Minha Âncora escrita por CM Winchester


Capítulo 11
Capitulo 10




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— Eu não acredito! - Mel gritou.
Era umas 2 horas da madrugada, eu tinha acabado de chegar e tinha explicado o motivo de ter demorado mais que o combinado.
— Sim.
— Me conta tudo! - Falou animada.
— Eu viria embora, mas... Ele se mostrou compreensivo. Não avançou o sinal, me deu liberdade. E quando eu olhei para aqueles olhos azuis, tive certeza que queria aquilo. Queria transar com ele.
— E como foi? Ele foi gentil? Doeu?
— Foi maravilhoso. E doeu um pouco. É o normal né?
— Sim, sai um pouquinho de sangue tambem. Pelo menos foi assim comigo. - Assenti.
— Mas foi perfeito. Isaac... - Suspirei e ela sorriu.
— Esta apaixonada. - Fez um coraçãozinho com as mãos. - E não tente negar. Você mesma disse que só perderia a virgindade com o cara que amasse de verdade.
— Foi a coisa mais idiota que falei na vida.
— Não é idiota, é romântica.
— Você adora tirar uma com a minha cara não é?
— Você é uma rosa sabia? - Juntei as sobrancelhas enquanto a encarava confusa com o rumo da conversa. - É delicada que um simples toque pode machuca-la, mas é cheia de espinhos.
— Isso foi a coisa mais idiota que você disse na vida. - Gargalhou.
— Vamos dormir, amanhã temos escola.
— E você vai ficar lá em casa essa semana.
Acordei com um despertador diferente tocando, demorei a entender que eu estava na casa de Mel. E demorei mais ainda a levantar da cama.
Mel já tinha tomado banho e estava pronta para ir a escola quando finalmente levantei. Tomei um banho e vesti uma calça jeans, regata cinza, jaqueta de couro cinza e calcei meu tênis all star. Fiz um coque despojado e desci as escadas correndo.
Meu motorista já estava na frente da casa esperando. Mel estava sentada a mesa terminando o café quando me joguei na cadeira.
— Estamos atrasadas. - Comentou olhando o relógio da parede.
— Ainda da tempo. - Comi um pedaço de bolo de chocolate enquanto me servia com uma xicara de café.
O bebi rapidamente e levantei.
Chegamos na escola quando o sinal tocou, tivemos que correr para a primeira aula do dia.
— Sabe o que eu estava pensando? - Isaac perguntou quando nos encontramos no corredor para a aula de artes.
— Que você não me deu um beijo hoje? - Perguntei e ele sorriu.
Se inclinou e beijou meus lábios rapidamente.
— Não era isso, mas obrigado por lembrar. - Revirei os olhos. - Posso marcar um dia para jantar na sua casa?
— Por que quer jantar lá em casa?
— Estou cansado de bancar o garotinho que busca a garota na frente da casa, mas não conversa com os pais da garota. E por que você não aceitaria que eu fosse jantar com eles?
— Quem disse que eu não vou aceitar?
— Intuição.
— Pois sua intuição esta errada. Só temos um problema.
— Que seria? - Parou de andar para poder me encarar nos olhos.
— Você já deve imaginar como meus pais são, é o primeiro namorado que vou apresentar a eles. Isso quer dizer que você é importante e que o negocio é realmente serio. - Assentiu. - Eles vão te fazer varias perguntas.
— Você precisa decidir se é isso que você quer, por que eu quero isso e não me importo com o que seus pais pensem disso. Só não vou entrar em uma luta sozinho. Ou você esta comigo ou não. Sou cavalheiro para pedir a sua mão em namoro, mas não vou ser tão cavalheiro se ele disser "não".
— Eles não vão dizer não. Pelo menos eu acredito que não. Eles dão valor aos meus sentimentos. Quero você, Isaac. Quero ter algo serio com você. Só não quero que fique intimidado com o interrogatório do meu pai.
