Interativa - Enquanto As Estrelas Brilharem escrita por Allyssa aka Nard


Capítulo 35
Alguns Minutos Antes


Notas iniciais do capítulo

Eu basicamente tive a brilhante idéia de fazer 2 capítulos ao mesmo tempo, então provavelmente vai ter outro capítulo (e talvez até um terceiro -musica de suspense-) hoje.
(btw, lançou minha single nova no Spotify, se algum de vcs puder dar uma olhada[e se pá seguir a conta e talz] ia ajudar bastante :/
https://open.spotify.com/album/0ruKlkRBlIElkUta8MUdlK)



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P.O.V Flower

 

No fim das contas, o ferimento na minha perna não era tão grave quanto imaginei. Tinha sido muito mais sangue do que corte, e com exceção de algumas pontadas irritantes de dor, estava bem normal. Me virei para o lado, levantando da cama, e fui em direção à saída. Abri a porta, e comecei a andar meio sem rumo.

Mesmo com as mínimas dores, andar incomodava um pouco, mesmo que fosse uma dor sutil. Porém, já havia passado por muito pior quando meu padrasto vivia comigo, então era uma dor relativamente fácil de aguentar. Vi Lilith passar por mim, e ir em direção ao refeitório, onde notei Nard e Hanna sentados em uma das mesas. Enquanto ia em direção ao refeitório, me encontrei com Hernold, que vestia uma armadura completa e tinha seus bastonetes embainhados na cintura.

“Como tá tua perna?”, perguntou, com uma pontada de preocupação. “Vou sobreviver”, respondi, e elan deu um sorriso. “Eu bem espero, porque vamos precisar do máximo de gente possível pra quando a porca torcer o rabo”, respondeu, enquanto olhava para cima, como se procurasse uma resposta no ar. “Tu realmente acha que vai chegar em um nível de invasão?”, perguntei, expressando minha dúvida. Elan levantou os braços, em um sinal de “sei lá”, e logo depois disse: “Bom, tem 8 Campistas sumidos, a Empusa querendo comer o cu de todo mundo, 4 traidores e uma putaria de ciclopes. Acho que as circunstâncias falam por si próprias”.

“Bom, espero que a gente não precise chegar nesse ponto”, repliquei, e elan simplesmente assentiu. “Tu pilha dar uma treinada no Campo?”, perguntou, um pouco subitamente. Na falta de muito o que fazer, aceitei, an seguindo para o Campo de Treino. Ao chegar lá, vi que alguns Campistas já estavam lá, embora alguns apenas ficassem olhando e dando dicas. A maioria deles eram de Ares, e cheguei até a estranhar um pouco o fato de Nard não estar junto deles.

Peguei uma adaga de madeira, para treinar o combate corpo-a-corpo, enquanto Hernold desembainhava seus bastonetes. Os objetos me lembrava de sabres de luz, de quando eu vi Star Wars com minha mãe uns 4 anos atrás no cinema, mas ao invés de luminosas, as “lâminas” eram cilindros metálicos, reforçados com bronze celestial, além de fios de prata no cabo. “Pronta?”, perguntou, rodando um dos bastonetes no ar. Apontei a adaga de madeira em sua direção, e com um sorriso, respondi “Sempre”.

Elan investiu um dos bastonetes em direção à minha cabeça em um movimento descendente, enquanto o outro mirava nas minhas costelas em um movimento lateral. Rolei para desviar do primeiro golpe, e desviei o outro com a adaga. Por milissegundos, ele não acertou minha perna boa com um dos bastonetes logo após, e aproveitei para tentar lhe dar uma rasteira. Elan andou para trás, desviando da rasteira, e aproveitei para pegar meu arco e atirar em sua perna. Elan deu um mortal para trás, desviando a flecha no meio no ar.

“Exibidan”, murmurei, enquanto atirava outra flecha, que elan desviou dando uma abertura completa no chão. Peguei a adaga novamente quando elan se aproximou, e desviei rapidamente de um golpe cruzado. Elan jogou uma faca de treino, que não era afiada, em minha direção, e pulei para o lado, pegando a faca rodante ainda no ar. “Exibida!”, elan berrou de longe, muito parecido de quando ele desviou minha flecha.

Quando se aproximou de novo, esperei elan terminar o golpe cruzado e dei uma rasteira nelan, que pegan de surpresa, caiu no chão. “Sortuda”, elan disse, enquanto estendia minha mão para ajudá-lan a se levantar. “O que posso dizer? Moros gosta mais de mim do que de você”, respondi, brincando. “Enfim, vou pegar um pouco de comida no refeitório, quer ir junto?”, perguntei, enquanto elan tirava a terra do corpo. “Nem, tô na pilha de ficar treinando mesmo”, respondeu, e me virei indo em direção ao refeitório pela segunda vez no dia.

O refeitório estava bizarramente vazio, mas ignorei o fato e continuei andando. Passei por alguns Campistas, mas muitos deles estavam bizarramente quietos. Enquanto eu andava, o silêncio me lembrava das salas vazias no recreio da escola, onde eu ficava para evitar os outros bullies. Afastei o flashback da cabeça, e me aproximei do balcão para me servir.

 Peguei arroz, batatas e frango, me lembrando das refeições parecidas que minha mãe fazia quando eu era menor. Ainda estávamos relativamente no início do verão e eu já sentia falta dela, que deveria estar sozinha naquele apartamento que Apolo comprou para nós. Nessas horas ela provavelmente devia estar tricotando ou vendo algum VHS de comédia pela quinquagésima vez. 

Me sentei em uma mesa mais no canto, perto da grama, e comecei a comer, exausta do treino com Hernold. Enquanto comia, vi Rogelio se aproximar com um tabuleiro de xadrez, e uma pequena sacola em mãos, que poderiam ser tanto as peças do jogo, quanto sua sacolinha de apostas. Isso dependia do dia. “Pilha uma partida?”, perguntou, enquanto colocava o tabuleiro no outro canto da mesa, para não atrapalhar meu prato. “Tô acabando aqui já, dois minutos”, respondi, e ele se ocupou jogando contra ele mesmo, provavelmente para treinar.

“Dois dracmas”, eu disse, pegando as moedas do bolso, onde eu guardava algumas para essas situações. Ele me encarou um pouco surpreso, provavelmente pela aposta inesperado e abriu um sorriso. “Três”, disse, enquanto arrumava as peças. “Fechado”, respondi, ficando com as peças pretas do tabuleiro. Jogamos bastante, e a partida acabou se estendendo por um bom tempo. Os dois lados ainda tinham metade das peças, e era difícil calcular uma contra-estratégia.

“Te dou mais cinco dracmas se tu sacrificar sua rainha”, ele disse, com um brilho nos olhos. “Te dou sete se tu sacrificar a sua”, respondi, não caindo no truque dele. Para minha surpresa, ele não recusou a oferta e acabei tendo que colocando os sete dracmas no meio da mesa. Eu estava tendo uma enorme vantagem, e ele fez um erro crucial que me deixou a duas jogadas de um xeque-mate. Estava prestes a mover minha torre quando dos arbustos, surgiram Nard e Hanna, o que me fez levar um pequeno susto.

Ambos pareciam cansados e estavam um pouco sujos de terra. Enquanto eles recuperavam o fôlego, eu me surpreendi muito mais com o que eles traziam do que com sua súbita aparição. Na verdade, de QUEM eles traziam, na ponta da espada. De braços levantados e cabelo preto, não estava ninguém menos que Raven Quinn em pessoa, com sua gata preta saltitando ao seu lado.

 


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Notas finais do capítulo

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