O que a vida pode tirar de você escrita por Lady Loki


Capítulo 11
O início do pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e comentem o que estão achando, sua opinião é importantíssima para mim.
Perdoes os erros.



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Emily Prentiss

UAC, FBI, Quantico, Virgínia, EUA.

Vou para a UAC o mais rápido que consigo, Garcia me telefonou dizendo que tínhamos um caso. Infelizmente, interrompi meu encontro com Jake, ele é um homem simpático, com uma boa profissão, bonito e inteligente, a companhia dele estava ótima. Contudo, mesmo assim, não consegui me soltar para aproveitar aquele momento ao máximo, sabe quando você acha uma ótima pessoa, porém não consegue sentir atração por ela?! Era assim com Jake, não surgiu em mim nenhum sentimento a mais para que eu seguisse investindo nele.

Quando chego ao sexto andar do prédio, caminho em direção a sala de reuniões, onde todos estavam, quero dizer, menos David, Hotch e Penélope. Por pura coincidência, JJ, Morgan e Reid, também estavam muito arrumados, assim como eu. Óbvio que isso não se aplica para o garoto. Provavelmente, a loira havia conseguido uma oportunidade de ter uma noite romântica com o marido e o moreno deveria estar passando um tempo com a namorada. Além disso, quando eu penso sobre Spencer e Alisson, a primeira coisa que vem à minha mente é : “Os dois merecem ser felizes juntos”, eles tem todo o meu apoio, pois ambos passaram por experiências traumáticas em relação a relacionamentos... Spencer com Maeve, Alliso com Henry... Eu realmente acreditava que ela não se abriria tão fácil como foi com o gênio, porque outra pessoas já passaram pela vida dela, mas nenhuma fez tanta diferença como Reid. Segundos depois da minha entrada na sala, Rossi chega de terno e com sua gravata desarrumada.

— Acho que todos nós estávamos tendo uma boa noite, certo pretty boy? – Derek olha malicioso para Reid que somente ri, pois estava extremamente envergonhado.

— Trabalhando na quarta esposa, isso é impressionante – JJ diz para Rossi em tom de deboche.

— Podemos voltar a focar no Doutor que quer entrar para a Família Prentiss?! – Rossi diz se divertindo com a situação.

— Vamos deixar o garoto em paz – digo e o tópico da conversa lança um olhar de agradecimento para mim.

Aaron e Penélope chegam na sala de reuniões com pressa, sinto o olhar do meu chefe sobre mim, como se quase reprovasse a maneira que estava vestida. Claro, esse ato me deixou muito irritada, um tanto que confusa também, e não irei deixar isso transparecer, pois em primeiro lugar, isso foi muito antiético num ambiente de trabalho e segundo, qual é o problema de eu sair com outros homens sendo que somos só amigos?! Pensando bem, posso ter exagerado nessa minha última percepção... Quero dizer, sua atitude foi completamente desnecessária.

Por outro lado, as vezes tenho pena dele, pois uma pessoa que vive para o trabalho não consegue aproveitar as pequenas oportunidades de felicidade que a vida oferta. Não queria que Hotchnner fosse assim, tenho uma grande admiração pela pessoa e profissional que ele é, a sua trajetória até chegar onde está hoje. Em algumas ocasiões, tenho a impressão dele ser um amigo melhor para mim do que eu para ele, isso se tornou muito evidente devido ao suporte que ele me deu com o caso de Doyle. De qualquer maneira, Aaron sempre esteve lá por mim quando precisei de alguém. Eu deixei Hotch entrar na minha vida, mas não sei se ele me permitiria o mesmo... Como uma amiga.

— Meus vingadores prediletos, o caso que temos hoje não é nada agradável, como se algum fosse de fato -Garcia liga a tela enquanto todos se sentam ao redor da mesa – Uma mulher, uma adolescente e uma menina foram encontradas mortas em Las Vegas... -Garcia mostra as imagens da cena do crime e ficam chocados, todas elas estavam com um vestido branco e amarradas como se fossem animais pronto para o abatimento – Elas tinham 23, 18 e... 10 anos – a voz de Garcia quase falha por conta da menina mais nova – Foram encontradas mortas em diferentes parques uma semana após terem sido sequestradas.

