runas desde que voltou e o fogo celestial está fazendo um lento processo de cura em seu corpo.... Ou seja, eu fiz isso com ela.

— Não foi sua culpa, você estava sendo controlada pela... coisa dentro de você, deveria ficar aqui, descansar, é seguro aqui, cuidaremos de você- tentou dizer Maryse para Ethel, com um falso tom de preocupação e de gentileza.

Ethel, percebeu essa falsidade, e imaginou que ela só queria que ficasse no instituto, para explorar seus poderes angelicais. 

— Não meça suas palavras, senhorita Lightwood, isso não combina com você, pode falar sem medo, que tem um demônio dentro de mim, e que eu não sei controlar...  E aliás, você só quer que eu fique aqui para falar com a clave, assim eles podem me examinar e fazer testes em mim, afinal.... Eu sou anjo, não é?

— Exatamente, foi isso mesmo que vim falar para meu filho, líder do instituto fazer, se me der licença.  Simon, venha comigo

Simon olhou para Ethel preocupado, mas seguiu Maryse, ambos já estavam na metade do caminho até que a voz grave e ainda levemente irritada de Ethel foi ouvida.

— Eu não vou ser um rato de laboratório

— Sinto muito, mas aqui você é apenas isso, vai para seu quarto, fique lá, descanse.

Ethel, ficou com os olhos vermelhos e laranjas misturados em uma cor totalmente nova, pela raiva, porém, não durou muito e foi para seu quarto, ela não queria causar mais problemas.

 Na enfermaria, Clary finalmente acorda, e levanta da cama, após isso, a ruiva abraça a todos que estavam presentes.

Depois de falar para seus amigos que estava bem, ela se dirige para Izzy, colocando uma mão em seu ombro:

— Agora, que estou bem, gostaria de ter minhas runas de volta, e fazer nossa cerimónia parabatai novamente, Izzy – A morena sorriu a ouvir tais palavras

— Eu gostaria muito disso, Clary- disse gentilmente

Ambas se olharam, sorrindo uma para outra, até que a Clary perguntou, para todos, já que não a via naquela sala:

— Onde está Ethel?

— Ela deve ter ido embora, houve uma discussão entre nós  e.…- Alec não terminou de falar, a porta foi aberta revelando, Maryse e Simon.

E Maryse, avisou para seu  filho e para todos os outros:

— Ela não foi embora, ela ficou no instituto

Simon e Clary se abraçaram, ambos estavam emocionados com reencontro, se separaram, e Simon, começou a conversar com sua amiga de longa

— Graças a Deus que você voltou, que bom que se lembrou de tudo- disse o moreno com lágrimas nos olhos

— eu estou tão feliz de estar de volta, estou tão feliz de ver todos vocês de novo, principalmente você, Simon- a ruiva disse segurando as lágrimas.

— Senti tanto a sua falta, Clary- Simon disse por fim, colocando uma mão no ombro da ruiva.

E foi cumprimentar izzy com um beijo. Após o beijo, se abraçaram, e ficaram um ao lado do outro.

Alec esperou o momento certo para voltar no assunto Ethel, e começou:

— Como assim ela ficou no instituto?  Ela é perigosa, ela não sabe usar tanto poder, ela pode nos matar – perguntou e justificou-se Alec para a mãe

— Vamos doma-la, vamos controlá-la e vamos treina-la- avisou Maryse, firme e dura como uma pedra  

— Controla-la?  Não acha que ela sendo controlada por Asmodeus, já não é o suficiente? - Perguntou Magnus dessa vez, apoiando o marido, defendendo Ethel.

— Vamos examina-la e fazer testes com ela, vamos fazer dela um experimento- Respondeu Maryse para o feiticeiro, mas olhando para Alec

— Quer dizer que vão tortura-la? – Perguntou o arqueiro, levantando uma sobrancelha, desafiando sua mãe

— Tortura? Isso não é tortura, é ciência, Alec, ela é um anjo, caçadores de sombra tem sangue de anjo, finalmente temos uma chance de entendermos nosso DNA, não vamos descansar até que saibamos nossa origem, não vamos descansar até que a dissecamos por inteiro

— Como você ousa? Eu achava que tinha mudado- dessa vez foi Izzy para mãe, que não estava gostando do rumo daquela conversa.

