Acordei sentindo os braços de Isaac em volta da minha cintura, olhei no relógio em cima do gaveteiro. Era quase meio dia. Consegui sair da prisão dos braços de Isaac e fui para o banheiro. Tomei um banho quentinho repassando na minha mente se eu tinha sonhado essa noite.
Tentei me lembrar, mas não achei nada. Isaac entrou no banheiro e eu estiquei a mão o chamando para entrar embaixo do chuveiro.
— Você usa essa banheira? - Apontou para a banheira ao lado do chuveiro.
— As vezes sim. Gosto de ter um tempo para relaxar quando estou muito estressada. Vamos sair de tarde?
— Pode ser. - Sorri antes de beija-lo.
Depois do banho vesti o corpete azul e a saia preta.
— Nossa. - Parou no meio do quarto me observando.
Estava usando somente uma toalha branca enrolada na cintura.
— Gostou?
— Esta sexy. - Falou e eu sorri indo beija-lo.
Coloquei minha mão em sua toalha e a soltei do seu corpo o deixando nu. Passei a língua no lábio superior observando seu corpo e ele sorriu antes de me levar para a cama. O que nos controlamos no banho acabou acontecendo na cama. Nos atrasamos para o almoço, mas foi tão delicioso quanto os outros dias.
Quando finalmente descemos todos estavam terminando o almoço, Nate dobrou a cabeça de lado para nos observar, não sabia se ele estava achando estranho o Isaac dormindo aqui ou se era minha roupa e as bota biker que eu tinha calçado.
— Quando você comprou essa roupa avisaram que tinha faltado tecido? - Observou quando sentei e eu revirei os olhos.
— Vai cuidar da vida dos outros. Onde esta a Mel?
— Foi para casa hoje de manhã.
— Espero que não tenham brigado.
— Conversamos e aproveitamos um noite maravilhosa juntos. - Sorriu. - Ela esta bem, não se preocupe.
— Ótimo. - Virei para os meus pais. - Bom dia.
— Bom dia. Dormiu bem Isaac? - Mamãe perguntou e ele assentiu.
— Sim. - Franziu a testa para os empregados que estavam servindo sua bebida e Nate riu.
Depois do almoço nos sentamos no balanço do jardim enquanto Nate procurava Pernalonga. Isaac riu e eu o encarei com as sobrancelhas juntas.
— O que?
— O coelho não vai aparecer.
— Por que?
— Ele presente o perigo. Sabe que tem um predador na área.
— Você?
— Sim. Ele sente a parte lupina. A maioria dos animais não gostam de mim, alguns cachorros são mais tranquilos. Um amigo trabalhava cuidando de animais, tirei a dor de um deles. Foi... Muito bom. Sabe pela primeira vez senti que tinha um lado bom em tudo isso. Um lado do bem entende?
— Sim. - Assenti e sorri. - Amo você. - Sorriu.
— Não achei aquele orelhudo. - Nate resmungou se aproximando de novo depois olhou o celular. - Eu tenho que ir.
Levantei e o abracei.
— Se cuida irmãzinha. - Me abraçou forte depois apertou a mão do Isaac. - Cuida dela. - Isaac assentiu.
— Boa viagem. - Falei e ele sorriu se afastando. - Vamos dar uma volta? - Encarei os olhos azuis que tanto amava.
— Sim.
Isaac dirigiu pela cidade ate um lugar que era mais tranquilo, não tinha muitos carros naquela parte da cidade.
— Tudo bem? - Perguntei quando ele estacionou.
— Sim. Quer aprender a dirigir?
Sorri por que seria uma experiência interessante.
— Sim.
Ele me explicou tudo as coisas depois sentei no seu colo. As primeiras tentativas foram falhas, mas com o tempo peguei o jeito. Isaac se mudou para o bando do motorista e consegui dirigir alguns metros sozinha. Ergui os braços para cima comemorando e me atirei nele o beijando.
