Saint Seiya: O Rugido do Camaleão escrita por Anderson Luiz


Capítulo 59
Templo Submarino




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— Chegamos, senhor Poseidon. Está na hora de despertar, meu senhor.

— Urgh… o-o quê? - Murmurou Julian Solo ainda um pouco letárgico.

— Desperte, meu senhor, e contemple o seu Templo Submarino.

Depois de alguns minutos Julian finalmente desperta completamente e a bela jovem o ajuda a se levantar. Julian olha para os lados ficando confuso.

— Mas se este é um templo submarino… onde está toda a água!?

— Olhe pra cima meu senhor. - Disse ela apontando com a mão.

Julian arregalou os olhos completamente surpreso. - Não é possível! A água está acima de nós como se fosse o céu… isso não pode ser real… será mesmo que estamos no fundo do mar?

— Claro que estamos, meu senhor. 

— Mas se isso é verdade… como este templo nunca foi achado antes? Nem mesmo a minha família que comanda o mar mediterrâneo deve ter conhecimento disso…

— Um humano comum consegue em média mergulhar a uma profundidade de 18 a 22 metros, sem o auxílio de qualquer equipamento. Neste momento nós estamos a mais de três mil metros de profundidade, e mesmo que alguém conseguisse chegar até aqui, este templo possui uma barreira marítima que afasta qualquer um que se aproxime com ferozes correntezas, capazes de destroçar um submarino como se fosse um barco de papel. Além disso, a pressão exercida em torno da barreira é dez vezes maior do que o normal, apenas nós, os Marinas, que recebemos a benção de Poseidon sabemos quais são as rotas corretas e conseguimos transitar em segurança.

— Is-isso é verdade? Eu não consigo acreditar…

— Meu senhor, não há motivos para que eu minta para vossa majestade… - Disse ela caminhando em direção ao Tridente de Poseidon que estava fincado no chão próximo deles.

— O Tridente dourado! Como ele chegou aqui!? - Perguntou Julian confuso.

— Assim que nós mergulhamos, o Tridente veio atrás de nós. Já que ele pertence ao senhor, e somente ao senhor. - Disse ela se ajoelhando ao lado do Tridente.

Julian caminhou até ele e o empunhou, na mesma hora Julian foi envolvido mais uma vez por um brilho dourado que se dispensou cobrindo toda a área do Templo Submarino, avisando a todos os Marinas que enfim Poseidon havia retornado.

 

[Em Algum Lugar do Mar Egeu]

— O senhor Julian já está em segurança. Bom trabalho Thetis. Agora é a minha vez. - Disse uma figura masculina que estava no meio do mar, há vários quilômetros de distância da Mansão dos Solo. Ele também trajava uma armadura peculiar, igual da jovem que abordou Julian.

Ele então mergulha e em questão de segundos uma onda gigantesca se forma, era um paredão de água com mais de dez metros de comprimento por dez de altura. A onda então começa a se mover e aos poucos vai ganhando velocidade, avançando furiosamente em direção da mansão.

Porém, logo em seguida mais uma onda de mesma proporção surgiu e avançou na mesma direção. E mais e mais ondas surgiram e avançaram na mesma direção.

— O que está acontecendo!? Dezenas de ondas gigantescas estão cruzando o mar numa velocidade incrível! Isso não é algo natural! Será que é um ataque!? Atena pode estar em perigo! - Disse a figura que antes estava rondando a mansão dos Solo, ele partiu como um raio dourado e surgiu na beira-mar, próximo a mansão.

— Se estas ondas colidirem com a Mansão ela será completamente destruída… E eu não posso apenas tirar Atena daqui, devo proteger a todos! Relâmpago de Plasma!— Rugiu Aiolia lançando seu poderoso punho dourado contra as ondas, evaporando todas as ondas em questão de segundos. O ataque acabou rasgando o solo e causando tremores. Porém, mais e mais ondas surgiram.

Enquanto isso uma sombra invadia o quarto onde Saori estava, ela tinha acabado de despertar assustada com o Rugido de Aiolia, contudo ela ainda foi pega de surpresa pela sombra que jogou contra ela várias correntes que se enrolaram nela e começaram a sugar sua energia, fazendo-a ficar inconsciente e fazendo ela cair sobre a cama.

A figura saiu das sombras, se revelando como um homem trajando uma armadura, ela era simples, mas o que chamava a atenção era que nas ombreiras, caneleiras, braçadeiras e no peitoral tinham detalhes que pareciam imitar escamas de peixe, além de ter várias nadadeiras espalhadas pela armadura.

