Duality escrita por Renan


Capítulo 4
Capítulo 4 - Ainda não acabou




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Nenhum dos 3 quis mais conferir nada. Parecia já estar claro que o culpado havia sido o Preto. Rosa e Vermelho sentaram-se juntos num dos bancos da cafeteria, com ambos tentando se acalmar. Ciano andava de um lado para o outro, como se estivesse pensando em algo pra fazer.

— Hoje foi o pior dia da minha vida. – disse Rosa, colocando seu capacete de volta após limpar suas lágrimas.

— De todos nós, Rosa. Mas nós temos que ser fortes. Como ouvi o Verde dizer hoje mesmo: temos que pensar com calma e evitar chorar no meio do problema. Mas agora acho que o problema já está resolvido e podemos voltar pra casa.

Rosa abraçou Vermelho, que retribuiu o abraço.

— Está com raiva de mim por eu ter ejetado a Amarelo?

— Um pouco, talvez. Mas você foi só um dos três que votaram, e era muito difícil pensar racionalmente naquele momento. – Rosa desfez o abraço e olhou para o companheiro.

— Ei, Rosa! Vermelho! – gritou Ciano, há vários metros de distância. – Que tal descansarmos um pouco na enfermaria?!

— Já vamos! – gritaram ambos ao mesmo tempo. Ciano entrou na enfermaria.

Vermelho detestou a interrupção. Aparentemente era verdade que Ciano era gay e sentia algo por ele, o que fez parecer que ele quis estragar o clima.

— E como fica o filho do Verde?

— Podemos cuidar dele juntos. Podemos tirar férias merecidas agora, e recomeçarmos uma nova vida, para superar todas essas angústias. – foi dizendo Vermelho, fazendo um gesto de quem ia tirar seu capacete para beijar a Rosa.

— Sim, acho que com você posso me sentir mais segura.

Rosa fez o mesmo gesto que Vermelho, mas antes que qualquer coisa pudesse ser feita... as luzes se apagaram.

— Ainda não acabou?! – perguntou Vermelho, zangado.

— O que a gente faz?! – perguntou Rosa.

— Acho que estou entendendo! Vem comigo!

Vermelhou puxou a mão de Rosa com força e a tentou levou correndo até a elétrica.

— Eu não entendo mais nada! Você é o impostor?! Você vai me matar?! – perguntou Rosa, soltando a mão dele na entrada da elétrica.

— Não, é possível que essa sabotagem tenha sido programada! Eu tenho que...

De repente, as luzes voltaram ao normal, antes que Vermelho sequer entrasse na sala. Ouviram passos do Ciano vindo em direção à eles no corredor, e o viram com cara de incrédulo.

— Um de vocês...? Ou...? Eu não entendo mais nada. – disse Ciano, confuso.

— Esperem um momento, eu acho que já estou entendendo tudo. – disse Vermelho, com cara de pensativo. – Lembrei que ainda não consertamos as comunicações. Rosa, vá procurar o filho do Verde enquanto eu e o Ciano vamos checar isso. O Ciano vai consertar o comunicador.

— O Verdinho pode ser o impostor?!

— Não! Quer dizer... apenas faça o que eu estou dizendo, mulher! – disse Vermelho, meio agressivo.

Rosa olhou pra ele chocada por um momento, e apenas saiu sem dizer nada. Vermelho puxou uma arma e apontou para o Ciano.

— Ande alguns metros na minha frente, quero ver se você consegue consertar aquilo sozinho.

Ciano, com as mãos para cima, andou alguns metros na frente de Vermelho. Logo, ambos estavam nas comunicações, e de repente elas voltaram a funcionar antes mesmo de Ciano encostar nos aparelhos.

— Ora, pelo que parece já está tudo bem por aqui. – disse Ciano, que em seguida se virou – Talvez seja mesmo o filho do...

— Fim da linha pra você, Ciano. – disse o Vermelho apontando uma arma na direção do visor do colega – Você é o impostor!


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