Geisterfahrer - a Menina do Tempo escrita por seethehalo


Capítulo 1
The Creationist


Notas iniciais do capítulo

Eeeeee estou de volta, crianças! õ/ -nnnnn
Pois é, eu disse que essa fic viria em 2010. Também não achei que fosse demorar tanto, mas enfim, here we are.

(Vamos ver se eu consigo escrever alguma coisa decente aqui, porque eu tô super me empolgando com a musiquinha que tá tocando -qq)

Bom, eu estou super empolgada com essa fic. Eu a escrevo desde dezembro do ano passado, quando acabei a BT?PI (minha primeira fic e meu orgulho! *---*). E finalmente estou postando.

Estou expectando pacas (eu tenho essa mania G_G)
Esse primeiro capítulo sinceramente tá uma paia, mas a partir do segundo garanto que melhora.
Estarei esperando o retorno de quem está lendo... Se o tiver, posto o segundo capítulo na sexta; caso contrário, posto na terça-feira que vem.

Primeiro capítulo dedicado a quatro pessoas: Páh e Naomi, que há um tempão estão se coçando de curiosidade sobre essa fic de tanto verem os meus manuscritos e Dany e Mandie, a primeira porque me deu uma enorme ajuda com a fic e a segunda porque é minha prima postiça e eterna influência no ramo.

Bom, sem mais enrolações. Espero que gostem.

A música é esta: http://www.youtube.com/watch?v=bXcDEaMbdWw



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Vida é minha criação

É meu melhor amigo

Imaginação

É minha defesa

E eu vou continuar andando

Quando céus são cinzas

Não importa o que aconteça

Foi determinado dessa maneira

Eu sou a criadora

The Creationist - Kerli

*-*-*-*-*

     Estamos em 2020. Olha que legal, o mundo não acabou. A Seleção ganhou um jogo contra a França pela primeira vez no século na final da Copa de 2014, as Olimpíadas foram legais e até hoje não se sabe que fim deram ao corpo do Michael Jackson. Ah, 2009, quanta coisa aconteceu naquele ano... Opa, vamos com calma, primeiro explicamos o presente, o passado terá bastante tempo pra aparecer.

     Ano passado inventaram a máquina do tempo. Engraçado que não tem nada a ver com aquelas geringonças que pareciam cofre que a gente via nos gibis e desenhos animados, parece mais um controle remoto. E ainda falam em viagem no tempo, a ciência ignorante ainda não descobriu que é viagem in-ter-di-men-sio-nal. Bom, andam usando o troço pra resolver crimes misteriosos, mas não tem dado resultado. Acho que eu mexeria naquilo melhor do que quem fabricou. Aliás, tenho um amigo engenheiro que trabalha nesse setor do FBI Brasileiro. É, trouxeram uma facção do FBI pro Brasil. Eu já fui lá de visitante, e realmente não entendo como os caras não conseguem mexer na tal máquina do tempo. Só de olhar já dá pra perceber que os comandos são bem simples, uma criança conseguiria manusear.

     Esqueci de dizer quem sou eu. Me chamo Maria, tenho 26 anos e trabalho na administração de uma empresa enorme e superconhecida.

     Agora voltemos a falar do tal do passado. Em 2009, eu me odiava: o mp4 que eu tinha vivia pifando, eu estudava numa escola onde 45% do povo era drogado, a diretora uma racista filha da p*** e eu era um pontinho na multidão. Eu, que a vida inteira fui rockeira, me resignando a ouvir os malditos funks e pagodes dos alto-falantes de celular. Argh. Pra dizer de uma forma mais prática, apresento-lhe eu, Maria, a medíocre. Eu me odiava por isso: minha mediocridade. O fato de ser só mais um pontinho na multidão.

     Talvez por isso, ou não sei por que razão, a História diz que eu voltei ao passado e mudei a ordem das coisas, então creio que tenho que fazer isso. Parece fácil, porque já inventaram a máquina do tempo; e talvez seja mesmo porque eu sou meio que um gênio do crime. De qualquer forma, aqui estou eu pronta para ir ao passado, é de tarde, e eu consegui ter acesso à “máquina” que me levaria... Me levará a modificar a ordem dos fatos. E eu já sei exatamente como fazer isso.

     Em 2009, quando eu tinha 15 anos, tinha suma curiosidade em saber como teria sido certo período da vida de uma pessoa... E eu brincava, dizendo que quando inventassem a máquina do tempo eu iria para o ano de 2003 para saber. Alguém já deve ter adivinhado. Não é uma, mas duas pessoas: Bill e Tom Kaulitz. Notícias do presente sobre: o Tokio Hotel virou uma lenda viva, vêm de novo ao Brasil semana que vem, evidentemente eu continuo sendo fã, etc. etc. etc. Mas continuando, eu vou lá realizar meu sonho doido aproveitando o que diz a droga da História.

     Eu seguro o controle, entro numa câmara, configuro e daqui a um minuto estarei de volta.

     Uau, aqui estou eu, em 2009. São 7h da manhã e eu me encontro próxima a uma rua sem saída perto da qual eu passava pra ir pra escola. Daqui a pouco eu apareço, sempre saía de casa atrasada de propósito, pra entrar na febém disfarçada pela secretaria.