— Então essa é a reencarnação de Atena? Foi muito fácil! O senhor Poseidon ficará agradecido, talvez até me promova, ehehe.

Logo em seguida, Tatsumi entrou gritando no quarto para ver se Saori estava bem, pois toda mansão havia sido sacudida, deixando todo mundo com medo.

— Senhorita! Sentiu esse abalo!? Senhorita!? - Espantou-se ao ver Saori amarrada sobre a cama. - Ei seu desgaçado! O que está fazendo com a senhorita Saori!?

— Tsc… é melhor você ir embora se não quiser morrer!

— Nunca vou permitir que um asqueroso como você se aproxime da senhorita! - Gritou Tatsumi avançando pra cima do guerreiro.

— Não vou perder tempo com alguém como você. - Disse o guerreiro dando uma mãozada na cara de Tatsumi lhe arrancando alguns dentes e o jogando contra a porta do quarto, o mordomo caiu desacordado. - Melhor eu ir embora com a garota…

Porém nesse momento Saori se levanta, seus olhos estavam vidrados, seu cosmo expandiu-se e tomou conta de todo o quarto.

— Q-quê!? Como é possível essa garota ter um cosmo tão poderoso assim!?

Atena elevou seu cosmo um pouco mais, e uma das correntes que a prendia se partiu.

— Co-como!? Essa corrente deveria sugar o cosmo e inibir que qualquer um conseguisse usá-lo!

— Não é óbvio? - Disse uma voz feminina ecoando no quarto. - Ela é a deusa Atena. Não são simples correntes que iriam detê-la!

— Q-quem está aí? - Disse o invasor apavorado.

Ele queria sair correndo desde que sentiu o cosmo de Atena da primeira vez, mas ele estava muito aterrorizado para se mover. Por mais que o cosmo de Atena não fosse ameaçador, o invasor estava se sentindo pressionado por sua imensidão.

De repente outras duas correntes se partiram. - Maldição! - Gritou o guerreiro que saiu correndo, finalmente conseguindo mover-se. Ele saltou pela janela do quarto, atravessando-a.

— Atena, isso quer dizer que uma nova batalha está por vir.

— Sim Niké, infelizmente meus queridos cavaleiros terão que lutar mais uma vez. - Respondeu Atena quebrando as últimas correntes.

Momentos depois o guerreiro invasor foi interceptado por uma sombra, enquanto fugia pela praia.

— Porque você não para de se esconder? - Disse a sombra avançando.

— Q-quem está aí!? Quem é você!?

— Silêncio! Eu não estou falando com você!

— Tsc… como é?

— Você não deve passar de um mero soldado raso. É melhor ir embora de uma vez, antes que perda a sua vida. O meu verdadeiro inimigo está se ocultando no mar. - Explicou Aiolia se revelando.

— Não fale besteiras! Vamos ver o que você consegue fazer! - Gritou o soldado raso avançando contra Aiolia.

— Se é assim que deseja! *Rugido Relâmpago!— O cosmo dourado de Aiolia se transformou em um leão gigantesco e avançou contra o soldado raso, destroçando completamente a sua armadura, e o jogando para longe. Antes mesmo dele tocar o chão, seu corpo já estava sem vida. Ele foi rolando até atingir um banco de areia que com o impacto se tornou uma pequena cratera.

— Oh… então me descobriu… não podia esperar menos de um dos cavaleiros de ouro, a elite de Atena. - Disse uma voz masculina que vinha do mar, acompanhada de várias pequenas ondas.

— Enquanto você chamava a minha atenção e me mantinha ocupado, mandou esse rato atacar Atena, achando que a presença dele passaria sem ser notada.

— Foi exatamente o que eu planejei. Mas parece que Atena está mais desenvolvida do que nós pensávamos. - Falou a voz misteriosa, enquanto isso as ondas avançaram até o corpo do soldado e o levaram embora, até mesmo os destroços da armadura dele sumiram.

— Vamos, seu covarde apareça! - Bradou Aiolia irritado ao perceber que todo o rastro deixado pelo soldado havia desaparecido.

— Ainda não é o momento oportuno, pode guardar as suas presas leão dourado. A nossa missão principal já foi cumprida, as outras missões eram só bônus.

— Missões? - Questionou Aiolia preocupado, mas ninguém respondeu, agora só era possível ouvir o barulho das ondas. - Tsc… ele desapareceu… melhor eu voltar e checar como Atena está.

