Todos os Erros escrita por Lizzy Di Angelo


Capítulo 25
Pedidos estranhos a Dumbledore




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A situação foi esclarecida rapidamente quando o diretor se aproximou, Cátia Bell correra até a diretora de sua casa para explicar o acontecido, e Minerva, como a grande fã de quadribol que era, acionara Dumbledore e Severo Snape, furiosa com aquela falta. Sabia que aquele era um time de trapaceiros, e até então tudo que pudera fazer fora torcer para que Madame Hooch os aplicasse faltas, talvez por isso tivessem alcançado o nível de descaramento necessário para tentar acabarem com as chances de seu time dias antes da grande partida.

—Por que eu faria algo assim? —o Flint teve a coragem de perguntar, se virando para o diretor de sua casa em busca de apoio, já que além de Bole e Derrick ele era a única pessoa a não fulmina-lo com os olhos. —A Saint-Sallow é do meu time!

—Temos tempo o suficiente para ouvir todos, senhor Flint. —Dumbledore falou calmamente, observando então Ilíria e Oliver. —Me parece que esses dois receberem cuidados é mais urgente. Onde está Madame Pomfrey?

—Estou aqui, diretor. —a mulher surgiu com uma expressão leve de indignação, carregava um pequeno frasco em sua mão e foi até Ilíria, apoiando o vidro sobre a mesa. —Esta aqui quebrou uns ossos, nada que não possa ser consertado. —tateou a perna machucada rapidamente, fazendo com que a garota se encolhesse de dor. Todos observaram interessados quando o Pucey aproveitou a mão na cintura da garota para acariciar sua lateral em conforto, Oliver arqueou as sobrancelhas com tanta força que vincos apareceram em sua testa. —Beba, é para a dor.

Ilíria aceitou o frasco e decidiu que não precisava cheirá-lo antes de beber, a queda já a deixara enjoada o bastante, virou a bebida na boca rapidamente, tentando não sentir seu gosto, mas o amargor final a forçou a fazer cara de nojo. A mulher partiu para Oliver, tocando-o na cabeça em busca de algo, limpou o ferimento e o enfaixou rapidamente. Questionou-o sobre dor em outros lugares, e foi ágil em colocar o braço dele de volta no lugar, fora isso havia pequenos arranhões e dor, para o qual ela deu um remédio.

—Vai passar essa noite aqui, precisa ficar acordado nas próximas horas. —falou autoritária, resmungou algo sobre concussões e voltou para a garota. Ilíria estava lutando contra algo que ela não entendia, em alguns minutos sua dor começou a diminuir gradativamente, mas sua resistência parecia desmanchar em conjunto. Piscou, se sentia estranha, uma mistura de sono e vontade de rir, tentou empurrar isso para longe se concentrando em coisas, a suavidade com que Adrian a segurava, o olhar preocupado de Heather, a punição que a Sonserina receberia, o pulso de dor que ainda estava ali. —Vou precisar acertar os ossos antes de remendá-los.

—O que você me deu? —estava confusa, e precisava estar desperta para a briga que se seguiria.

—Anestésicos. Senhor Pucey, vou precisar que a segure. —Ilíria mal percebeu que estava sendo deitada novamente, observou Adrian confusa ao o ver pesar as mãos sobre os quadris, a mantendo presa.

—Heat, por que tem um cara me segurando? —virou o rosto para o lado, olhando a amiga, o que foi o momento perfeito para Madame Pomfrey fazer a primeira realocação. Ilíria gritou, sem saber se estava surpresa ou com dor, tentou se mover, mas o garoto não deixou. Heather a segurou pelo rosto, tentando mantê-la distraída.

—Já vai passar, querida, já está acabando. —murmurou gentil, os dedos acariciando as bochechas macias, os olhos escuros da Saint-Sallow estavam perdidos. O segundo estalo foi rápido, e o terceiro não deu tempo sequer para se recuperar.

—Pronto! —a mulher exclamou satisfeita, sacou a varinha para começar seus remendos. Pareceu simples, mesmo que Ilíria estivesse agitada. A mulher tateou a outra perna, estava bem, então levantou as roupas para olhar a costela que fora acertada, tudo no lugar, apenas um roxo. —Ficara aqui por pelo menos dois dias.

—Eu vou jogar. —um lapso de lucidez que se transformou em um cantarolar, virou o rosto o bastante para ver Oliver na cama ao lado, abriu a boca surpresa. —Oliver, você está aí!

—Estou. —respondeu divertido, era a primeira vez que ela  o chamava pelo nome. —Está se sentindo bem?

—Vou te contar um segredo: acho que o Dumbledore vem aqui. —todos controlavam a risada, mesmo Dumbledore assistia o desenrolar.

—Ele já veio, está ali. —apontou para o homem, a garota o encarou surpresa, seus olhos piscando de sono, se sentia tão mole.                                 

—Diretor! —exclamou feliz, tentou se sentar, mas Adrian a empurrou gentilmente, a mantendo deitada. —Promete pra mim que vai jogar uma maldição no Flint? —a voz dela era lenta e o intervalo entre as piscadas estavam cada vez mais curtos, estava prestes a dormir.

—Por que não dorme um pouco, Liri? —Heather falou suave, tentando empurrá-la para o sono.

—Porque eu não quero. —devolveu fazendo a amiga revirar os olhos, não existia anestésico que controlasse aquela língua. Mas Ilíria continuou com os olhos fechados, mesmo quando tentou se virar e deitar de lado, só os abrindo novamente quando sentiu uma mão prender sua coxa no lugar.

—Nada de mexer essa perna, ok?  —Adrian sussurrou para ela, sabendo que a dor seria pior quando o remédio perdesse seu efeito.

—Você é muito, muito, muito... —a frase não chegou ao fim, porque ela mergulhou em um sono profundo.

Quando acordou, apenas na tarde do dia seguinte, estava confusa. Sentia dor, sua perna estava horrível, havia um machucado na costela, sua cabeça latejava impiedosamente e não sabia como acabara na enfermaria. Heather estava dormindo em uma cadeira, a cabeça apoiada no colchão, e em cima de uma mesinha lateral tinha um copo, observou o bilhete dizendo que era para dor e supôs que Madame Pomfrey o deixara ali para quando acordasse, então o bebeu. Por vários minutos ficou sentada ali, lembrando pouco a pouco dos detalhes, caira da vassoura, quebrara a perna, Minerva McGonnagal entrando na enfermaria... Deu um pulo em desespero, o que tinha acontecido com seu jogo?


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