Shadowhunters- 4 temporada- Luz e escuridão escrita por Gi47


Capítulo 6
O peso da culpa




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—Então, problemas no paraíso? - Perguntou Izzy, divertida para Ethel. Depois que ela havia terminado de contar a história

— Você não faz ideia- responde Ethel se levantado de uma cadeira da enfermaria que estava sentada antes.

Estavam todos na enfermaria, Clary havia recebido o fogo celestial de Ethel, para cura-la, mas aquele poder não estava tão forte, afinal, ela tinha perdido suas asas, o bem mais precioso de um anjo, sem asas os anjos ainda tinham seus poderes, mas enfraquecido. Então, Clarissa não estava tão curada, pois estava sem runas. E o ataque havia sido forte.

— Como é o limbo? - Questionou Alec, olhando-a

— esmagador, Desesperador e depressivo- anunciou para o arqueiro

— Qual foi o real motivo de não ter tirado as memórias e as runas de Clary? Pensou em Clary quando abriu o portal para sair do limbo, não é? Por que? - Perguntou Jace a observando

— Nós dois sabemos a resposta para essa pergunta, eu me apaixonei por ela, eu a observava no céu, eu já estava sentido algo por ela, mas quando eu a conheci pessoalmente, quando moramos juntas por um ano, Jace, os sentimentos ficaram mais fortes- Ethel explicava, e sentou-se ao lado do loiro, que segurava a mão de Fairchild.  E a outra ruiva continuou:

—Porém, eu não vou ficar no seu caminho, eu não vou tentar separa-los, Jace- Ela segurou a mão dele, e uma explosão de energia elétrica nas veias dos três ocorreu, e Herondale soltou a mão de Ethel, a anjo ficou chateada por isso, e disse em um sussurro: -  eu não sou o monstro que pensa que sou

A ruiva levantou bruscamente, indo até o batente da porta, e dizendo a todos que estavam lá:

— Aliás, eu não sou o monstro que nenhum de vocês pensam que sou

Ela ia embora, mas Izzy também saiu de sua cadeira, dizendo-a:

— Espera ai, Ethel, ninguém está te julgando, todos nós já fomos possuídos por demônios uma vez, essas coisas acontecem, e você não machucou ninguém, você não sucumbiu a ele.

— Sabe por que não sucumbiu a ele? Porque a luz que está dentro de você, é mais forte do que qualquer poder demoníaco, é mais forte que Asmodeus- Magnus se pronunciou pela primeira vez, desencostando da parede que estava apoiada, e indo em direção a ela. E continuou:

— Eu sei como é tê-lo dentro da sua cabeça, controlando você, eu sei como é tê-lo perturbando sua consciência, ele coloca coisas na sua mente que você não quer fazer- enquanto o feiticeiro falava, ele olhava para Ethel e para Alec, interligando os olhares. Porém, no fim apenas olhou para a ruiva, quando disse:

— Eu sei que você não é um monstro, fique aqui, o instituto é o lugar mais seguro para você-Eles se abraçaram, Ethel estava chorando enquanto o abraçava, de alguma forma ele passava essa confiança, uma pessoa que o entende, que conhece sua dor, é um refúgio. Alec via os dois se abraçarem, mas não tinha ficado com ciúmes, confiava em Magnus, amava-o,  o caçador de sombras sabia que seu marido tinha capacidade para consolar pessoas. Alec queria ter essa facilidade de consolar outras pessoas, todavia, não o tinha.

Alexander odiava ter de quebrar o momento, mas ele teria que dizer sua opinião:

— Na verdade, o instituto não é o lugar mais seguro para você- ambos olharam para ele, e ele voltou a falar, justificando: - Tudo bem, todos nós aqui já fomos possuídos, sim, mas não com um demônio tão poderoso quanto Asmodeus, e também não com um poder tão forte de anjos antes, você é um perigo para você mesma e para o instituto.