— Por que não tinha aprendido antes?
— Não era algo que eu precisava. Sempre tive um motorista só para mim. Mas eu sei que é bom ser independente um pouco. Obrigada.
— Estou aqui sempre que precisar.
— Eu sei. E fico feliz por isso.
Chris não estava em casa quando chegamos. Pedi comida japonesa mesmo com os protestos de Isaac. Ele fez careta enrugando o nariz quando estendi os hashi.
— Não sei usar isso.
— Se pega assim. - Arrumei entre os seus dedos depois levei ate um sushi depois o levei ate a sua boca.
— Não é tão ruim quanto eu pensava. - Assenti pegando um sashimi passando no wassabi e levando ate a boca.
Me diverti com ele tentando usar os hashi por fim ele espetava os bolinhos e levava ate  boca. Chris chegou já eram 10 horas e comeu um pouco com nós. Conversamos sobre bobagens.
— Vai dormir aqui? - Isaac perguntou quando nos sentamos no sofá.
— Por que não dorme lá em casa? Foi tranquilo com os meus pais.
— Fale por sua mãe, não por seu pai. Ele estava me fuzilando com o olhar. - Gargalhei.
— Eu era a garotinha dele. Mas a oferta ainda esta de pé. Ele gosta de você.
— Não sei se quero trabalhar para ele. Conversei com Chris e ele achou uma ótima ideia. É meio que um futuro garantido.
— Ele tem razão. Não vai ser ruim você aceitar, vamos trabalhar juntos.
— Ok. - Sorriu. - Vou conversar com ele.
Sorri antes de beija-lo.
— Não consigo manter minha boca longe de você.
— Sou irresistível.
— De fato é. Estou querendo sequestra-lo para mim.
— Já sou seu.
— Eu sei. - Sorri. - Vamos?
— Ok. Mas só por que preciso conversar com o seu pai.
Ele subiu as escadas para pegar algumas roupas e suas coisas da escola. Nos despedimos de Chris e voltamos para a minha casa.
— Já jantaram? - Mamãe perguntou quando nos viu.
— Sim, Isaac vai dormir aqui de novo.
— Sem problema.
— Onde esta o papai?
— No escritório resolvendo algumas coisas da empresa.
— Vou subir para conversar com ele. - Isaac falou e Grace se adiantou para leva-lo.
— Te espero no quarto. - Ele assentiu e seguiu Grace.
— Estou feliz por você. - Mamãe falou sorrindo. - Ele é um garoto charmoso e gentil. Gosto disso. - Sorri.
— Eu sei. E eu o amo.
— Fico muito mais feliz por saber disso.
— Papai não se importa?
— É meio difícil saber que a garotinha dele virou mulher, mas... Ele aceita. - Assenti.
— Vou dormir.
— Boa noite, meu bem.
— Boa noite, mãe.
Segui para as escadas e fui para o meu quarto. Dias atrás mamãe tinha me dado uma cesta com camisinhas, óleos, pílula anticoncepcional e tudo mais que poderia ser bom para usar entre duas pessoas. Sem falar de lingeries e pijama bem sexy que tínhamos comprado.
Subi para o sótão e fiquei olhando meus desenhos.
— Natalie?
— No sótão. - Respondi e logo Isaac subiu. - Como foi?
— Foi bem. Começamos juntos. Mas tenho que ir para a faculdade. - Balancei uns papeis para ele.
— Só se inscrever.
— Obrigado. - Beijou meus lábios depois pegou os papeis. - O que esta olhando?
— Meus desenhos. Tenho tido uns sonhos estranhos. Primeiro começou com cabelos ruivos, olhos vermelhos. Depois olhos azuis. Um jipe azul. Não faz muito sentindo.
— Para você não, mas para mim sim. - Comentou olhando os desenhos. - Tem alguma coisa acontecendo em Beacon Hills.