Ao voltar para a mansão Solo, Aiolia entrou pela janela quebrada. E viu Saori curando os ferimentos de Tatsumi que ainda estava desacordado.

— Deusa Atena… - Disse o Leonino se ajoelhando diante de Saori.

— Aiolia, fico feliz em ver que você está bem. - Disse ela virando-se para o dourado.

— Perdoe-me por não ter impedido o inimigo de invadir os seus aposentos.

— Está tudo bem, foi graças ao seu cosmo que eu despertei antes que fosse tarde demais. - Sorriu ela gentilmente. - E onde ele está agora?

— Eu pretendia segui-lo para descobrir mais informações, contudo eu tive que lutar contra ele e ele não suportou os ferimentos, mesmo eu me segurando. - Lamentou Aiolia.

— Entendo. Eu já tenho uma ideia de quem pode estar por trás desse ataque, mas antes de fazer acusações quero ter certeza. Por hora vamos voltar para o Japão, quero deixar Tatsumi sob os cuidados da Fundação Graad antes de voltarmos para o Santuário.

— Sim senhora. Estarei aguardando lá fora.

 

[Hospital da Fundação Graad, Japão]

June, Shiryu, Hyoga e Seiya estavam sob cuidados intensivos devido a gravidade dos ferimentos oriundos da batalha contra os cavaleiros de ouro, eles permaneciam em coma para um melhor tratamento. Os médicos até tentaram despertá-los do como induzido, entretanto eles ainda permaneceram dormindo. Spezzia de Dorado, também estava sendo tratada lá, mas no quarto ao lado já que não havia mais espaço naquele quarto, a condição dela era um pouco menos grave, porém com mais sequelas, por isso ela permanecia sedada.

Shunrei estava cuidando do Shiryu e dos outros naquela semana, ela dormia em uma cama improvisada dentro do quarto. Saori havia lhe oferecido um quarto em sua mansão, mas ela se recusou, ela queria permanecer ao lado de Shiryu por todo tempo que fosse possível antes de ter que voltar para os Cinco Picos.

Enquanto Atena estava sendo atacada na Grécia, uma sombra também invadiu o quarto dos bronzeados.

— Tsc… essa missão é muito ingrata, ter que matar esses mortos-vivos… o mestre *Noira disse que era uma missão importante… porém mudou de ideia na última hora e mandou o Zé para outro lugar… que sortudo… - Resmungou o invasor indo em direção os bronzeados, ele tinha o mesmo tipo de armadura do soldado raso que atacou Atena.

— Quem é você!? - Perguntou Shunrei assustada.

— Ora, ora… mais que azar… - Disse o soldado se virando para ela. - Garota você tem duas escolhas… ou vai embora, ou morre junto com eles…

— Co-como é?

— Não vou repetir. - Disse ele batendo com o punho contra a grade de ferro da cama de Hyoga, amassando-a completamente e fazendo a cama dele chacoalhar. - Fuja ou morra!

— Não vou deixar que você faça mal ao Shiryu e aos outros…

— Muito bem! Então você vai ser a primeira a morrer! - Gritou o soldado raso partindo pra cima de Shunrei preparando-se para aplicar um soco mirando o coração dela.

Mas para a surpresa dele, Shunrei cruzou os braços e bloqueou o soco, contudo ainda assim foi jogada para trás chocando-se com a parede, rachando-a.

— Tsc… ela bloqueou o meu ataque? Deve ter sido sorte… Bem é melhor eu me apressar…

— Es-espera… eu disse que não ia deixar você fazer mal contra eles… - Disse Shunrei se levantado.

— Quê!? Como isso é possível… não me diga que você é uma amazona!? - Perguntou o soldado confuso, pois aquele soco teria matado uma pessoa comum.

— Nã-não… não sou uma amazona… mas no período que o Shiryu treinou nos Cinco Picos, eu acompanhei o seu treinamento de perto… e por insistência do Mestre Ancião eu também treinei, não para virar uma amazona, mas para poder me defender quando necessário… 

 

[Flashback de 6 anos atrás, Cinco Picos, China]

— Foi você que veio do Japão até aqui para se tornar um cavaleiro?

— Sim senhor! Eu me chamo Shiryu!

— Escute, para se tornar um cavaleiro terá que passar por um treinamento tão duro que desafiará as leis da lógica que você conhece. Você poderá perder a vida no meio do caminho… acha que mesmo assim conseguirá suportar, Shiryu?