Para Ethel, não havia ficado claro, que ele se referia ao instituto, pois ele disse que ela era um perigo para ela mesma. Então, a dor de cabeça, e os sussurros que ouviu em sua mente junto com a dúvida e a dor de poder ser mandada embora a fizeram ser extremamente grossa, fria e aspera com ele.

— Está preocupado comigo ou com seu precioso instituto? - Ela perguntava com tanto ódio, com tanta raiva, e ríspida, que Alec duvidou que fosse a ruiva falando, e então perguntou para a moça a sua frente:

— É você falando ou Asmodeus?

— Os dois, pois mesmo que eu sinta a raiva e o ódio vindo dele para você em particular, eu ainda quero saber a resposta dessa pergunta- respondeu Ethel

— É meu dever proteger o instituto, talvez, você não saiba disso, já que acabou de me conhecer, mas eu tenho senso de dever, e estou fazendo meu trabalho, boa resposta para você? - Alec a respondeu, rispidamente, a encarando.

E Ethel também queria o instituto protegido, e ela sabia como era ruim desobedecer uma ordem, ou não fazer seu trabalho

— Melhor não poderia ser- ela disse, dando as costas

Porém, Jace manifestou-se se levantando, segurando o braço de Ethel impedindo que ela saísse da enfermaria, e do instituto, olhando para Alec, perguntando:

— Vai realmente deixar um anjo com poderes de demônio, tão poderoso assim, andando solta pelas ruas de Nova York?

— Ela não manifestou os poderes dela durante um ano, não acho que agora se manifeste, mas o lugar dela é aqui, Alec, ela não machucou ninguém - Izzy deu sua opinião, olhando para o irmão.

— Na verdade, ela me jogou no chão, eu queria impedir que ela lutasse com os demônios pois ela estava sem treinamento, mas ela não me obedeceu, e foi lutar mesmo assim

— Por que a culpa foi minha, Asmodeus me fez chamar um exército de demônios para matar todos aqui incluindo seu próprio filho, e eu queria lutar para remendar o dano que causei, mas do que adianta agora? Clary, está ferida, sem runas, por minha culpa- Ethel soltou-se do aperto de Jace, e dirigiu-se a Alec, se exaltando, porém, quando disse a última parte, sobre Clarissa, sua voz baixou. E todos perceberam a dor da culpa

— Estão vendo porque não podemos confiar nessa garota? - Perguntou Alexander com um tom de voz, dizendo o obvio, para ninguém em especifico, logo após ter percebido a dor na voz do anjo, tentando provar seu ponto

— E você acha mesmo que se eu estivesse no meu controle, eu teria feito o que fiz? Acha que eu quis fazer isso? - Perguntou novamente para o caçador, dessa vez com um misto na voz, embargada e desafiante, Ethel havia perdido o controle

—  claro que não, mas isso não muda nada, você mesma disse, por sua culpa Clary está ferida- Alec respondeu, perdendo a paciência

— Os dois poderiam agir como duas pessoas civilizadas, não é? - Alertou Magnus, tentando quebrar a tensão, a raiva e o mal humor que Alexander e Ethel tinham um para o outro.

Os dois perceberam que estavam perdendo a compostura, realmente, e pararam de se olharem bravos um para o outro.

Um silêncio incomodo assolou o ambiente, Ethel sentou-se na cadeira ao lado da cama de Clary, não parava de olha-la, segurou sua mão. Uma energia passou por suas veias, mas isso não a fazia soltar a mão delicada da ruiva.

Vê-la daquele jeito, era horrível. Então, o anjo simplesmente saiu da enfermaria, dizendo para quem quisesse ouvir:

— Eu sinto muito, não posso ficar aqui.

Ethel andava perdida, sentindo lágrimas inundando seu rosto

Andando pelos corredores do instituto, que mal percebeu que havia esbarrado em duas pessoas

Ela reconheceu como um rapaz e uma mulher.


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