Duality escrita por Renan


Capítulo 2
Capítulo 2 - A Primeira Eliminação


Notas iniciais do capítulo

Cogito escrever mais histórias de Among Us no futuro. Se acharem minha forma de descrever as coisas maçante, podem dizer



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— Já aviso que não vou passar cartão não, ou vai ser meia hora até acertar essa joça! – disse o Verde, ao se separar dos outros, fazendo seu filho rir.

Vermelho foi com a Rosa para a administração começaram a fazer as tasks de lá. Vermelho habilmente conseguiu passar o cartão de primeira e ficou admirando a rosa enquanto ela fazia um download. Estava com medo de deixá-la sozinha, mas tinha que colocar a missão à frente de seus sentimentos pessoais. Estava certo de que a admiração dela por ele aumentaria se ele conseguisse resolver essa situação. Saíram da administração ao mesmo tempo em que o Ciano entrou, pedindo desculpas por ter esbarrado em ambos passando entre eles.

Vermelho subiu sozinho, para consertar o motor de cima. Passou pela enfermaria e viu de relance a Amarelo sozinha, parecia estar sendo escaneada, ela ouviu passos mas como tinha que ficar parada não viu que tinha sido o Vermelho. Após resolver o problema no motor superior, Vermelho foi para a elétrica, que era o lugar mais arriscado da nave. Lá ele só precisou abaixar uma alavanca e sair depressa. Ao virar para o lado, viu o Verde correndo junto de seu filho

— Deu uma rapidinha lá?! – perguntou o Verde com um sorriso. Seu filho deu um risinho achando que era só um jeito engraçado de se referir a fazer uma task rápida, mas Vermelho entendeu o duplo sentido insinuando que ele e a Rosa teriam feito algo impróprio no lugar mais obscuro da nave, então olhou pra trás com hostilidade após os dois passarem por ele. Certamente uma péssima forma de dois colegas interagirem pela última vez.

Subindo para as armas, Vermelho sentiu que algo se chocou contra a nave, então resolveu sentar na cadeira apenas para confirmar sua suspeita: existiam meteoros no caminho que precisavam ser destruídos. No mesmo momento a Amarelo passou por ali, vindo da cafeteria, e começou a descer. Vermelho começou então a focar em destruir os meteoros, tendo que ficar quase meio minuto ali.

Após finalmente terminar, voltou a descer e, com um mau pressentimento, entrou na elétrica de novo. Lá ele encontrou a Amarelo ofegante e, após perceber a presença dele ali, pegou seu megafone para reportar o cadáver do Verde que estava diante dela. Ele havia sido misteriosamente perfurado. Seu filho estava de joelhos no chão em estado de choque. Vermelho ia se aproximar para perguntar se o menino viu a cor do assassino, mas estava certo de que o menino não estava em condições de interagir com ninguém.

*DEAD BODY REPORTED*

ROSA: Quem?!

CIANO: Onde?!

AMARELO: Achei o corpo do Verde na elétrica. Não tinha ninguém perto

PRETO: Nesse ritmo vamos todos pro saco. Devíamos tentar eliminar um suspeito agora. Todo mundo tem álibi? Eu tinha acabado de sair da administração e tava indo pro reator.

ROSA: Eu estava com o Ciano na enfermaria há algum tempo quando a Amarelo reportou o corpo.

CIANO: Eu confirmo, ficamos um tempo lá. E eu tinha visto de relance agora o preto passando na frente da enfermaria.

VERMELHO: Eu saí das armas e tinha acabado de ir pra elétrica. Amarelo, por que você demorou pra reportar o corpo?!

AMARELO: Como assim “demorei”? Eu tinha entrado há pouco, e é natural a gente ficar chocada quando vê uma cena daquelas. Nem todo mundo é “frio e calculista”, sabe? E a propósito, alguém passou pela enfermaria quando eu estava lá e me viu fazendo scan?

(Vermelho não gostou nada da provocação indireta, lhe pareceu uma tentativa de diminuí-lo diante da Rosa)

VERMELHO: Você é a única que estava na elétrica quando o Verde foi achado morto e você só reportou depois de ver que eu estava ali!

AMARELO: E posso saber o que VOCÊ estava fazendo antes de ir brincar de destruir meteoros?! Eu da cafeteria pude ver que você tinha vindo de baixo, aí logo em seguida eu desci pra ir pra elétrica e quando cheguei lá o corpo já estava morto. Eu voto pra você sair enquanto você não me der uma boa razão para o contrário.

VERMELHO: Eu admito que tinha passado pela elétrica antes, o filho do Verde pode até confirmar quando estiver em condições de conversar, mas eu tinha entrado só pra fazer uma task rápida e saí.

PRETO: Eu voto pra tirarmos a Amarelo. Única grande suspeita pra mim no momento.

ROSA: Gente, como assim? Não acham muito cedo pra decidir algo extremo assim? Eu me abstenho de votar.

AMARELO: Não vem querendo ferrar assim com os outros não, senhor “Lobo solitário”. Vou perguntar de novo, quem me viu sendo escaneada?!

CIANO: Já aviso que vou seguir o voto do Vermelho. Confio nos instintos dele.

VERMELHO: Eu passei correndo pela enfermaria quando você estava lá, mas não tenho certeza do que vi. E mesmo que estivesse sendo eu não tenho certeza de que isso provaria você como inocente definitiva. Não sabemos até onde vão as capacidades do impostor de se passar por alguém.

AMARELO: Você anda lendo gibis demais, isso sim! Rosa, minha best friend, fala alguma coisa pro Vermelho, ele sempre ouve você e faz o que você quer.

VERMELHO: Não, quer saber? Meu voto vai pra você mesmo. E essa é minha palavra final.

AMARELO: HEIN?! Assim sem mais nem menos?!

ROSA: Vamos todos ficar loucos mesmo?!

CIANO: Sinto muito, Amarelo.

Com 3 votos para a Amarelo, 1 para o Vermelho e uma abstenção, foi decidido que a Amarelo seria jogada para fora da nave

***

— Alguma última palavra? – perguntou vermelho, olhando a Amarelo sendo segurada pelo Ciano e pelo Preto, prestes a ser ejetada.

— A única pessoa decente aqui é a Rosa. Preto é um misantropo idiota, você tem masculinidade frágil e está me eliminando porque quer ter a Rosa como uma posse e o Ciano é um gay no armário que beija o chão que você pisa porque gosta de você!

Ciano apertou o botão que abre a porta assim que ouviu seu nome ser pronunciado, mas Amarelo teve tempo de terminar a frase antes de ser atirada para o espaço. Rosa, pouco atrás do Vermelho, estava chorando baixo, tentando se controlar tanto quanto o filho do Verde, mas não conseguindo.

Todos se dirigiram para o computador principal da nave, que faria uma análise detalhada da Amarelo no espaço em segundos para comparar com os dados dela. Resultado provável: Amarelo não era o impostor.

Todos voltaram com raiva pra cafeteria. Havia quatro pessoas ali e qualquer uma delas poderia ser o impostor. Rosa estava inconformada com a injustiça que sua amiga sofreu, Preto queria matar os três se preciso pra sair vivo, Ciano não conseguia encarar o Vermelho e quis amaldiçoar a Amarelo por revelar os segredos que haviam sido confidenciados a ela, e Vermelho misteriosamente parecia o menos nervoso dos quarto, só querendo acabar logo com aquela dor de cabeça.


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