     Olha eu ali. Estou indo falar comigo mesma, que emoção.

     - Hey, Maria!

     - Como sabe o meu nome? – minha versão adolescente perguntou.

     - Eu sou você. Espera, me deixa explicar primeiro. Eu vim de 2020 pra realizar um sonho doido que eu tenho desde que era você: ir pra Alemanha em 2003 e acompanhar a vida do Bill e do Tom. Tá a fim?

     - Depois dessa... É, eu acredito que você sou eu e tô a fim. Mas por que você veio pra cá??

     - A História diz que eu volto no tempo e mudo a ordem dos fatos... Estou consumando o que ela diz.

     - Que massa... Mas enfim, o que eu preciso fazer?

     - O plano é o seguinte: tu vai pra Alemanha em 2003, pra mesma escola que freqüentam Bill e Tom. Só tem uma coisa: aproxime-se o menos possível deles. A gente não pode mexer na história deles. Senão, toda a História pode ser modificada.

     - Conheço a regra fundamental da ficção científica: não mexa no passado se não quiser que os macacos dominem o futuro.

     - Ou as baratas, o que é mais provável. Mas é isso mesmo. Olha, deixa eu te explicar como a máquina do tempo funciona. Isso aqui é o controle, onde se programa para quando vai, para onde vai, quanto tempo você fica lá e durante quanto tempo fica ausente. Procura aí na memória as coordenadas de latitude e longitude de Magdeburg, configura para ficar lá por 25 meses e sumir daqui por meia hora. Meu tempo tá acabando, dá um jeito de se virar por lá. E toma, tem grana pra você se inventar.

     - Ok!

     - E lembre-se: NÃO ALTERE AS COISAS! Tô indo embora.

     Nesse momento eu me vi sumir no ar. Uhul. Tenho uma máquina do tempo. Vou mandar uma escola à ponte que partiu e brincar de intercâmbio na Alemanha. Bom, pelos meus cálculos, 2003, hmm... Tenho que parecer ter 13 anos. Configurando o troço para que eu seja dois anos mais nova. Coordenadas da Alemanha... 25 meses por lá... Sumir por meia hora... Pensar num jeito de me virar... Tá, amarelei. Não tenho ideia de como vou sobreviver na Alemanha. Bom, eu vou ser clandestina, né.

     Interrompendo meus pensamentos, pra agilizar, arquitetei um bom plano, modéstia à parte; e apertei o famoso botão vermelho e sumi.

     Aqui estou eu, no dia 3 de agosto do ano de 2003. Tenho grana, hmm, então vamos tratar de montar uma situação. Comprei uma mala, roupas, calçados, coisas de higiene e um jornal. Fiz parecer que tinha acabado de chegar de viagem, olhei a página de classificados e encontrei um emprego: “Procura-se alguém que possa cuidar de uma criança de 5 anos. Telefone tal, falar com Silvíe.”

     Descolei um cartão telefônico e liguei de um telefone público. A moça foi super simpática, e no mesmo dia fui ao apartamento dela conversar.

     - Oi, eu sou Maria, com quem a senhora falou mais cedo a respeito do serviço de babá... – me apresentei quando ela abriu a porta.

     - Ah, caro, entre. Mas er... Pra quê essas malas?

     - É que eu cheguei hoje do Brasil, de onde eu sou. Tive que vir pra cá por causa de um problema na família, foi muito rápido; e pra completar acabei de ser assaltada, estou sem documento.

     Ela olhou para mim pensativa. Depois de conversarmos um pouco, chega na sala uma menininha que parecia ter acabado de acordar.

     - Essa é a Brenda, minha filha. – D. Silvíe me apresentou.

     - Quem é ela, mãe?

     - A Maria, filha. Ela tá conversando comigo.

     - Ela vai cuidar de mim?

     Silvíe olhou para a filha, depois para mim e disse:

     - Vai. Aliás, Maria, eu gostei de você. Deve estar perdida aqui, acabou de chegar, o lugar é desconhecido, não tem onde ficar ainda... Não tinha, eu vou te ajudar. Estou te convidando pra ficar aqui, com a gente. Só moramos nós duas aqui e tem um quarto grande mobiliado mas sem uso, então a acomodação não vai ser problema.

     - S-sério?! – perguntei com a voz trêmula.

     - Sério. Mas com uma condição. Quantos anos você tem?

     - 13 – respondi.

     - Vai ter que ir pra escola.

     - Claro.

     - Aceita?

     - Aceito. Isso não é proposta que se receba todo dia, né?

     Brenda riu do meu comentário e bateu palmas. Depois dessa, metade dos meus problemas foram resolvidos.

     Agora o desafio era: ir parar na mesma escola dos gêmeos.


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Notas finais do capítulo

E aí, que tal?
Só mais uma nota: todos os capítulos têm as músicas-tema como nome. Como as duas experiências que tive criando nome pra capítulo por mim mesma não deram certo, tomei uma drástica decisão: capítulos terão os nomes das músicas-tema ou usarei números romanos!
Até o próximo, povo! ;*