— Ele está evoluindo sua vitimologia, provavelmente procurará alguém na faixa de 25 a 30 anos – Derek diz analisando o caso.

— O unsub mantém um padrão, todas possuem o cabelo loiro escuro, olhos cor de mel e são brancas, definitivamente ele tem uma preferência  – JJ faz sua observação.

— Parece que ele busca representar as fases da vida de alguém: infância, adolescência e adulto – David adiciona.

— Devemos procurar por alguém que comprou esses vestidos – digo olhando para o arquivo, depois de um tempo você se acostuma a ver todas essas cenas horríveis, mas isso não as torna nenhum pouco “normais”.

— Decolamos em 20 min – Hotch finaliza a reunião.

A maioria começa a sair da sala e ir para os carros, mas Reid permanece sentado olhando para as fotos das vítimas. Eu sabia o que ele estava pensando, a mesma coisa havia passado por minha mente quando as vi... Todas pareciam com Ally. Contudo, não era necessário a preocupação, pois o assassino estava em Las Vegas e não em Quântico ou Virgínia . Por precaução, mandei uma mensagem para ela, perguntando se estava tudo bem a qual irá responder mais tarde, pois ela nunca retorna na hora de qualquer maneira.

— Reid? – o chamo e ele olha para mim, antes que começasse a dizer alguma coisa, eu o corto – Eu sei, mas não precisa se preocupar. Agora, vamos? -sorrio para lhe tranquilizar e o mesmo me acompanha até o carro.

Eu e Hotch nos encontrávamos na base policial de Las Vegas, JJ e Rossi haviam ido para o legista, Morgan e Reid para a cena do crime. Enquanto o meu chefe conversava com o delegado, fiquei encarregada de falar com as famílias das vítimas... A única pista que consegui ter foi de que o desconhecido não fazia parte do círculo social de ninguém e, provavelmente, não era sociável, ou seja, elas foram pegas de surpresa. Com a volta dos agentes do legista, descobrimos que ele estava fazendo uma contagem regressiva, marcou com uma faca o número 4 na primeira vítima e assim por diante até o número 2, o unsub possui uma mulher ideal, aquela que causou toda essa raiva nele. Passaram-se algumas horas, tínhamos dados suficientes para montar um perfil do suspeito, porém não encontrávamos ninguém que tivesse todas as características... Até que...

— O legista acabou de me ligar e disse que achou mais uma coisa nos corpos das vítimas – Rossi diz.

— Prossiga -Hotch pede.

— Há um X no céu da boca de cada uma das mulheres, inclusive a menina... -Rossi diz e só consigo encara-lo estática- Emily? Você está bem? -o mesmo diz preocupado.

Não consigo controlar minhas emoções naquele momento e saio da delegacia, mas consigo ouvir Spencer telefonando para Garcia e pedindo para verificar se Ally foi trabalhar hoje. Ligo desesperada para ela. Atenda, por favor. Atenda. Caixa postal. Aquele maluco não pode estar com ela, não depois de tudo que ela passou. Ele vai... Não posso pensar nisso. Meu coração está muito acelerado e minhas lágrimas já estão descontroladas.

— Emily? – ouço Hotch me chamar – O que está acontecendo? – ele pergunta preocupado, essa palavra está definindo este dia.

— É ele! -digo desesperada- Mesmo modus operanti, mesma assinatura e vitimologia! Aaron você tem que mandar alguém para a casa de Allison, a última vítima dele irá ser ela! -falo tudo aquilo rápido e com a voz embargada. Hotch não diz nada, só faz uma ligação e providencia tudo que eu pedi.