— Eu mudei sim, mas isso não tem nada a ver com nossa vida pessoal, é a nossa origem, nossa vida

— Eu não concordo com isso, mãe, está errado, eu não vou permitir – Concordou Alec com sua irmã, preparando-se para sair da enfermaria

— Alexander Gideon  Lightwood-Bane, me escute

— Não, escute você, eu sou líder do instituto, e não vou permitir isso- Agora sim Alec havia saído da enfermaria, Magnus e Maryse o seguiram.

Na enfermaria sobraram, apenas Izzy, jace, Clary e Simon

E Izzy perguntou para Clary:

— Ainda tem clima para uma cerimônia parabatai depois dessa?

— Nossa cerimônia vai quebrar o clima tenso que se instalou aqui, mas eu preciso falar com a Ethel- disse Clary. Indo rápida até a porta, mas a voz de Jace a impediu por um segundo

— Clary eu acho melhor não...- Tentou dizer o loiro. Porém, Clarissa o interrompe

— Não se preocupe, eu não vou falar sobre ela ser um experimento

Clarissa chegou no quarto de Ethel, abriu a porta, e sentou-se na cama

Ethel não pareceu se ofender com isso, na verdade, sentou-se ao lado da ruiva.

— Você é um anjo, não é? Eu ouvi vocês conversarem- Perguntou e adicionou a Clary

— Sim, possuída por um demônio, depois de ter ido no limbo, antes de tudo isso, recusei-me a tirar suas runas e memórias, espero que tenha ouvido isso também- tentou dizer suavemente, porém, ficou parecendo uma pessoa rancorosa, algo que  ela não era.

— Obrigada, muito obrigada, por isso, eu não me importo de você estar possuído por algum demônio, pelo menos agora... você não tinha motivos para recusar tirar minhas memórias, mas você o fez - Disse Clary levantando-se.

— Saiba que eu tinha um motivo, eu fiz isso, porque eu sou completamente apaixonada por você- Disse gentilmente 

—Bom, Ethel, estou lisonjeada em saber disso, mas eu não... a amo dessa maneira, eu amo o jace e não quero te magoar... – tentou dizer Clary 

— Oh, Clarissa, pare de ser tão dramática, eu apenas disse que estava apaixonada por você... Não precisa terminar com o Jace, e vir correndo nos meus braços, e depois perceber que realmente o amava e correr para os braços dele novamente... Eu não suportaria... eu não quero e não vou passar por isso- Disse Ethel,  friamente e sombriamente, com dor e raiva aparente.

— Você não vai sair magoada disso tudo...? -Perguntou Clary, suavemente, gentilmente

— Eu não quero sair magoada, eu quero que você fique com o Jace, você tem um namorado, ame-o- respondeu Ethel, com firmeza.

Ambas se abraçaram, quando se separaram, Clary pôde ver os olhos negros da outra ruiva, ficou assustada, mas não recuou.

Ethel mal havia percebido, e sorriu

Clary sorriu também. Saindo do quarto de Ethel.

No corredor ela encontrou Jace, e começaram a conversar:

— Você sabia que a Ethel é apaixonada por mim? - Perguntou para o loiro, apreensiva

— Sim, ela me contou, aliás, ela contou para todos na verdade- respondeu Jace, despreocupado

— Isso não te preocupa? - Perguntou a Fairclhild

— Ela me disse que não ficaria no nosso caminho, ela disse que não tentaria nos separar, acho que podemos confiar nas palavras de um anjo- afirma calmamente o rapaz.

Um pensamento de insegurança, que ele não estava acostumado, passou pela cabeça do loiro, com receio, mas com uma pitada de autoconfiança, ele perguntou para Clarissa:

— E o que você sente em relação a isso? O que sente pela Ethel?

—  amizade, apenas amizade, não se preocupe Jace- respondeu a ruiva, o encarando. Eles se beijaram rapidamente, e sorriram um para o outro

— e ela é um anjo possuído, lembra? Ela pode ter as palavras e a beleza de um anjo, mas sua mente e coração podem ser de demônios- Clarissa , acrescentou,   friamente que Ethel era uma incógnita para todos.

— Olha só, você acordou poética, continue assim até a cerimônia- Jace disse sarcástico , beijou a testa de Clary, e a deixou sozinha

Clarissa sorriu e foi para seu quarto se arrumar para tão aguardada a cerimônia.


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