— Sim! Farei tudo o que for preciso para me tornar o mais forte de todos!

— Hehehe, que menino mais bobo! - Riu uma garotinha escondida atrás de uma árvore.

Shiryu olhou irritado para ela e ela se escondeu.

— Shunrei. - Chamou o velho mestre.

— Sim, Mestre Ancião? - Falou a garotinha saindo de trás da árvore e ficando ao lado do pequeno Shiryu.

— Este é o Shiryu, e a partir de hoje iniciará o treinamento. Por favor, mostre a ele a área.

— Sim senhor.

Shunrei mostrou todo o local para Shiryu assim como o Mestre Ancião pediu, depois eles sentaram perto da cachoeira e começaram a conversar.

— Então… seu nome é Shunrei, não é? Você é filha do mestre daqui?

— Sim, meu nome é Shunrei. Mas ele não é meu pai de sangue. Eu fui abandonada quando eu era um bebê aqui nas montanhas e o Mestre Ancião me salvou. Desde então ele vem me criando.

— Então você é uma órfã assim como eu?

Shunrei balançou a cabeça positivamente. - Shiryu, porque você veio de tão longe treinar aqui em Rozan?

— Eu quero me tornar forte para me rebelar contra os abusos e maus tratos da Fundação Graad!

— Nos últimos anos vi outros como você, que também vieram atrás do Mestre Ancião, mas poucos conseguiram passar dos seis meses de treinamento e mesmo assim desistiram.

— Mas eu sou diferente! Eu preciso ficar mais forte a qualquer custo!

Se passaram dois anos desde que Shiryu chegou no Cinco Picos, sempre que podia Shunrei acompanhava de longe os árduos treinamentos de Shiryu.

— Shunrei…

— Sim Mestre Ancião? - Falou ela se aproximando.

— Você tem acompanhado o treinamento do Shiryu com mais interesse do que das outras vezes.

Shunrei ficou vermelha. - E-eu nem percebi…

— Escute Shunrei. Vou lhe perguntar mais uma vez, você não gostaria de treinar também?

— Mas mestre, eu não quero virar uma amazona, muito menos gosto de lutas…

— Minha querida Shunrei, em breve eu deixarei os Cinco Picos, e provavelmente não voltarei. Uma terrível guerra está para acontecer, e talvez eu não tenha a chance de lhe proteger… o mesmo deverá acontecer com Shiryu caso ele conquiste a armadura de Dragão. Então se você ao menos aprendesse a se defender teria uma chance maior de sobreviver ao que está por vir…

Mais três anos se passaram. Shunrei e Shiryu alternavam entre treinar e cultivar a terra. Eles vendiam flores, frutas, verduras e vários tipos de chás para ganhar algum dinheiro e durante o período de descanso os dois sempre ficavam juntos conversando.

— Shiryu você treina duro, seja sob o sol ou a chuva. Você se esforça bastante. Tenho certeza que conseguirá a armadura de Dragão.

— Obrigado Shunrei, mas você também se esforça bastante, sempre me acompanha nos treinos, cultiva a terra e faz os afazeres de casa.

— Mas você também faz. - Sorriu ela.

— Foi um início difícil, porém, por mais que o Mestre Ancião seja muito severo, ele é gentil. E foi aqui em Rozan que pela primeira vez na vida, eu senti o calor humano. - Shiryu foi até um cesto cheio de flores que a Shunrei havia acabado de colher, pegou uma das flores e colocou no cabelo dela. - E foi graças ao Mestre e à você Shunrei… Nunca estive tão feliz…

Shunrei sorriu e abraçou Shiryu, os dois ficaram abraçados por um tempo admirando a maravilhosa paisagem dos Cinco Picos.

 [Fim do Flashback]

 

Shunrei assumiu uma postura ofensiva e partiu pra cima do soldado com uma sequência de socos, mas facilmente ele conseguia bloquear e desviar dos golpes.

— Com esses socos lentos, você não conseguiria acertar nem uma baleia! - Disse ele contra-atacando com um gancho no estômago dela, fazendo-a vomitar um pouco de sangue. Ele empurrou ela para trás e tentou aplicar um chute, mas Shunrei conseguiu se recuperar a tempo e bloqueou o chute.

Shunrei contra-atacou segurando a perna dele e o lançando em direção da porta, que foi derrubada pelo impacto e o soldado foi jogado para fora do quarto.