— Sou um lobisomem é difícil algo me intimidar. - Sorriu satisfeito e eu ri. - Antes que eu esqueça Chris gostou da comida, convidou você para jantar lá em casa quando quiser.
— Ele não achou ruim eu ter ido lá?
— Claro que não. Ele ficou feliz que eu esteja seguindo em frente. Acha você uma garota legal.
— Ótimo. Eu aceito sim. - Sorriu.
— Um mês atrás você me disse que não tinha certeza sobre as coisas, agora estamos fazendo planos de jantar em família.
— Já faz um mês que estamos juntos?
— Depois são os homens que esquecem as datas.
— Falta um mês para meu aniversario então. - Cocei a sobrancelha. - Nossa. Tenho que ir ver um vestido.
— A festa será... Grande?
— Como todas as festas da família Wayland.
— Acho que não estou preparado para isso.
— Pois fique por que quero dançar a valsa com você.
— A valsa? O que? Ta brincando né?
— Claro que não. Tenho que ligar pro Nate. Aquele desgraçado tem que vir dançar comigo.
Entramos na sala e nos sentamos no fundo como sempre.
— Faz quantos dias que ele não atende?
— Uns 5 dias. Já passamos duas semanas sem nos falar. Deve esta em turnê ou algo do tipo. - Entortei a boca. - Quer que eu faça um dueto para cantar com ele. Tem esperanças que eu saia da França algum dia. - Revirei os olhos.
— Você vai perder os olhos das orbitas de tanto revira-los.
— Idiota! - Retruquei.
Quando finalmente fomos liberados para ir para casa, me despedi de Isaac e encontrei com Mel.
— Falta um mês para meu aniversario.
— Esta tendo uma crise?
— O que acha de irmos no shopping hoje? Preciso comprar um vestido. E você tambem.
— Adorei a ideia.
No shopping andamos por vários lugares. Passamos a tarde toda batendo perna procurando vestidos perfeitos. Mel foi mais rápida em achar seu vestido. O shopping já estava quase fechando quando finalmente encontrei o vestido perfeito.
Quando voltamos para casa já era de noite.
— Achei que não viriam mais. - Mamãe falou assim que passamos pela sala em direção as escadas.
— Estávamos no shopping comprando os vestidos para o meu aniversario.
— Achei que tinha esquecido. Quero vê-lo.
— Você sabe como sua filha é indecisa. - Mel debochou enquanto subíamos as escadas. - Ela não conseguiu escolher só um. - Revirei os olhos. - Escolheu dois.
— Ta evoluindo. Eu apostaria no mínimo cinco.
— Haha. Muito engraçado. - Resmunguei abrindo a porta do quarto.
Coloquei as compras em cima da cama. O primeiro era um corpete azul e saia preta curta, nada mais que isso.
— Nem pensar! - Mamãe falou. - Quer usar isso para sair por ai, ok. Mas não em uma festa em família.
O outro vestido era de tafetá a saia verde escuro com um bordado e para cima do corpete era em um tule que era meio verde, meio preto, tomara que caia e na cintura um bordado em dourado.
— Esse eu gostei mais. Vai querer fazer um baile de mascaras?
— Você que quer. - Respondi levando o vestido para o enorme closet.
Olhei os sapatos decidindo qual combinaria mais. Optei por uma sandália simples preta.
— Já enviei os convites. Falou com Nate?
— Não. Mas vou ligar para ele depois.
— Ok. Ate o jantar meninas. - Ela saiu fechando a porta e nos deixando sozinhas.
Mel entrou no closet observando as roupas e sapatos.
— Com tanto sapato e você só usa o mesmo tênis e o mesmo coturno. - Bufou.
— Gosto de coisa confortável. Quando começar a trabalhar só usarei salto.
Arrumei o corpete e saia em uma prateleira e Mel riu.
— Achei que ela teria um infarto.
— Não é pra tanto. Se eu usasse isso na festa quem enfartaria seria meu pai.
— Nada de se mostrar vadia em uma festa de família. - Debochou rindo.
Acabei rindo tambem.


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