— Fica calma, os agentes vão chegar a tempo e ver que está tudo bem -ele me abraça e retribuo, por um momento penso que isso realmente irá acontecer, porém os pensamentos negativos já invadem a minha mente. Ansiedade. Medo. Tristeza. Desespero. Todos eles me possuíram. Eu não posso... Não quero... Minutos depois, o telefone do Aaron toca, atende, diz palavras neutras como “Ok” “Vamos voltar”. Alguns segundos depois ele já desliga.

— Sinto muito Emily – ele fala com uma feição de tristeza. Não, não, não, não, qualquer coisa menos isso – Allison não foi trabalhar e não está em casa. A porta estava aberta, o celular dela na sala e encontraram resíduos de éter na entrada... Tudo indica que ela foi sequestrada -começo a tremer de raiva e medo, eu preciso encontrá-la antes que seja tarde de mais! – Qual é o nome dele, Emily? -Aaron pergunta.

— Adam... Adam Smith!

 

 

 

 

 

Allison

 

Local desconhecido, horas depois do sequestro de Allison.

Minha cabeça está me matando... Meus pulsos estão doendo... Por que não consigo mexer minhas pernas? Abro os olhos aos poucos para me acostumar com a claridade e me dou conta de onde estou... As paredes e o chão são de concreto, uma porta industrial, uma mesa vazia, uma cadeira, um colchão no canto da sala... Eu fui sequestrada! Agora que me lembro e... Estou pendurada por uma corrente no teto! Não consigo mover minhas pernas porque elas estão presas por uma fita... Adam! Foi ele que me sequestrou! Eu preciso sair daqui! Espera... Eu e Spencer nos beijamos, por um milésimo de segundo consigo sorrir... Tenho que mandar algum sinal para a minha mãe ou Penélope de onde eu estou... Parece que não consigo organizar um único pensamento... Ouço alguns passos se aproximando, não é só uma pessoa, talvez duas ou três. A porta é aberta revelando a figura de Smith com um sorriso sínico no rosto.

— Acordou, filhinha? – ele diz sínico e tento me soltar das correntes o que faz o psicopata rir da minha falha enquanto deixa uma maleta em cima da mesa – Pare de ser ridícula, você não vai conseguir! -começa a se aproximar de mim.

— SOCORRO! SOCORRO! -grito em desespero, ele fica ainda mais perto e coloca um dedo na minha boca. Não olho diretamente em sua direção para que ele não veja as lágrimas escorrendo no meu rosto.

— Shhhhiiii, é inútil gritar, ninguém irá te encontrar. Então, poupe um pouco de voz porque você vai precisar gritar por outros motivos – ele sorri maléfico e acaricia meu rosto com o polegar, cuspo no rosto dele com raiva.

— Minha mãe e os amigos dela vão me encontrar! Quando eles me acharem, você vai apodrecer na cadeia! -ele limpa o rosto e da mais uma gargalhada, em seguida soca a minha barriga com força o que me deixa sem ar por alguns segundos. Filho da puta!

— Claro que isso irá acontecer, mas, me conte Rose, eles encontrarão você viva ou morta? Particularmente, apostaria na segunda opção – sorri e depois se aproxima do meu ouvido – Nós iremos nos divertir muito ainda! – fico paralisada, não consigo ter nenhuma reação. O psicopata vai até a mesa, abre a maleta e tira de dentro dela uma seringa.

— O que é isso? -minha voz amedrontada quase falha quando pergunto.

— Somente algo para te deixar mais “tranquila” – Adam fala com deboche e antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, sinto a agulha penetrar meu pescoço e o líquido queimar dentro de mim.

— Por favor, eu não quero morrer -imploro chorando e em completo desespero.

— Querida Rose, você vai desejar morrer até o fim do nosso tempo juntos – ele diz sorrindo, porém seu rosto está todo embaçado...

Eu não quero morrer.

Eu não quero...

Eu não...


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Notas finais do capítulo

Obrigada! Comentem!



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