— Preciso tirar ele logo daqui e garantir a segurança do Shiryu e dos outros. - Pensou Shunrei olhando para o seu amado.

Mas antes que ela pudesse fazer qualquer coisa, o soldado estava dentro do quarto novamente, só que dessa vez elevando o cosmo pronto para lançar um ataque.

— Vou acabar com tudo de uma vez! - Disse o soldado, concentrando o cosmo entre as mãos.

Enquanto ele preparava o ataque, um forte cheiro de praia inundou o quarto. Era possível ouvir até o som das ondas do mar. Shunrei ficou confusa, não existia qualquer praia perto do hospital, mas ela não teve muito tempo para pensar nisso quando percebeu que o soldado estava mirando o ataque não nela, mas nas máquinas que mantinham os bronzeados vivos.

*Deadly Stream!— Gritou o soldado lançando o seu ataque, uma rajada concentrada de cosmo que mais parecia o esguicho de uma baleia ou de um golfinho, quando estes sobem à superfície para respirar.

*Lúshān Lóng Fēixiáng! — Gritou Shunrei saltando para frente para tentar bloquear o ataque.

Shunrei explodiu o seu cosmo e juntou as duas mãos, imitando a boca de um dragão e envolta em seu cosmo, ela avançou. O cosmo dela parecia tomar a forma de um dragão chinês que seguia “devorando” o ataque do adversário.

O soldado raso se assustou ao ver aquele dragão avançando contra ele e num momento de descuido ele acabou dando a brecha necessária para Shunrei avançar com tudo, ela o atingiu o peitoral dele com as duas mãos, trincando-o, em seguida separou as duas mãos, fazendo um golpe diagonal que despedaçou boa parte do peitoral do soldado, conseguindo até cortar o tórax dele. O soldado então caiu no chão com o peito ensanguentado.

— É melhor você fugir, eu não quero lutar, mas se você continuar insistindo em matar o Shiryu, eu vou ter que acabar com você! - Falou Shunrei ofegante.

— Quem pensa que é!? - Disse ele tentando se levantar.

Shunrei assumiu uma posição defensiva.

— Eu vou acabar com você! - Disse ele partindo pra cima de Shunrei com uma sequência de socos.

Shunrei conseguiu esquivar-se da maioria e ainda contra-atacar com um chute, acertando o estômago do seu adversário o jogando contra a parede.

— Sua maldita! - Gritou o soldado furioso.

Nesse momento é possível ouvir pessoas correndo pelo corredor, se aproximando do quarto. Provavelmente aquela batalha chamou a atenção dos funcionários do hospital.

— Será que são cavaleiros? Não sinto nenhum cosmo… mas se forem como ela… - Pensou preocupado.

— Então? O que você vai fazer? - Questionou Shunrei ao perceber a preocupação dele.

— Tsc… você deu sorte! - Disse o soldado fugindo correndo pela porta do quarto.

Só depois que Shunrei sentiu que a presença do soldado havia sumido completamente do hospital foi que ela relaxou o corpo. Shunrei quase caiu, mas conseguiu se segurar e apenas cambaleou. Ela olhou para Shiryu, sua visão estava um pouco embaçada, entretanto ela tinha certeza que seu amado estava ali e em segurança.

De repente vários funcionários, entre médicos, enfermeiros e seguranças, entraram no quarto e ficaram assustados ao ver os ferimentos de Shunrei. Alguns correram para conferir se estava tudo bem com os cavaleiros de bronze e outros foram prestar os primeiros socorros em Shunrei.

 


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo pronto, espero que gostem. Finalmente entramos no arco de Poseidon, novas batalhas e novos personagens estão por vir.

A ideia original era fazer da Shunrei uma Saintia, mas acabei não conseguindo encaixar isso na estória, então acabei mudando um pouco a ideia, espero que gostem.

*Rugido Relâmpago é o nome da técnica que o Aiolia usou contra o Shaka na casa de Virgem.
*Noira é um novo Marina, qual será a escama que ele usa?
*Deadly Stream - Fluxo da Morte - é uma técnica nova, mas que foi ensinada a este soldado raso por seu mestre.
*Lúshān Lóng Fēixiáng - Dragão Voador de Rozan em Chinês, quer dizer espero que esteja certo, como a Shunrei é chinesa achei que seria interessante ela falar em seu idioma original, além do quê, os Cinco Picos fica na china.

Agradeço aos leitores que aqui chegaram e até o próximo capítulo ^^



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