Interativa - Enquanto As Estrelas Brilharem escrita por Allyssa aka Nard


Capítulo 5
Quinto


Notas iniciais do capítulo

Antes de começar o capítulo, queria agradecer os meus leitores Rhiannon, Nuvemmm e Brunoovento pelo feedback construtivo ♥
O capítulo se passa no pov de Avery McNamara(Eve), filho de Afrodite. Espero que gostem ♥



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Estava olhando para o ambiente ao meu redor. As árvores na minha esquerda estavam com um tom escuro de verde muito bonito e o sol das 16 horas estava atravessando as folhas, causando uma luminosidade muito bonita no campo. Vi a areia dourada no chão e o lago a minha direita, me recordando da praia. Fiquei encantado com o cenário e só consegui pensar em o quão perfeito ele era para o duelo que eu iria fazer.

Tirei os leques das bolsas, revelando as lâminas. Ganhei-os voltando de uma missão e eles viraram uma de minhas armas principais, perdendo somente para minha voz. Eles eram dourados e cheios de gravuras, com o símbolo de Afrodite, junto com minhas iniciais em baixo. Olhei para minha oponente: Maggie estava em suas roupas comuns da ferraria, seu avental e calça, sem se importar em usar armadura ou botas. Ela foi inteligente o suficiente para colocar fones de ouvido para evitar meu charmspeak, dando para ouvir a música estourada saindo de seus ouvidos. Andávamos em círculos em volta de um ao outro, com os pés descalços dela contrastando minhas botas de cobre.

Ela tinha um martelo na mão esquerda e um sorriso no rosto. Eu sabia que ela adorava desafios e não resisti e a desafiei para um duelo. Vi minha refexão rapidamente na prótese, vendo meu cabelo preto preso em um rabo de cavalo, minha cicatriz na bochecha e meus olhos verdes. Enquanto eu estava destraído vendo minha própria reflexão, Maggie correu para a frente e deu um golpe de martelo em direção á minha cabeça. Cruzei os leques em defesa e movi um deles em direção às costelas dela, mas ela colocou a prótese na frente e desviou o golpe. Ela disse "boa tentativa" gritando, provavelmente por causa dos fones.

Dei alguns passos para trás e depois ajustei minha base com os leques, me preparando para atacar. Maggie provavelmente percebeu a mudança de base, porque ela recuou um pouco, colocando o pé esquerdo para trás. Corri em direção dela, rápido demais para fazer um ataque coordenado e investi com os dois leques ao mesmo tempo em diração às costelas dela. Pelo sorriso que ela deu quando eu fiz isso, eu soube que estava em problemas. Ela bloqueou um leque com a prótese e o outro com o martelo e usou o pé direito para me dar uma rasteira nas duas pernas, me derrubando no chão.

Praguegei mentalmente por não ter planejado o ataque de forma certa, vendo o braço dela esticado e o martelo a 5 centímetros de meu rosto. Ela recuou o martelo e ofereceu a mão da prótese para me ajudar a levantar e eu aceitei. 

—Já te falei, se tu me der um desafio eu vou aceitar e fazer o meu melhor para concluir ele - ela disse, brincalhona

—Realmente, eu deveria ter pego alguém mais fácil - eu disse - Quem sabe eu não escolho a nova Afrodite que chegou? - falei, um pouco mais arrogantemente do que deveria

—Podemos fazer isso agora - ouvi uma voz atrás de mim. Me virei e me deparei com Aurora, com a armadura de couro de treino e o arco pronto. Ela tinha uma braçadeira no braço direito, uma aljava cheia e eu conseguia ver duas adagas embainhadas nas laterais do quadril dela. Quis me dar um tapa na cara por ter sido tão arrogante, mas recompus minha postura e aceitei o desafio.

Quando me preparei para atacar, vi ela correndo em direção às árvores, e ela as escalou com uma enorme, o que me deixou um pouco surpreso. Ela colocou a flecha no arco, puxou a corda e atirou em um movimento único contínuo, o que deveria ter demorado muitos anos de prática. Me esquivei para a esquerda no momento que uma flecha passou zunindo ao meu lado, não pegando minha perna por poucos centímetros. Logo percebi que ela era uma atiradora mortal e que ela não estava de brincadeira.

Corri em direção à árvore que ela estava em cima, torcendo para ficar fora do alcance das flechas. Eu sabia que ela tinha exatamente 23 flechas, visto que a aljava dela estava cheia e que as outras 24 flechas eram de amocinese. Enquanto eu calculava a situação, vi 2 flechas consecutivas vindo em minha direção. Corri em direção ao lago, desviando de 5 flechas no percurso. Virei à esquerda e senti mais 2 flechas passarem perto. Ela ainda tinha 14 flechas, então continuei no meu esquema de correr, parar e dar meia-volta. Quando ela estava com apenas 5 flechas na aljava, vi ela pular do galho onde ela estava e dar uma cambalhota na aterrissagem, já se levantando com as duas adagas empunhadas.

Saí do modo defensivo e fui em direção dela, brandindo um leque em direção à cabeça dela e outro em direção às costelas. Ela se abaixou, desviando do leque superior e cruzou as duas adagas, evitando meu golpe lateral. Ela investiu uma faca em direção à minha barriga e outra na minha perna esquerda, e percebendo que eu não poderia bloquear o ataque, trapaceei e usei os leques para soprar areia nos olhos dela e dei uma rasteira nas pernas dela enquanto ela tentava tirar a areia dos olhos.

Ela ficou muito brava, e eu não a culpava por isso, e eu pedi desculpas. Eu sabia que areia nos olhos é um golpe proibido, mas eu estava tão obcecado por ganhar que nem me importei na hora. Eu a ajudei a ir para o lago lavar a areia para fora dos olhos dela e pedi desculpas novamente.

—Na próxima vez, vamos fazer uma luta justa – ela disse, com um pouco de raiva na voz. Assenti silenciosamente e eu a ajudei a recolher as flechas cravadas no chão. Tínhamos acabado de achar a última flecha quando o sol se pôs e Quíron chamou todos para o refeitório.

Ao chegar lá, nos dirigimos à mesa 10 e enquanto comíamos Quíron avisou que teríamos “capture a bandeira” amanhã. Vi os meninos de Ares comemorarem e me preparei para o próximo dia.


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